960 resultados para Brazilian cinema novo
Resumo:
Among the links between Pier Paolo Pasolini and Brazilian Cinema Novo, one of the most inspiring is the political approach to hunger and consumption. In this text, I analyse this topic to look at how some of the aesthetic ideas in Pasolini’s La ricotta (1963) can also be found in some of the most important films of Cinema Novo. In 'La ricotta' (1963), the irresistible need to eat of a subproletarian interacts and clashes with his responsibilities as an actor in a movie version of the Passion of Christ, so that the film creates a complex network of relations between film shooting, social differences, art, hunger, consumption, time and light, which turns the film set into a space for displaying political relations, differences, exploitation and revolution. The correspondences between these concepts and some aggression techniques of Cinema Novo are numerous and confirm the capacity of Pasolini’s film to project ideas on cinema and politics beyond its particular production context.
Resumo:
Este trabalho tem como objetivo a análise da política cultural de cinema e sua relação com a identidade nacional, que se desenvolveu entre o final dos anos cinquenta e o início dos anos oitenta. Os principais agentes desse processo são os cineastas vinculados ao Cinema Novo e o Estado autoritário, implantado a partir de 1964, tendo como pano de fundo o intenso processo de modernização sofrido pela sociedade brasileira no período. Dentre as fontes utilizadas, destaca-se a produção cinematográfica do período, importante para compreender as ideias formuladas sobre a identidade nacional e as contradições inerentes a esse processo. No primeiro capítulo, analisamos a gênese do Cinema Novo, reconhecendo-o como movimento político e cultural, estabelecendo suas redes de sociabilidade e caracterizando seus aspectos estéticos e políticos comuns aos cineastas que dele faziam parte. Esta análise considerou três momentos distintos: o primeiro, entre 1955 e 1964, quando ocorreu a gênese do Cinema Novo; o segundo, entre 1964 e 1968, quando o Cinema Novo conheceu seu apogeu e se consolidou como proposta política e cultural; e o terceiro, entre 1969 e 1973, quando a proposta estética se esgotou, dando espaço às articulações políticas e às propostas individuais que caracterizaram esse movimento cultural até o início dos anos oitenta. No segundo capítulo, o objeto principal da análise é a ação do Estado autoritário, estabelecido a partir de 1964, no campo da cultura. Realizamos um retrospecto das intervenções do Estado brasileiro nesse campo até 1964, discorremos sobre a postura do Estado autoritário em relação à produção cultural e destacamos a Política Nacional de Cultura, proposta no final de 1975, a principal referência para se compreender o processo de construção da identidade nacional em tempos de transição. No terceiro capítulo, analisaremos especificamente a política cultural cinematográfica a partir de 1974, seus pontos em comum com a Política Nacional de Cultura e suas contradições em relação à ação do Estado autoritário na área cultural e ao processo de modernização pelo qual passou a sociedade brasileira. Por meio dessa análise, procuramos entender a forma como cinemanovistas e representantes dos órgãos oficiais da área cultural perceberam a gestação de uma política cultural de cinema que contemplasse as necessidades desses tempos de transição e fornecesse os elementos para a construção da identidade nacional. No quarto capítulo, analisamos a trajetória de Joaquim Pedro de Andrade, como intelectual cinemanovista, profundamente influenciado pelos ideais modernistas dos anos vinte e trinta, e crítico do processo de modernização autoritária posto em prática a partir de 1964. Consideramos a trajetória e a obra desse cineasta como paradigmáticas, tanto no que se refere às complexas relações políticas e culturais desenvolvidas pelo Cinema Novo, quanto às profundas transformações vividas pela sociedade brasileira no período. Entre 1955 e 1982, desenvolveram-se várias propostas políticas para a área cultural, destacando-se duas: aquela formulada e apresentada pelo Cinema Novo e aquela referente à intervenção do Estado autoritário nessa área. A atuação dos intelectuais cinemanovistas e o diálogo estabelecido entre estes e seus interlocutores, representantes do Estado autoritário no campo da cultura, possibilitaram a construção de uma identidade nacional em tempos de transição, corroborando o processo de redemocratização e construindo novas formas de se ver, analisar e compreender a sociedade brasileira.
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In the second half of the 1990s, Brazil experienced a cinematic boom. Many of the new films were received enthusiastically by audiences and critics and released worldwide. This passionately argued and illuminating book provides the first comprehensive critical account of what is known as the 'Renaissance of Brazilian cinema' and demonstrates just how thought-provoking and inspiring Brazilian cinema has become. Contributors: José Carlos Avellar - Ivana Bentes - Stephanie Dennison - Verônica Ferreira Dias - Carlos Diegues - Amir Labaki - Maria Esther Maciel - José Álvaro Moisés - Laura Mulvey - Lúcia Nagib - Luiz Zanin Oricchio - Fernão Pessoa Ramos - Lisa Shaw - Robert Stam - João Luiz Vieira - Ismail Xavier.
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This chapter compares the trajectories of Glauber Rocha and Werner Herzog in the light of the Cinema Novo.
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Este trabalho parte da análise de entrevistas, artigos e demais textos de autoria de Glauber de Andrade Rocha entre os anos de 1959 e 1979, para entender a trajetória de desenvolvimento do cinema brasileiro e suas relações com a política e economia nacionais. Glauber Rocha, cineasta e um dos principais membros do Cinema Novo brasileiro, se tornou internacionalmente conhecido por sua cinegrafia marcada pela crítica social e por seus fins político-didáticos. Sua atuação como crítico de cinema e sua participação nos debates em torno das políticas públicas de fomento à indústria cinematográfica no Brasil lhe renderiam o título de líder do movimento cinemanovista e o afirmariam, ao longo dos anos sessenta e setenta, como um dos artistas-intelectuais de maior expressão política do país.
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This article examines utopian gestures and inaugural desires in two films which became symbolic of the Brazilian Film Revival in the late 1990s: Central Station (1998) and Midnight (1999). Both evolve around the idea of an overcrowded or empty centre in a country trapped between past and future, in which the motif of the zero stands for both the announcement and the negation of utopia. The analysis draws parallels between them and new wave films which also elaborate on the idea of the zero, with examples picked from Italian neo-realism, the Brazilian Cinema Novo and the New German Cinema. In Central Station, the ‘point zero’, or the core of the homeland, is retrieved in the archaic backlands, where political issues are resolved in the private sphere and the social drama turns into family melodrama. Midnight, in its turn, recycles Glauber Rocha’s utopian prophecies in the new millennium’s hour zero, when the earthly paradise represented by the sea is re-encountered by the middle-class character, but not by the poor migrant. In both cases, public injustice is compensated by the heroes’ personal achievements, but those do not refer to the real nation, its history or society. Their utopian breadth, based on nostalgia, citation and genre techniques, is of a virtual kind, attune to cinema only.
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Glauber Rocha’s arrival at Rio de Janeiro can be considered a milestone for the Brazilian Cinema Novo movement in the early 1960s. In 1959, Glauber starts his collaborations in the Suplemento Dominical do Jornal do Brasil. This paper examines Rocha’s major contributions in this newspaper for the purpose of pointing out the strategies and formulations of the young intellectual from Bahia to promote a debate on the forms of modern Brazilian cinema and its relationship to other art forms in the 1960s.
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Este trabalho teve dois objetivos fundamentais: definir a arquitetura conceitual do que chamamos discurso do Cinema Novo; e analisar as formas como o movimento foi recebido pela crítica, com o objetivo de compreender o que o Cinema Novo deve, em termos discursivos e de prestígio, a esse diálogo. Partindo do conceito de campo cultural tal como pensado pelo sociólogo Pierre Bourdieu, ou seja, como espaço de lutas simbólicas pelo controle de lugares de poder e dos índices de valor que definem uma determinada atividade cultural, conclui-se que o prestígio alcançado pelo Cinema Novo já em seus primeiros anos se deve fundamentalmente à capacidade do grupo em responder a demanda dos setores simbolicamente dominantes da crítica por um cinema que fosse ao mesmo tempo autêntico, com toda ambiguidade que guarda o termo, e moderno, segundo as convenções estabelecidas pelas cinematografias europeias, como o neorrealismo e a Nouvelle Vague. Assim, tal como compreendemos, o Cinema Novo foi uma estratégia de comunicação e de inserção no campo cinematográfico brasileiro. Nesse trabalho, não nos propusemos analisar os filmes, cuja descrição foi feita apenas quando acreditamos fundamental para a compreensão do discurso crítico. Nossas fontes foram fundamentalmente artigos da crítica cinematográfica publicados na imprensa cultural da época. Para análise desses artigos, nos valemos das reflexões teóricas de Mikhail Bakhtin sobre a linguagem e das ferramentas teóricas da análise do discurso tal como apresentada por Michel Pêcheux e alguns comentadores de sua obra, como Eni Orlandi e José Luiz Fiorin
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This book studies the ressurgence of the utopian gesture in Brazilian Cinema from the mid-1990s onwards, as well as its variations and negations. The analysis identifies trajectories of rise and fall, which reflect oscillations in the political scenario, and includes a retrospective look at utopian traditions of the Brazilian cinematic past, in turn derived from the nation's foundational myths. At the same time, it considers the ways in which recent Brazilian film production transcends Cinema Novo's national project to interacts with modern, postmodern and commercial cinemas of the world, thus benefiting from and contributing to a new transnational cinematic aesthetics.