991 resultados para Anemia em crianças


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Between August 1989 and November 2003, 33 patients at our center with acquired aplastic anemia underwent bone marrow transplantation (BMT) from HLA-identical sibling donors with cyclophosphamide and in vivo anti-CD52 monoclonal antibodies (MoAb) for conditioning. The median age at BMT was 17 years (range, 4-46 years). Before BMT, 58% were heavily transfused (>50 transfusions), and 42% had previously experienced treatment failure with antithymocyte globulin-based immunosuppressive therapy. Unmanipulated bone marrow was used as the source of stem cells in all patients except 1. Graft-versus-host disease (GVHD) prophylaxis was with cyclosporine alone in 19 (58%) patients; 14 received anti-CD52 MoAb in addition to cyclosporine. The conditioning regimen was well tolerated without significant acute toxicity. Graft failure was seen in 8 patients (primary, n = 4; secondary, n = 4). Of those whose grafts failed, 4 survived long-term (complete autologous recovery, n = 2; rescue with previously stored marrow, n = 1; second allograft, n = 1). The cumulative incidence of graft failure and grade II to IV acute and chronic GVHD was 24%, 14%, and 4%, respectively. None developed extensive chronic GVHD. With a median follow-up of 59 months, the 5-year survival was 81% (95% confidence interval, 68%-96%). No unexpected early or late infectious or noninfectious complications were observed. We conclude that the conditioning regimen containing cyclophosphamide and anti-CD52 MoAb is well tolerated and effective for acquired aplastic anemia with HLA-matched sibling donors. The favorable effect on the incidence and severity of GVHD is noteworthy in this study and warrants further investigation.

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A randomized trial was carried out comparing cyclosporin A (CsA) and short-term methotrexate (MTX) versus CsA alone for graft versus host disease (GVHD) prophylaxis in patients with severe aplastic anemia (SAA) undergoing allogeneic bone marrow transplantation (BMT) from a compatible sibling. Seventy-one patients (median age, 19 years; range, 4-46 years) were randomized to receive either CsA and MTX or CsA alone for the first 3 weeks after BMT. Subsequently, both groups received CsA orally, with gradual drug reduction until discontinuation 8 to 12 months after BMT. Patients randomized in both arms had comparable characteristics and received the same preparative regimen (ie, cyclophosphamide 200 mg/kg over 4 days). The median time for neutrophil engraftment was 17 days (range, 11-31 days) and 12 days (range, 4-45 days) for patients in the CsA/MTX group and the CsA alone group, respectively (P =.01). No significant difference was observed in the probability of either grade 2, grade 3, or grade 4 acute GVHD or chronic GVHD developing in the 2 groups. The Kaplan-Meier estimates of 1-year transplantation-related mortality rates for patients given either CsA/MTX or CsA alone were 3% and 15%, respectively (P =.07). With a median follow-up of 48 months from BMT, the 5-year survival probability is 94% for patients in the CsA/MTX group and 78% for those in the CsA alone group (P =. 05). These data indicate that the use of CsA with MTX is associated with improved survival in patients with SAA who receive transplants from compatible siblings. (Blood. 2000;96:1690-1697)

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Rejection after allogeneic BMT for aplastic anemia is a complication with a high risk of mortality. We describe a patient who, following a second episode of rejection after a second BMT entered a third durable remission subsequent to treatment with ALG, donor lymphocyte infusions, GM-CSF, and erythropoietin. Therapy was well tolerated. At 5 years after rejection treatment, his hematopoiesis is of complete donor origin as determined by analyses of short tandem repeats. Thus, donor lymphocyte infusions can be considered as a therapy option for marrow rejection after allogeneic BMT for aplastic anemia.

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Relátorio de estágio apresentado para obtenção do grau de Mestre na especialidade de Educação Pré-escolar

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O presente relatório, no âmbito do Mestrado em Educação Pré-Escolar realizado na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Santarém, está dividido em três partes. A primeira parte é dedicada aos estágios em dois contextos, o de Creche e o de Jardim-de-Infância e refere-se aos trabalhos e projetos desenvolvidos, ao percurso profissional, aprendizagens realizadas, dificuldades sentidas e reflexões que daí decorreram. A segunda parte refere-se à componente investigativa “A entrada na Creche e as primeiras interações entre crianças: contributos do educador de infância para uma sociabilidade prazerosa”, apresentando um estudo sobre as interações infantis aquando da entrada na creche e sobre a importância que o educador tem neste processo, favorecendo momentos de interações positivas e mediando os problemas que vão surgindo. O estudo realizado é de natureza qualitativa, centrando-se em observações feitas em creche e na reflexão e discussão assentes nessas observações. A terceira parte, considerações finais, sintetiza o percurso realizado e o seu contributo para o desenvolvimento e crescimento pessoal e profissional.

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Relatório de estágio apresentado para obtenção do grau de Mestre em educação pré-escolar e ensino do 1º ciclo do ensino básico

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Neste capítulo apresentaremos então o trabalho desenvolvido no âmbito do projeto Percursos inclusivos das crianças e famílias portadoras de Síndrome X-Frágil realizado entre 2011 e 2013. Começaremos por situar a nossa investigação por referência à investigação que, a nível internacional, vem sendo produzida sobre a SXF e depois clarificaremos a perspetiva teórica em que assentou o nosso olhar para os percursos inclusivos das crianças, jovens e famílias que pretendemos estudar. Descreveremos depois a forma como foi pensada e organizada a investigação, e os aspetos metodológicos envolvidos na conceção e desenho do projeto, bem como na recolha e tratamento dos dados.Apresentaremos de seguida os dados obtidos a partir da análise qualitativa, na perspetiva da Grounded Theory, que nos permitiu encontrar não só grandes categorias e conceitos para a compreensão do percurso de vida das crianças e jovens estudados, como também as principais qualidades, variáveis ou fatores, que, em cada momento, contribuem para uma boa inclusão ou se tornam obstáculo, problema ou limitação. Por último, depois de discutidos os resultados e confrontados com a investigação que vem sendo feita noutros contextos, procuraremos salientar algumas conclusões, explicitando as implicações que podem ter para a vida das pessoas com SXF e para o trabalho que instituições e profissionais dos diferentes setores com elas desenvolvem.

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A partir de meados do século XX, a investigação qualitativa tem vindo a receber uma aceitação crescente e um maior reconhecimento por parte de investigadores em diferentes áreas de conhecimento psicológico. Dentro dos métodos qualitativos, as entrevistas assumem-se como a técnica mais comummente usada na recolha de dados. Não obstante, a utilização desta abordagem com crianças apresenta alguns desafios para o investigador. Ouvir as crianças e a consciencialização de que as mesmas são cidadãs e membros activos do processo de investigação assenta numa mudança paradigmática, ultrapassando uma perspectiva que as olha como incapazes e imaturas. Neste trabalho, pretende-se apresentar a evolução paradigmática entre a abordagem quantitativa e qualitativa, bem como focar especificamente a técnica da entrevista com crianças. Em termos práticos, pretende-se relatar a experiência de uma recolha de dados recorrendo a essa mesma técnica, com crianças do pré-escolar e do 1º ano do ensino básico.

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Com a realização deste trabalho pretendemos apurar as Respostas Curriculares e Educativas disponibilizadas entre 1997 e 2007 às crianças com síndrome X Frágil, no concelho de Alandroal. Foi privilegiada uma abordagem metodológica qualitativa, que recorre à análise de conteúdos de documentos presentes nos processos dos cinco alunos sinalizados e também a actas dos conselhos de docentes e de turma. Depois de analisados os resultados, constatou-se que o tipo de respostas curriculares e/ou educativas mais utilizadas para esta população, assentou numa dimensão predominantemente pedagógica, mas também se salientam as dimensões terapêutica e curricular. Para tal, registou-se o recurso a espaços físicos, à legislação, a recursos didácticos e humanos, bem como a parcerias que se estabeleceram dentro e fora do concelho do Alandroal. As estratégias mais utilizadas para cada aluno em particular mereceram também a nossa atenção; ABSTRACT: The aim of this study was to find out the "curricular/educational" responses that were in-place to meet the needs of the students with Fragile X syndrome, in the Alandroal’s county, between 1997/2007. A qualitative methodological approach has been preferred, consisting on the analysis of the documents present in the student’s individual processes (which have been referred for special education) and also in some minutes of the teacher’s council meetings and class council. Results have shown that the most used response within this population was mainly connected to the pedagogic dimension, but also it was also based on the therapeutic and curricular dimensions. So, it has been used resources related to physical spaces, legislation, human and didactic, as well as to partnerships inside and outside Alandroal’s county. Specific strategies used on particular students did also have our special attention.

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Enquadramento Conceptual: O envolvimento na escola das crianças com perturbações do desenvolvimento é um factor decisivo para o seu percurso inclusivo. Esse envolvimento faz-se num sentido duplo: mobilizando, por um lado, a escola e os seus profissionais e, por outro, a criança e a família. O conceito de inclusão aponta precisamente para que todas essas crianças estejam na escola, junto com as outras, e aí façam as suas aprendizagens e encontrem aquilo que é mais necessário ao seu desenvolvimento e bem estar. Objetivos: Nesta comunicação será apresentado um estudo feito com 40 mães de crianças com Síndrome de X Frágil, uma perturbação de desenvolvimento de etiologia genética que é a causa hereditária mais frequente da deficiência intelectual e a origem mais conhecida de autismo, tendo como objectivo identificar os momentos mais marcantes do percurso inclusivo dessas crianças. Metodologia: O estudo, de natureza qualitativa, foi realizado a partir de entrevistas semi-estruturadas, usando uma abordagem de Grounded Theory. Resultados: A inclusão no Jardim de Infância é, geralmente, diferente e mais favorável do que a inclusão no 1º ciclo. No inicio do Ensino Básico os factores que mais parecem associados a uma inclusão favorável são: a) características da criança (nomeadamente o ser sociável e ter boa relação com colegas e professores), b) uma Escola comprometida e c) bons resultados da criança ao nível das aquisições. Por outro lado, uma avaliação global negativa faz emergir as seguintes categorias: a) problemas do processo ensino-aprendizagem, b) pouco apoio especializado, c) organização educativa das escolas (não preparadas para educação inclusiva) e d) Frequente insatisfação com os professores, nomeadamente os professores de Educação Especial. Nas transições para os ciclos posteriores, a boa inclusão parece igualmente associada com o bom acolhimento pela escola e a sua capacidade para promover o envolvimento da criança/ jovem na vida da comunidade escolar. Conclusão: O problema do envolvimento escolar das crianças com perturbações graves do desenvolvimento requer mais investigação, tanto mais que o sucesso do seu percurso inclusivo parece ligar-se com o envolvimento de todos os três grupos de atores fundamentais da sua vida escolar: pais, professores e elas mesmas.

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Contributos de diferentes áreas disciplinares têm vindo a questionar as imagens que construímos histórica e socialmente de criança e infância, não sendo a educação de infância alheia a essa construção. A imagem da criança competente, reafirmada e fortalecida na sua dimensão social, desafia as pedagogias da infância a constituírem-se com a participação das próprias crianças. Este desafio questiona o conhecimento, as crenças dos profissionais, o modo de se pensarem enquanto educadores de infância e, sobretudo, exige uma atitude investigativa que sustente uma prática inclusiva de crianças e infâncias diferentes. Este trabalho partiu da possibilidade do educador-investigador-com crianças para o desenvolvimento de uma experiência na formação inicial de educadores de infância. Assumindo um referencial possível para o desenvolvimento de pedagogias participadas pelas crianças, inspirado em diferentes abordagens de investigação com crianças, foi lançado aos alunos no estágio pedagógico supervisionado e aos seus educadores cooperantes um desafio de investigação-acção-formação. Tendo como referência em investigação o “paradigma do pensamento do professor” constituiu-se um corpus de análise de abordagem qualitativa a partir de um inquérito para identificação de concepções prévias dos alunos, da documentação do processo de investigação-acção-formação presente nos portefólios dos alunos e da avaliação do projecto pelos participantes (alunos e educadoras cooperantes) com base numa entrevista. A partir do processo analítico e da sua interpretação discutem-se potencialidades e limitações quanto à possibilidade do educador-investigador-com-crianças.

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Este trabalho pretende analisar a relação entre o envolvimento da família e o sucesso educativo das crianças. A hipótese principal foi construída para testar as teorias de Ana Henderson (1987), Davies (1989) e Epstein (2002). A primeira parte deste trabalho é constituída pelo enquadramento teórico, onde se abordam a problemática da relação escola/família, da participação e do sucesso e insucesso dos alunos. A segunda parte é constituída pela metodologia, análise e interpretação dos dados e análise e discussão dos resultados, onde estão incluídas as conclusões e as sugestões. O estudo foi feito nas escolas do 1° Ciclo do Agrupamento Vertical de Colos, relativamente aos alunos do 3° e 4° ano, no ano lectivo de 2004/2005. A amostra foi constituída por 67 pais e a recolha de informação foi feita através de um questionário. O tratamento de dados foi feito de forma estatística utilizando o SPSS, Os resultados do presente estudo levam-nos a concluir que os pais têm uma fraca participação na escola e que o sucesso educativo dos alunos não depende da participação dos pais na sua vida académica, não se confirmando a hipótese formulada para dar resposta à pergunta inicial. Concluímos ainda que, quanto maior é a distância entre a casa dos alunos e a escola frequentada, melhores resultados e menos retenções estes exibem ao longo do seu percurso escolar. /ABSTRACT - This work intends to analyse the relation between the role of the family and the educational success of children. The main assumption was built to test the theories of Ana Anderson (1987), Davies (1989) and Epstein (2002). The first part of the essay includes the theoretical framing where the subject of the relation school/family is approached. The second part contains the methodology, analysis and interpretation of data and the analysis and discussion of the results, which includes the conclusions and the suggestions. This survey was made in the Primary Schools of “Agrupamento Vertical de Colos”, among students of the third and fourth grades in the school year of 2004/2005. The sample was made of sixty-seven parents and the data was gathered by a questionnaire. The treatment of this data was made statistically by using SPSS. The results of this survey take us to the conclusion that parents have a low participation in school and that the educative success of students does not depend on their parents’ participation in their academic life. So, the hypothesis formulated to answer the initial question is not confirmed. We can also conclude that, the longer the distance between the students' home and the school they attend, the better the results and fewer times they fail in their school life.

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A hospitalização de uma criança constitui uma experiência stressante, conduzindo, muitas vezes a vivências de sofrimento por parte da criança e da família. A compreensão das necessidades dos pais e do seu nível de empoderamento familiar são fundamentais para desenvolver estratégias promotoras do envolvimento dos pais nos cuidados de saúde, capacitando-os para a continuidade de cuidados. Desenvolvemos um estudo exploratório descritivo, de cariz essencialmente quantitativo, incluindo também análise qualitativa, com uma amostra de 660 pais de crianças hospitalizadas e de 95 profissionais de saúde em três hospitais portugueses. A colheita de dados foi efectuada pela aplicação de questionários, dirigidos aos pais e aos profissionais de saúde, e que incluíam na versão dos pais o Questionário das Necessidades dos Pais e a Escala de Empoderamento Familiar, e na dos profissionais de saúde, um Questionário das Necessidades dos Pais adaptado, ambos incluíram perguntas abertas. O processo de adaptação cultural e validação destas duas escalas faz parte integrante deste trabalho. Os resultados mostram opiniões diferentes entre pais e profissionais de saúde acerca das necessidades dos pais, particularmente no que respeita às necessidades de informação e de suporte e orientação. Os pais atribuem mais importância, sentem-se menos satisfeitos e consideram que o hospital os deveria ajudar mais na concretização das suas necessidades, comparativamente com o que os enfermeiros e médicos pensam. Constatamos também a influência de algumas variáveis relativas aos pais e aos profissionais de saúde, na percepção das necessidades. Os pais demonstram menor empoderamento, no que diz respeito ao envolvimento com a comunidade, nomeadamente em relação à participação com os decisores políticos, realçando a dificuldade no exercício da cidadania. E evidenciam maior empoderamento na dimensão da família e dos cuidados prestados ao filho. Os resultados qualitativos indicam que o envolvimento dos pais nos cuidados de saúde tem múltiplos significados, destacando-se as dimensões: o quotidiano da criança no hospital, a continuidade dos cuidados de saúde após a hospitalização e as perspectivas do envolvimento nos cuidados de saúde. Esta última dimensão inclui os domínios: presença, participação, informação, necessidades e benefícios para a criança, responsabilização e direito à saúde, realização de cuidados, necessidades da família e ajuda aos profissionais de saúde.

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O presente trabalho propõe-se analisar as características fonológicas de 14 crianças com perturbação de linguagem (PL) e comparar com 14 crianças que apresentam desenvolvimento linguístico normal (estudo 1). As crianças com PL foram divididas em dois sub-grupos: as crianças com PL com quociente de inteligência não verbal (QINV) normal e as crianças com PL com QINV baixo. O estudo 2 visa analisar a eficácia de duas abordagens de intervenção (articulatória e fonológica) no grupo das 14 crianças com PL, usando um estudo experimental controlado randomizado. As medidas de resultados incluem indicadores de severidade (e.g., percentagem de consoantes correctas; percentagem de ocorrência de processos fonológicos; inventário fonético) e de inteligibilidade (palavras isoladas e fala encadeada). O trabalho pretende ainda analisar a resposta ao tratamento das crianças tendo em conta o seu nível de QINV. Foi também desenvolvido um questionário para obter as opiniões dos pais (análise qualitativa) sobre as abordagens de intervenção implementadas. Os resultados obtidos no estudo 1 indicam que as crianças com PL apresentam dificuldades graves a nível do desenvolvimento fonológico. Estas dificuldades evidenciaram-se pela percentagem reduzida de consoantes correctas e pela elevada frequência de utilização de processos fonológicos típicos nas crianças com PL quando comparadas com as crianças com desenvolvimento da linguagem normal. Verificou-se que as crianças com PL também apresentaram processos fonológicos que não são frequentes no desenvolvimento fonológico normal. Neste estudo verificou-se ainda que as crianças com QINV baixo e as crianças com QINV normal não apresentaram uma performance significativamente diferente nas medidas analisadas. Os resultados do estudo da análise da eficácia das abordagens de intervenção indicam que as duas abordagens foram eficazes na melhoria da produção das crianças. Os resultados mostraram uma diferença significativa no grupo tratado com a abordagem fonológica (AF) (p = 0.018) e no grupo tratado com a abordagem articulatória (AA) (p = 0.018) relativamente à diferença entre a PCC obtida antes e depois da intervenção terapêutica. Verificou-se também uma diferença significativa (p = 0.015) entre os dois grupos de intervenção o que sugere que o grupo das crianças tratadas com a AF apresentou uma evolução significativamente maior a nível da PCC comparativamente ao grupo das crianças tratadas com a AA. Os resultados obtidos neste estudo mostraram também que as diferenças a nível do QINV não influenciaram a resposta ao tratamento. Todos os pais consideraram que a intervenção contribuiu para a evolução das crianças, e que a terapia os ajudou a compreender melhor os seus filhos. Relativamente às experiências de inteligibilidade, os resultados foram obtidos através de um conjunto de ouvintes, entre os quais se verificou uma elevada concordância. Os resultados destas experiências mostraram que a AF foi eficaz na melhoria da inteligibilidade das palavras e da fala encadeada das crianças, ao contrário da AA.