159 resultados para XYLELLA FASTIDIOSA
Resumo:
A ameixeira 'Santa Rosa' apresenta alta produtividade, ótimo sabor e aparência dos frutos para a comercialização. No entanto, por ser altamente suscetível à escaldadura das folhas (Xylella fastidiosa Wells), esta variedade apresenta problemas de cultivo no sul do Brasil. As técnicas de cultura in vitro permitem propagar e rapidamente espécies de interesse, além de permitir a limpeza de patógenos e a produção de matrizes com qualidade genética e sanitária comprovada. Porém, o uso prático da propagação in vitro requer a otimização das condições de cultura para cada espécie e/ou variedade. Dentre os fatores que mais influenciam a micropropagação, estão as citocininas, com destaque para o BAP. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar o potencial de multiplicação in vitro da ameixeira 'Santa Rosa' sob diferentes concentrações de BAP. Após três subculturas em meio MA1, segmentos nodais com 0,5-1,0 cm foram submetidos a diferentes concentrações de BAP (0,5; 1,0; 2,0 e 3,0 mg.L-1). Os resultados mostraram que não ocorreram diferenças significativas no número de brotos para as diferentes concentrações de BAP testadas. No entanto, o maior número de brotos por explante (3,6) obteve-se na concentração de 2,0 mg.L-1 e a maior altura média dos brotos foi obtido na concentração de 0,5 mg.L-1 de BAP. Concentrações maiores que a 0,5 mg.L-1 de BAP inibiram o crescimento dos brotos. A micropropagação da ameixeira 'Santa Rosa' a partir de ápices caulinares e gemas laterais em meio de cultura MA1 mostrou-se eficaz.
Resumo:
A Clorose Variegada dos Citros (CVC), causada pela bactéria Xylella fastidiosa, é uma séria ameaça à citricultura brasileira, constituindo-se, atualmente, numa das principais doenças dos citros no Brasil. O objetivo desse trabalho foi avaliar cultivares de citros introduzidas quanto à suscetibilidade ou resistência à CVC, em condições de campo. O trabalho foi conduzido em Bebedouro-SP. Os materiais genéticos estudados foram cultivares de tangerinas e híbridos (tangores e tangelos) introduzidas de bancos de germoplasma da Itália, Portugal, Espanha e Córsega. O trabalho foi constituído por 56 parcelas, com três plantas das quais uma foi inoculada, empregando-se o método de encostia, utilizando-se de mudas previamente infectadas como fontes da bactéria. Foram avaliados os sintomas da doença mediante observação visual através de notas e teste de PCR, específico para Xylella fastidiosa. Os materiais genéticos que se apresentaram positivos ao PCR, mas não apresentaram sintomas, e os que foram negativos ao PCR, possuem um potencial de utilização em programas de melhoramento genético visando à resistência e/ou à tolerância à doença.
Resumo:
Um período de incubação de cinco dias significa, no contexto da epidemiologia de doenças de plantas, que as infecções que deram origem aos sintomas visualizados no tempo t ocorreram no tempo t-5. Há um grupo de doenças, no entanto, que se comporta de modo diferente, isto é, o momento da infecção não pode ser inferido a partir da visualização dos sintomas. Esse grupo de doenças pode ser dividido, para fins didáticos, em função do órgão da planta que exibe os sintomas: (i) brotações jovens; (ii) perfilhos jovens; (iii) frutos recém-amadurecidos. Nesses três subgrupos, a expressão dos sintomas é função do estádio fenológico do órgão afetado e tem pouca relação com o momento da infecção. Para essas doenças, maior ênfase é recomendada para estudos que visem a identificação da época mais provável de ocorrência da infecção, em detrimento do simples acompanhamento da expressão dos sintomas. Exemplos são apresentados para cada subgrupo e o modelo de crescimento monomolecular é sugerido como o que melhor descreve o progresso da doença em função do tempo para o grupo como um todo.
Resumo:
The spatial dynamics of Citrus Variegated Chlorosis (CVC) was studied in a five-year old commercial orchard of 'Valencia' sweet orange (Citrus sp.) trees, located in the northern region of the state of São Paulo, Brazil. One thousand trees were assessed in 25 rows of 40 trees, planted at 8 x 5 m spacing. Disease incidence data were taken beginning in March 1994 and ending in January 1996, at intervals of four to five months. Disease aggregation was observed through the dispersion index analysis (Ib), which was calculated by dividing the area into quadrants. CVC spatial dynamics was examined using semivariogram analysis, which revealed that the disease was aggregated in the field forming foci of 10 to 14 m. For each well-fitted model, a kriging map was created to better visualize the distribution of the disease. The spherical model was the best fit for the data in this study. Kriging maps also revealed that the incidence of CVC increased in periods during which the trees underwent vegetative growth, coinciding with greater expected occurrence of insect vectors of the bacterium in the field.
Resumo:
Este trabalho objetivou esclarecer se o progresso da Clorose Variegada dos Citros (CVC) diferia entre três regiões de São Paulo, distintas quanto à incidência da CVC em citrus (Citrus spp.). Foram avaliadas três áreas, Noroeste, Centro e Sul de São Paulo, durante dois anos, em avaliações quinzenais, quando eram mapeadas as plantas sintomáticas. Tentou-se o ajuste de nove modelos ao progresso da doença, além do ajuste de três modelos a segmentos das curvas originais. Foram estimadas também as diferenciais e as diferenciais secundárias de cada curva de progresso. Apenas quando as curvas foram divididas é que foram obtidos bons ajustes aos modelos de progresso. A diferencial (velocidade da doença) e diferencial secundária (aceleração do aparecimento de novas plantas doentes) apresentaram diversos picos ao longo do tempo. Esses picos ocorreram em meses de Primavera e Verão. Levanta-se aqui a hipótese de que os picos de diferencial - incomuns na quantidade encontrada - estejam relacionados a determinados picos de emissão de brotações, já que as novas brotações são o local preferido de alimentação dos vetores de Xylella fastidiosa.
Resumo:
Caracterizou-se a evolução de variáveis relacionadas à clorose variegada dos citros em plantas de três regiões do Estado de São Paulo (Noroeste, Centro e Sul), visando determinar diferenças no padrão sazonal do patógeno, dos vetores, do hospedeiro e da doença. Foram avaliadas mensalmente 20 plantas sintomáticas em talhões de laranja (Citrus sinensis) 'Pêra' enxertada em limão (Citrus limonia) 'Cravo', em três regiões do Estado de São Paulo, no período de dezembro de 1998 a dezembro de 2000, utilizando-se as seguintes variáveis: número de brotações novas (bn); percentagem de ramos sintomáticos (prs); percentagem de ramos assintomáticos infetados (prai); percentagem total de ramos infetados (ptri) e estimativa de concentração bacteriana (ecb). Em cada região foram obtidas as variáveis temperatura mínima, temperatura máxima, precipitação pluviométrica e número de cigarrinhas capturadas em armadilha amarela. Para a determinação de correlação entre variáveis, utilizou-se a análise de Lags Distribuídos e para a comparação de regiões e estações do ano, a análise de Kruskal-Wallis, Friedman e o teste de Nemenyi (p<0,005). As variáveis relacionadas à doença (prs, prai, ptri e ecb) apresentaram padrões sazonais, mas não se observou diferença estatística entre as estações do ano. O pomar da Região Noroeste apresentou maior quantidade de brotações novas e maior quantidade de ramos sintomáticos. O pomar da Região Sul apresentou maior quantidade de ramos com infecção assintomática. Não houve diferença de concentração bacteriana entre os pomares das três regiões.
Resumo:
A Clorose Variegada dos Citros (CVC) tem sido considerada a mais importante doença citrícola no Brasil, mas diversos aspectos de sua epidemiologia ainda não são bem conhecidos. O presente trabalho objetivou estudar o arranjo espacial das plantas afetadas, visando caracterizar a dinâmica da doença em três regiões do Estado de São Paulo (Noroeste, Centro e Sul). Por meio de avaliação de sintomas visuais, foram mapeados, quinzenalmente, três talhões de laranja-doce (Citrus sinensis) Pêra enxertada em limão Cravo (Citrus limonia), em três regiões do Estado de São Paulo, desde julho de 1998 até dezembro de 2000. Para o estudo da dinâmica espacial, foram aplicadas as seguintes análises: seqüências ordinárias; áreas isópatas; lei de Taylor modificada; índice de dispersão e análise de dinâmica e estrutura de focos. As seqüências ordinárias indicaram uma tendência à aleatoriedade na maioria das avaliações, indicando baixa transmissão a plantas imediatamente vizinhas. A análise de áreas isópatas mostrou pouca formação de focos compactos, numa tendência à uniformidade da incidência da CVC. As demais análises demonstraram pouca diferença no padrão espacial da doença entre as regiões, que pode ser considerado levemente agregado.
Resumo:
The Ohr (organic hydroperoxide resistance) family of 15-kDa Cys-based, thiol-dependent peroxidases is central to the bacterial response to stress induced by organic hydroperoxides but not by hydrogen peroxide. Ohr has a unique three-dimensional structure and requires dithiols, but not monothiols, to support its activity. However, the physiological reducing system of Ohr has not yet been identified. Here we show that lipoylated enzymes present in the bacterial extracts of Xylella fastidiosa interacted physically and functionally with this Cys-based peroxidase, whereas thioredoxin and glutathione systems failed to support Ohr peroxidase activity. Furthermore, we could reconstitute in vitro three lipoyl-dependent systems as the Ohr physiological reducing systems. We also showed that OsmC from Escherichia coli, an orthologue of Ohr from Xylella fastidiosa, is specifically reduced by lipoyl-dependent systems. These results represent the first description of a Cys-based peroxidase that is directly reduced by lipoylated enzymes.
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Xanthomonadales comprises one of the largest phytopathogenic bacterial groups, and is currently classified within the gamma-proteobacteria. However, the phylogenetic placement of this group is not clearly resolved, and the results of different studies contradict one another. In this work, the evolutionary position of Xanthomonadales was determined by analyzing the presence of shared insertions and deletions (INDELs) in highly conserved proteins. Several distinctive insertions found in most of the members of the gamma-proteobacteria are absent in Xanthomonadales and groups such as Legionelalles, Chromatiales, Methylococcales, Thiotrichales and Cardiobacteriales. These INDELs were most likely introduced after the branching of Xanthomonadales from most of the gamma-proteobacteria and provide evidence for the phylogenetic placement of the early gamma-proteobacteria. Moreover, other proteins contain insertions exclusive to the Xanthomonadales order, confirming that this is a monophyletic group and provide important specific genetic markers. Thus, the data presented clearly support the Xanthomonadales group as an independent subdivision, and constitute one of the deepest branching lineage within the gamma-proteobacteria clade. (C) 2009 Elsevier Inc. All rights reserved.
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The biosynthesis of quinolinate, the de novo precursor of nicotinamide adenine dinucleotide (NAD), may be performed by two distinct pathways, namely, the bacterial aspartate (aspartate-to-quinolinate) and the eukaryotic kynurenine (tryptophan-to-quinolinate). Even though the separation into eukaryotic and bacterial routes is long established, recent genomic surveys have challenged this view, because certain bacterial species also carry the genes for the kynurenine pathway. In this work, both quinolinate biosynthetic pathways were investigated in the Bacteria clade and with special attention to Xanthomonadales and Bacteroidetes, from an evolutionary viewpoint. Genomic screening has revealed that a small number of bacterial species possess some of the genes for the kynurenine pathway, which is complete in the genus Xanthomonas and in the order Flavobacteriales, where the aspartate pathway is absent. The opposite pattern (presence of the aspartate pathway and absence of the kynurenine pathway) in close relatives (Xylella ssp. and the order Bacteroidales, respectively) points to the idea of a recent acquisition of the kynurenine pathway through lateral gene transfer in these bacterial groups. In fact, sequence similarity comparison and phylogenetic reconstruction both suggest that at least part of the genes of the kynurenine pathway in Xanthomonas and Flavobacteriales is shared by eukaryotes. These results reinforce the idea of the role that lateral gene transfer plays in the configuration of bacterial genomes, thereby providing alternative metabolic pathways, even with the replacement of primary and essential cell functions, as exemplified by NAD biosynthesis.
Resumo:
Atualmente no Brasil, já foram identificadas 75 espécies de cigarrinhas ocorrentes em pomares cítricos. Destas, doze espécies são comprovadamente capazes de transmitir Xylella fastidiosa Wells et al. 1987, bactéria causadora da Clorose Variegada dos Citros (CVC). Esta doença foi detectada pela primeira vez no Estado do Rio Grande do Sul em 1993 (Tubelis et al., 1993) e parece estar circunscrita à pomares das regiões com temperaturas mais elevadas no Estado, não sendo porém, descartada a presença da CVC na Região dos Vales do Caí e Taquari (Rosseto, 2001). Além das cigarrinhas consideradas transmissoras e potencialmente vetoras, podem haver outras espécies que ainda não foram identificadas. Por este motivo foram desenvolvidas pesquisas que visaram a identificação das espécies de cigarrinhas, sua abundância, diversidade, sazonalidade, monitoramento e seus inimigos naturais em pomares de laranja “Valência” nos Vales do Caí e Taquari, RS. No primeiro artigo foi estudada a flutuação populacional de nove espécies de cicadelíneos, sendo constatada a presença de dois padrões de sazonalidade, com a maioria das espécies ocorrendo ao longo de todo o ano e uma espécie que ocorreu em um período restrito. No segundo, foram registradas 80 espécies de cigarrinhas em pomares com diferentes tipos de manejo. As duas comunidades não apresentaram diferenças significativas quanto à diversidade; porém sua distribuição de abundância das espécies e similaridade das espécies foram diferentes, concluindo que sejam provavelmente influenciadas por fatores climáticos, porém estes são secundários se comparados às mudanças resultantes dos manejos. O terceiro artigo traz um levantamento das cigarrinhas com armadilha adesiva amarela sugerindo que seu monitoramento seja feito na primavera, verão e outono; para a identificação de espécies vetoras de fitoplasmas é necessário o uso concomitante de outro método. O quarto artigo traz a araneofauna presente nos pomares tendo sido registradas um total de 99 espécies, tanto na planta cítrica (72) quanto na vegetação espontânea (40) e algumas espécies comuns às duas composições florísticas (11).
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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A Clorose Variegada dos Citros (CVC), causada pela bactéria Xylella fastidiosa, é uma séria ameaça à citricultura brasileira, constituindo-se, atualmente, numa das principais doenças dos citros no Brasil. O objetivo desse trabalho foi avaliar cultivares de citros introduzidas quanto à suscetibilidade ou resistência à CVC, em condições de campo. O trabalho foi conduzido em Bebedouro-SP. Os materiais genéticos estudados foram cultivares de tangerinas e híbridos (tangores e tangelos) introduzidas de bancos de germoplasma da Itália, Portugal, Espanha e Córsega. O trabalho foi constituído por 56 parcelas, com três plantas das quais uma foi inoculada, empregando-se o método de encostia, utilizando-se de mudas previamente infectadas como fontes da bactéria. Foram avaliados os sintomas da doença mediante observação visual através de notas e teste de PCR, específico para Xylella fastidiosa. Os materiais genéticos que se apresentaram positivos ao PCR, mas não apresentaram sintomas, e os que foram negativos ao PCR, possuem um potencial de utilização em programas de melhoramento genético visando à resistência e/ou à tolerância à doença.
Resumo:
Xylella fastidiosa 9a5c (XF-9a5c) and Xanthomonas axonopodis pv. citri (XAC) are bacteria that infect citrus plants. Sequencing of the genomes of these strains is complete and comparative analyses are now under way with the genomes of other bacteria of the same genera. In this review, we present an overview of this comparative genomic work. We also present a detailed genomic comparison between XF-9a5a and XAC. Based on this analysis, genes and operons were identified that might be relevant for adaptation to citrus. XAC has two copies of a type II secretion system, a large number of cell wall-degrading enzymes and sugar transporters, a complete energy metabolism, a whole set of avirulence genes associated with a type III secretion system, and a complete flagellar and chemotatic system. By contrast, XF-9a5c possesses more genes involved with type IV pili biosynthesis than does XAC, contains genes encoding for production of colicins, and has 4 copies of Type I restriction/modification system while XAC has only one.