205 resultados para sublime


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O tema da exclusão social sempre esteve presente na Literatura Brasileira, porém, na virada do século XX para o XXI, ele ganha ainda mais relevo, através de narrativas realistas, chocantes, exacerbadas de violência e até anomia, que enfatizam a imagem dos excluídos. Cidade de Deus (Paulo Lins: 1997) e Meu nome não é Johnny (Guilherme Fiuza: 2004) focalizam a exclusão dos envolvidos com o narcotráfico. A despeito das diferenças entre as duas narrativas, os seus protagonistas entram em ação a partir da marginalidade; ganham autonomia, no cenário urbano, através da criminalidade, e se tornam ameaçadoramente visíveis, depois de uma histórica invisibilidade. O estudo das complexidades concernentes ao tratamento ficcional do tema se distribuiu, nessa dissertação, em três capítulos. No primeiro capítulo, as obras foram estudadas individualmente, em função da organização dos relatos no espaço narrativo. O segundo capítulo abordou a correlação entre geografia cultural e teoria da literatura, em suas considerações sobre a proeminência da categoria do espaço para o trabalho narratológico. Nessa perspectiva interdisciplinar, foram analisadas as paisagens ficcionais de ambos os romances e, em seguida, articulou-se o roteiro ficcional de cada romance com o pensamento de Foucault sobre os lugares heterotópicos. No terceiro capítulo, intertextualizando o binômio disciplinar geografia cultural e literatura com a filosofia, retroagiu-se aos filósofos idealistas alemães que teorizaram sobre o trágico e intuíram que a tragicidade não se manifesta apenas na tragédia, mas também em obras que lidam com a experiência do irrepresentável, da representação negativa e, em termos estéticos, do sublime. Conjugando as idéias de Hölderlin sobre o vislumbre do divino, de Schopenhauer sobre a metafísica da música, e de Nietzsche sobre a correlação entre o apolíneo e o dionisíaco, tragédia e música, chegou-se à conclusão de que ambas as narrativas incorporam produtivamente ao projeto ficcional duas metáforas absolutas (Hans Blumenberg) que dizem respeito à exclusão/inclusão: a cidade e o hipocorístico (Johnny), dois espaços um material, outro alegórico interativos, em ambos os romances. Em Meu nome não é Johnny, o percurso simbólico do protagonista o leva do sofrimento à redenção social e à inclusão (grandemente graças à atividade musical); em Cidade de Deus, a brutalização progressiva das relações humanas leva à erradicação de qualquer manifestação da sensibilidade, a uma cidade sem música e à permanência da exclusão

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It is not hard to see how two visions of nature are intertwined in Darwin’s Journal of Researches: one vision, the province of romantic authors depicting the sentiments awakened by certain landscapes, the other, the domain of natural scientists describing the world without reference to the aesthetic qualities of the scenery. Nevertheless, analyses of this double perspective in Darwin’s work are relatively rare. Most scholars focus on Darwin, the scientist, and more or less ignore the aesthetic aspects of his work. Perceiving the gradual transformation of Darwin’s world view, however, depends on analyzing the two different modes in which Darwin approached and perceived the world. While one can, on occasion, find commentaries on the beauty of the natural world in Darwin’s early work, the passage of time produces a modification in the naturalist’s manner of perceiving nature. This does not, however, mean that Darwin ceases to find beauty in nature; on the contrary, the disenchantment, in Max Weber’s words, that Darwin’s theory produces should not be understood in a pejorative, but rather in a literal sense. The theory of evolution, in effect, divests nature of its magical character and begins to explain it in terms of natural selection, according it, in the process a new and more intense attraction. In the present work, the metaphysical implications of this new vision of the world are analyzed through the eyes of its discoverer.

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A presente tese investiga as poéticas do trágico nas obras teatrais de Eurípides (Grécia, c. 484 406 a.C.), Johann Wolfgang von Goethe (Alemanha, 1749 1832) e Federico García Lorca (Espanha, 1898 1936) e defende que, nos três autores, as concepções estéticas do trágico se constituem principalmente sobre a representação poética do filicídio materno. A antinomia trágica engendrada, metaforicamente, no assassinato da criança pelas mãos daquela que lhe deu a vida é tema de Medeia (431 a.C.), Tragédia de Margarida (1790) e Yerma (1934), obras fundamentais para compreender a visada trágica dos três poetas aqui, em respectivo, estudados. O conflito com o sagrado e com a razão, ao apontar para a afirmação trágica do corpo e do feminino, frequenta as três obras. O paralelismo entre as dimensões política e estética é, por conseguinte, patente nos três dramas, ao mesmo tempo em que cada um dos autores, com contexto e assinatura próprios, configura uma ideia estética acerca do trágico inteiramente singular. O diálogo entre literatura e filosofia, ou entre intuição e conceito, atravessa, nesta tese, a leitura do trágico na metáfora do filicídio. Sob tal perspectiva, a Medeia de Eurípides impõe-se no centro do debate entre socráticos e sofistas, e aborda temas, como o domínio das paixões sobre a razão, que também aliciaram autores como Platão, Aristóteles e Nietzsche. A Gretchentragödie, de Goethe, apresenta-se, por sua vez, como obra poética aonde convergem as mais calorosas discussões estéticas do moderno pensamento alemão, como as questões do sublime (Kant, Schiller) e da vontade (Schopenhauer). Yerma, de García Lorca, será também uma obra de convergência filosófica, expressando a nueva manera espiritualista que marca a última fase da produção lorquiana: a perspectiva trágica de Nietzsche, na afirmação do corpo como grande razão, assim como o diálogo de Lorca com o pensamento de Miguel de Unamuno sobre El sentimiento trágico de la vida, caracteriza uma espécie de tragédia às avessas, que nega o sagrado e afirma o trágico como síntese libertária do eu, do corpo e do feminino

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真空室内金属粒子污染是降低激光薄膜性能的一个重要因素。采用高真空残余气体分析仪,对薄膜沉积过程中的气氛进行分析。发现由黄铜制作的加热灯架在工作时会分解出Zn,在这种条件下沉积薄膜,会使薄膜中掺入金属杂质,导致薄膜激光破坏阈值降低。采用表面分析技术对薄膜的组分进行分析,证实薄膜中锌杂质的存在。激光破坏实验证明,含有锌杂质的薄膜的破坏阈值明显降低。

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A questão abordada nesta dissertação visa o entendimento do que vem a ser a educação justa no contexto da pós-modernidade. A justiça na educação só se tornou uma questão a ser considerada a partir da década de setenta do século XX, quando foram produzidas pesquisas que apontavam que a educação reproduzia desigualdades. Pensadores como o português Carlos Estêvão e o francês François Dubet foram os pioneiros na tentativa de produzir concepções a respeito da educação justa. Estêvão apresenta a educação justa como aquela ligada aos valores da filosofia pública democrática, centralizada nos princípios da liberdade e igualdade. Quanto a Dubet, ele chega à conclusão que os princípios para uma escola justa (DUBET, 2008) são os seguintes: discriminação positiva, garantir um mínimo escolar, utilidade dos diplomas, as desigualdades escolares não podem produzir desigualdades sociais e a escola deve tratar os vencidos. Diante do cenário pós-moderno, outro encaminhamento é preciso, uma vez que a pós-modernidade se caracteriza pelo fim dos grandes relatos (Lyotard) e a destruição dos fundamentos (Vattimo). Com ela, não é mais possível, a modelação ou a padronização humana. Os grandes ideais, a finalidade e os motivos se perderam, restando apenas os átomos sociais. Diante desse cenário, o primeiro passo, em direção a uma educação justa pós-moderna, é o estabelecimento do direito à fala, expressão mais fiel de nossa liberdade. Com a pós-modernidade, temos nossa sensibilidade aguçada para as diferenças, e reforçando nossa capacidade para o sublime. Talvez assim, teremos uma vida sublime, que é a efetivação de nosso direito de sonhar.

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Shears, J. (2006). Approaching the Unapproached Light: Milton and the Romantic Visionary. In G. Hopps and J. Stabler (Eds.), Romanticism and Religion from William Cowper to Wallace Stevens (pp.25-40). The Nineteenth Century Series. Aldershot: Ashgate. RAE2008

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In this paper I look at texts from the Romantic Period which strategically employ elements of the Gothic genre in what I describe as a `marginal` relationship with the Gothic canon. My intention is both to explore the way the boundaries of the genre might be extended, and to cast fresh light on some of the texts discussed, specifically in relation to the ways in which the `monstrous` is perceived and portrayed as villainy. In the first half of the paper, using Burke’s Philosophical Enquiry on the Sublime and the Beautiful as a starting point, I consider Burke’s Reflections on the Revolution in France, Godwin’s Caleb Williams, Radcliffe’s The Italian, and Blake’s The Marriage of Heaven and Hell as all in various ways examples of `marginal Gothic` that present evil doing as monstrous aberrations, also noting the contemporary reception of Beckford’s Vathek, praised in 1786 for its `accuracy and credibility`. In addition, I suggest that Wordsworth’s `Tintern Abbey` and Book VI of The Prelude provide evidence of marginal, but significant, Gothic influence that references Radcliffe’s and Burke’s explorations of a terror of the unknown. In the second half of the paper I focus on Scott’s Guy Mannering, or The Astrologer (1815) as an important example of a `marginal` Gothic novel. Scott’s reference to Vathek at a key point in his plot suggests that he had read Beckford’s novel as entirely `Gothic`. This discussion incorporates a comparison between Mannering’s youthful enthusiasm for astrological divination, and themes to be found in Shelley’s Frankenstein, notably with respect to the nature of Victor Frankenstein’s response to `old` and `new` science and medicine, and to the creation and control of Gothic monstrosity. In these and in other instances, it will be argued that the `marginal Gothic` of Scott’s novel may be read as a precursor to Shelley’s work. [From the Author]

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En estas páginas se pretende proponer un modo de entender lo visto siempre como adaptación inmanente, deseo y simbolización, esto es, entenderlo como imagen. Se hará conforme a un concepto de ‘superficie’ que prolonga la lectura que hiciera Didi-Huberman del concepto de imagen-síntoma de Aby Warburg, y se apoya en textos de teoría psicoanalítica de la mano de Jacques Lacan, en un intento no de arruinar la capacidad de hermenéutica del observador, sino de entender la búsqueda del sentido y de la esencia –del arte por ejemplo– como la investigación sobre un conflicto histórico de pérdidas, crisis y memoria. ‘Superficie’ en tanto que masa átona y sin sentido donde el ojo siempre visiona formas: ver superficie es que el ojo siempre adapte lo visto, deseando abrirlo visionariamente en su significado para recabar su verdad oculta, pero paradójicamente cerrándolo. Porque mirar imágenes supone siempre perder visión respecto de una supuesta totalidad en la que se darían todos los significados en todas sus ambigüedades y en todas sus posibilidades históricas, pérdida sólo decible en su retorno en tanto que resignificación traumática. Aquí postulamos que la ilusión será creer no que las apariencias son ilusorias, sino que más allá de ellas hay “más realidad”. Este planteamiento no sólo ratifica la posición del sujeto, inserto en una superficie/cuadro dada-a-ver, sino que descubre la brecha constitutiva que le rige y que es un “más en él” que él mismo.

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This article studies and reproduces a group of documents that includes some hand-written and typed texts most likely authored by Rubén Darío, along with others where Darío’s authorship can be easily contested. These documents seem to have originated during the years of Mundial Magazine (1912-1914), and besides the interest for their probably unpublished nature, they also show the cooperation between Darío and his collaborators in the preparation of his original manuscripts right before being sent to the publishers.

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A juzgar por alguna declaración más bien negativa de Borges sobre la literatura española, se podría creer que esta no influyó demasiado en él. Sin embargo, existen indicios de que pudo haberse inspirado también en determinados escritores españoles coetáneos hoy casi olvidados. Uno de ellos pudo ser José María Salaverría, entre cuyos relatos destaca “El fichero supremo” (1926), del que se ha dicho que “anticipa algunas de las preocupaciones características de un tipo de relato que Jorge Luis Borges elevará años después a la máxima categoría estética”. De hecho, recuerda a “La biblioteca de Babel” (1941) borgiana por su planteamiento hasta el punto de que podría pensarse que el maestro argentino pudo tener presente, a la hora de escribir esa obra maestra, ese cuento de Salaverría, el cual se publicó por primera vez en Caras y Caretas, una revista porteña que Borges reconoció “devorar” en su juventud. Sin embargo, el interés mayor de la comparación entre “El fichero supremo” y “La biblioteca de Babel” no radica tanto en el carácter de posible fuente del primero como en el contraste entre sus formas de presentación narrativa: desde fuera y en tercera persona en Salaverría, en un marco realista; y desde dentro y en primera persona, prácticamente sin marco, en Borges. Este parece desarrollar, en el registro propio de la “imaginación razonada” descrito por él mismo, una virtualidad presente en el relato de Salaverría, cuya comparación con “La biblioteca de Babel” puede suscitar también alguna reflexión sobre el enigma de la identidad y el carácter de la voz enunciadora de la biblioteca universal de Babel. Al menos, esta parece haber hecho realidad en cierto modo, de forma sublime, el patético sueño divino del archivero imaginado por Salaverría.

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The questioning of identity and the various roles that artists have begun to explore, from the last century, are fundamental aspects in this article. Today it is difficult to speak of the artist as individual isolated innate talent working in his studio, but the various social, political and cultural effects, have moved the artists to become part of the social world and to generate artistic practices that visualize and manifest critically these concerns. To explain these transits deeper, we will share part of the personal artistic practice and reflections, and how it has begun to intertwine with the doctoral research, through the art project “Dialogues with women art teachers”. From the experience as an artist and researcher in training, we will share what this project of artistic inquiry is about and reflect their points with the notion of `artistic practice as research´ developed by Graeme Sullivan (2010, 2011). On the other hand, we will seek to reflect how the identities of `artist´ and `academic´ are in constant dialogue. This art project seeks to show that these identities are not in a fixed position, but rather reflect, from the place of an artist, how through the various shifts in different disciplines, can conceive an identity ‘in-between’. The latter refers to the ability to understand the processes of being a woman, artist and researcher who travels and forms its identity among both disciplines.

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La iniciativa que se describe en este artículo, surge de una propuesta de investigación plástica, que se inició espontáneamente en el seno de una asignatura de escultura en la Facultad de Bellas Artes del CES Felipe II-UCM, y que tuvo como principal objetivo explorar nuevos modos de enseñanza artística desde la dinámica creativa en sí misma, con el fin de motivar el aprendizaje desde la participación directa en propuestas creativas que se apoyen en métodos de intervención crítica y que exploren las ventajas de las dinámicas interdisciplinares para complementar las eficacias de los ejercicios individuales, y así poder generar un aprendizaje desde dinámicas de trabajo en grupo. Para ello, hemos puesto en marcha procesos de trabajo cooperativo valorando sobre todo la experiencia directa, ofreciendo a los estudiantes contribuir en la actividad, tomar decisiones, lo que les permite aportar ideas, puntos de vista y opiniones sobre la combinación de nuevas tecnologías y técnicas tradicionales de la escultura, usados en proyectos artísticos actuales.

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Starting from the famous and enigmatic quotation of the Aristotle’s Poetics, who argues that the human has a natural desire and pleasure to see corpses if mediated by art, is intended to show the relationship between the attraction for the horror and some contemporary art practices surrounding the depiction of death, particularly with regard to the ultimate use of the human corpse as an artistic resource. Avoiding any kind of ethical approach or questioning of the limits of the artistic production, is meant to highlight the phenomenon through the examples brought out by the work of some contemporary artists such as Andy Warhol, Eric Fischl, Damien Hirst, Von Hagens, Andres Serrano, Joel-Peter Witkin and Teresa Margolles: From those who use the corpse in and turn it in something aesthetically pleasant, to others who turn human corpses in sculptures of scientific value, and further other kind of artists who assume the morbid and dramatic life of the corpse in their art production as something structural.

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A feature of scholarship on Arnold Bax is his indebtedness, in his early works, to the Irish literary revival (particularly in the mythology-suffused works of 'AE' and early Yeats) and, in his later works, to the music of Jean Sibelius, and the relationship between these periods. I argue that this relationship, which I summarize by using Bax's portmanteau term of 'Celtic North', is underpinned by the stimulus of landscape, which, as well as being a means by which to return to the Romantic idea of the sublime, also provides a means by which Bax critiques the more modernist relationship with landscape that underpins the English pastoral school of the 1920s. Thus the 'Celtic North' is the antithesis to the English 'south land' of Vaughan Williams and others.

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This paper considers the concept of light pollution and its connections to moral geographies of landscape in Britain. The paper aims to provide a greater understanding of light pollution in the present day, where the issue connects to policy debates about energy efficiency, crime, health, ecology and night time aesthetics, whilst also engaging with new areas of research in cultural geography. The main sources of investigation are the Campaign to Protect Rural England and the British Astronomical Association’s Campaign for Dark Skies (est. 1990). Using interviews, archival and textual analysis, the paper examines this anti-light-pollution lobby, looking at the lead-up to the formation of the Campaign as well as its ongoing influence. A moral geography of light pollution is identified, drawing on two interconnected discourses – a notion of the ‘astronomical sublime’ and the problem of urbanization. Whilst the former is often invoked, both through visual and linguistic means, by anti-light pollution campaigners, the latter is characterized as a threat to clear night skies, echoing earlier protests against urban sprawl. Complementing a growing area of research, the geographies of light and darkness, this paper considers the light pollution lobby as a way of investigating the fundamental relationship between humankind and the cosmos in the modern age.