965 resultados para Andrade, Oswald de, 1890-1954 Crítica e interpretação
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Ps-graduao em Histria - FCLAS
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A figura do ndio, na Literatura Brasileira, durante anos foi marcada pelos relatos sob a perspectiva de no ndios. As vozes dos povos indgenas foram silenciadas, ocultadas pelo discurso dominante, que disseminava ideias com base em seu ponto de vista, muitas vezes marcado pelo teor de superioridade diante desses povos. Principalmente presentes nos textos de viajantes e missionrios da poca da colonizao, os reflexos dessa atitude ainda so marcantes nos dias atuais: preconceitos e ideias equivocadas sobre a cultura amerndia. Tempos depois, passa-se do ndio brbaro e selvagem ao ndio idealizado das obras romnticas, mantendo o discurso parcial pautado na viso do outro. Em 1928, atravs da proposta antropofgica de Oswald de Andrade, inicia-se um novo perodo diante dessa realidade, muito embora ainda seja uma viso desenvolvida a partir do homem branco. Oswald contribuiu para trazer tona a figura do ndio sem a idealizao romntica e com base na valorizao dos nativos e de sua cultura. O modernista, com sua bandeira da assimilao crítica de contedos, propunha um resgate do primitivo como forma de integrar essa realidade aos novos tempos da industrializao, alm de objetivar a ruptura com modelos pr-estabelecidos e eliminao do vetor dominante-dominado. Nos ltimos anos, por outro lado, tem crescido o nmero de obras no mbito artstico produzidas pelos prprios indgenas, trazendo as vozes que, na verdade, sempre existiram. Nesse contexto, encontra-se a obra de Eliane Potiguara. A mulher e indgena, voz marcante do livro Metade cara, metade mscara (2004), apresenta ao leitor o viver entre dois mundos, o adaptar-se ao universo contemporneo sem perder as suas razes e a sabedoria ancestral. Assim como Oswald, Potiguara resgata o primitivo, atravs do discurso construdo a partir da mulher-terra, e assimila recursos do universo do no ndio para gritar suas dores e sua esperana, o que possibilita um dilogo com a proposta da Antropofagia oswaldiana. Pretende-se, a partir da ideia desenvolvida por Benedito Nunes (2011) acerca do carter diagnstico, teraputico e metafrico da Antropofagia, estabelecer relaes entre os pensamentos de Oswald de Andrade e Eliane Potiguara por meio da arte literria, refletindo sobre a ruptura com padres pr-estabelecidos atravs de novas perspectivas, a exemplo da literatura indgena
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Ps-graduao em Histria - FCLAS
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Este trabalho tem como objetivo traar um panorama artstico literrio presente na produo do escritor modernista Oswald de Andrade, identificando a evoluo esttica ideolgica do autor por meio do manifesto Pau-Brasil (1925) e o Antropfago (1928); de teses e artigos como Meu Testamento (1944) e A crise da filosofia Messinica (1945); de entrevistas presentes no livro Telefonema, parte integrante da coleo: Obras Completas de Oswald de Andrade (Rio de janeiro, 1974); e de sua produo teatral. Toma como ponto de partida a antropofagia como um operador cultural, de modo que a caracterstica mais marcante do escritor, a irreverncia, fomentada e trabalhada por meio da ironia, ferramenta de discurso que Oswald de Andrade utiliza com uma funo social, uma arma revolucionria e poltica. Para tal, traou-se uma linha entre a produo modernista e a produo teatral de Oswald e desse levantamento bibliogrfico, a pea que mais chamou a ateno foi O rei da vela, primeira pea escrita na fase adulta, em 1933, e publicada em 1937 e que somente teve sua primeira encenao 30 anos depois, em 1967, pelo grupo de Teatro Oficina com a direo de Jos Celso Martinez Corra. O grupo realizou um levantamento literrio e documental sobre o Oswald de Andrade, atravs de depoimentos dos atores que receberam a proposta de encenao (em 1934), aos Manifestos, at encontrar a Antropofagia oswaldiana, e dela se utilizarem para concretizar O rei da vela, retomando e usando a antropofagia, essencialmente, como um operador cultural
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O ano de 1924 torna-se significativo para Oswald de Andrade e, de um modo geral, para a histria da literatura brasileira. De um lado, publicava-se o livro Memrias sentimentais de Joo Miramar, romance que situaria o escritor, conforme declarara seu grande aliado no propsito de atualizao das artes nacionais, Mrio de Andrade, no seleto grupo dos autores modernistas. Ou, de acordo com uma fortuna crítica pouco mais recente, obra que o elevaria condio de um artista propriamente moderno, de extremada vanguarda. De outro, lanava-se o Manifesto da Poesia Pau Brasil, documento reconhecido como a primeira iniciativa mais definida de construo, no decorrer de uma fase destrutiva do primeiro tempo do modernismo, de um programa esttico para o meio artstico brasileiro. Um dos seus principais pontos, como se destaca nesta tese, corresponde discriminao de certos princpios que tornariam possvel o desenvolvimento de uma poesia de exportao. Estabeleciam-se determinados preceitos que possibilitariam, alm de uma valorizao de elementos representativos de uma brasilidade outrora esquecidos, uma condio de as iniciativas nacionais situarem-se, por meio de dilogos, intercmbios, em um plano igualitrio de contribuies junto a um segmento vanguardista de Paris. Ambos os textos representariam um avano to expressivo em relao s realizaes anteriores do escritor, que alguns crticos compreendem-nos como indicativos da existncia de dois Oswalds: um, o de antes, predominante convencional; outro, extremamente moderno. Investigar o percurso relacionado emergncia do segundo Oswald a partir do primeiro constitui-se como o objetivo da pesquisa. Trata-se de recuperar e demarcar, criticamente, certas origens e desenvolvimentos relativos a um autor, comumente reconhecido como pouco significativo, em seus itinerrios de constituio daquele que se tornou cannico na literatura brasileira. Para tanto, estabeleceu-se como corpus do desenvolvimento deste trabalho, uma produo que comporta, entre outros documentos, as suas primeiras contribuies no jornal Dirio Popular, os escritos para O Pirralho, as verses iniciais e manuscritas de Memrias Sentimentais de Joo Miramar, a conferncia pronunciada na Sorbonne, Leffort intellectuel du Brsil contemporain, e os artigos e crnicas que o escritor remete a seus amigos no Brasil e imprensa, por ocasio de sua permanncia na Europa em 1923
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Esta tese tem por objetivo investigar as memrias de infncia na escrita autobiogrfica de Graciliano Ramos, Oswald de Andrade, Jos Lins do Rego e Cyro dos Anjos, privilegiando as estratgias de autorrepresentao adotadas pelos autores nas obras Infncia, Um homem sem profisso - sob as ordens de mame, Meus verdes anos e A menina do sobrado. Tal abordagem tem como objeto de reflexo os elementos que so relevantes para a configurao de uma identidade narrativa na escrita autobiogrfica. Das diferentes formas de autofigurao retiramos as estratgias textuais. As estratgias a que recorre uma escrita de si em certo espao, em certo tempo e em certa linguagem. Estabelecemos os procedimentos comuns na retrica de nossos autores, tais como a primeira lembrana, a elaborao da crnica familiar, os pais, os lugares da memria, a poca de escola e a cena de leitura. Nossa perspectiva se apresenta como uma indagao sobre os procedimentos usados na construo da identidade, considerando que as cenas selecionadas pelo escritor elaboram a autoimagem que ele deseja construir
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Em 1924, Blaise Cendrars, em meio a um projeto ambicioso de realizao de um filme de propaganda sobre o Brasil, em parceria com Oswald de Andrade, teve a oportunidade de testemunhar a ecloso da Revoluo de 1924, reprimida com violncia pelo governo federal. A experincia marcou a sua imaginao e sepultou os planos de realizar um filme no Brasil, baseado em episdios da histria paulista. Um dos elementos que aproximaram Oswald e Cendrars foi o desejo comum de se tornarem cineastas-cavadores
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O presente trabalho tem por objetivo analisar a construo da identidade nos discursos literrios de Jos de Alencar e Mrio de Andrade em que o recurso literatura oral aparece como elemento central. O foco da anlise so os textos crticos e tericos desses autores, tomando-se especialmente em considerao questes da teoria de Johann Gottfried Herder sobre a poesia popular enquanto poesia natural, que deveria servir de matria prima para a literatura erudita
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Su contenido se adapta a los temas de las especificaciones AS y A2 para las especificaciones de AQA y Edexcel. Repasa el sistema poltico del pas, el perodo de 1890 a 1920 y analiza los motivos de la entrada de los Estados Unidos en la Primera Guerra Mundial. Estudia la situacin de aparente estabilidad econmica de la dcada de 1920 y la devastacin producida por la Gran Depresin,las polticas del New Deal, el optimismo bajo la presidencia de Roosevelt y el impacto de la Segunda Guerra Mundial.
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Coordenao de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (CAPES)
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O presente trabalho discute como os conceitos do Fantstico se desenvolvem na obra em prosa do escritor modernista portugus Mrio de S-Carneiro, comparando duas perspectivas tericas distintivas sobre o tema. Uma dessas possibilidades implica perceber o Fantstico como um gnero literrio numa perspectiva histrica , admitindo-o de forma mais restrita e restritiva; outra, como um modo discursivo numa perspectiva a-histrica , de carter mais abrangente e acolhedor. A partir desses diferentes pressupostos, objetiva-se, estudando um conjunto de quatro narrativas curtas do autor (Loucura e Incesto, do livro Princpio, e A grande sombra e A estranha morte do Professor Antena, de Cu de fogo), averiguar a forma como S-Carneiro, valendo-se do recurso s estratgias de construo narrativa do Fantstico, alm de poeta, torna-se um cone da prosa portuguesa na viragem do sculo XIX para o XX, estabelecendo um referencial para a Literatura Fantstica em Portugal. Para realizar este estudo, foram utilizados conceitos tericos de Tzvetan Todorov, Filipe Furtado, Irne Bessire e, tangencialmente, de outros variados estudiosos do Fantstico da contemporaneidade
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Esta dissertao se prope a estudar o tema do duplo a partir da produo flmica de Hanns Heinz Ewers, O estudante de Praga, e o conto de Mrio de S-Carneiro, A confisso de Lcio, ambos de 1913. Asduas narrativas se organizam em torno de um tringulo amoroso e compartilham o mesmo destino trgico. Tomando como suporte, inicial, de leitura os textos de Freud e Rank, de 1914, Sobre o narcisismo: uma introduo e O duplo, respectivamente, o artigo de Lacan, O estdio do espelho como formador da funo do eu (1949) e seu seminrio sobre a angstia, pretende-se estabelecer um dilogo entre literatura e psicanlise, considerando a questo do desdobramento do eu e suas variantes, a ciso do eu em mltiplos eus e o desaparecimento da imagem. A imagem no espelho, a princpio fonte de jbilo, escamoteia um drama: o drama de um sujeito que se constitui a partir de uma fico
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Imagens de um corpo de mulher: (re)criaes na obra de arte de Clarice Lispector e Frida Kahlo uma pesquisa de ordem literria e filosfica, que tem como objetivo encontrar um corpo de mulher atravs da anlise de parte da produo literria de Clarice Lispector e plstica de Frida Kahlo, experimentada tambm pela pesquisadora no exerccio desta escrita acadmica. Com o mtodo comparativo, esta dissertao prope apresentar zonas fronteirias entre a plasticidade e a textualidade, tanto da palavra, quanto da imagem. Tendo como ponto de interseo o corpo, h uma escritora que pinta e uma pintora que escreve: neste duplo deslocamento, vislumbram-se cruzamentos das quais insurgem corporalidades cuja constncia estar em transformao. Nos processos criativos das duas artistas pesquisadas, so tnues os limiares entre vida e arte. Coloca-se em questo o conceito de representao, j h muito tempo em crise, e possibilita o uso do termo (re)criao. No livro gua Viva, de Clarice Lispector, uma personagem-pintora realiza uma metaescrita, discutindo as limitaes e os alcances do prprio ato de escrever. Nos quadros de Frida Kahlo, recorrente a presena de uma figura corprea marcada por procedimentos cirrgicos, fruto da condio enferma que acompanhou a artista por toda sua trajetria. Cada uma, a seu modo e a partir de seu prprio corpo vivente, produziu (re)criaes que implicam, em suas obras de arte, o leitor e o fruidor, inclusive a pesquisadora. Diante desse panorama, destacam-se os imbricamentos entre a Literatura e a Pintura, assim como entre a Arte e a Filosofia. Este trnsito no s aponta, mas tambm gera corpos potico-conceituais. A cintilao destes encontros, pois, o devir aqui estudado um corpo de mulher por vir
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A proposta deste estudo analisar o surgimento de uma nova manifestao do inslito ficcional no cenrio literrio francs novecentista, caracterizada pela incorporao inslita de eventos histricos. Em consonncia com o questionamento ps-moderno sobre as limitaes do discurso histrico tradicional, que pretendeu representar fielmente o passado, muitos romances inslitos publicados na Frana na segunda metade do sculo XX inseriram o referente histrico posicionando-o no mesmo grau de realidade que os fenmenos inslitos narrados. Levando em conta o quadro geral da ps-modernidade, pretendemos analisar a confluncia entre elementos inslitos e referncias histricas em Le Livre des Nuits, de Sylvie Germain, publicado em 1984. Tal romance, caracterizado pela fuso entre o ordinrio e o extraordinrio, apresenta eventos histricos, como a guerra franco-prussiana e as grandes guerras mundiais, que provocam reaes sobrenaturais nos personagens. Utilizando a noo de metafico historiogrfica proposta por Linda Hutcheon, analisaremos a incorporao de eventos do passado em Le Livre des Nuits, no como dados histricos, mas como elementos ficcionais que integram a realidade mgica e plural do romance. Esta dissertao visa identificar como os elementos inslitos atribuem uma dimenso scio-histrica aos personagens, analisando os procedimentos textuais que viabilizam a coexistncia entre o real e o irreal no universo romanesco. Para um estudo mais aprofundado dos protocolos narrativos que compem nosso objeto de estudo, examinaremos tambm outros romances publicados no mesmo perodo, como Moi, Tituba, Sorcire... de Maryse Cond e La Sorcire de Marie Ndiaye, que apresentam uma caracterizao similar das manifestaes inslitas, que se integram harmoniosamente realidade histrica dos personagens
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Paulicia Desvairada, de Mrio de Andrade e Parania, de Roberto Piva, carregam o aspecto revolucionrio de estreias (estreia modernista de Mrio) que chegam para derrubar o estabelecido. Ambos encontram um ambiente hostil e combatem o padro de suas respectivas pocas com versos calcados na concepo de confronto. Muito deste mpeto, por vezes, pode esconder outras caractersticas aparentemente menos relevantes e mais trabalhadas em obras posteriores. O conceito solidrio de Joo Luiz Lafet (1986) uma solidariedade tambm reforada por Giorgio Agamben (1993) e que estaria nas entranhas de um posicionamento claramente mais radical o caminho percorrido nesta dissertao, trazendo tona o eu solidrio para alm do pano de fundo em Paulicia Desvairada e Parania. A complexidade polissmica na poesia de Mrio de Andrade e o agressivo desregramento dos sentidos na potica de Roberto Piva unem-se na semelhana e na diferena, incitando e proporcionando esta pesquisa. Uma vez descortinada, a primeira pessoa solidria uma espcie de embrio a ser explorado revela-se maior, com uma fora que atravessa o tempo e convida o leitor a no se entregar ao comodismo