982 resultados para Biofilme Teses


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A Escherichia coli enteroagregativa (EAEC) um patotipo emergente e heterogneo que causa a diarria aguda ou persistente em indivduos de diferentes faixas etrias e em pacientes imunocomprometidos. Alm disso, EAEC um dos principais agentes etiolgicos da diarria dos viajantes. O padro de aderncia agregativa de EAEC est associado ao plasmdeo de aderncia agregativa (pAA). Genes presentes no plasmdeo e no cromossomo codificam protenas envolvidas na secreo extracelular de fatores de virulncia na superfcie ou diretamente na clula hospedeira. A capacidade de produo de muco e biofilme, elaborao de toxinas, aderncia e induo de inflamao intensa na mucosa intestinal so importantes caractersticas da patogenicidade de EAEC. Nesse estudo, determinamos o perfil genotpico de genes do sistema de secreo Tipo V (SST5) e sistema de secreo Tipo VI (SST6) em cepas de EAEC. Os genes do SST5 ocorreram com mais frequncia que os genes do SST6. A presena de pelo menos um gene do SST5 foi detectada em 79% das cepas, enquanto que os genes relacionados ao SST6 foram detectados em apenas 42% das cepas analisadas. A produo de biofilme foi observada em teste quantitativo e verificamos que 67% das cepas produziram biofilme. No teste qualitativo, o tipo de biofilme que predomina o biofilme moderado (11 cepas), seguido do biofilme forte (9 cepas) e do biofilme discreto (4 cepas). A presena ou ausncia de genes do SST5 e SST6 no parece interferir com a capacidade de produo de biofilme, nem com o tipo de biofilme formado. Em ensaios de citotoxicidade, apenas 25% das cepas EAEC (sobrenadante) causaram reduo significativa na viabilidade de clulas T84 avaliada pelo teste de reduo com MTT. Nossos resultados mostram que as cepas EAEC isoladas de crianas com diarria aguda ou de grupo controle so invasoras para clulas T84. Ao compararmos a capacidade invasora das cepas clinicas e controle, observamos que a mdia do ndice de internalizao obtido nas 15 cepas do grupo clinico foi de 5,7% 1,7 e para as 9 cepas do grupo controle foi de 2.4 % 0,7; entretanto essa diferena observada no foi estatisticamente significativa. No foi possvel correlacionar o perfil genotpico dos genes do SST5 e SST6 com o perfil fenotpico analisado (formao de biofilme, citotoxicidade e invaso).O que pode ser atribudo a heterogeneidade genotpica e fenotpica, uma caracterstica relevante de cepas EAEC.

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Os Staphylococcus coagulase-negativos (SCN) so encontrados na pele e mucosas de seres humanos e outros animais, j que algumas espcies so parte constituinte da microbiota normal destes mesmos stios, e podem constituir um reservatrio para SCN. A espcie Staphylococcus epidermidis, reconhecida como grande oportunista e agente de graves infeces nosocomiais e comunitrias, alm de associado com infeces em pacientes submetidos a implantes com dispositivos mdicos, e a espcie Staphyloccus haemolyticus a segunda espcie mais isolada de hemoculturas humanas, sendo uma das espcies que apresenta elevada resistncia aos antimicrobianos. O presente estudo teve como objetivo principal investigar a presena de SCN em fmites (estetoscpios, termmetros e esfigmomanmetros) no ambiente hospitalar, identificar as espcies S. haemolyticus e S. epidermidis e correlacionar seus perfis de resistncia aos antimicrobianos com a capacidade de produo de biofilme. A tcnica de multiplex-mPCR foi empregada na determinao das espcies e a fenotipagem foi realizada pelos testes fenotpicos convencionais. Os perfis de resistncia aos antimicrobianos foram verificados atravs do teste de disco-difuso, determinao da CIM (oxacilina e vancomicina), determinao da CBM e presena do gene mecA. A capacidade de produo de biofilme foi investigada pelos testes do gar Vermelho do Congo e ensaios de aderncia em superfcies abiticas (poliestireno e vidro) na presena e ausncia de oxacilina e vancomicina, alm da PCR para o gene icaAD. Os resultados demonstraram que pelos testes bioqumicos convencionais, a espcie mais encontrada foi S. epidermidis (43,5%). Aps a confirmao pela tcnica de PCR, 29 amostras (82%) foram identificadas como S. epidermidis, e 6 amostras (18%) foram identificadas como S. haemolyticus. Todas as amostras foram multirresistentes, oxacilina resistentes e vancomicina sensveis, sendo que apenas 5 amostras S. epidermidis (17,2%) foram tolerantes a oxacilina. A presena do gene mecA foi detectada em 71,4% das amostras. Apesar da maioria das amostras ter apresentado capacidade de produzir slime e/ou biofilme no foi observada total correlao com a presena do gene icaAD enfatizando a natureza multifatorial da produo de biofilme. As amostras aderiram melhor ao esfigmomanmetro, e tambm, neste fmites, foi encontrado a maior porcentagem de amostras positivas para a produo de slime. Para aderncia ao vidro e aderncia ao poliestireno no foi encontrada correlao com os fmites. Foram isoladas amostras S. epidermidis de todos os stios hospitalares estudados e S. haemolyticus s no foi encontrado em Enfermaria de Clnica Mdica. Em relao aos fmites, S. epidermidis foi encontrado em todos os fmites estudados, e S. haemolyticus, apenas foi encontrado em esfigmomanmetro e em outros fmites. Os fmites esto servindo como fontes de transmisso e disseminao de micro-organismos, sendo necessrio maiores estudos a respeito.

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Os resultados permitiram a redao de quatro artigos. Aspectos microbiolgicos e clnicos de corinebacterioses em pacientes com cncer observados durante cinco anos foram descritos no Artigo 1. No Artigo 2 foram apresentados casos de bacteremia causados por corinebactrias invasivas no toxignicas em dois perodos com intervalo de sete anos. As infeces em pacientes com cncer por C. diphtheriae, causando casos clnicos atpicos foram descritas no Artigo 3, alm do estudo dos principais fatores de virulncia de uma cepa de C. diphtheriae isolada de infeco associada ao cateter de nefrostomia foi descrita no Artigo 4. Resumidamente no Artigo 1, alm dos aspectos clnico-epidemiolgicos foram avaliados os perfis de resistncia aos antimicrobianos e o potencial de virulncia dos micro-organismos. Em cinco anos, 932 amostras de corinebactrias, com perfis de resistncia aos antimicrobianos testados, foram isoladas de pacientes com cncer. As espcies predominantes foram Corynebacterium amycolatum (44,7%), Corynebacterium minutissimum (18,3%) e Corynebacterium pseudodiphtheriticum (8,5%). O uso de catteres de longa permanncia e a neutropenia, foram s condies importantes para infeco por corinebactrias. As doenas de base mais comuns foram os tumores slidos. Pacientes hospitalizados apresentaram risco seis vezes maior de morrer, quando relacionadas s taxas de mortalidade com 30 dias (RC= 5,5; IC 95%= 1,15-26,30; p= 0,033). As bacteremias (Artigo 2) causadas por corinebactrias foram observadas em dois perodos: 2003-2004 (n=38) e de 2012-2013 (n=24). As espcies multirresistentes C. amycolatum e Corynebacterium jeikeium foram os principais responsveis pelos quadros de bacteremia. Havia 34 pacientes com tumores slidos e 28 pacientes com doenas linfoproliferativas, sendo que 21 deles apresentavam neutropenia e 54 utilizavam cateter venoso central. Em 41 pacientes havia infeco relacionada ou associada aos dispositivos intravasculares. Os pacientes com bacteremia responderam ao tratamento com vancomicina aps a remoo do cateter. O comportamento agressivo da neoplasia, o tempo de internao hospitalar e o uso de CVC aumentaram o risco de bacteremias por Corynebacterium spp. No Artigo 3, 17 casos de infeces atpicas causadas por Corynebacterium diphtheriae foram diagnosticadas de 1996 a 2013. A incidncia de C. diphtheriae correspondeu a 15,8 casos/100.000 admisses, 465 vezes maior que a incidncia de difteria na populao brasileira. Sintomas toxmicos foram observados em nove pacientes, embora quadros de difteria clssica e endocardite no fossem observados. O perfil eletrofortico em campo pulsado (PFGE) demonstrou um perfil de distribuio endmica, apesar de haver dois casos de pacientes com o mesmo perfil eletrofortico sugerindo transmisso relacionada aos cuidados sade. A adeso em superfcies biticas e abiticas e produo de biofilme em cateter de poliuretano (Artigo 4) foi demonstrada em C. diphtheriae no toxignico no stio de insero do cateter de nefrostomia. Os dados desses artigos permitiram concluir que (i) diferentes espcies de corinebactrias multirresistentes foram capazes de causar infeces em pacientes com cncer, incluindo bacteremias; (ii) C. diphtheriae foi capaz de causar infeces graves em indivduos imunocomprometidos, incluindo infeces relacionadas ao uso de dispositivos invasivos em populaes de risco, tais como pacientes com cncer.

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A ocorrncia de fentipos multirresistentes de Corynebacterium pseudodiphtheriticum e sua associao a infeces graves, com elevada mortalidade em pacientes imunocomprometidos, aliados ao escasso conhecimento da virulncia e patogenia destas infeces, motivou esta pesquisa, que teve como objetivo investigar mecanismos de virulncia e resistncia microbiana deste agente entre pacientes de um hospital universitrio brasileiro. Um total de 113 amostras de C. pseudodiphtheriticum identificadas por mtodos bioqumicos convencionais e sistema API-Coryne isoladas de pacientes de diferentes grupos etrios. Os micro-organismos eram, em sua maioria, relacionados a infeces no trato respiratrio (27,45%), urinrio (29,20%) e sitios intravenosos (18,60%) e cerca de 32,70% das amostras foram provenientes de pacientes com pelo menos uma das condies predisponentes: insuficincia renal; transplante renal, tuberculose em paciente HIV+, cncer, cirrose heptica, hemodilise e uso de cateter. As amostras testadas revelaram-se multirresistentes sendo a maioria resistente oxacilina, eritromicina e clindamicina. A adeso das cepas ao poliestireno e ao poliuretano indicou o envolvimento de hidrofobicidade da superfcie celular na fase inicial da formao de biofilmes. O crescimento subsequente conduziu formao de microcolnias, agregados bacterianos densos incorporados na matriz exopolimrica rodeada por espaos vazios, tpica de biofilmes maduros. Adicionalmente, a interao do micro-organismo com fibrinognio e fibronectina humana indica o envolvimento destes componentes sricos na formao de biofilme, sugerindo a participao de diferentes adesinas neste processo e a capacidade deste agente formar biofilme in vivo. A afinidade por esses componentes e a formao de biofilme podem contribuir para o estabelecimento e disseminao da infeco no hospedeiro. Adicionalmente, as cepas de C. pseudodiphtheriticum isoladas de pacientes com infeces localizadas (ATCC10700/Pharyngitis) e sistmicas (HHC1507/Bacteremia) exibiram um padro de aderncia agregativa-like a clulas HEp-2, caracterizado por aglomerados de bactrias com aparncia de um "empilhado de tijolos". Atravs do teste FAS e ensaios de interao na presena de inibidores de citoesqueleto, demonstramos o envolvimento da polimerizao de actina na internalizao das cepas testadas. A internalizao bacteriana e rearranjo do citoesqueleto pareceu ser parcialmente desencadeado pela ativao da tirosina-quinase. Finalmente, C. pseudodiphtheriticum foi capaz de sobreviver no ambiente intracelular e embora no tenha demonstrado capacidade de replicar intracelularmente, clulas HEp-2 foram incapazes de eliminar o patgeno completamente no ambiente extracelular no perodo de 24 horas. Todas as cepas estudadas foram capazes de induzir apoptose em clulas epiteliais 24 horas ps-infeco evidenciada pelo aumento significativo no nmero de clulas mortas e pela ocorrncia de alteraes nucleares reveladas atravs dos mtodos de colorao pelo azul Trypan, pelo DAPI e microscopia electrnica de transmisso. Alteraes morfolgicas incluindo a vacuolizao, a fragmentao nuclear e a formao de corpos apoptticos foram observadas neste perodo. A citometria de fluxo demonstrou ainda uma diminuio significativa no tamanho das clulas infectadas e a utilizao de dupla marcao (iodeto de propdio / anexina V) permitiu a deteco da ocorrncia de necrose e apoptose tardia. Em concluso, o conhecimento de tais caractersticas contribuiu para a compreenso de mecanismos envolvidos no aumento da frequncia de infeces graves com elevada mortalidade em pacientes no ambiente hospitalar, por C. pseudodiphtheriticum, um patgeno rotineiramente subestimado em pases em desenvolvimento.

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Os enterococos esto amplamente distribudos no ambiente. Nos seres humanos, compem a microbiota do trato gastrintestinal, da cavidade oral e do trato geniturinrio. Nas ltimas dcadas, esses microrganismos se tornaram importantes agentes etiolgicos de infeces hospitalares. Uma caracterstica marcante desses microrganismos a resistncia intrnseca a vrios antimicrobianos utilizados habitualmente no tratamento de infeces, alm de alguns fatores que tem sido relacionado virulncia de enterococos. Este estudo investigou a presena de enterococos em amostras de infeco e colonizao de pacientes hospitalizados, profissionais de sade, dietas hospitalares e manipuladores de alimentos. Foram analisadas 276 amostras de colonizao, de quadros de infeco, dietas orais e manipuladores de alimento. No foram recuperadas amostras dos profissionais de sade. Todas as amostras foram submetidas a testes convencionais de caracterizao do gnero e espcies. Testes de susceptibilidade aos antimicrobianos foram empregados pelo mtodo de disco difuso, alm da CIM para vancomicina e teicoplanina. A produo de biofilme e a expresso da gelatinase tambm foram avaliadas. Os genes de resistncia a gentamicina, estreptomicina e vancomicina e os genes de virulncia cylA, esp e fsr foram pesquisados pela tcnica de PCR. O polimorfismo gentico foi determinado por PFGE. A espcie E. faecalis foi a prevalente nas amostras isoladas de colonizao e infeco (42,2% e 81,9%, respectivamente). E. casseliflavus (58,9%) foi a mais freqente dentre as amostras das dietas hospitalares e E. faecium (46,7%) de manipuladores. Dentre as amostras de colonizao as maiores taxas de resistncia foram observadas para eritromicina (76,3%) e ciprofloxacina (53,9%). Dentre as amostras de infeco, >70% foram resistentes a eritromicina, ciprofloxacina e tetraciclina. Resistncia a nveis elevados de gentamcina (HLR-GE) e estreptomicina (HLR-ST) foi detectada em 24,6% e 20,4% das amostras, respectivamente, e todas foram portadoras dos respectivos genes. A maioria das amostras de colonizao (52,6%) e infeco (55,7%) foram multirresistentes. A taxa para resistncia a nveis elevados de vancomicina foi de 5,2% e todas eram portadoras do gene vanA. Em relao a formao de biofilme, 70,2% foram produtoras, com uma maior freqncia dentre as de infeco. A expresso de gelatinase foi detectada em 28,9% e 44,3% das amostras de colonizao e infeco, respectivamente. Nenhuma das amostras isoladas das dietas hospitalares e de manipuladores expressou gelatinase. Nas amostras pertencentes as espcies E. faecalis e E. faecium (n=109) 16,5%, 51,4% e 48,6% apresentaram produtos de amplificao referentes aos genes cylA, esp e fsr, respectivamente. A anlise do polimorfismo gentico revelou uma extensa diversidade dentre as amostras pertencentes as espcies E. faecalis e E. faecium, no acarretando um perfil eletrofortico prevalente. Entretanto, foi observado um perfil nico dentre as amostras de E. gallinarum resistentes a vancomicina (vanA). Este estudo mostrou que amostras de enterococos isoladas de diferentes fontes, no s de quadros infecciosos, podem representar um risco para a populao, apontando para uma maior reflexo quanto ao papel desses microrganismos nas infeces humanas, particularmente no ambiente hospitalar.

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A clula epitelial o primeiro contato entre os micro-organismos e o hospedeiro. Essa interao pode levar a produo de diversas citocinas, quimiocinas, molculas inflamatrias e tambm estimular a gerao de espcies reativas de oxignio (ERO). Neste trabalho avaliamos se a interao com as clulas HEp-2 poderia ser genotxica para os mutantes derivados de Escherichia coli K-12 deficientes em algumas enzimas que fazem parte do sistema de reparo por exciso de base (BER). Alm disto, avaliamos a expresso do sistema SOS, que induzido pela presena de danos no genoma bacteriano. Os resultados obtidos mostraram a presena de filamentos, na interao com clulas HEp-2, principalmente, no mutante xthA (BW9091) e no triplo mutante xthA nfo nth (BW535). Quando a interao foi quantificada na ausncia da D-manose, observamos um aumento das bactrias aderidas. Alm disto, a quantidade e o tamanho dos filamentos tambm aumentaram, mostrando que as adesinas manose-sensveis estavam envolvidas na filamentao bacteriana. Para comprovar se o aumento da filamentao observada neste ensaio foram uma consequncia da induo do sistema SOS, desencadeada pela interao com as clulas HEp-2, quantificamos a expresso do SOS, na presena e na ausncia da D-manose. De fato, observamos que a induo do SOS na ausncia da D-manose foi maior, quando comparada, com o ensaio realizado na presena de D-manose. Alm disto, observamos que a ausncia de xthA foi importante para o aumento da filamentao observada na ausncia de D-manose. Diante destes resultados, verificamos se a resposta de filamentao ocorreria quando as bactrias interagiam com uma superfcie abitica como o vidro. Observamos tambm inmeros filamentos nos mutantes BER, BW9091 e BW535, quando comparados a cepa selvagem AB1157. Essa filamentao foi associada induo do SOS, em resposta a interao das bactrias com o vidro. Em parte a filamentao e a induo do SOS observadas na interao ao vidro, foram associadas produo de ERO. Quantificamos tambm o nmero de bactrias aderidas e observamos que as nossas cepas formavam biofilmes moderados. Contudo, a formao de biofilme dependia da capacidade da bactria induzir o sistema SOS, tanto em aerobiose como em anaerobiose. A tenso do oxignio foi importante para interao dos mutantes BER, uma vez que os mutantes BW9091 e BW535 apresentaram uma quantidade de bactrias aderidas menor em anaerobiose. Contudo, a diminuio observada no estava vinculada a morte dos mutantes BER. Tambm realizamos microscopia de varredura na cepa selvagem e nos mutantes, BW9091 e BW535 e confirmamos que as trs cepas formavam biofilmes tanto em aerobiose como em anaerobiose. Observamos uma estrutura sugestiva de matriz extracelular envolvendo os biofilmes da cepa selvagem AB1157 e do mutante BW9091. No entanto, a formao desta estrutura por ambas as cepas dependia da tenso de oxignio, pois nos biofilmes formados em anaerobiose essa estrutura estava ausente. Em concluso, mostramos que na interao das bactrias com a superfcie bitica e abitica, ocorreu leso no genoma, com induo do SOS e a resposta de filamentao associada.

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<i>Enterococcus faecium</i> tem se destacado no cenrio das infeces hospitalares, particularmente, amostras portadoras de caractersticas de multirresistncia. Apesar de serem responsabilizados como agentes etiolgicos em diferentes quadros clnicos, fatores associados a patognese das infeces ainda no esto esclarecidos. Entretanto, sabe-se que a capacidade de formao de biofilmes pode ser responsabilizada como um dos atributos capazes de promover o papel patognico desses microrganismos. Assim sendo, este estudo se props a investigar a capacidade de formao de biofilmes por duas amostras de <i>E. faecium</i>: SS-1274 (derivada da amostra tipo da espcie) e CL-6729 (multirresistente e pertencente a um complexo clonal globalmente disperso). As amostras foram caracterizadas fenotipica e genotipicamente para confirmao da identificao, determinao da susceptibilidade a 17 antimicrobianos, caracterizao da concentrao mnima inibitria para ampicilina, gentamicina e vancomicina, determinao do gentipo vanA e deteco de genes associados a expresso dos genes asa1, cylA, esp, gelE e hyl. A anlise quantitativa da formao por 24h e 72h dos biofilmes foi realizada por metodologia do cristal violeta, em placas de microtitulao de poliestireno. Foram construdas curvas de formao pela avaliao da DO570nm das preparaes coradas por cristal violeta em perodos de tempo de 2h a 74h. A influncia de subCMIs de ampicilina, gentamicina e vancomicina na formao de biofilmes de <i>E. faecium</i> foi tambm caracterizada em ensaios de quantificao da biomassa. A presena de DNA e protenas foi avaliada em ensaios de destacamento e por fluorimetria. A arquitetura, distribuio espacial e reao aos fluorocromos Syto9 e SYPRO Ruby Protein foram evidenciadas por microscopia confocal de varredura a laser. Anlises protemicas atravs da avaliao por SDS-PAGE e por ESI-Q-TOF tambm foram empregadas para avaliao de biofilmes versus crescimento planctnico. Nossos resultados demonstraram que a amostra CL-6729 apresentou uma maior biomassa nos tempos analisados. Apesar da menor quantidade de biomassa da amostra SS-1274, o perfil da curva de formao foi semelhante a CL-6729. As anlises da matriz por ensaios quantitativos e microscopia confocal revelaram que protena parece ser um importante constituinte para ambas as amostras, entretanto biofilmes formados na presena de da CMI e durante 24h, parecem sofrer alteraes na constituio. Os resultados relativos s espectrometrias de massa sugerem que clulas de biofilmes de <i>E. faecium</i> podem tambm estar metabolicamente ativas, devido a identificao de um considervel nmero de protenas relacionadas ao metabolismo e diviso celular, similarmente s clulas planctnicas. No entanto, investigaes complementares so necessrias para quantificar as diferenas relacionadas a sua expresso. Foi observado que ambas as amostras independente das variaes fenotpicas e genotpicas so capazes de formar biofilmes maduros exibindo constituio e arquitetura similares. Entretanto, nossos resultados sugeriram que cada amostra responde as diferentes situaes de acordo com seus determinantes de virulncia e resistncia.

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Corynebacterium diphtheriae um importante patgeno humano e agente causal da difteria. Embora seja observada uma reduo mundial no nmero de casos da doena, a difteria permanece endmica em muitos pases e surtos so esporadicamente notificados. No Brasil, o ltimo surto ocorreu no estado no Maranho e revelou mudanas em aspectos clnico-epidemiolgicos da doena. Diferentemente da maioria das cepas de difteria brasileiras, que pertencem ao biovar mitis, nesse surto dois diferentes pulsotipos de C. diphtheriae biovar intermedius foram isolados. Alm disso, sinais patognomnicos da doena no foram relatados em parte dos casos. C. diphtheriae tambm vem sendo relacionado com quadros de infeces invasivas, apesar de ser reconhecido como patgeno tipicamente extracelular. Em conjunto, estas mudanas no perfil das infeces por C. diphtheriae sugerem a existncia de outros fatores de virulncia alm da produo da toxina diftrica. Neste sentindo, foram realizadas anlises de tipagem molecular e de genmica comparativa para avaliar a diversidade gentica e o potencial de virulncia de cepas de C. diphtheriae isoladas de difteria clssica e infeces invasivas. Os resultados obtidos demonstram a circulao de diferentes clones invasores no Brasil. Alm disso, revelaram diferenas marcantes na presena e na composio de ilhas de patogenicidade entre as amostras, bem como nos genes sob regulao do DtxR e nas sequncias dos corinefagos integradas ao cromossomo bacteriano. Uma vez que o potencial invasor bacteriano e a persistncia no ambiente podem estar relacionados tolerncia ao estresse oxidativo, foram procurados nos genomas sequenciados, genes possivelmente envolvidos neste processo. Dentre estes, os genes DIP0906, predito como gene de resistncia ao oxidante telurito (TeO32-), e DIP1421, codificador do regulador transcricional OxyR, foram caracterizados funcionalmente e tiveram seus papis na patogenicidade investigados. Ensaios in vivo utilizando o nematdeo Caenorhabditis elegans demonstraram que ambos so importantes para a virulncia de C. diphtheriae. Alm da resistncia ao TeO32, DIP0906 parece contribuir para a resistncia ao perxido de hidrognio (H2O2) e para a viabilidade no interior de clulas respiratrias humanas. J OxyR, alm de controlar negativamente a resposta ao H2O2, parece estar envolvido com a ligao de C. diphtheriae a protenas plasmticas e de matriz extracelular. Adicionalmente, foi investigada resistncia e a capacidade de adaptao de C. diphtheriae frente a agentes oxidantes, atravs da induo de resposta adaptativa e/ou resistncia cruzada e da formao de biofilme. As cepas de C. diphtheriae apresentaram diferentes nveis de resistncia e um comportamento heterogneo na presena dos agentes oxidantes, o que sugere a existncia de diferentes estratgias de sobrevivncia e adaptao de C. diphtheriae nas condies de estresse oxidativo.

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As espcies reativas de oxignio (ERO) so geradas durante o metabolismo celular normal e podem produzir vrios danos oxidativos no DNA, tais como leses nas bases nitrogenadas ou stios apurnico/apirimidnico (AP). Essas leses podem acarretar acmulo de stios de mutaes, caso esses danos no sejam reparados. Entretanto, as bactrias possuem vrios mecanismos de defesa contra as ERO que desempenham um importante papel na manuteno da fisiologia. O objetivo deste trabalho foi o de avaliar se sistemas enzimticos, como o reparo por exciso de bases (BER), sistema SOS e SoxRS, interferem em respostas como a sensibilidade aos antibiticos, aderncia das clulas bacterianas a superfcies biticas ou abiticas e formao de biofilme. Os mutantes utilizados no presente estudo so todos derivados de Escherichia coli K-12 e os resultados obtidos mostraram que, dos mutantes BER testados, o nico que apresentou diferena no perfil de sensibilidade aos antimicrobiamos em relao cepa selvagem (AB1157) foi o mutante xthA- (BW9091), deficiente em exonuclease III. No teste de aderncia qualitativo realizado com linhagem de clulas HEp-2 (originria de carcinoma de laringe humana) foi observado que onze cepas da nossa coleo, apresentaram um padro denominando like-AA, contrastando com o que era esperado para as cepas de E. coli utilizadas como controle negativo, que apresentam aderncia discreta sem padro tpico. A aderncia manose-sensvel via fmbria do tipo I avaliada nesse estudo mostrou que essa fimbria, possui um papel relevante na intensidade da aderncia e filamentao nessas cepas estudas. A filamentao uma resposta SOS importante para que o genoma seja reparado antes de ser partilhado pelas clulas filhas. Alm disso, com relao formao de biofilme, oito cepas apresentaram um biofilme forte sendo que essa resposta no foi acompanhada pelo aumento da intensidade de filamentao. Nossos resultados em conjunto sugerem o envolvimento de estresse oxidativo na definio de parmetros como sensibilidade a antimicrobianos, padro e intensidade de aderncia, filamentao e formao de biofilme nas amostras de E. coli K-12 avaliadas neste trabalho. Sugerimos que a aderncia gera estresse oxidativo causando danos no DNA, o que leva a induo do sistema SOS resultando na resposta de filamentao observada.

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A difteria uma doena imunoprevinvel que permanece endmica em diversas regies do mundo. Alm dos casos de difteria clssica, doenas invasivas como endocardite, osteomielite, pneumonia e infeces relacionadas cateter, tem acometido indivduos adultos parcialmente imunizados. A natureza multifatorial dos fatores de virulncia que favorecem a formao de biofilme e sobrevivncia em macrfagos tem sido evidenciada para o Corynebacterium diphtheriae. Entretanto, escassos so os trabalhos que investigaram a influncia de condies ambientais na virulncia do patgeno. Uma vez que agentes oxidantes so capazes de gerar radicais livres e levar ao estresse oxidativo que, consequentemente, podem resultar em resposta adaptativa e influenciar na formao do biofilme e na virulncia bacteriana, o presente trabalho teve como objetivo geral avaliar os efeitos do perxido de hidrognio (H2O2), paraquate e telurito de potssio (K2TeO3) em propriedades biolgicas de cepas de C. diphtheriae de origens diversas. Os resultados demonstraram que as amostras de C. diphtheriae apresentaram nveis de resistncia ao K2TeO3, H2O2 e paraquate, porm em intensidades variadas e independentes da capacidade de produo da toxina diftrica. Algumas amostras, toxinognicas ou no, isoladas do trato respiratrio superior demonstraram resposta adaptativa para H2O2 passando, portanto, a expressar resistncia aumentada aps uma prvia exposio ao referido agente oxidante. C. diphtheriae no exibiu respostas adaptativas para o K2TeO3 e paraquate. C. diphtheriae foi capaz de produzir biofilme na superfcie de substratos abiticos de natureza hidroflica (vidro) e hidrofbica (poliestireno) na presena de agentes oxidantes K2TeO3, H2O2 e paraquate. A presena dos agentes oxidantes influenciou na formao de biofilme de algumas amostras. O paraquate inibiu a produo de biofilme de todas amostras. A amostra TR241 teve a produao de biofilme inibida na presena dos trs agentes oxidantes analisados. Por outro lado, a presena de H2O2 e do K2TeO3 estimulou a produo de biofilme de algumas amostras. Para todas as amostras de C. diphtheriae testadas, independentes das origens, biotipos e da capacidade de produo de toxina diftrica, os ensaios moleculares indicaram a presena de sequncias gnicas cromossmicas homlogas, codificadores da protena DIP 0906 (TeR) e da protena DIP 1421 (OxyR), envolvidos na resistncia ao telurito e na proteo contra o estresse oxidativo, respectivamente. No foi observada correlao da suscetibilidade e a resposta adaptativa aos agentes oxidantes com as diferentes caractersticas bacterianas: origem, stio de isolamento, produo de toxina diftrica, metabolizao de sacarose e produo de biofilme. Em concluso, o estresse oxidativo foi capaz de influenciar fatores de virulncia do C. diphtheriae, como a capacidade de produao de biofilme, que podem estar contribuindo para a patogenia da difteria clssica assim como de doenas invasivas causadas por cepas atoxinognicas.

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Os orifcios de acesso aos parafusos de reteno devem ser preenchidos para que o parafuso no seja danificado caso seja necessria a remoo da prtese. Dentre os materiais mais utilizados esto o algodo, a fita de politetrafluoretileno e a guta percha. O objetivo deste estudo avaliar a formao de biofilme de Candida albicans nos materiais anteriormente descritos, buscando estabelecer um parmetro que contribua para a escolha do tipo de material mais adequado a ser utilizado clinicamente. Foram utilizados UCLAs, anlogos e parafusos sextavados, todos de titnio. Os conjuntos foram montados com torque de 32N. Os materiais foram condensados no interior dos UCLAs e colocados em meio de cultura com uma suspenso de 3x106 clulas/ml de Candida albicans. O sistema foi armazenado 37C com agitao, por 15 dias e o meio foi renovado a cada 48 horas. A quantificao de biofilme foi realizada pelo ensaio de MTT e leitura 490nm, resultando em diferentes valores de densidade ptica. A normalidade (p=0,304 - Kolmogorov-Smirnov) e a igualdade de varincias (p=0,721 - Scheffe) foram testadas primeiramente. O teste de anlise de varincia demonstrou diferena significativa entre os grupos (p<0,001) e com o Holm-Sidak foi observada diferena significativa entre os grupos algodo e guta (p<0,05) e algodo e fita de politetrafluoetileno (p<0,05); no houve diferena significativa entre os grupos guta e fita de politatrafluoretileno (p>0,05), apesar dos valores da fita de politetrafluoetileno terem sido maiores. Considerando-se as limitaes deste estudo in vitro, podemos concluir que tanto a guta-percha quanto a fita de politetrafluoretileno apresentaram menor formao de biofilme, no havendo diferena estatisticamente significativa entre os materiais. O algodo apresentou um nvel de formao de biofilme significativamente maior que a fita de politetrafluoretileno e a guta percha. Diante disso, sero necessrios novos estudos para confirmar as limitaes que este tipo de material pode apresentar quando usado como material de preenchimento do acesso do parafuso da prtese sobre implante.

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Nas ltimas dcadas, os Staphylococcus coagulase-negativo, tm sido considerados como patgenos verdadeiros, sendo um dos principais grupos bacterianos responsveis pelas infeces relacionadas a assistncia a sade (IRAS). O presente estudo teve como objetivo geral: avaliao da relao entre a resistncia a oxacilina e a produo de biofilme de amostras Staphylococcus coagulase-negativo de origem comunitria e hospitalar. Neste sentido, foram desenvolvidos os seguintes objetivos especfico: identificar ao nvel de espcie os Staphylococcus coagulase-negativo; analisar por tcnica fenotpica (gar vermelho do Congo) a produo de slime; avaliar quantitativamente, a produo de biofilme; correlacionar a produo de polissacardeos extracelulares (slime) com a produo de biofilme; avaliar a relao da resistncia a oxacilina como indicador da presena do gene mecA; avaliar a relao entre a concentrao inibitria mnima e a concentrao bactericida mnima para oxacilina; pesquisar a presena dos genes mecA, icaAD e atlE, pela tcnica de PCR. Foi estudado um total de 150 amostras, sendo 50 isoladas de fmites, 50 isoladas de sangue e 50 isoladas de comunidade. Independente da origem, foram identificadas 14 espcies de Staphylococcus coagulase-negativo, sendo mais frequentes S. epidermidis 42,6%, S. haemolyticus 13,3% e S. cohnii cohnii 10,7%. A anlise geral da expresso fenotpica de slime mostrou que 64% das amostras avaliadas eram produtoras de slime. Das 150 amostras testadas neste estudo, 95,3% foram produtoras de biofilme. Ao considerarmos a anlise da quantificao do biofilme em relao s origens das amostras estudadas no encontramos diferenas significativas e a maioria das amostras foi considerada moderadamente produtora de biofilme. O gene mecA foi detectado em 6 amostras comunitrias, 34 amostras de fmites e 34 amostras de sangue. No houve diferena significativa entre as amostras de fmites e sangue. Porm, houve diferena significativa entre as amostras de origem comunitria e as de origem hospitalar - fmites e sangue (p < 0,0001). Ao compararmos as trs origens de isolamento quanto a presena do gene atlE observamos que houve diferena significativa (p = 0,0012) entre elas. Sendo, as amostras isoladas de sangue, as que apresentaram maior nmero de amostras que possuam o gene atlE (n = 18). Das 150 amostras testadas observamos a presena do gene icaAD em 46% amostras comunitrias, 56% amostras de fmites e 60% amostras de sangue, no encontramos diferena significativa (p = 0,5750). Observamos uma correlao entre a resistncia a oxacilina e a produo de slime, pois as amostras de origem hospitalar (fmites e sangue) apresentaram altos nveis de resistncia a oxacilina e em sua grande maioria foram produtoras de slime. A espcie S. epidermidis foi a mais isolada e deve-se ressaltar que, quando comparada com as outras espcies, apresentou altos nveis de resistncia a oxacilina, sendo a maioria produtora de slime e biofilme.

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O objetivo deste estudo foi determinar os nveis de interleucina-1&#946; (IL-1 &#946;), IL-2, IL-4, IL-8, interferon-&#947; (IFN-&#947;) e a atividade de elastase no fluido gengival (FG) de pacientes com periodontite crnica generalizada (PCG) e periodontite agressiva generalizada (PAgG), e correlacionar com indivduos de um grupo controle com gengivite apenas. Um objetivo secundrio foi analisar o perfil microbiolgico subgengival destes indivduos. Dados clnicos transversais foram obtidos de 20 pacientes com PCG, 17 pacientes com PAgG e 10 indivduos com gengivite. Amostras de FG foram coletadas com tiras de papel e os nveis de: IL-1&#946;, IL-2, IL-4, IL-8 e IFN-&#947; foram medidos, utilizando um imunoensaio do tipo multiplex (Luminex). Atividade da elastase foi avaliada por um ensaio enzimtico. Amostras de placa subgengival foram analisadas atravs do checkerboard DNA-DNA hybridization. As diferenas de significncia entre os grupos para dados imunolgicos e microbiolgicos foram realizadas utilizando o teste Kruskal-Wallis, ajustando para mltiplas comparaes. As mdias dos parmetros clnicos e os volumes de FG foram maiores nos pacientes com PCG e PAgG comparados ao grupo gengivite. Nveis mais elevados de IL-1&#946; e atividade de elastase foram encontrados em stios profundos quando comparado a stios rasos em ambos os grupos com periodontite (p <0,05). Os dados microbiolgicos apresentaram nveis significativamente mais elevados das espcies do complexo vermelho em pacientes com PCG e PAgG, quando comparados aos indivduos com gengivite (p <0,05). No houve diferena estatisticamente significante nos nveis de biomarcadores no FG e nos nveis de espcies bacterianas subgengivais entre pacientes com PCG e pacientes com PAgG. Sendo assim, conclumos que os dados do presente estudo no mostraram diferena estatisticamente significante nos parmetros imunolgicos e microbiolgicos medidos entre indivduos com PCG e PAgG.

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O objetivo do presente estudo foi comparar a expresso de IL-1&#946;, IL-4, IL-8, interferon-&#947;, atividade de elastase e a composio do perfil microbiano subgengival antes e depois do tratamento periodontal no cirrgico em pacientes com doena peridontal crnica generalizada (PC) e agressiva generalizada (PA). Vinte pacientes com PC e quatorze com PA foram avaliados. Dados clnicos, fluido gengival e biofilme subgengival foram analisados na visita inicial (VI) e 3 meses (3M) aps o tratamento periodontal no cirrgico. Amostras de fluido gengival (FG) foram coletadas com tiras de papel e os nveis de: IL-1&#946;, IL-4, IL-8 e INF-&#947; foram medidos, utilizando um tipo de imunoensaio multiplexado (Luminex). Atividade da elastase foi avaliada por um ensaio enzimtico. Amostras de placa subgengival foram analisadas atravs do checkerboard DNA-DNA hybridization. Na avaliao de 3 meses aps terapia periodontal foi encontrado melhora significativa para todos os parmetros clnicos em ambos os grupos. Foram encontradas redues significativas na atividade de elastase nos stios rasos e profundos dos pacientes do grupo PA e nos stios profundos do grupo PC, tambm foi achado um aumento significativo de INF-&#947; nos stios rasos do grupo PA. Os dados microbiolgicos, mostraram redues significativas para os nveis dos membros do complexo vermelho (P. gingivalis, T. forsythia, T.denticola), e para as espcies E.nodatum e P.micra no grupo PC. No grupo PA, ocorreram redues significativas no nveis de P. gingivalis, T. forsythia, Fusobacterium nucleatum ss polymorphum e Fusobacterium periodonticum. Quando as respostas clnica e imunolgica 3M aps terapia foram comparadas entre os grupos, apenas diferenas sutis foram observadas. Nenhuma diferena microbiolgica foi encontrada entre os grupos aps a terapia. Em concluso, os achados suportam nossa hiptese de que as periodontites cronica e agressiva respondem de forma semelhante ao tratamento periodontal nao cirrgico.

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Este estudo tem como propsito analisar a eficcia de diferentes formulaes de antisspticos bucais presentes no mercado brasileiro sobre um monobiofilme de Streptococcus mutans (ATCC 25175). O experimento foi realizado expondo as amostras s formulaes por 1 minuto. Os biofilmes foram desenvolvidos semeando as cepas em tubos de ensaio contendo meio de cultura TSB acrescido de 1% de sacarose por 7 dias, com trocas de meio a cada 48 horas. A amostra foi dividida em grupos: monobiofilme tratado com soluo contendo clorexidina (controle positivo); monobiofilme tratado com soluo contendo leos essenciais; monobiofilme tratado com soluo contendo triclosan; biofilme tratado com soluo contendo triclosan acrescido de cloreto de zinco; monobiofilme tratado com soluo contendo cloreto de cetilpiridnio; monobiofilme tratado com soluo salina fisiolgica estril (controle negativo). Para a anlise do efeito ps antibiotico, as cepas foram removidas e plaqueadas imediatamente aps a exposio e aps 2 horas de crescimento em meio TSB. A mdia do crescimento bacteriano foi convertida em unidades formadoras de colnia (UFC) para anlise. Para analizar a capacidade de recolonizao as cepas foram inoculadas em TSB acrescido de sacarose por 48hs. os valores submetidos anlise estatstica pelo teste t-student e ANOVA com modificao de Tukey e Dunnett. Os resultados nos permitem concluir que: todos os grupos tratados com antisspticos apresentaram reduo das concentraes de microrganismos viveis em relao ao controle negativo, nos dois tempos analizados. As formulaes contendo triclosan e leos essenciais no apresentaram diferena nem relao ao controle positivo e nem entre eles mesmos, tambm nos dois tempos. As formulaes de antisspticos, contendo clorexidina, leos essenciais, triclosan podem alterar a capacidade de recolonizao do monobiofilme, neste modelo.