Proceedings of the International Workshop responding to HIV and AIDS in the fishery sector in Africa, Lusaka, Zambia, 21-22 February 2006

The purpose of the workshop was to enable professionals and organizations working with fishing communities in response to HIV and AIDS in Africa to share experiences, appraise the efficacy of their approaches and identify actions in research and development that will further improve their impact. The workshop pursued and achieved the following objectives: 1)Review and compare research findings and approaches applied in response to HIV and AIDS in fishing communities and the wider fishery sector. 2)Identify good practice examples for wider application. 3)Identify next steps in development and research to scale up these examples. 4)Initiate a network of practitioners in Africa for capacity building, scaling-up and further development of approaches. The range of papers presented at the conference reveals the diversity of responses to HIV and AIDS in the fishery sector at all levels. The papers discussed a range of issues within this broad remit, from community level impacts of disease to policy implementation, from spatial mapping to theatre as a mode of communication. (Document contains 92 pages)

Análise histórica das políticas de planejamento familiar no Brasil

O objetivo desta tese é traçar um panorama histórico das políticas públicas de planejamento familiar do Estado brasileiro, inserindo-o no contexto da complexa conjuntura sociopolítico-econômica no período de 1980 até a atualidade. Mediante pesquisa bibliográfica e documental, investigam-se, na interseção das políticas para população, mulher e saúde, as influências e interesses que incidem sobre programas de planejamento familiar. Após recuperar brevemente a trajetória dos movimentos de mulheres e feministas, que constituíram atores sociais centrais no debate sobre as políticas de população e de planejamento familiar, focaliza-se a drástica redução nas taxas de fecundidade da mulher brasileira ocorrida a partir dos anos 1960, na vigência oficial de uma política natalista, mas na omissão do Estado ao permitir a difusão no país de organizações de cunho controlista, que viabilizaram às mulheres o acesso à pílula anticoncepcional e à esterilização. Acompanha-se a evolução das políticas de população em nível mundial, destacando a atuação da Organização das Nações Unidas e de suas conferências mundiais, focalizando a Conferência Internacional de População e Desenvolvimento realizada no Cairo em 1994, que provocou uma inflexão nas políticas de saúde da mulher para saúde reprodutiva. No Brasil, que já contava com um programa pioneiro de saúde da mulher o Paism (1983) , os efeitos do Cairo vieram somar-se à definição do planejamento familiar pela Constituição de 1988 e à instituição do Sistema Único de Saúde em 1990. A análise permitiu identificar as influências externas e internas que incidem sobre a política de planejamento familiar. A política de planejamento familiar do país hoje configura-se democrática, abrangente e descentralizada, sendo a principal tensão identificada entre seus enunciados e sua implementação na prática, ou seja, só será efetiva se houver um controle social eficaz.

A emergência do antigo Israel: um diálogo entre a história e a arqueologia histórica na busca da identidade étnica da grandeza social Israel no Mediterrâneo nos séculos XIVXIII A.C.

Escrever uma história do antigo Israel não é tanto uma aventura, apesar das querelas cronológicas e alguns confrontos com as culturas material e bíblica. O fato de ter como hipótese central a emergência do antigo Israel entre os séculos XIV-XIII a.C. julgou-se importante considerar o evento cronológico de média duração e ocorrido em interação sociocultural no Mediterrâneo. Para a fundamentação foram apresentados os documentos literários e artefatos materiais. Assim, realizou-se a abordagem historiográfica em diálogo científico com a arqueologia histórica, sendo a cultura material o campo de comprovação dos pressupostos, e pela antropologia social de grandezas socioétnicas e políticas do segundo milênio a.C., como auxiliar no desenvolvimento da argumentação. Tanto os documentos de Tell el-'Amarna quanto a estela Hino da vitória de Merenptah, Cairo e Karnak foram analisados em seus contextos históricos. Os objetivos, portanto, foram fundamentar com evidências a fuga de escravos do Egito em vários períodos da Idade do Bronze Recente, entre a época amarniana e a época ramessida, e a emergência multiétnica dos 'ibrîm em meio a povos nômades e seminômades em um amplo fenômeno histórico de reação ao protetorado egípcio no Mediterrâneo. Isso levou-nos a adotar o método comparativo para a análise dos documentos e seguir o debate historiográfico sobre os testemunhos arqueológicos desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Tel Aviv e da Universidade Hebraica de Jerusalém. Em conclusão, ficou demonstrada a existência de várias rotas de fugas de escravos e evidências de ocorrências envolvendo os povos mediterrâneos à época da emergência do antigo Israel e a correspondência por trocas culturais, organização política, atividades e assentamentos nos altiplanos envolvendo aqueles povos, o que possibilitou a simbiótica etnicidade.

Les termes égyptiens désignant le scorpion

Étude des termes qui désignent le scorpion en égyptien ancien. Il apparaît que deux mots principaux sont utilisés, qui se retrouvent en copte, mais dans des dialectes différents. L'un des termes est utilisé dans le Delta, l'autre plus au sud. Cette répartition géographique semble remonter aux époques antérieures.

Hope in the Most Unlikely Spaces: Thawra and the Contemporary Arabic Novel

In the early to mid-twentieth century, many novelists in the Arab world championed Arab nationalism in their literary reflections on the social and political struggles of their countries, depicting these struggles primarily in terms of spatial binaries that pitted the Arab world against the West, even as they imported Western literary models of progress and modernity into their own work. The intense experience of national awakening that infused their writing often placed these authors at a literary disadvantage, for in their literature, all too often the depth and diversity of Arabic cultures and the complexity of socio-political struggles across the Arab world were undermined by restrictive spatial discourses that tended to focus only on particular versions of Arab history and on a seemingly unifying national predicament. Between the Arab defeat of 1967 and the present day, however, an increasing number of Arab authors have turned to less restrictive forms of spatial discourse in search of a language that might offer alternative narratives of hope beyond the predictable, and seemingly thwarted, trajectories of nationalism. This study traces the ways in which contemporary Arab authors from Egypt and the Sudan have endeavoured to re-think and re-define the Arab identity in ever-changing spaces where elements of the local and the global, the traditional and the modern, interact both competitively and harmoniously. I examine the spatial language and the tropes used in three Arabic novels, viewing them through the lens of thawra (revolution) in both its socio-political and artistic manifestations. Linking the manifestations of thawra in each text to different scenes of revolution in the Arab world today, in Chapter Two, I consider how, at a stage when the Sudan of the sixties was both still dealing with colonial withdrawal and struggling to establish itself as a nation-state, the geographical and textual landscapes of Tayeb Salih‟s Season of Migration to the North depict the ongoing dilemma of the Sudanese identity. In Chapter Three, I examine Alaa iii al-Aswany‟s The Yacoubian Building in the context of a socially diseased and politically corrupt Egypt of the nineties: social, political, modern, historical, local, and global elements intertwine in a dizzyingly complex spatial network of associations that sheds light on the complicated reasons behind today‟s Egyptian thawra. In Chapter Four, the final chapter, Gamal al-Ghitani‟s approach to his Egypt in Pyramid Texts drifts far away from Salih‟s anguished Sudan and al-Aswany‟s chaotic Cairo to a realm where thawra manifests itself artistically in a sophisticated spatial language that challenges all forms of spatial hegemony and, consequently, old and new forms of social, political, and cultural oppression in the Arab world.