994 resultados para (de)palatalization patterns, 15th–16th century Portuguese
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This paper addresses the debate on the place of origin of the Upper Guinea branch of Portuguese Creole (UGPC) as spoken in Guinea-Bissau and Casamance (GBC)1 and on the Santiago Island of Cape Verde (SCV). The hypothesis that UGPC emerged on Santiago rather than on the mainland is underpinned both historically and linguistically. First, a historical framework is presented that accounts for the linguistic transfer from Santiago to Cacheu. Secondly, Parkvall’s (2000) lexical evidence in favor of a Santiago birth will be analyzed and corroborated. Thirdly, a phonological trait that separates GBC from SCV is highlighted and shown to favor a Santiago origin. Finally, lexical and phonological features typical of 15th–16th century Portuguese shared by GBC and SCV are combined with historical data to further strengthen the Santiago birth hypothesis.
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A maioria dos órgãos históricos portugueses data dos finais do século XVIII ou do princípio do século XIX. Durante este período foi construído um invulgar número de instrumentos em Lisboa e nas áreas circundantes por António Xavier Machado e Cerveira (1756-1828) e outros organeiros menos prolíficos. O estudo desses órgãos, muitos dos quais (restaurados ou não) se encontram próximos das condições originais, permite a identificação de um tipo de instrumento com uma morfologia específica, claramente emancipada do chamado «órgão ibérico». No entanto, até muito recentemente, não era conhecida música que se adaptasse às idiossincrasisas daqueles instrumentos. O recente estudo das obras para órgão de José Marques e Silva (1782-1837) permitiu clarificar esta situação. Bem conhecido durante a sua vida como organista e compositor, José Marques e Silva foi um dos ultimos mestres do Seminário Patriarcal. A importância da sua produção musical reside não só num substancial número de obras com autoria firmemente estabelecida – escritas, na maior parte, para coro misto com acompanhamento de órgão obbligato – mas também na íntima relação entre a sua escrita e a morfologia dos órgãos construídos em Portugal durante a sua vida. Este artigo enfatiza a importância de José Marques e Silva (indubitavelmente, o mais significativo compositor português para órgão do seu tempo) sublinhando a relevância das suas obras para órgão solo, cujo uso extensivo de escrita idiomática e indicações de registação fazem delas um dos mais importantes documentos só início do século XIX sobre a prática organística em Portugal.
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Contrastando com o importante legado dos mestres organistas portugueses dos séculos XVI e XVII, a música portuguesa para órgão pós-1700 parece quase inexistente (excluindo raros exemplos, como as quatro sonatas para órgão de Carlos Seixas). Seja devido à destruição causada pelo grande terramoto de Lisboa em 1755, ou a outras causas, a ausência de fontes é surpreendente, considerando os testemunhos de actividade musical durante aquele período. Este artigo lida com uma fonte até hoje relativamente ignorada: o manuscrito CLI/1-4 nº 7 da Biblioteca do Palácio Ducal de Vila Viçosa (Versos / Sobre o Canto Chão / Para Orgão / De Fr. Jeronimo da M.dre de DS.). Esta colecção de vinte versos para órgão de Jerónimo da Madre de Deus é, de longe, a maior obra portuguesa para órgão da primeira metade do século XVIII até hoje conhecida. Claramente pensadas para o órgão, estas curtas peças testemunham a transformação da escrita para tecla em Portugal durante o reinado de D. João V (nomeadamente através da absorção de influências italianas) e fornecem informações preciosas sobre o tipo de instrumento em que eram tocadas.
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Although Josquin is by far the best-represented foreign composer in Gonçalo de Baena's Arte novamente inventada pera aprender a tanger (Lisbon, 1540), his music is undeniably under-represented both in the extant sixteenth-century Portuguese manuscripts containing Franco-Flemish polyphony and in volumes imported from the Netherlands such as Coimbra MM 2 and VienNB 1783. Josquin’s reputation made him, along with Ockeghem, a symbol in Portuguese humanistic culture, but up to at least the late 1530s his name seems to have been much better known than his music. Nevertheless, possible allusions to specific works by Josquin can be found in early- and mid-sixteenth-century Portuguese polyphony. By the 1520s, the general technical and stylistic characteristics of his and the following generation of northerners had begun to permeate locally produced polyphony. This eventually replaced the late-fifteenth- and early-sixteenth-century pan-consonant and homorythmic style associated with the Aragonese and the so-called Spanish court repertory.
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Due to the worldwide increase in demand for biofuels, the area cultivated with sugarcane is expected to increase. For environmental and economic reasons, an increasing proportion of the areas are being harvested without burning, leaving the residues on the soil surface. This periodical input of residues affects soil physical, chemical and biological properties, as well as plant growth and nutrition. Modeling can be a useful tool in the study of the complex interactions between the climate, residue quality, and the biological factors controlling plant growth and residue decomposition. The approach taken in this work was to parameterize the CENTURY model for the sugarcane crop, to simulate the temporal dynamics of aboveground phytomass and litter decomposition, and to validate the model through field experiment data. When studying aboveground growth, burned and unburned harvest systems were compared, as well as the effect of mineral fertilizer and organic residue applications. The simulations were performed with data from experiments with different durations, from 12 months to 60 years, in Goiana, TimbaA(0)ba and Pradpolis, Brazil; Harwood, Mackay and Tully, Australia; and Mount Edgecombe, South Africa. The differentiation of two pools in the litter, with different decomposition rates, was found to be a relevant factor in the simulations made. Originally, the model had a basically unlimited layer of mulch directly available for decomposition, 5,000 g m(-2). Through a parameter optimization process, the thickness of the mulch layer closer to the soil, more vulnerable to decomposition, was set as 110 g m(-2). By changing the layer of mulch at any given time available for decomposition, the sugarcane residues decomposition simulations where close to measured values (R (2) = 0.93), contributing to making the CENTURY model a tool for the study of sugarcane litter decomposition patterns. The CENTURY model accurately simulated aboveground carbon stalk values (R (2) = 0.76), considering burned and unburned harvest systems, plots with and without nitrogen fertilizer and organic amendment applications, in different climates and soil conditions.
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O Diário de uma Viagem a Timor (1882-1883) descreve o itinerário de Isabel Pinto da França Tamagnini entre Singapura e Díli. O Diário oferece uma representação peculiar da cultura asiática e das suas mulheres, através do olhar de uma europeia cuja formação e mundividência em pouco ultrapassavam a esfera doméstica e religiosa. A escrita de Tamagnini reflecte a sensibilidade de um estrato privilegiado da sociedade, que considerava a escrita feminina como um passatempo tolerável de senhoras prendadas. Logo nas primeiras linhas do Diário, Tamagnini afirma claramente que a sua produção e recepção devem restringir-se ao círculo da família e amigos, pois ela mesma o considera um texto recreativo e impressionista. Mas é precisamente esta característica que faz do Diário de Tamagnini um documento da sociedade colonial portuguesa de finais do século xix. Tamagnini compõe uma representação subjectiva de uma realidade ‘exótica’ e dos seus actores, recordando a noção de ‘orientalismo’ de Edward Said. O olhar de Tamagnini é dominado pela pertença a uma elite etnocêntrica e produz um texto crítico, simultaneamente confessional e moralizador. Tamagnini parece viajar através de espaços de socialização aristocrática, mais do que através de geografias e culturas. Mas o espaço urbano é progressivamente substituído pelo território ‘selvagem’, à medida que a viagem se aproxima do destino. E aqui o Diário funciona como texto paradigmático, se bem que por vezes irreverente, de uma representação etnocêntrica da colónia, dos agentes coloniais e ‘seus’ colonizados, com especial atenção à descrição dos ‘tipos’ femininos observados ao longo desta Viagem a Timor.
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Since the XIX century, Portuguese and foreign geologists have defined 47 new invertebrate taxa (foraminifera, ostracods, coelenterates, brachiopods, gastropods, ammonoids, echinoids), 2 new fossil plant taxa (charophyte and pteridophyte) and 1 ichnofossil, using toponymy from the Algarve; these taxa refer to 1 genera, 47 species and 2 varieties. Besides the Algarve toponym, the most used as specific name, twenty others have been used, mostly from western Algarve; these toponyms are associated to: – Miocene units, particularly from Ribeira de Cacela and Ferragudo; – Cretaceous units between Zavial and Marim; – Upper Jurassic units from Sagres, Carrapateira and Loulé and Middle Jurassic units from Sagres and Guilhim; – Triassic units from Vila do Bispo to Tavira; – Carboniferous units, particularly from the Aljezur-Bordeira-Carrapateira region. The earliest of these designations were attributed to seven gastropods from the Upper Miocene of Cacela (COSTA, 1866-1867). The majority of the named species are typical of the Algarve, but some have been collected, as well, in the Lusitanian Basin. Although extensively cited in the geological literature, some of these taxa either do not fulfill the ICZN rules, or fall into synonymy with previously established taxa, or should be formally considered as non valid names (nomem nudum and nomen oblitum). Only widespread bibliographical review, associated with the palaeontological revision of some of these groups and the correct interpretation of the ICZN articles, will allow confirming, or not, the doubts that have now arisen.
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É objetivo deste ensaio mostrar que Fernão de Oliveira, tendo-se esforçado por não ficar muito preso aos modelos latinos, traçou as linhas mestras da gramática stricto sensu (ou morfossintaxe) do português do séc. XVI, isto é, identificou as categorias gramaticais que funcionam efetivamente nesta língua.
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O estudo aqui proposto centrar-se-á nas imagens do Brasil expressas por manuais didáticos, por periódicos e por intelectuais portugueses do século XIX. Pretende-se, a partir de tal documentação, reconstituir alguma atmosfera mental que circundava as idéias de Brasil e a percepção da nação portuguesa sobre o tema do Brasil, da emigração e dos brasileiros. Mediante tal enfoque, entendemos ser possível tanto compreender as identidades que configuravam uma dada mitologia cultural quanto a demarcação de distâncias e diferenças.
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Se os cronistas espanhóis inventaram paulatinamente o que viria a ser a América, como O' Gorman propôs, os cronistas portugueses da primeira metade do século XVI foram bem mais cautelosos na construção de uma identidade para os territórios do ultramar visitados por Colombo e por Cabral. Esses cronistas quinhentistas, com os olhos na Ásia, só tardiamente deixaram de pensar esse quase um outro mundo como lugar de passagem para pensá-lo como lugar de parada. Embora distanciando-se do tom de espanto que marca cartas e relatos utilizados como fontes e revelando uma preocupação em atribuir um lugar específico para a viagem de Cabral na construção da história portuguesa, as peripécias dos navegadores sobressaem às peculiaridades das terras e gentes que viriam futuramente a merecer dos seus congêneres uma atenção especial. Neste ensaio, o alvo visado é o lugar, na cronística portuguesa quinhentista, conferido a esses territórios de pouco prestígio, melhor, o lugar que lhe é concedido na memória portuguesa desses primeiros tempos.
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O texto pretende realizar uma interpretação da narrativa de viagem ao Paraíso Terrestre cistercience Vida de Santo Amaro, à luz da história portuguesa entre os séculos XIII e XV, apontando as relações existentes entre pensamento histórico e pensamento mítico na passagem do processo de Reconquista para os Descobrimentos, vivenciados ao longo da história das diferentes versões escritas da fonte analisada.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Il presente studio ha come obiettivo quello di chiarire le dinamiche culturali iscritte nella fine secolo portoghese a partire dall’analisi di alcune opere letterarie -in particolar modo poetiche - tra cui spicca il Só di António Nobre. L’Ultimatum inglese del 1890 mandando in frantumi il progetto imperiale in Africa, scatena un conflitto che si manifesta non solo a livello di un confronto con l’Altro, ma soprattutto, per le sue implicazioni simboliche, nei termini di un confronto interno proprio con l’immaginario nazionale. L’Ultimatum mette in crisi l’iperidentità descritta da Eduardo Lourenço come il frutto di una storia marcata da una deriva atlantica rispetto al resto d’Europa ed elaborata durante secoli di letteratura come il volto più autentico del Portogallo. Contemporaneamente segna inesorabilmente la distanza da quell’immaginario europeo e moderno che in stretto legame con il progetto imperiale ne costituiva le fondamenta. La poesia dell’epoca segue il paradigma apocalittico che associa al pianto e all’invettiva gli elementi di un’aspettativa messianica di riscatto: alla rabbia segue l’invito di riporre l’attenzione nelle glorie di un tempo in modo da rafforzare il Portogallo decaduto. La rivisitazione in chiave rigeneratrice del passato e dello spazio nazionale è una costante della letterautra neoromantica, l’opera di Antonio Nobre tuttavia non può essere affrontata secondo questa lettura: non si tratta qui di nessun recupero dell’età dell’oro, al contrario, la modernità dell’autore sta nel dichiarare l’impraticabilità di un immaginario che più che perduto non è mai esistito e si rivela dunque nella sua natura di feticcio.
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Este projecto identifica os impressores portugueses do século XVII representados no fundo de livro antigo presente no acervo geral da Biblioteca da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, incluindo aqueles cujas oficinas de impressão não granjearam a glória da dinastia Craesbeeck, mas que, de igual modo, têm lugar cativo na história da tipografia portuguesa. Identificando-os, quantificando-os e enquadrando-os historicamente esperamos conseguir mostrar que não é apenas nas Bibliotecas Públicas com carácter patrimonial como a Biblioteca Nacional e a Biblioteca Municipal de Évora, que se encontram depositados testemunhos importantes para o estudo da tipografia portuguesa. Pretende-se mapear o fundo do século XVII, tentando, na medida do possível, reconstituir a sua história através das pistas deixadas nos exemplares que denotam a proveniência de colecções integradas e, através da análise dos dados disponíveis, contribuir para um melhor conhecimento da tipografia portuguesa do século XVII.
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Esta dissertação tem como objetivo verificar, de acordo com o conceito de marketing político, como se deu a construção da imagem pública do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso na revista Veja durante as eleições presidenciais de 1994. Para tanto, analisou-se 19 edições desse periódico, todas relativas ao período de junho a outubro do referido ano. Estudou-se a propaganda ideológica e suas categorias, como codificação, controle ideológico, contrapropaganda e difusão, presentes no material empírico analisado. Este trabalho desenvolveu-se à luz dos procedimentos metodológicos referentes ao Estudo de Caso enquanto tipo ou estratégia de pesquisa. Entre as técnicas para a coleta de dados, realizou-se a Análise de Conteúdo de natureza quantitativa e qualitativa dos dados pesquisados e entrevista com o próprio ex-presidente. Por meio deste estudo obteve-se os seguintes resultados: Fernando Henrique Cardoso teve o maior volume em centímetro/coluna em relação ao seu opositor, o candidato Luiz Inácio Lula da Silva. Em relação aos códigos utilizados nas matérias analisadas, o volume maior em centímetro/coluna ocorreu no código linguístico, significando que a revista Veja deu mais ênfase às palavras, às frases e aos parágrafos que compõem as estruturas articuladas, segundo os padrões históricos e culturais da língua portuguesa. No que diz respeito aos gêneros informativos, o volume maior em centímetro/coluna foi em reportagem, isso significa que a revista enfatizou os fatos que repercutiram e produziram efeitos na sociedade, e que foram percebidos pela revista. Concluise que as matérias publicadas fortaleceram significativamente a sua imagem perante os leitores da Veja, favorecendo-o em relação ao seu opositor, mas não chegaram a elegê-lo.(AU)