982 resultados para Bronchiolitis, Viral-diagnosis 


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RESUMO Introdução: a bronquiolite aguda afecta 30 a 60% das crianças saudáveis até ao terceiro aniversário. Destas, 50% evoluem para sibilância recorrente, com consequências pessoais, familiares e sociais relevantes. Objectivos: identificação de parâmetros clínicos e laboratoriais associados à sibilância recorrente em crianças saudáveis. A detecção da actividade local de quatro citocinas intervenientes nas vias imunológicas Th1 ou Th2 permitiu, gualmente, o estudo do respectivo comportamento em função dos referidos parâmetros. Material e Métodos: estudo prospectivo de coorte, efectuado no serviço de urgência pediátrica do HSFX no Inverno 2004/2005. Recrutada amostra de conveniência de 188 lactentes de idade inferior a 24 meses e diagnóstico de bronquiolite aguda. Excluídos portadores de doença crónica, ex-prematuros e os doentes sujeitos a corticoterapia nas duas semanas anteriores. A todos foi feito questionário padronizado, exame clínico e estratificação da gravidade através de índice validado. Na mucosa nasal, foram pesquisados Ag víricos e estudada a expressão génica de quatro citocinas - representativas da via Th1 (IFN-g e IL-12) ou Th2 (IL-4 e IL-13). Esta determinação foi efectuada por RT-PCR, no Laboratório de Biologia Molecular do Centro de Histocompatibilidade do Sul. Durante o seguimento, em consulta de pneumologia pediátrica até à idade de 36 meses, foram excluídos os seguintes casos: patologia anatómica ou funcional que justificasse sibilância recorrente, valores totais de IgE elevados, Phadiatop® positivo ou défice de IgG, IgA ou IgM. Os resultados foram estudados por estatística descritiva, análise univariada e multivariada. Foi considerado com significado estatístico, em todas as análises, o valor de p < 0,05. Resultados: das 188 crianças recrutadas, foram excluídas 36 (principalmente por identificação de outras causas de sibilância recorrente). Da amostra final de 152 doentes, 76 (50%) foram considerados sibilantes e 76 não sibilantes. Os seguintes parâmetros à entrada relacioram-se com a evolução para sibilância recorrente: idade inferior a 6 meses (OR: 3,8; IC95% 1,8-9,1); exposição ao fumo de tabaco na vida intrauterina (OR: 2,5; IC95% 1,2-5,2) ou após o nascimento (OR: 2,4; IC95% 1,0-5,8); atopia materna (OR: 4,0; IC95% 1,5-10,3); maior gravidade (OR: 1,2; IC95% 1,1-1,4); apirexia (OR: 4,7; IC95% 1,8-11,8); identificação de vírus (OR: 3,5; IC95% 1,4-8,7); predomínio imunitário de tipo Th2 em lactentes com idade superior a seis meses (OR:1,3; IC95% 1,0-1,7). Verificou-se predomínio Th1 na mucosa nasal das crianças com irmãos ou que frequentavam o infantário (OR: 3,1; IC95% 1,4-6,5); nas amamentadas (OR: 1,2; IC95% 1,1-1,4) e naquelas em que se identificaram Ag víricos (OR: 4,0; IC95% 1,3-11,9). O contacto com fumo de tabaco no domicílio foi o determinante mais importante de predomínio Th2 (OR: 2,3; IC95% 1,1-4,7). Discussão e Conclusões: Foram considerados factores de risco para sibilância recorrente em lactentes saudáveis: idade inferior no momento do primeiro episódio de bronquiolite; exposição passiva (antenatal ou pós-natal) ao fumo de tabaco;antecedentes maternos de atopia; primeiro episódio com maior gravidade, sem febre e com dentificação de Ag víricos nas secreções nasais. Os resultados do presente estudo reforçam as recomendações usuais de aleitamento materno, limitação de contactos sociais em lactentes e evicção tabágica durante a gravidez e após o nascimento.

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OBJECTIVE: Acute bronchiolitis is a common disorder of infants that often results in hospitalization. Apart from supportive care, no therapy has been shown to influence the course of the disease, except for a possible effect of nebulized hypertonic saline (HS). To determine whether this does have beneficial effects on length of stay in hospital or on severity scores, we undertook a double-blind, randomized, controlled trial in a pediatric department of a Portuguese hospital. METHODS: Previously healthy infants, younger than 12 months, hospitalized with mild-to-moderate acute viral bronchiolitis were randomized to receive either nebulized 3% (hypertonic, HS) or 0.9% (normal, NS) saline during their entire hospital stay. Primary endpoints were: length of hospital stay and severity scores on each day of hospitalization. Need for supplemental oxygen, further add-on medications and adverse effects were also analyzed. RESULTS: Sixty-eight patients completed the study (HS: 33; NS: 35). The median length of hospital stay did not differ between groups: HS: 5.6 ± 2.3 days; NS: 5.4 ± 2.1 days (P = 0.747). We found no difference between groups in severity scores from day 1 to day 4. There were no differences in need for supplemental oxygen or add-on medications. Patients in HS group had significantly more cough (46% vs. 20%, P = 0.025) and rhinorrhoe (58% vs. 31%, P = 0.30). CONCLUSION: This study does not support the use of nebulized HS over NS in therapy of hospitalized children with mild-to-moderate acute viral bronchiolitis

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OBJECTIVE: Acute bronchiolitis is a leading cause of infant hospitalization and is most commonly caused by respiratory syncytial virus. Etiological tests are not required for its diagnosis, but the influence of viral screening on the therapeutic approach for acute bronchiolitis remains unclear. METHODS: A historical cohort was performed to assess the impact of viral screening on drug prescriptions. The study included infants up to one year of age who were hospitalized for bronchiolitis. Virus screening was performed using immunofluorescence assays in nasopharyngeal aspirates. The clinical data were obtained from the patients' medical records. Therapeutic changes were considered to be associated with viral screening when made within 24 hours of the release of the results. RESULTS: The frequency of prescriptions for beta agonists, corticosteroids and antibiotics was high at the time of admission and was similar among the 230 patients. The diagnosis of pneumonia and otitis was associated with the introduction of antibiotics but did not influence antibiotics maintenance after the results of the virus screening were obtained. Changes in the prescriptions were more frequent for the respiratory syncytial virus patients compared to patients who had negative viral screening results (p=0.004), especially the discontinuation of antibiotics (p<0.001). The identification of respiratory syncytial virus was associated with the suspension of antibiotics (p=0.003), even after adjusting for confounding variables (p=0.004); however, it did not influence the suspension of beta-agonists or corticosteroids. CONCLUSION: The identification of respiratory syncytial virus in infants with bronchiolitis was independently associated with the discontinuation of antibiotics during hospitalization.

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Infection is a major cause of mortality and morbidity after thoracic organ transplantation. The aim of the present study was to evaluate the infectious complications after lung and heart transplantation, with a special emphasis on the usefulness of bronchoscopy and the demonstration of cytomegalovirus (CMV), human herpes virus (HHV)-6, and HHV-7. We reviewed all the consecutive bronchoscopies performed on heart transplant recipients (HTRs) from May 1988 to December 2001 (n = 44) and lung transplant recipients (LTRs) from February 1994 to November 2002 (n = 472). To compare different assays in the detection of CMV, a total of 21 thoracic organ transplant recipients were prospectively monitored by CMV pp65-antigenemia, DNAemia (PCR), and mRNAemia (NASBA) tests. The antigenemia test was the reference assay for therapeutic intervention. In addition to CMV antigenemia, 22 LTRs were monitored for HHV-6 and HHV-7 antigenemia. The diagnostic yield of the clinically indicated bronchoscopies was 41 % in the HTRs and 61 % in the LTRs. The utility of the bronchoscopy was highest from one to six months after transplantation. In contrast, the findings from the surveillance bronchoscopies performed on LTRs led to a change in the previous treatment in only 6 % of the cases. Pneumocystis carinii and CMV were the most commonly detected pathogens. Furthermore, 15 (65 %) of the P. carinii infections in the LTRs were detected during chemoprophylaxis. None of the complications of the bronchoscopies were fatal. Antigenemia, DNAemia, and mRNAemia were present in 98 %, 72 %, and 43 % of the CMV infections, respectively. The optimal DNAemia cut-off levels (sensitivity/specificity) were 400 (75.9/92.7 %), 850 (91.3/91.3 %), and 1250 (100/91.5 %) copies/ml for the antigenemia of 2, 5, and 10 pp65-positive leukocytes/50 000 leukocytes, respectively. The sensitivities of the NASBA were 25.9, 43.5, and 56.3 % in detecting the same cut-off levels. CMV DNAemia was detected in 93 % and mRNAemia in 61 % of the CMV antigenemias requiring antiviral therapy. HHV-6, HHV-7, and CMV antigenemia was detected in 20 (91 %), 11 (50 %), and 12 (55 %) of the 22 LTRs (median 16, 31, and 165 days), respectively. HHV-6 appeared in 15 (79 %), HHV-7 in seven (37 %), and CMV in one (7 %) of these patients during ganciclovir or valganciclovir prophylaxis. One case of pneumonitis and another of encephalitis were associated with HHV-6. In conclusion, bronchoscopy is a safe and useful diagnostic tool in LTRs and HTRs with a suspected respiratory infection, but the role of surveillance bronchoscopy in LTRs remains controversial. The PCR assay acts comparably with the antigenemia test in guiding the pre-emptive therapy against CMV when threshold levels of over 5 pp65-antigen positive leukocytes are used. In contrast, the low sensitivity of NASBA limits its usefulness. HHV-6 and HHV-7 activation is common after lung transplantation despite ganciclovir or valganciclovir prophylaxis, but clinical manifestations are infrequently linked to them.

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There is a need to provide rapid, sensitive, and often high throughput detection of pathogens in diagnostic virology. Viral gastroenteritis is a serious health issue often leading to hospitalization in the young, the immunocompromised and the elderly. The common causes of viral gastroenteritis include rotavirus, norovirus (genogroups I and II), astrovirus, and group F adenoviruses (serotypes 40 and 41). This article describes the work-up of two internally controlled multiplex, probe-based PCR assays and reports on the clinical validation over a 3-year period, March 2007 to February 2010. Multiplex assays were developed using a combination of TaqMan™ and minor groove binder (MGB™) hydrolysis probes. The assays were validated using a panel of 137 specimens, previously positive via a nested gel-based assay. The assays had improved sensitivity for adenovirus, rotavirus, and norovirus (97.3% vs. 86.1%, 100% vs. 87.8%, and 95.1% vs. 79.5%, respectively) and also more specific for targets adenovirus, rotavirus, and norovirus (99% vs. 95.2%, 100% vs. 93.6%, and 97.9% vs. 92.3%, respectively). For the specimens tested, both assays had equal sensitivity and specificity for astrovirus (100%). Overall the probe-based assays detected 16 more positive specimens than the nested gel-based assay. Post-introduction to the routine diagnostic service, a total of 9,846 specimens were processed with multiplex 1 and 2 (7,053 pediatric, 2,793 adult) over the 3-year study period. This clinically validated, probe-based multiplex testing algorithm allows highly sensitive and timely diagnosis of the four most prominent causes of viral gastroenteritis.

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Human respiratory syncytial virus (HRSV) is the main cause of acute lower respiratory tract infections in infants and children. Rapid diagnosis is required to permit appropriate care and treatment and to avoid unnecessary antibiotic use. Reverse transcriptase (RT-PCR) and indirect immunofluorescence assay (IFA) methods have been considered important tools for virus detection due to their high sensitivity and specificity. In order to maximize use-simplicity and minimize the risk of sample cross-contamination inherent in two-step techniques, a RT-PCR method using only a single tube to detect HRSV in clinical samples was developed. Nasopharyngeal aspirates from 226 patients with acute respiratory illness, ranging from infants to 5 years old, were collected at the University Hospital of the University of Sao Paulo (HU-USP), and tested using IFA, one-step RT-PCR, and semi-nested RT-PCR. One hundred and two (45.1%) samples were positive by at least one of the three methods, and 75 (33.2%) were positive by all methods: 92 (40.7%) were positive by one-step RT-PCR, 84 (37.2%) by IFA, and 96 (42.5%) by the semi-nested RT-PCR technique. One-step RT-PCR was shown to be fast, sensitive, and specific for RSV diagnosis, without the added inconvenience and risk of false positive results associated with semi-nested PCR. The combined use of these two methods enhances HRSV detection. (C) 2007 Elsevier B.V. All rights reserved.

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Introdução: O conhecimento da distribuição da perfusão pulmonar pela cintilografia na bronquiolite viral aguda, pode auxiliar no entendimento das alterações no equilíbrio da ventilação - perfusão, peculiares a essa doença do lactente jovem. Objetivo: Avaliar o padrão de distribuição da perfusão pulmonar em pacientes hospitalizados com bronquiolite viral aguda por meio de cintilografia pulmonar perfusional quantitativa com macroagregado de albumina com tecnécio (99mTc-MAA), estabelecendo associação com as avaliações clínica e radiológica, bem como determinando o seu padrão evolutivo até a condição de normalidade. Tipo de estudo: Dois estudos prospectivos com enfoque diagnóstico: um transversal, comparativo, e um longitudinal, evolutivo, controlado. Pacientes e métodos: A amostra da pesquisa foi constituída por pacientes hospitalizados no Hospital de Clínicas de Porto Alegre com diagnóstico de bronquiolite viral aguda, no período de abril de 1998 a setembro de 2000, baseada em critérios clínicos de inclusão: idade entre 01 e 24 meses, com quadro respiratório obstrutivo de vias aéreas inferiores (primeiro episódio de sibilância expiratória de início súbito, com sinais de coriza, tosse irritativa, hipertermia, taquipnéia, tiragem, batimentos de asa de nariz, esforço expiratório), com gravidade suficiente para determinar a hospitalização e cujos pais aceitaram participar do estudo. Todos os pacientes da pesquisa foram submetidos à avaliação clínica, radiológica e da perfusão pulmonar com o radiofármaco. A cintilografia foi realizada na condição de crise (primeiras 24 horas da admissão) e na convalescência (depois de 7 dias da alta hospitalar). A quantificação do fluxo sangüíneo pulmonar, representada em valores percentuais, foi realizada em três áreas de interesse, nas projeções anterior e posterior, de ambos os pulmões. As comparações foram feitas entre ambos os pulmões e entre as condições de crise e controle, considerando as áreas de interesse e os gradientes entre elas e entre as projeções anterior e posterior das mesmas. Para análise comparativa das médias foi utilizado o teste t de Student para amostras pareadas, considerando o nível de significância de 0,05. Resultados: Iniciaram o estudo transversal 38 pacientes e permaneceram no estudo longitudinal 19 pacientes; da amostra total, 22 eram do sexo masculino. A idade variou de 1 a 8 meses (média 2,8 meses). A distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar regional foi maior na região superior do pulmão esquerdo (PE) em relação ao pulmão direito (PD), na crise (P < 0,001), e maior na região média do PD, no controle. Os gradientes de distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar entre as regiões superior e média e superior e inferior foi maior no PE, na crise e no controle (P < 0,05). O gradiente de distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar entre as regiões média e inferior foi maior no PD, na crise e no controle. O gradiente de distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar no eixo ântero-posterior na região superior foi > 1,0 em ambos os pulmões, na crise, e apenas no PE, no controle; na região média, foi > 1,0 em ambos os pulmões, na crise e no controle; na região inferior, foi > 1,0 apenas no PD, na crise e no controle (P < 0,05). A distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar, comparada entre crise e controle, não mostrou diferença em quaisquer das regiões ou dos gradientes avaliados. Não houve associação entre o padrão de distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar regional na crise com a avaliação clínica ou com a avaliação radiológica dos pacientes. Conclusão: não se evidenciou uma distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar com caraterística de expressar o padrão da relação ventilação-perfusão em lactentes jovens hospitalizados com bronquiolite viral aguda. Ocorreu apenas uma tendência de redirecionamento da distribuição do fluxo sangüíneo pulmonar para as regiões superiores.

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Objetivos – Descrever as características clínicas de crianças entre 1 e 12 meses hospitalizadas com diagnóstico de bronquiolite viral aguda (BVA), nos primeiros dias de internação, e verificar se o tempo de dessaturação de oxigênio (TD) tem valor prognóstico nesses pacientes. Metodologia – Estudo de coorte realizado de maio a outubro de 2001 com 111 pacientes entre 1 e 12 meses de idade internados no Hospital da Criança Santo Antônio, de Porto Alegre (RS), com diagnóstico de BVA na admissão, com saturação transcutânea de oxigênio da hemoglobina (SatHb) menor que 95% e em oxigenoterapia por cateter extranasal há menos de 24 horas. A gravidade foi verificada através do tempo de internação, tempo de oxigenoterapia e tempo para saturar 95% em ar ambiente (desfechos). Foram realizadas avaliações clínicas duas vezes ao dia (manhã e tarde), durante o período em que o paciente necessitou de oxigênio suplementar (até atingir saturação transcutânea de oxigênio de 95% em ar ambiente), com limite de dez avaliações. Os pacientes tiveram o oxigênio adicional retirado. Foi verificado, então, o tempo necessário para a saturação decrescer até 90% (TD90) e 85% (TD85), limitando-se a medida em no máximo cinco minutos. Foi constituído um escore de gravidade com os sinais clínicos anotados. Utilizou-se o teste do qui-quadrado ou teste exato de Fischer para comparar entre si os grupos de variáveis categóricas e o teste t ou MannWhitney para variáveis numéricas. Foi utilizada a correlação de Spearman para avaliar associações entre variáveis contínuas de distribuição assimétrica (escore de gravidade, tempo de internação, tempo de oxigenoterapia total e tempo para saturar acima ou igual a 95% em ar ambiente). Considerou-se alfa crítico de 5% em todas as comparações, exceto nas correlações em que foi utilizada a correção de Bonferroni para comparações múltiplas (30 correlações: p= 0,002; 10 correlações: p= 0,005). Os dados relativos ao peso e estatura para a idade foram digitados e analisados no programa específico do EpiInfo que utiliza o padrão NCHS (EpiNut). Resultados – Houve leve predomínio do sexo masculino (54%), predominância de idade inferior a quatro meses (61,3%), prevalência maior nos meses de junho e julho, freqüência elevada de história de prematuridade (23%) e de baixo peso de nascimento (14%). As manifestações clínicas prévias à hospitalização (falta de ar, chiado no peito, febre e parar de respirar) ocorreram, na sua maioria, nos três dias anteriores. Da população estudada, 45% tinha história de sibilância prévia, a maioria com um ou dois episódios relatados (31,5%). Esses pacientes foram analisados separadamente e tiveram resultados semelhantes ao grupo com BVA. A freqüência de desnutrição moderada e grave, excluídos os pacientes com história de prematuridade, foi de 26 pacientes (23%). Todos os pacientes utilizaram broncodilatador inalatório; 20% do grupo com BVA receberam corticosteróides sistêmicos e 47% de toda população, antibióticos. A mediana do uso de oxigênio em pacientes com BVA foi de 4,4 dias (IIQ 70,2-165,2) e o tempo de oxigenoterapia até saturar 95% em ar ambiente foi de 3,4 dias (IIQ 55-128). A mediana do tempo de internação hospitalar foi de 7 dias (IIQ 5-10,5) entre os pacientes com BVA; neste aspecto, apresentou diferença (p = 0,041) em relação ao grupo com sibilância prévia, que teve um tempo de internação mais longo (9 dias, IIQ 5-12). Observou-se pouca variabilidade clínica no período estudado, através da aplicação do escore clínico. Não se encontraram correlações estatisticamente significativas entre os escores clínicos e os TDs com os desfechos. Conclusões – Os TDs como elementos auxiliares na avaliação de pacientes em oxigenoterapia não foram clinicamente úteis neste estudo. É possível, no entanto, que, avaliando pacientes com maiores diferenças clínicas entre si, essas aferições possam mostrar-se importantes.

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A bronquiolite viral aguda (BVA) é uma doença respiratória que acomete crianças principalmente no primeiro ano de vida. O Vírus Sincicial Respiratório é responsável por aproximadamente 75% dos casos de bronquiolite viral aguda; entretanto, outros agentes também podem desencadear doença semelhante, como Adenovirus1, 7,3 e 21, Rinovírus, Parainfluenza, Influenza, Metapneumovirus e, menos freqüentemente, o Mycoplasma pneumoniae. A BVA é uma doença com padrão sazonal, de evolução benigna na maioria dos lactentes hígidos, entretanto 0,5% a 2% necessitam hospitalização, dos quais 15% necessitam cuidados intensivos, e destes apenas 3 a 8% desenvolvem falência ventilatória necessitando de ventilação mecânica. A mortalidade entre crianças previamente hígidas está em torno de 1% dos pacientes internados. O objetivo deste trabalho é identificar fatores de prognóstico na BVA e correlacionar com tempo de internação em lactentes previamente hígidos. Durante o inverno de 2002, foram acompanhados em estudo de coorte 219 pacientes menores de um ano de idade com diagnóstico clínico de bronquiolite viral aguda. Estes pacientes foram avaliados e classificados conforme escore clinico modificado (DE BOECK et al., 1997) na internação, no terceiro dia e no momento da alta hospitalar. O tempo de internação real foi registrado e foi estimado o tempo de internação ideal, conforme critérios de alta clínica definidos por Wainwright e cols. , em 2003, como não uso de oxigênio por mais de 10 horas, tiragem intercostal mínima ou ausente, sem uso de medicação parenteral e com capacidade de alimentação via oral. O escore clinico na internação foi 3,88±1, 81, o tempo médio de uso de oxigênio 5,3±3,83 dias. Estes pacientes apresentaram tempo de internação real de 7,02±3,89 dias e tempo de internação ideal de 5,92±3,83 dias (p<0,001). Considerando tempo de internação ideal como variável dependente em um modelo de regressão logística, observa-se que para cada ponto de aumento no escore clinico aumenta em 1,9 a chance de o paciente permanecer internado por mais de três dias. Conclui-se, então, que se pode predizer o tempo de internação de lactentes hígidos com BVA através do escore clínico, indicando seu uso na avaliação inicial destes pacientes.

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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

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Background: Acute viral bronchiolitis is a respiratory disease with high morbidity that affects newborn in the first two years of life. Its treatment with physiotherapy has been highlighted as an important tool, however, there is no consensus regarding its effects on patients improvement. We aimed to evaluate the physiological parameters before and after the procedure respiratory therapy in newborn with acute viral bronchiolitis. Method: This was a cross sectional observational study in 30 newborns with acute viral bronchiolitis and indicated for physiotherapy care in a hospitalized Urgency and Emergency Unit. It was collected the clinical data of newborn through evaluation form, and we measured heart rate (HR), oxygen saturation (SpO2) and respiratory rate (RR). We measured the variables before physiotherapy treatment, 3, 6 and 9 minutes after the physiotherapy treatment. Results: There has been no change in HR, however, we observed a decrease in RR at 6 and 9 min compared to 3 min and increase in SpO2 at 3, 6 and 9 min compared to before physiotherapy. Conclusion: Respiratory physiotherapy may be an effective therapy for the treatment of newborn with Acute Viral Bronchitis.