252 resultados para Figuración autoral
Resumo:
Observam-se especialmente as divergências entre as duas, no que diz respeito ao erotismo presente no poema, e analisando as suas prováveis razões discursivas. Não se visa aqui a produção de uma nova tradução, mas a comparação e o comentário das escolhas tradutórias em determinados excertos das obras selecionadas. A argumentação desenvolvese através dos seguintes encaminhamentos: após a apresentação do objeto de estudo com o debate que sempre o acompanha acerca das polêmicas de datação e autoria, passa-se à exposição do problema do qual se ocupa a hipótese, assim como os objetivos e os parâmetros metodológicos que regeram a elaboração desta dissertação. Consecutivamente, elencam-se os pressupostos teóricos que emolduram as análises propostas, aborda-se também a sexualidade segundo a religião contemporânea (por se tratar de um livro ao qual se agregou valor religioso) nas instituições que adotaram o Cântico dos Cânticos, a saber: o judaísmo e o cristianismo católico e protestante, assim como o processo possivelmente efetuado durante essa adoção quanto ao enviesamento interpretativo e à atribuição autoral: visa-se compreender as razões da incongruência causada pelo sexo que permeia o texto em questão relativamente à religiosidade contemporânea, e especula-se sobre a sua canonização, considerando como esse desencaixe pode ter mudado o curso da sua exegese tradicional para a alegoria que se tornou a sua leitura majoritária, inclusive engendrando a atribuição tradicional da sua suposta origem. Somente então se dá início à análise comparativa das duas traduções, a fim de se constatar a provável existência dum viés discursivo transparecente das formas como cada uma destas obras verteu as porções do texto-fonte, para o português, que continham marcas de erotismo, observando se respeitaram ou não as leituras tradicionais que insuflaram no texto o seu pendor alegórico de caráter religioso
Resumo:
Trata-se nesta dissertação de estabelecer, partindo do pensamento contemporâneo francês da linha deleuziana e guattariana, sobretudo, uma analítica do desejo capaz de reconfigurar o romance de Nelson Rodrigues, Asfalto selvagem: Engraçadinha, seus amores e seus pecados, desterritorializá-lo em relação à tradição crítica e estética, fundada no paradigma realista-naturalista enraizado no pensamento literário brasileiro, especificamente no século XX. Movemo-nos por discussões sobre o autor e sobre o romance, empreendidas por Rolnik, interlocutora de Guattari, o qual está ligado aos novos paradigmas estéticos, à questão da produção de subjetividades, à micropolítica, às multiplicidades e às minorias. Buscamos contribuir para esse redimensionamento, colocando-nos na perspectiva cartográfica e rizomática para surpreender, em Asfalto, seus processos de subjetivação, incidindo sobre as singularidades selvagens, considerando os conceitos de Foucault, aplicados à construção literária enquanto espaço heterotópico, configurando a experiência do fora, como princípios estéticos. Veremos que as personagens, com foco em Engraçadinha, funcionam, como pequenas máquinas desejantes, Corpos sem Órgãos, moléculas desestabilizando as formações molares. Destarte, Nelson Rodrigues, na perspectiva da produção autoral, torna-se o pornógrafo, o literato iterador, como agenciador de uma palavra perversa, para além dos dogmas, da cena romantizada, originando, em sua poética, a revelação da obs-cena, a obscenidade, como crítica às instituições falidas. Trazemos, nesse sentido, referências de Bataille, quanto ao que na atividade estética se relaciona com o excedente da visão, relacionados ao espaço tático-ótico, concepção deleuziana referentes ao corpo-linguagem, pornografia, pornógrafo, narrativas abomináveis. Acompanhamo-nos, pois, dos conceitos da problemática da diferença e da alteridade, repercutindo na larvaridade, nas afecções, que abrem vias comunicantes com fenômenos extremos, atuantes em torno do mesmo e do outro, trazendo a rizomaticidade do mal e da monstruosidade para a construção estética de Asfalto selvagem, vistos sob a ótica de Bataille, Deleuze, Baudrillard, em ensaios que rompem o olhar estrutural em torno da obra e oferecem subsídios para a construção de uma cartografia outra, o território do ficcional, habitado por um povo por vir, na perspectiva tratada por Deleuze e por Blanchot
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Incluye Bibliografía
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Pós-graduação em Artes - IA
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Pós-graduação em Artes - IA
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Pós-graduação em Ciência da Informação - FFC
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Este trabalho analisa como o professor é avaliado em reportagens das revistas Veja e Isto é publicadas no período compreendido entre os anos de 2006 a 2008. Aos textos jornalísticos é comumente atribuído um caráter imparcial e objetivo. Nesse sentido, a priori, a avaliação não seria um recurso produtivo de se analisar, de modo particular em reportagens, escritas para ser um relato fidedigno dos fatos. Porém, conforme é demonstrado neste trabalho, a dimensão avaliativa da linguagem desempenha um papel importante na criação do efeito retórico pretendido pela voz autoral. Nesta pesquisa, o referencial teórico é composto pelo sistema de avaliatividade proposto por Martin (1999) e Martin & White (2005), o qual tem sua origem na Linguística Sistêmico-Funcional de Halliday (1989, 1994) e Halliday & Matthiessen (2004). Utilizando esse sistema é possível investigar as avaliações feitas por meio da língua, que podem estar explícitas ou implícitas nos textos. A avaliatividade refere-se, portanto, “... ao lado interpessoal na linguagem, à presença subjetiva dos escritores/falantes nos textos, na medida em que eles adotam posições com relação ao material que eles apresentam e àqueles com quem eles se comunicam” (Martin & White, 2005, p.1). As análises e reflexões desenvolvidas nesta pesquisa mostram que a apreciação é o recurso avaliativo mais utilizado nos textos analisados. Contudo, no que diz respeito aos comportamentos humanos sob avaliação, o professor é o participante sobre quem mais julgamentos são realizados. Em Veja a maioria desses julgamentos é negativa. Em Isto é há uma pequena diferença entre o número percentual de realizações positivas e negativas, havendo uma leve inclinação para o polo positivo. A catalogação das avaliações atitudinais afetivas e apreciativas mostra que o entorno do co-texto é também um ambiente negativo proporcionado pelas avaliações por meio do afeto e da apreciação.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Este artigo apresenta um estudo de citações em escrita acadêmica na perspectiva da análise de citações e dos estudos de gêneros do discurso (Moravcsik & Murugesan, 1975; Swales, 1986, 1990, 2004; Bhatia, 2004). O estudo enfoca o uso de citações por membros expertos e membros novatos da comunidade acadêmica de Linguística e consistiu na análise e comparação de nove artigos acadêmicos e treze trabalhos finais de disciplina. Os resultados mostram que as escolhas linguísticas que orientam a escrita das citações são em grande parte compartilhadas pelos membros expertos (autores dos artigos acadêmicos) e pelos novatos (alunos de curso de pós-graduação, autores dos trabalhos finais de disciplina), haja vista que ambos fazem uso de citações confirmativas, em detrimento de negativas. Todavia, membros expertos, ao contrário dos novatos, utilizam a própria voz para confrontar outros autores. As implicações deste estudo reiteram a necessidade de os Cursos de Letras terem uma abordagem de ensino e aprendizagem de escrita acadêmica baseada em gêneros do discurso visando desenvolver a consciência retórica dos alunos em relação à escrita acadêmica e, consequentemente, ao uso de citações em textos escritos, de maneira a empoderar os alunos a construir um posicionamento autoral em sua comunidade discursiva.
Resumo:
Este artigo enfoca aspectos da obra ficcional de Wilcon Jóia Pereira, na qual Uilcon Pereira se projeta nos inúmeros desdobramentos da personagem Biúte.Torna-se pois impossível separar o ficcionista do filósofo, já que sua escritura, urdida a partir de procedimentos comuns à ácção e à Filosofia - ironia, paródia, sátira - revela-se enquanto escritura-artista. Fica também evidente na obra a filiação do autor à tradição niilista enca-beçada por Flaubert e Machado. A problemática do Nada emerge pois através de uma policacofonia em que diferentes vozes, anulando os posicionamentos ideológicos até as fronteiras do ilegível, fazem da obra de Wilcon um texto vinculado às marcas da voz autoral.Palavras-chave: Niilismo; intersemiose; intertextualidade; ironia; paródia; sátira; voz autoral.