933 resultados para Orientação intercultural
Resumo:
Este trabalho de investigação constitui uma aproximação sociológica no âmbito da saúde internacional e no contexto da sociologia da saúde, em particular da saúde dos migrantes, relativamente às suas representações e práticas de saúde e de doença. O objecto de investigação centra-se na análise das questões sobre a saúde e a doença dos imigrantes a partir de uma perspectiva sociológica. O estudo teve como principal objectivo compreender – através de relatos pessoais – a forma como os indivíduos entendem a saúde e a doença no campo das representações sociais de saúde e analisar os seus comportamentos em termos das suas práticas de saúde e de doença. Pretendeu-se estabelecer uma análise comparativa dos dados de forma a fazer sobressair semelhanças e/ou divergências das representações e das práticas de saúde e de doença dos entrevistados. A nossa intenção era verificar se elas se deviam a factores socioeconómicos, a factores culturais e de identidade étnica, ou à combinação de ambos. No plano teórico, o trabalho aqui apresentado enquadra-se em várias áreas das Ciências Sociais, (sociologia da saúde, sociologia das migrações e antropologia da saúde). A hipótese geral centrava-se na ideia de que as representações e as práticas de saúde e de doença destes imigrantes se inscreviam num quadro particular onde apareciam interferências do carácter cultural e da pertença étnica. Estas dimensões podiam no entanto, variar consoante os contextos socioeconómicos. A hipótese pressupunha que os imigrantes apresentariam perfis distintos no que se refere à autoavaliação e percepção do estado de saúde, às representações, crenças e atitudes face à saúde e à doença, às experiências e comportamentos, aos estilos de vida e às práticas de saúde e percursos de doença. O estudo foi efectuado junto de uma amostra de 40 indivíduos cabo-verdianos da «primeira geração» em Portugal, mais precisamente os que residem na região de Lisboa, a qual para efeitos de análise foi dividida em diferentes grupos: grupo social (grupo popular e grupo de elite), geração (mais jovens e mais velhos) e género (homens e mulheres), (20 pessoas em cada grupo). Optámos por uma metodologia qualitativa através da realização de entrevistas semiestruturadas para recolha da informação. O tratamento dos dados consistiu na análise de conteúdo temática das entrevistas e na identificação de diferenças e semelhanças entre e intra cada um dos subgrupos. A análise dos resultados comprova a existência de diferenças entre os grupos sociais relativamente às representações e práticas de saúde e de doença. Elas foram determinadas mais pelos factores socioeconómicos do que pelos aspectos culturais e de etnicidade. Essas diferenças fizeram também sobressair dois tipos de visão: uma cosmopolita e outra existencial. Na primeira estamos perante uma visão mais articulada ao mundo e que se relaciona com as ideias expressas pelo grupo de elite e na segunda uma visão existencial, mais ligada às condições materiais de existência e que corresponde às representações feitas pelo grupo popular. Foi demonstrado que os indivíduos mais velhos do grupo popular encaravam a saúde e a doença de forma semelhante ao «modelo biomédico», enquanto os do grupo de elite iam mais ao encontro do «modelo biopsico- social». As representações de saúde e de doença traduziram-se em definições que foram desde o orgânico ao social. O primeiro correspondia ao discurso do grupo popular que restringia mais a saúde a aspectos fisiológicos e o segundo ao do grupo de elite, que encarava a saúde e a doença enquanto fenómenos mais globais e externos aos indivíduos. Também se evidenciou, quando da análise dos dados, ao nível dos subgrupos de género e geração no seio do mesmo grupo social, que as diferenças eram menos evidentes entre eles do que as que encontrámos quando comparámos os subgrupos separadamente por grupos sociais distintos. Quanto ao grupo estudado, apesar da heterogeneidade verificada entre os seus membros, particularmente no que se refere aos factores socioeconómicos, observou-se que existia um aspecto unificador decorrente das suas heranças culturais. Em geral, os indivíduos sobrevalorizaram a sua identidade étnica e a cultura de origem comum. A pertença a grupos sociais diferentes, mas a uma mesma cultura e identidade, dá origem a uma partilha do sentimento de pertença cultural, mas não a comportamentos e práticas idênticos. Pretende-se, por fim, contribuir para o conhecimento dos imigrantes enquanto cidadãos e indicar a necessidade de reajustar as estruturas de saúde às transformações multiculturais, que neste momento são vividas a rápidos ritmos de mudança.
Resumo:
em ensino a distância e e-learning pode ser entendida num quadro estratégico de parceria para o desenvolvimento. Esta orientação deve convocar para a cooperação as instituições com projetos de qualificação e capacitação inicial, pós-graduada e de formação ao longo da vida, deve servir os objetivos de internacionalização das universidades envolvidas quer no âmbito luso-brasileiro, quer no dos restantes países de língua portuguesa, quer ainda em projetos de difusão e promoção da língua portuguesa, numa perspetiva de contribuição para uma maior compreensão entre os que falam a língua portuguesa e os que veem na sua aprendizagem como língua estrangeira, uma oportunidade de diálogo intercultural, de mais-valia no mundo do trabalho e dos negócios internacionais.
Resumo:
A problemática da orientação é, efectivamente, uma questão prioritária para o desenvolvimento humano. Porque esta problemática preocupa a Universidade e porque ela está no centro das atenções dos dirigentes e dos Sistemas educativos, parece-me, de todo interesse, reflectir sobre ela, em termos universitários.
Resumo:
Within the emerging policy debate on interculturalism we critically review two recent books in 2012: Bouchard’s L’interculturalisme: un point de vue quebecois, and Cantle’s Interculturalism: The New Era of Cohesion and Diversity. In my view, both contribute very directly to open a foundational debate on interculturalism. In addressing the point of convergence and the dividing lines of these two contributions, I will claim that in spite of having one core concept of interculturalism, there are, however, at least two basic conceptions that have to be interpreted in complementary ways: Bouchard’s essay represents the contractual strand, Cantle’s book the cohesion strand. At the end I would also suggest that these two strands do not manage to express explicitly that diversity can also be seen as a resource of innovation and creativity, and so can drive individual and social development. This view is based on the diversity advantage literature already informing most of the diversity debate in Europe and elsewhere. This is what I will call the constructivist strand. My ultimate purpose is to defend a comprehensive view, grounded on the argument that no one can have the sole authority to define intercultural policy, since the three strands can be applied at different moments, according to different purposes and policy needs. The challenge now is that policy managers be able to achieve a balance between these three policy drivers.
Resumo:
As a consequence of growing global migration, physicians in French speaking Switzerland often face communicational difficulties with allophone patients. This paper first discusses advantages and shortcomings of various ways of dealing with this kind of situations. The indication of using professional interpreters will be addressed, as well as some specific therapeutic, linguistic and relational features of triadic consultations involving a physician, a patient and an interpreter. Finally, useful practical information and advices are provided to clinicians in order to help them optimize their consultations with allophone patients.
Resumo:
Este trabalho se situa no contexto da pesquisa Ressignificando a Didática na Perspectiva Multi/Intercultural, realizada com o apoio do Conselho Nacional de Pesquisas Tecnológicas, no período de 2003 a 2006. Teve por principal objetivo construir e desenvolver, em caráter exploratório, um curso de Didática dirigido à licenciatura em Pedagogia, na perspectiva multi/intercultural, com abordagem metodológica inspirada na pesquisa-ação. A experiência desenvolveu-se durante um semestre letivo e foi realizada pela equipe do Grupo de Pesquisas sobre Cotidiano Escolar, Educação e Cultura(s), composta por dez integrantes. Apoiou-se em ampla literatura sobre a temática, que vem sendo explorada pelo grupo desde 1996. Após descrição e análise do desenvolvimento do curso, são levantados questionamentos, tensões e desafios para a incorporação da interculturalidade nas práticas educativas, em torno dos seguintes eixos: múltiplas narrativas, alteridade e estranhamento, e desconstrução e resistência. Conclui reafirmando a relevância da temática abordada e a complexidade da proposta em discussão.
Resumo:
Després d'analitzar alguns dels canvis que s'estan començant a generar en l'educació, per la introducció de les tecnologies de l'aprenentatge i el coneixement, i per la presència d'alumnat de procedència diversa, aquest article proposa una eina en web, la mediaquest, que ha d'ajudar el professorat perquè els alumnes esdevinguin creadors i productors de nous coneixements i no mers consumidors passius d'informacions rebudes. Es tracta, en definitiva, d'ajustar el temps analògic del professorat amb el temps digital de l'alumnat.
Resumo:
L'ensenyament d'una llengua determinada intenta aconseguir que s'aprengui aquesta llengua i saber una llengua pot significar: saber vocabulari (conèixer el significat dels mots), saber descodificar estructures, regles sintàctiques (tenir competència lingüística) i especialment tenir competència comunicativa, concepte que inclou els anteriors i els supera ja que vol dir saber utilitzar la llengua.
Resumo:
La naturaleza multicultural de nuestra sociedad está generando nuevos requerimientos a los profesionales de la administración pública. Los nuevos usuarios de los servicios públicos presentan condicionantes y necesidades específicas derivados de su situación administrativa y su origen cultural. El presente estudio plantea dos objetivos: (1) la identificación de las necesidades formativas en relación a las competencias interculturales del personal del Servicio de Empleo de Cataluña que está en contacto con personas inmigradas y (2) el diseño de una propuesta de formación en competencias interculturales para el personal del Servicio de Empleo de Cataluña. Los ámbitos donde más se necesitan estas competencias son en la gestión y solución de conflictos interculturales, las habilidades de comunicación y relación con personas de diferentes culturas, el conocimiento de otras culturas, el conocimiento del hecho migratorio en nuestro contexto y el papel de los estereotipos y prejuicios en las relaciones interculturales.
Resumo:
Con este artículo, se propone profundizar en la realidad de una localidad de menos de 3.000 habitantes con un porcentaje de población inmigrante extranjera de más del 10%, se trata de un estudio de caso llevado a cabo en Sant Quintí de Mediona, desde un modelo dinámico de ciudadanía intercultural, incidiendo especialmente en los procesos de acogida y de integración de la población inmigrante y potenciando unas condiciones óptimas para la convivencia. El estudio de estas condiciones ha exigido una evaluación diagnóstica para conocer las características de la población y del proceso migratorio, primeras políticas desarrolladas para la acogida de la población inmigrante y el punto de vista de los participantes en todo este proceso así como la disposición de las entidades que componen la red comunitaria para abrirse a la población recién llegada. Se ha recogido toda esta información a través del estudio documental, entrevistas a informantes claves, grupos de discusión y una encuesta a las entidades existentes en la población seleccionada. Desde el análisis de datos, este estudio diagnóstico, incluye las necesidades de cambio estructural, de nuevas relaciones de convivencia y de formación para toda la población y para colectivos determinados. Una vez presentadas las conclusiones, se ofrece una propuesta de desarrollo de un Plan de ciudadanía intercultural orientado a la convivencia para poblaciones multiculturales, que puede hacerse extensivo a poblaciones parecidas a la estudiada, contemplando el papel de las redes comunitarias como un elemento básico para su desarrollo.
Resumo:
Descripción de una actividad telemática para mejorar la competencia comunicativa intercultural en la ESO(2). Este artículo nos ofrece una reflexión sobre las competencias necesarias para garantizar esta comunicación intercultural y una experiencia de uso del correo electrónico en el plano intercultural.
Resumo:
Dialogar de forma enriquecedora, apreciando las diferencias culturales, supone disponer de cierta competencia comunicativa intercultural que tiene una especial importancia en la educación secundaria obligatoria. Para ello, proponemos evaluar las necesidades del alumnado en este periodo educativo a través de la escala de sensibilidad intercultural. Esta escala ha sido adaptada tanto a nivel lingüístico cultural, como también de nivel madurativo. Los resultados obtenidos en este diagnóstico de la comarca del Baix Llobregat, ponen de manifiesto la necesidad de desarrollar competencias de tipo afectivo en esta etapa educativa. Diversas diferencias estadísticamente significativas también nos indican la relevancia de desarrollar estas competencias en la totalidad del alumnado adolescente.
Resumo:
Este artículo parte de las bases teóricas y metodológicas fundamentales para la elaboración, aplicaciónes y evaluación de un programa de formación para una participación activa e intercultural específicamente diseñado para mujeres. El programa sigue una metodología de evaluación participativa, que incluye la participación de los sujetos en todo el proceso de la evaluación. Presentamos un modelo de evaluación participativa: la evaluación diagnóstica que incluye el origen del proyecto, un análisis en profundidad de mujeres inmigrantes sobre su ejercicio de la participación y un análisis del contexto de aplicación; la evaluación de la aplicación que contiene una síntesis el trabajo desarrollado durante las sesiones; y la evaluación final que analiza los efectos del programa con respecto a los objetivos y necesidades identificadas en el diagnóstico.