912 resultados para interpretative flexibility
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The ontogeny of continent-wide navigation mechanisms of the individual organism, despite being crucial for the understanding of animal movement and migration, is still poorly understood. Several previous studies, mainly conducted on passerines, indicate that inexperienced, juvenile birds may not generally correct for displacement during fall migration. Waterbirds such as the mallard (Anas platyrhynchos, Linnaeus 1758) are more flexible in their migration behavior than most migratory songbirds, but previous experiments with waterbirds have not yet allowed clear conclusions about their navigation abilities. Here we tested whether immature mallard ducks correct for latitudinal displacement during fall migration within Europe. During two consecutive fall migration periods, we caught immature females on a stopover site in southeast Sweden, and translocated a group of them ca. 1,000 km to southern Germany. We followed the movements of the ducks via satellite GPS-tracking and observed their migration decisions during the fall and consecutive spring migration. The control animals released in Ottenby behaved as expected from banding recoveries: they continued migration during the winter and in spring returned to the population's breeding grounds in the Baltics and Northwest Russia. Contrary to the control animals, the translocated mallards did not continue migration and stayed at Lake Constance. In spring, three types of movement tactics could be observed: 61.5% of the ducks (16 of 26) stayed around Lake Constance, 27% (7 of 26) migrated in a northerly direction towards Sweden and 11.5% of the individuals (3 of 26) headed east for ca. 1,000 km and then north. We suggest that young female mallards flexibly adjust their migration tactics and develop a navigational map that allows them to return to their natal breeding area.
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This paper presents a novel analysis of the utilisation of small grid scale energy storage to mitigate negative system operational impacts due to high penetrations of wind power. This was investigated by artificially lowering the minimum stable generation level of a gas thermal generating unit coupled to a storage device over a five hour storage charging window using a unit commitment and economic dispatch model. The key findings of the analysis were a 0.18% reduction in wind curtailment, a 2.35 MW/min reduction in the ramping rate required to be met by all generators in the test system during a representative period and a total generation cost reduction of €6.5 million.
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Galactokinase catalyses the first committed step of the Leloir pathway, i.e. the ATP-dependent phosphorylation of α-D-galactose at C1-OH. Reduced galactokinase activity results in the inherited metabolic disease type II galactosaemia. However, inhibition of galactokinase is considered a viable approach to treating more severe forms of galactosaemia (types I and III). Considerable progress has been made in the identification of high affinity, selective inhibitors. Although the structure of galactokinase from a variety of species is known, its catalytic mechanism remains uncertain. Although the bulk of evidence suggests that the reaction proceeds via an active site base mechanism, some experimental and theoretical studies contradict this. The enzyme has potential as a biocatalyst in the production of sugar 1-phosphates. This potential is limited by its high specificity. A variety of approaches have been taken to identify galactokinase variants which are more promiscuous. These have broadened galactokinase's specificity to include a wide range of D- and L-sugars. Initial studies suggest that some of these alterations result in increased flexibility at the active site. It is suggested that modulation of protein flexibility is at least as important as structural modifications in determining the success or failure of enzyme engineering.
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This book explores what it is like to be involved in contemporary open adoption, characterised by varying forms of contact with birth relatives, from an adoptive parent point of view.
The author’s fine-grained interpretative phenomenological analysis of adopters’ accounts reveals the complexity of kinship for those whose most significant relationships are made, unmade and permanently altered through adoption. MacDonald distinctively connects adoption to wider sociological theories of relatedness and personal life, and focuses on domestic non-kin adoption of children from state care, including compulsory adoption. The book also addresses current child welfare concerns, and suggestions are made for adoption practice. The book will be of interest to scholars and students with an interest in adoption, social work, child welfare, foster care, family and sociology.
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Actualmente, a formação inicial de professores do 1º ciclo tem-se centrado na flexibilidade dos processos de trabalho, nas vertentes científica e técnica e no desenvolvimento de competências (Comissão Europeia, 2001), colocando-se ainda, no entanto, a tónica no conhecimento científico. O professor deve ser capaz de se adaptar aos diferentes contextos e funções a desempenhar e de resolver situações de grande imprevisibilidade e de grande indefinição. Será que a formação inicial de professores os prepara para um futuro próximo? Que futuro? “Tentarmos descrever o futuro, a partir do agora, significa que o que fizermos hoje será criticamente importante”, porque no futuro a formação inicial de professores será construída a partir do conhecimento básico, das ideias abstractas e das descobertas cientificas que fizermos hoje. “A base do modo como hoje, no século XXI, se formam professores está no que foi descoberto e legado nos anos 60, 70, 80, 90 do século XX”. Que fazemos hoje, agora mesmo, para contribuir para esse legado? Estamos convictos que muito de nada ou muito de pouco. O que alterar? Há quem pense que os professores do 1º ciclo não são analíticos. Talvez intuitivos, mas analíticos não. Ao aceitarmos esta dicotomia estamos a “atrapalhar” o futuro. Não somos apenas analíticos. Não somos apenas intuitivos. Na prática quotidiana, nas salas de aula, não usamos apenas as ferramentas diárias, usamos também a intuição e a análise. Uma análise baseada na teoria, enquanto manifestação do nosso esforço de expressar e partilhar, ou entender a nossa experiência, para influenciar o que nos é externo. Como “ensina” a formação inicial os futuros professores a trabalhar com os outros, para os outros? Todos temos um passado, um presente e um futuro em que nos formamos e que partilhamos uns com os outros, seja pela prática, seja pela teoria. Conceitos teóricos e práticos, como identidade, profissão, socialização profissional, práticas pedagógicas, formação inicial, instituição de formação, supervisão, relações pessoais e institucionais, representações sociais são conceitos construídos individual e socialmente, sempre em relação com os outros. Que percepção têm os professores cooperantes, detentores de uma turma de crianças do 1º ciclo, que “emprestam” aos futuros professores para desenvolverem a prática pedagógica da sua formação inicial, desta formação dada na instituição de formação? Foi o que pretendemos indagar com o presente trabalho. Do ponto de vista metodológico, o estudo foi desenvolvido segundo uma metodologia de natureza qualitativa, quantitativa e interpretativa que cruzou a informação recolhida através de diferentes instrumentos de recolha de dados, como as evocações livres e hierarquizadas, em contexto normal, e evocações hierarquizadas em contexto de substituição, um Teste de Reconhecimento do Objecto e um Questionário de Caracterização do Objecto. O tratamento dos dados foi feito com os programas SPSS, Excel, EVOC 2003 e SIMI. Participaram neste estudo 93 professores cooperantes. As conclusões mais genéricas apontam no sentido de confirmar os pressupostos adiantados no enquadramento teórico, quanto à hipótese da existência de um núcleo central e um sistema periférico, numa abordagem estruturalista das representações sociais, que parecem influenciar o modo como é percepcionada a formação inicial, pelos professores cooperantes.
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A presente tese investiga o processo de tomada de decisão na gestão de cadeias de abastecimento, utilizando um quadro de análise de opções reais. Especificamente, estudamos tópicos como o nível de inventário ideal para protecção contra a incerteza da procura, o momento para implementação de capacidade flexível em mercados onde existe complexidade no mix de produtos, o tempo para o reforço do factor trabalho visando requisitos de serviço ao mercado, e as decisões entre integração e outsourcing num ambiente de incerteza. Foram usadas metodologias de tempo discreto e contínuo para identificar o valor ideal e o calendário das opções a adoptar, quando a procura é estocástica. Além disso, foram considerados os efeitos dos requisitos dos mercados, como a complexidade na oferta de produtos e o nível de serviço. A procura é representada recorrendo a diferentes processos estocásticos, o impacto de saltos inesperados também é explorado, reforçando a generalização dos modelos a diferentes condições de negócio. A aplicabilidade dos modelos que apresentamos permite a diversificação e o enriquecimento da literatura sobre a abordagem de opções reais, no âmbito das cadeias de abastecimento. Níveis de inventário flexíveis e capacidades flexíveis são característicos das cadeias de abastecimento e podem ser usados como resposta à incerteza do mercado. Esta tese é constituída por ensaios que suportam a aplicação dos modelos, e consiste num capítulo introdutório (designado por ensaio I) e mais seis ensaios sobre factores que discutem o uso de medidas de flexibilidade nas cadeias de abastecimento, em ambientes de incerteza, e um último ensaio sobre a extensão do conceito de flexibilidade ao tratamento da avaliação de planos de negócio. O segundo ensaio que apresentamos é sobre o valor do inventário num único estádio, enquanto medida de flexibilidade, sujeita ao crescente condicionalismo dos custos com posse de activos. Introduzimos uma nova classificação de artigos para suportar o indicador designado por overstock. No terceiro e quarto ensaio ampliamos a exploração do conceito de overstock, promovendo a interacção e o balanceamento entre vários estádios de uma cadeia de abastecimento, como forma de melhorar o desempenho global. Para sustentar a aplicação prática das abordagens, adaptamos o ensaio número três à gestão do desempenho, para suportar o estabelecimento de metas coordenadas e alinhadas; e adaptamos o quarto ensaio à coordenação das cadeias de abastecimento, como auxiliar ao planeamento integrado e sequencial dos níveis de inventário. No ensaio cinco analisamos o factor de produção “tecnologia”, em relação directa com a oferta de produtos de uma empresa, explorando o conceito de investimento, como medida de flexibilidade nas componentes de volume da procura e gama de produtos. Dedicamos o ensaio número seis à análise do factor de produção “Mão-de-Obra”, explorando as condicionantes para aumento do número de turnos na perspectiva económica e determinando o ponto crítico para a tomada de decisão em ambientes de incerteza. No ensaio número sete exploramos o conceito de internalização de operações, demarcando a nossa análise das demais pela definição do momento crítico que suporta a tomada de decisão em ambientes dinâmicos. Complementamos a análise com a introdução de factores temporais de perturbação, nomeadamente, o estádio de preparação necessário e anterior a uma eventual alteração de estratégia. Finalmente, no último ensaio, estendemos a análise da flexibilidade em ambientes de incerteza ao conceito de planos de negócio. Em concreto, exploramos a influência do número de pontos de decisão na flexibilidade de um plano, como resposta à crescente incerteza dos mercados. A título de exemplo, usamos o mecanismo de gestão sequencial do orçamento para suportar o nosso modelo. A crescente incerteza da procura obrigou a um aumento da agilidade e da flexibilidade das cadeias de abastecimento, limitando o uso de muitas das técnicas tradicionais de suporte à gestão, pela incapacidade de incorporarem os efeitos da incerteza. A flexibilidade é claramente uma vantagem competitiva das empresas que deve, por isso, ser quantificada. Com os modelos apresentados e com base nos resultados analisados, pretendemos demonstrar a utilidade da consideração da incerteza nos instrumentos de gestão, usando exemplos numéricos para suportar a aplicação dos modelos, o que claramente promove a aproximação dos desenvolvimentos aqui apresentados às práticas de negócio.
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A reorganização curricular do Ensino Básico de 2001 representou uma mudança de paradigma: uma aposta na flexibilidade, na integração e na autonomia. Uma das principais inovações desta reforma foi a criação de áreas curriculares não disciplinares, entre elas a Formação Cívica. Uma década volvida qual o impacto desta decisão? Estudos anteriores revelaram o uso administrativo e burocrático da Formação Cívica, ao serviço do Diretor de Turma e das suas responsabilidades de gestão da turma e resolução de conflitos. Num cenário de defraudamento das expetativas iniciais depositadas neste domínio não disciplinar e convencidos que estávamos da importância de potenciar espaços reais de promoção da Cidadania nas escolas desencadeámos um estudo de modelização dupla investigação-formação que nos permitisse compreender qual o papel da formação de professores neste domínio e os respetivos limites e potencialidades da Formação Cívica. Com base no pressuposto de que a ação de qualquer professor em contexto de sala de aula depende do conhecimento profissional que possui acerca de um determinado domínio curricular e reconhecendo a ausência de mecanismos de formação específica para a concretização dos tempos letivos de Formação Cívica, estruturámos o nosso trabalho com o intuito de contribuir para a construção de conhecimento sobre a natureza da formação de professores em Formação Cívica. Realizado no contexto da formação contínua de professores, o presente estudo desenvolveu-se em duas etapas fundamentais que se foram interligando entre momentos de investigação, reflexão, formação, recolha e análise de dados. A abordagem metodológica que se delineou para todas as fases assumiu um cariz qualitativo e crítico-interpretativo. Numa primeira fase, realizámos um estudo exploratório que nos permitiu identificar conceções, práticas e contextos no domínio da Formação Cívica. Selecionámos uma escola no distrito de Aveiro e entrevistámos 10 professores do 3.º CEB, coordenação e direção da escola, analisámos documentos oficiais e observámos aulas. Concluímos que a operacionalização da Formação Cívica está refém de um conjunto de condicionalismos, entre eles: a ausência de orientações curriculares; a sobreposição de funções do Diretor de Turma; o não reconhecimento das funções pedagógicas de uma área não disciplinar; a ausência de preparação científica e pedagógica dos professores responsáveis por este tempo letivo. A segunda fase do estudo contemplou a conceção, desenvolvimento, implementação e avaliação de um percurso formativo projetado com base nos resultados do estudo exploratório e da revisão da literatura realizada para o efeito. O percurso formativo, desenvolvido na modalidade de Oficina de Formação (OF), envolveu e alicerçou-se no potencial das tecnologias (participação numa comunidade online; criação de blogues; desenvolvimento de recursos digitais) e envolveu sete professores. Dos professores participantes na OF, foram analisados em detalhe o percurso formativo de três professoras de diferentes escolas do ensino básico e com diferentes níveis de experiência letiva em Formação Cívica. A realização deste percurso formativo permitiu-nos: i) identificar processos de reconstrução do conceito de cidadania e do lugar da Formação Cívica; ii) identificar uma visão mais alargada e transformadora da Formação Cívica ao invés de abordagens restritas de cariz administrativo; ii) analisar a importância da partilha de experiências, do feedback, do suporte e da reflexão no processo formativo para o desenvolvimento das práticas pedagógico-didáticas; iv) conceptualizar o conhecimento profissional docente associado à Formação Cívica. Consideramos que este estudo contribui para a necessária reflexão sobre o espaço e o papel da Educação para a Cidadania no sistema educativo Português, assim como para o debate da afirmação da Formação Cívica (com esta ou outra designação mas necessariamente com novos contornos), em particular no currículo do ensino básico. Sustentamos ainda a importância fundamental da formação contínua (de carácter ativo e reflexivo) e da construção partilhada do conhecimento para o desenvolvimento profissional dos professores de Formação Cívica, necessário para dar resposta aos desafios da Educação para a Cidadania.
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O presente estudo inscreve-se na área científica da Formação de Professores, incidindo, particularmente, na compreensão do processo de desenvolvimento das competências reflexivas percebidas como factor de promoção do seu próprio desenvolvimento profissional e pessoal, do desenvolvimento da capacidade de pensar dos seus alunos, da revalorização dos processos curriculares de ensino-aprendizagem e de inovação dos contextos educacionais. Num contexto de complexidade, incerteza e mudança, importa repensar estratégias de formação de professores e de alunos para que possam constituir-se como fatores potenciadores do desenvolvimento da competência reflexiva. Estratégias que convocam, quer o professor, quer o aluno, para um tipo de questionamento de maior exigência reflexiva e consideradas potenciadoras do pensamento crítico, criativo e de cuidado com o outro, numa perspetiva educativa centrada no cuidar, que valoriza a dimensão humana, a atuação responsável, ética e solidária, em todos os planos da vida. Neste estudo propomo-nos retomar algumas das estratégias de formação já configuradas no movimento Filosofia para Crianças e que se constituíram como um programa de formação em contexto, no qual se procurou aprofundar e compreender as múltiplas dimensões e modos como interatuam os diferentes participantes da relação educativa em práticas curriculares reconfiguradas à luz dos pressupostos que sustentam este estudo. Do ponto de vista metodológico, a investigação inscreve-se num paradigma de natureza qualitativa e interpretativa, de matriz hermenêutica e ecológica, configurando uma abordagem de tipo complexo, e com características de estudo de caso, que considera indispensável a participação ativa do sujeito na construção do conhecimento próprio, bem como o carácter de imprevisibilidade e de recursividade das condições e subsistemas em que tal ocorre. No sentido de construir uma visão integrada do objeto em estudo, foram desenvolvidos procedimentos específicos (mixed-methods), nomeadamente análise documental, entrevista semiestruturada, observação participante e inquirição por questionário. O estudo, que decorreu na região centro do país, envolveu 5 professoras do 1.º Ciclo do Ensino Básico, 100 alunos do mesmo nível de ensino e os seus pais/encarregados de educação, inquiridos através de questionário e desenvolveu-se em duas fases. A primeira destinou-se à formação teórico-prática das professoras e, na segunda, foram desenvolvidas sessões práticas de Filosofia para Crianças com os alunos. Os portfolios reflexivos construídos pelos participantes e pela investigadora principal constituíram outra fonte da informação recolhida no estudo empírico. Os resultados do estudo situam-se a quatro níveis: no que respeita aos saberes básicos, ao perfil de competência dos professores, à sua formação e às estratégias e recursos considerados como potenciadores de um pensar de mais elevada qualidade. Quanto ao primeiro nível, o presente estudo releva o carácter estruturante e epistémico de aprender a pensar (bem), salientando que este se processa numa maior amplitude e profundidade dos conteúdos da própria reflexão, às quais subjaz uma visão ampla de cidadania planetária e socialmente comprometida, evidenciando uma ampliação do quadro referencial dos saberes básicos e considerados imprescindíveis para a educação dos cidadãos. A um segundo nível, salienta-se a exigência de um perfil de competência profissional que permita aos professores desenvolver nos seus alunos um pensar de qualidade e, simultaneamente, melhorar a sua própria competência reflexiva. Neste sentido, o estudo aponta para a continuidade das respostas que têm vindo a ser equacionadas por vários autores nacionais e internacionais que, ao abordarem a problemática da formação, do conhecimento profissional e do desenvolvimento identitário dos professores, têm acentuado a importância dos modelos crítico-reflexivos da formação e de uma supervisão ecológica, integradora, não standard e humanizada, no desenvolvimento das sociedades contemporâneas. Conforme os dados sugerem, admite-se que a formação integral dos cidadãos passa pela inclusão e interligação de diferentes áreas do conhecimento que, concertada e complementarmente, possam contribuir para o desenvolvimento da sensibilidade, do pensamento crítico e criativo, de uma cultura da responsabilidade e de uma atitude ética mais ativa e interventiva. Neste sentido, reafirma-se a importância de um trajeto formativo que promova a efetiva articulação entre teoria e a prática, o diálogo crítico-reflexivo entre saberes científicos e experiência, que focalize o profissional na sua praxis e saliente a sua conexão com o saber situado em contexto vivencial e didático- -pedagógico. Realça-se a pertinência de dinâmicas formativas que, a exemplo de “comunidades de investigação/aprendizagem”, na sua aceção de redes de formação que, na prossecução de projetos e propósitos comuns, incentivam a construção de itinerários próprios e de aprendizagens individuais, mobilizando processos investigativos pessoais e grupais. Evidencia-se a valorização de práticas promotoras da reflexão, do questionamento, da flexibilidade cognitiva como eixos estruturadores do pensamento e da ação profissional e como suporte do desenvolvimento profissional e pessoal, corroborando a importância dos processos transformadores decorrentes da experiência, da ação e da reflexão sobre ela. Finalmente, no que respeita às estratégias e recursos, os dados permitem corroborar a riqueza e o potencial do uso de portfolios reflexivos no desenvolvimento de competências linguísticas, comunicacionais, reflexivas e meta-reflexivas e o entendimento de que o processo de construção da identidade profissional ocorre e desenha-se numa dinâmica reflexiva- -prospetiva (re)confirmadora ou (re)configuradora de ideias, convicções, saberes e práticas, ou seja, identitária. De igual modo, a investigação releva a importância da construção de portfolios, por parte dos alunos, para o desenvolvimento da qualidade do seu pensamento, sublinhando-se o seu carácter inovador nesta área. Evidencia-se, ainda, a diversidade de estratégias que respeitem os interesses, necessidades e expectativas dos alunos e o seu contexto de vida, tal como o recurso a materiais diversificados que, atentos ao conteúdo da mensagem, possibilitem a autonomia do pensamento, o exercício efetivo da reflexão crítica e do questionamento, na sua articulação com as grandes questões que sempre despertaram a curiosidade humana e cuja atualidade permanece. Materiais e recursos que estabeleçam o diálogo entre razão e imaginação, entre saber e sensibilidade, que estimulem o envolvimento dos alunos na resolução de problemas e na procura conjunta de soluções e na construção de projetos individuais na malha dos projetos comuns. Reafirma-se, pois, a importância da humanização do saber, a educação pensada como vivência solidária de direitos e deveres. Uma perspetiva educacional humanista que assenta nas trajetórias de vida, na recuperação de experiências pessoais e singulares, que procura compreender a identidade como um processo em (re)elaboração permanente. O presente estudo integra-se na rede de cooperação científica Novos saberes básicos dos alunos no século XXI, novos desafios à formação de professores sendo que, e na linha das investigações produzidas neste âmbito, destaca que o alargamento das funções do professor do 1.º Ciclo do Ensino Básico, que colocando a tónica da ação pedagógica no como se aprende e para quê e na possibilidade de aprender e incorporar o imprevisível, incide no desenvolvimento de um conjunto de capacidades que vão para além das tradicionalmente associadas ao ensinar a ler, escrever e contar. Releva-se, pois, a pertinência da criação de ambientes educativos nos quais professores e alunos entreteçam, conjunta e coerentemente, conhecer, compreender, fazer, sentir, dizer, ver, ouvir e (con)viver em prol de uma reflexão que nos encaminhe no sentido de ser(mos) consciência.
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The aim of the present study was to make an idiographic investigation about the difficulties that are encountered by people who self-identify as having difficulties with self-compassion. Although a growing number of studies have been carried out concerning the concept of self-compassion, most research designs were quantitative. Based on this gap, the current study expanded the scope to include a qualitative dimension of the recent literature on self-compassion and Interpretative Phenomenological Analysis (IPA) was adopted as methodological preference, which particularly monitors the lived experience of participants. In consequence of four in-depth semi-structured interviews, four super-ordinate themes emerged; the double-edged-sword: perfectionism, the flaws of compassion, the effects of a third person, and the advantages of self-criticism. In line with pre-existing research, these findings explored the reasons behind self-undermining behaviours and misconstructions about self-compassion, which are a barrier to gentle self-talk. Furthermore, unfavourable effects of the social environment prime participants to maladaptive perfectionism and excessive self-criticism, which are considered a success formula by the participants. This study's purpose is to present a detailed roadmap about the self-destructive journey of the people with low self-compassion. It will help researchers and clinicians to develop future interventions in order to cultivate kind and encouraging attitudes in self-critical people.
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The world of competitive sport affords an individual the opportunity to enter a spiritual community adding meaning that transcends one’s current understanding of life (Parry et al. 2007). Previously established dimensions of sports fanship (group affiliation, psychological commitment and team identification) share characteristics commonly associated with religious or spiritual affiliation indicating that fans may generate substantial life meaning from observing sporting encounters. In the present study, 12 male basketball fans (M=32.42; SD=7.97) completed semi-structured interviews immediately prior to viewing a competitive match at the 2011 European Basketball Championships (Vilnius, Lithuania). Interviews were structured under four headings; 1) the most memorable moment as a basketball fan, 2) thoughts, feelings and emotions attached to their team, 3) affiliation to the team in the context of the fan’s meaning of life, 4) connection with members of the fan’s sporting community. Interpretative Phenomenological Analysis was employed to analyse interview transcripts. Raw data clustered into four dimensions; 1) devotion, 2) obscure emotions, 3) connectedness, and 4) universal values. The results indicate that sports fanship is characterised by, and synonymous with, an established understanding of spirituality derived from membership of wider spiritual and/or religious communities. The findings hold implications for the marketing and membership of local, amateur and professional sports clubs and brands, as well as community development, health and welfare.
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Objective This study explores men with advanced prostate cancers’ own practices for promoting and maintaining emotional well-being using Interpretative Phenomenological Analysis. Design Five men with advanced prostate cancer participated in face-to-face, semi-structured, in-depth interviews. Results Within rich narratives of lost and regained well-being, two super-ordinate themes emerged – ‘living with an imminent and uncertain death’ and ‘holding on to life.’ Well-being was threatened by reduced sense of the future, isolation and uncertainty. Yet, the men pursued well-being by managing their emotions, striving for the future whilst enjoying life in the present, taking care of their families and renegotiating purpose. Running through participant’s accounts was a preference for taking action and problem-solving. Sense of purpose, social connectedness and life-engagement were revealed as concepts central to improving well-being, indicating areas which practitioners could explore with men to help them re-establish personal goals and life-purpose. Conclusions The findings also add weight to the evidence base for the potential value of psychological interventions such as cognitive behaviour therapy and mindfulness in men with prostate cancer.
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We study the effects of product differentiation in a Stackelberg model with demand uncertainty for the first mover. We do an ex-ante and ex-post analysis of the profits of the leader and of the follower firms in terms of product differentiation and of the demand uncertainty. We show that even with small uncertainty about the demand, the follower firm can achieve greater profits than the leader, if their products are sufficiently differentiated. We also compute the probability of the second firm having higher profit than the leading firm, subsequently showing the advantages and disadvantages of being either the leader or the follower firm.
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We consider a differentiated Stackelberg model with demand uncertainty only for the first mover. We study the advantages of flexibility over leadership as the degree of the differentiation of the goods changes.
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Abstract The therapeutic alliance (TA) is the most studied process of adult psychotherapeutic change (Zack et al., 2007) and has been found to have a moderate but robust relationship with therapeutic outcome regardless of treatment modality (Horvath, 2001). The TA is loosely described as the extent to which the therapist and the participant connect emotionally and work together towards goals. Conceptualizations of the TA with children have relied on adult models, even though it is widely acknowledged that the pediatric population will rarely willingly commit to therapy, nor readily admit to any challenges that they may be experiencing (Keeley, Geffken, McNamara & Storch, 2011). For children with Autism Spectrum Disorder (ASD) the therapeutic alliance may require an even greater retheorizing considering the communicative and social difficulties of this particular population. Despite this need, research on children with ASD and the therapeutic TA is almost non-existent. In this qualitative study, transcripts from semi-structured interviews with mothers of children with ASD were analyzed using Interpretative Phenomenological Analysis (IPA). IPA closely examines how individual people make sense of their life experiences using a theme-by-theme approach. The three interviewees were mothers whose children were participants in a nine-week Cognitive Behaviour Therapy (CBT) group for obsessive-compulsive behaviours (OCB). A total of four superordinate themes were identified: (i) Centralization and disremembering the TA, (ii) Qualities of the therapist, (iii) TA and the importance of time, and (iv) Signs of a healthy TA. The mothers’ perspectives on the TA suggest that, for them and their children, a strong TA was a required component of the therapy. Implications for clinicians and researchers are discussed.