967 resultados para Sujeito diaspórico
Resumo:
Este trabalho pensa o romance Marajó de Dalcídio Jurandir como um bem de cultura numa perspectiva pós-colonial, na qual se questiona e se rearticula os discursos hegemônicos e homogeneizadores da modernidade. Proponho, desse modo, defender a idéia de que, à semelhança do arquipélago do Marajó, o romance homônimo de Dalcídio Jurandir pode nos dizer que sob a aparente homogeneidade da região está o ambivalente e o heterogêneo, e que essa narrativa redefine, portanto, o processo simbólico e o imaginário social sobre a Amazônia que, tradicionalmente, têm constituído a imagem dessa região.Para tanto, demonstro como se forja um novo signo cultural a partir da representação de um espaço que oscila entre o documento e ficção, bem como da representação de um sujeito em condição fronteiriça e ambivalente e de uma escrita que se faz dupla e fragmentária. A fundamentação teórica desse estudo consiste, sobretudo, nos pressupostos a respeito da construção de narrativas que representam uma nação e criam uma identidade cultural estabelecidas, principalmente, por Timothi Brennan, Homi Bhabha e Stuart Hall, bem como, na idéia de dissimulação e suplemento depreendidas dos estudos de Barthes e Jacques Derrida; nas contribuições de Deleuze e Guatarri, Donaldo Schuller, Finazzi-Agro,Garcia Canclini, Costa Lima, Angel Rama, dentre outros, para se pensar a condição do sujeito e a construção do espaço na narrativa dalcidiana, e, ainda, nas contribuições analíticas de pesquisadores da obra dalcidiana como Assmar, Vicente Salles, Marli Tereza Furtado, Castilo,dentre muitos outros.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Práticas de subjetivação e construção identitária: o sujeito no entremeio da auto-ajuda e da ciência
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
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Este trabalho teve como objetivo vislumbrar os modos de subjetivação, presentes nas complexas relações de saber-poder de um dispositivo jurídico, capazes de fabricar uma categoria específica de indivíduo: o sujeito infrator. Segundo Foucault (1997), os modos de subjetivação são os processos através dos quais nos tornamos sujeitos, isto é, os meios pelos quais somos capturados por relações de forças implicadas no processo de produção de subjetividades. Sendo assim, certos saberes e técnicas presentes em diversos dispositivos - aos quais nos conectamos ou somos conectados - são considerados modos que nos subjetivam, engendrando-nos e constituindo-nos na medida em que atuam como tipos normativos de modos de ser. Entender os discursos acerca do “sujeito infrator” e práticas que atuam sobre ele, como parte das forças que assim o constitui, pode ser um caminho para provocar qualquer tipo de fissura no dispositivo jurídico, que teima em justificar sua atuação em nome de um discurso de “proteção” e “recuperação”. Não sendo possível pensar nos modos de subjetivação sem atrelá-los à questão do “governo”, interrogamos, a partir de um estudo genealógico, as práticas de saber-poder-subjetivação presentes no dossiê de um adolescente em cumprimento de Medida Sócio-Educativa de Internação. Para entender os modos de subjetivação como estratégias de governamentalidade, problematizamos um conjunto de técnicas disciplinares, regulamentares e práticas de si, e alguns dos saberes considerados legítimos, que as fundamentam. As divisões binárias produzidas por instrumentos disciplinares constituem o “anormal”, neste caso, o “sujeito infrator”, em detrimento do que seria ser “normal”, o “sujeito cidadão” que desejam torná-lo. Assim, busca-se por meio de diversas técnicas que, apartados da “normalidade” desejada e “identificados” aos discursos que versam sobre o “infrator”, tornem-se alvos fáceis das técnicas de governo constituídas especialmente para lidar com essa categoria de indivíduos. Por fim, observa-se que, para justificar o encarceramento de jovens, a suposta função de recuperar os “desviantes” mascara o tom punitivo da Medida Sócio-Educativa de Internação e exalta um suposto caráter corretivo-educacional, o que a mantém existindo como principal medida anti os “delinquentes” que o próprio dispositivo jurídico também constitui.
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Discute-se a prática psicanalítica com sujeitos que apresentam fenômenos psicossomáticos, por meio de duas experiências de análise: a primeira, realizada em uma clínica-escola, e a outra em uma instituição médica de reabilitação motora. Os casos apresentados permitiram refletir sobre as possibilidades de reposicionamento do sujeito na relação com o seu próprio corpo, pois evidenciam a passagem de uma posição subjetiva - marcada pela aderência ao diagnóstico médico - a outra posição, por meio da formação de um sintoma no sentido analítico, no qual o sujeito pode se reconhecer.
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Ao estabelecer um diálogo com o cogito de Descartes, o cogito torquatiano aponta para um sujeito em crise, fragmentado, contraditório, aberto e plural, desconstruindo a idéia humanista e cartesiana de sujeito como ser autônomo, dotado de uma personalidade coerente. O comportamento de Torquato Neto é muito bem representado pelo mito vampírico e pela metáfora do escorpião, definitivamente amalgamados à persona e à imagem do poeta.Palavras-chave: Torquato Neto; anos 60; arte/comportamento; literatura brasileira; poesia contemporânea; crise do sujeito.
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Partindo do conceito de surrealismo e das particularidades de Magritte, chega-se à La clairvoyance, quadro em que esse pintor mostra como a realidade é interpretada pelo sujeito, o qual acaba por transformá-la.Palavras-chave: Sujeito; surrealismo; filosofia aristotélica; semiótica peirceana; cultura; arte.
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Este artigo discute a associação corrente entre, por um lado, posição pré-verbal e informação dada e, por outro, posição pós-verbal e informação nova. A análise da posição do sujeito em um corpus diacrônico do português brasileiro e do português europeu mostra que essa associação não é necessária. De fato, sujeitos informacionalmente dados também podem ser propostos. Além disso, o sujeito posposto pode aparecer em duas configurações diferentes - VSX ou VXS -, dependendo do grau de dadidade ou de previsibilidade dos elementos do comentário. A ordenação desses elementos segue um princípio de equilíbrio da informação, segundo o qual o último elemento da frase é o mais pesado do ponto de vista da informação, quer ele seja o sujeito ou um complemento.
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Este artigo é um estudo sobre o trabalho estratégico do sujeito a partir do discurso do Outro/outro. Sem voltar à hipótese do sujeito produtor originário, não considerando, porém, o sujeito como assujeitado, partimos da concepção de sujeito como estrategista - no sentido de Michel de Certeau em A invenção do cotidiano - e assim analisamos textos nos quais se pode verificar o trabalho do sujeito no processo discursivo.