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Resumo:
Na contemporaneidade, o envelhecimento humano transformou-se numa questão social e política, superando o estatuto que manteve secularmente e em que era tido como um assunto restrito à esfera familiar e privada. A velhice enquanto categoria socialmente construída remete para a evidente mutabilidade de perspectivas associadas ao devir histórico e também para a coexistência de diferenças individuais neste período de vida que contrariam a tendência presente na sociedade moderna de homogeneizá-la num grupo etário, com início aos 65 anos de vida.O acentuado crescimento demográfico, a multiplicidade de estilos de vida, a maior longevidade, a melhoria da qualidade de vida e ainda a crescente exigência no exercício da cidadania proporcionaram, desde o final do século XIX, uma nova dinâmica social face à velhice que ainda não tinha sido vivenciada até então. Emergiram novos comportamentos e atitudes sobre a velhice e consequentemente esta passou a ser encarada como um fenómeno social passível de respostas sociais.De tudo isto emergem novos desafios no que concerne às necessidades sociais assim como à organização das respostas públicas e privadas que visem a promoção do bem-estar individual e colectivo no processo de envelhecimento.
Resumo:
Na contemporaneidade, o envelhecimento humano transformou-se numa questão social e política, superando o estatuto que manteve secularmente e em que era tido como um assunto restrito à esfera familiar e privada. A velhice enquanto categoria socialmente construída remete para a evidente mutabilidade de perspetivas associadas ao devir histórico e também para a coexistência de diferenças individuais neste período de vida que contrariam a tendência presente na sociedade moderna de homogeneizá-la num grupo etário, com início aos 65 anos de vida. A idade social, que não deve ser confundida com a idade cronológica, corresponde à idade da vida reconhecida e definida de acordo com as normas sociais que atribuem às diversas idades papéis e status sociais distintos em cada sociedade. De tudo isto emergem novos desafios no que concerne às necessidades sociais assim como à organização das respostas públicas e privadas que visem a promoção do bem-estar individual e coletivo no processo de envelhecimento.
Resumo:
O espaço urbano é produto social, resultado da interação entre diferentes agentes transformadores da cidade. Entre esses podemos citar: proprietários fundiários, agentes imobiliários, donos dos meios de produção, Estado e grupos excluídos. Cada agente tem interesses específicos. Por isso se diz que o espaço urbano é fragmentado, mas como todos são interdependentes e dialogam no jogo ideológico e político, diz-se que esse espaço é também articulado. Materializada pelos processos históricos, a cidade é cheia de símbolos, muitas vezes propositais na tentativa de manipular e reproduzir um modo de vida urbano e capitalista. Mas ela também é expressão de lutas sociais de classes excluídas, que tornam-se agentes formadores e transformadores, a partir do momento que interferem no devir do urbano incrustado na lógica do capital. Este trabalho analisa historicamente a ação e interação entre os diferentes agentes formadores da comunidade da Fercal, localizada em Brasília, capital do Brasil. Iniciamos o trabalho pelos estudos de localização industrial da fábrica Tocantins S/A, primeira indutora da expansão urbana de toda a região adjacente à rodovia DF-150, onde localiza-se a comunidade da Fercal. A partir do levantamento histórico, saídas de campo e coleta de dados, identificamos a participação de cada agente na formação desse espaço urbano.