978 resultados para Sagüi comum selvagem - Estratégias reprodutivas


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No Brasil, a contaminao do solo por derramamentos de combustveis representa um dos mais graves problemas ambientais e o impacto da introduo de novas misturas como diesel/biodiesel na matriz energtica requer investigao quanto a tecnologias apropriadas de remediao. O presente estudo teve por objetivo avaliar diferentes estratégias de biorremediao no tratamento de solo contaminado experimentalmente com leo diesel B5. Foram conduzidos trs experimentos. No primeiro, quatro microcosmos em duplicata, contendo 500 g de solo e 5% (p/p) de leo diesel B5, todos suplementados com oxignio atravs de revolvimento manual e com ajuste de umidade, tiveram como tratamentos: bioestmulo com ajuste de pH (BE1); bioestmulo com ajuste de pH e nutrientes (BE2); bioaumento com ajuste de pH, nutrientes e adio de consrcio microbiano comercial KMA (BAM) e; controle abitico, com ajuste de pH e solo esterilizado em autoclave (PA). Paralelamente, foi conduzido tratamento por bioaumento com ajuste de pH e nutrientes, suplementao de oxignio e consrcio KMA, em solo contaminado apenas por diesel a 5% (BAD). A populao microbiana foi monitorada atravs da contagem de UFC e os tratamentos, avaliados pela remoo de carbono orgnico e de hidrocarbonetos de petrleo (n-alcanos C10-C36). No segundo experimento, o metabolismo microbiano aerbio foi avaliado atravs da produo de CO2 em respirmetros de Bartha (triplicatas), em solo contaminado com 5% (p/p) de leo diesel B5, ajustado para pH e umidade, nas seguintes condies: solo com adio do consrcio KMA; solo com adio de cultura microbiana obtida a partir de outro solo proveniente de um posto de combustvel com histrico de vazamento de tanques (RES) e; solo esterilizado por adio de azida de sdio a 0,3% (p/p). Como controle, solo sem contaminao, com sua populao microbiana autctone. No terceiro experimento, a capacidade da microbiota autctone (EX), assim como do consrcio KMA e da cultura RES, em biodegradar leo diesel B5, diesel e biodiesel de soja foi testada atravs do uso de indicadores de oxirreduo DCPIP e TTC. Os experimentos em microcosmos indicam que houve uma complementaridade metablica entre a populao nativa e o consrcio comercial de microorganismos KMA, cuja presena promoveu um decaimento mais rpido de n-alcanos nas primeiras semanas do experimento. No entanto, aps 63 dias de experimento, os tratamentos BAM, BAD e BE2 apresentaram, respectivamente, em mdia, 92,7%, 89,4% e 81,7% de remoo dos hidrocarbonetos n-alcanos C10-C36, sendo tais diferenas, sem significncia estatstica. Nos respirmetros, o bioaumento com cultura microbiana RES apresentou a maior produo de CO2 e a maior remoo de hidrocarbonetos (46,2%) aps 29 dias. Tanto nos ensaios em microcosmos quanto nos respiromtricos, no foi possvel estimar a contribuio dos processos abiticos, tendo em vista evidncias da existncia de atividade microbiana no solo esterilizado trmica ou quimicamente. Os ensaios com os dois indicadores redox mostraram que apenas a microbiota nativa do solo em estudo e a cultura microbiana RES apresentaram potencial para degradar leo diesel B5, biodiesel de soja ou diesel, quando colocadas em meio mineral contendo tais combustveis como nica fonte de carbono.

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Face crescente procura por outras modalidades teraputicas que abordam o ser humano de forma holstica e a introduo das mesmas no SUS, torna-se muito importante a avaliao da efetividade e segurana dessas formas de cuidado. A Homeopatia faz parte deste conjunto de teraputicas e, para sua avaliao, pode existir a necessidade de se valer de mltiplos instrumentos para abarcar os vrios aspectos de uma resposta integral ao tratamento. Este trabalho teve como objetivo identificar e elaborar categorias de anlises e instrumentos que permitam avaliar e mensurar a efetividade deste tratamento, bem como test-los, considerando-se as caractersticas desta racionalidade. Foram levantados, na literatura nacional e internacional, trabalhos sobre efetividade do tratamento homeoptico, em busca da definio do estado da arte mas tambm dos principais problemas, limitaes e possibilidades dessas avaliaes tendo em vista seu resultado integral. Finda esta etapa, a pesquisa destinou-se a elaborao, proposio e testagem de uma metodologia considerada mais adequada a avaliar o tratamento homeoptico nesta perspectiva. Um estudo observacional foi realizado em servio pblico homeoptico no municpio de Juiz de Fora, com tratamento individualizado, no qual foi utilizada uma estratgia de avaliao composta por trs componentes: (1) avaliao de qualidade de vida pelo instrumento SF-36; (2) anlises em busca de objetivar e quantificar queixas clnicas e outros atributos de natureza subjetiva (sensao de bem-estar, sono, estado cognitivo e memria, vida sexual, sensao de felicidade) por meio da utilizao de uma escala visual analgica (EVA), na mensurao da intensidade e de opes fechadas, a exemplo do SF-36, na estimativa da frequncia desses aspectos e (3) entrevistas qualitativas por intermdio de questionrio semiestruturado, com a finalidade de abordar questes relacionadas a biopatografia e mudana da atitude vital (como pacientes enfrentam os problemas do cotidiano, fatores deflagradores das queixas, como se sentem e como reagem, alm de indagar seus projetos de vida e felicidade). A aplicao do questionrio SF-36 apresentou algumas dificuldades de compreenso pelos participantes, talvez devido baixa escolaridade dos entrevistados, mas mostrou-se til pesquisa, embora demonstre limitaes na avaliao do aspecto integral do resultado da teraputica analisada. O acompanhamento das queixas clnicas, sensao de bem-estar, sono e estado cognitivo e memria foram captados e mensurados de forma satisfatria tanto pela EVA (intensidade dos sintomas) quanto pelas respostas fechadas para medir a frequncia. Situaes como as avaliaes da biopatografia e da sexualidade foram insuficientes para serem adequadamente avaliadas pelo pesquisador e o paciente somente. A participao do mdico assistente poderia contribuir nestes casos. Questes mais abrangentes na avaliao da mudana na atitude vital, como reao diante de fatores desequilibrantes e projeto de vida e felicidade, necessitam de metodologia qualitativa at que se possa avanar nas pesquisas espera de solues futuras. A combinao dessas estratégias em estudos controlados, randomizados, com amostras de magnitude satisfatria, preferencialmente em rede e que explicitem as condies nas quais o atendimento homeoptico ocorreu e como se chegou a cada prescrio, podem ter utilidade para a avaliao da efetividade da dimenso integral do tratamento homeoptico.

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Verifica-se, no correr da histria da filosofia, dois sentidos prximos, mas divergentes, no emprego da expresso senso comum. Prope-se a designao de senso comum natural para um e a de senso comum cultural para o outro, designaes estas que unificam razoavelmente, dentro de suas prprias vertentes, os conceitos de senso comum e s quais corresponde algo de concreto, segundo definies estritas. A partir dessas definies, estuda-se o relacionamento entre a filosofia e o senso comum, procurando estabelecer at que ponto se trata de uma relao de antagonismo ou de dependncia, na busca de um conhecimento que possa ser tido por verdadeiro.

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A obra romanesca de Mia Couto o objeto da investigao desta tese, ponto de partida para tentar compreender a contribuio do autor na afirmao do romance africano e na reconstruo da identidade de seu pas, Moambique. Para tanto, o estudo discute a importncia da revelao de uma paisagem oculta ao leitor, de matriz cultural e complexo entendimento. O captulo que traz esta anlise mostra como a obra retrata as condies histricas e polticas de dominao, desigualdade, identificando aqui e l um tom levemente engajado na escrita miacoutiana, tanto quanto suas posies ideolgicas, suas denncias. Entre os temas mais destacados na obra est o animismo africano que d origem a uma srie de circunstncias sobrenaturais nos enredos, como uma lembrana constante: em frica, os espritos esto por toda a parte, mantendo intensa relao com os vivos. Em torno da questo, a tese discute o fato de parte da crtica classificar a obra por gneros como o Realismo Mgico, o Maravilhoso e o Fantstico. Tambm so investigadas as estratégias narrativas deste autor, suas opes regulares na composio de enredos, personagens, nomes de personagens e epgrafes. Com base nessas marcas e em outros traos comuns a todos os seus romances talvez presentes igualmente em seus contos descobre-se a adequao entre a criao de um sistema de pensamento dicotmico, que atravessa a obra, e estruturas frasais que revelam algo significativo: os romances de Mia Couto so propositivos, especialmente quando convidam o leitor ao movimento constante de questionamento de suas prprias certezas

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Apesar de a reproduo assistida possibilitar transformaes importantes na parentalidade e nas relaes familiares, suas tecnologias tm sido mais frequentemente usadas para reiterar o modelo tradicional de reproduo biolgica e social. Este estudo qualitativo, de cunho exploratrio, analisou quais normas estariam presentes nas prticas de sade relativas dificuldade de engravidar e o que poderia ser revelado a partir destas prticas. Foram observadas interaes entre profissionais e pacientes atendidos em um servio pblico de reproduo humana no Rio de Janeiro. A discusso dos diagnsticos de infertilidade e de risco, duas importantes estratégias biopolticas usadas como critrio de elegibilidade para o acesso s novas tecnologias reprodutivas, revelou como algumas prticas de sade reiteram normas de gnero e de reproduo social. Atrelados condio socioeconmica de seus usurios, estes diagnsticos tendem a agravar excluses e desigualdades no exerccio dos direitos reprodutivos no pas. A anlise da ateno mdica possibilitou conhecer em parte o difcil cotidiano no apenas de homens e mulheres, que por anos persistem em seus desejos por filhos, mas tambm de profissionais que enfrentam antigas barreiras polticas, econmicas e burocrticas do servio pblico de sade. Este estudo corrobora a viso de que o servio representa um avano em termos de direitos sexuais e reprodutivos, apesar de ainda ser longo o caminho para o acesso igualitrio e equnime s tecnologias reprodutivas pelo sistema nico de sade brasileiro (SUS).

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As matas inundveis e brejos presentes nas restingas desencadeiam uma srie de processos que influenciam as caractersticas fsico-qumicas e biolgicas do solo, levando as plantas a apresentarem mecanismos de aclimatao ou adaptao ao estresse da inundao, como alteraes morfolgicas e fisiolgicas de forma a minimizar os efeitos da falta de oxignio. Dentre as espcies vegetais de samambaias ocorrentes em ambientes inundveis nas restingas, se destacam trs espcies: Acrostichum danaeifolium Langsd. & Fisch., Blechnum serrulatum Rich. e Thelypteris interrupta (Willd.) K.Iwats. O objetivo deste trabalho caracterizar os aspectos ecofisiolgicos que os esporfitos dessas samambaias apresentam para sobreviver em ambientes de inundao na restinga de Maric, estado do Rio de Janeiro. Neste sentido, foi determinada a caracterizao fsica e qumica dos stios de ocorrncias destas samambaias, as variaes foliares entre elas, espessura, densidade, massa por unidade de folha, teor de clorofilas e atributos quantitativos das clulas epidrmicas, alm da quantificao e determinao distribuio dos carboidratos. Para as variveis dos vegetais foram feitas coletas na estao chuvosa e seca e para variveis do solo na estao seca. Os stios analisados se mostraram extremamente cidos, de baixa fertilidade e com toxidez por macro e micro nutrientes, indicando que as samambaias apresentam tolerncia a estes fatores. Na poca chuvosa (inundao), as samambaias apresentaram queda na densidade foliar, acompanhada de um aumento de massa por unidade de folha. Esta habilidade de conseguir ganhar massa seca por rea classifica todas as samambaias analisadas como tolerantes inundao. Os altos valores de carboidratos solveis nas folhas indicam aumento da degradao do amido foliar e o menor teor de carboidrato solvel encontrado nos caules explicita a reduo na respirao das razes destas plantas sob anoxia/ hipoxia, para evitar a oxidao e o incremento do estoque de amido de reserva, elucidando estratgia de tolerncia inundao. A menor disponibilidade de gua na estao seca afeta diretamente os atributos foliares diminuindo o ndice estomtico, a suculncia e a massa por unidade de folha, no qual reflete na queda das concentraes de clorofilas. Os menores valores nas concentraes de clorofila tm influencia direta na presena de amidos foliar que so estocado e, alterando toda a dinmica dos carboidratos nestas espcies. A anlise do stio onde cresce Acrostichum danaeifolium indica nveis crticos de Na no solo e provavelmente, a produo de mucilagem no caule e no pecolo uma estratgia de tolerncia ao ambiente salino e inundado. O elevado ndice de cobertura de Blechnum serrulatum em ambientes inundados indica que esta espcie possui adaptaes a solos hidromrficos, entre elas, grande capacidade de estocagem de amido no caule. A maior sinuosidade das clulas epidrmicas em T. interrupta permite uma alta suculncia mantendo o status hidrolgico da folha em ambas as estaes. Os resultados apresentados, alm de agregar informaes sobre a biologia das samambaias nos neotrpicos, iro contribuir para a compreenso da dinmica de ocupao de espcies herbceas em ambientes alagveis nas restingas brasileiras

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Configura-se como objeto desta pesquisa: o propsito do enfermeiro ao desenvolver aes de precauo de contato junto ao acompanhante de criana internada em uma unidade peditrica. Objetivo: Apreender a contribuio do enfermeiro quando desenvolve aes de precauo de contato junto ao acompanhante de criana internada em uma unidade peditrica. Estudo qualitativo, cujo referencial metodolgico foi fenomenologia sociolgica de Alfred Schutz. O cenrio foi uma unidade de internao peditrica de um hospital escola de uma universidade pblica situada no municpio do Rio de Janeiro. Os sujeitos foram sete enfermeiros que desenvolvem ou j desenvolveram aes de cuidados voltadas para a precauo de contato junto ao acompanhante de crianas internadas. Para coleta de dados foi utilizada a entrevista fenomenolgica, tendo como questes orientadoras: Fale sobre as aes de precauo de contato que voc desenvolve junto ao acompanhante das crianas internadas em precauo de contato? O que voc tem em vista/ quais suas intenes ao desenvolver essas aes de precauo de contato junto ao acompanhante das crianas internadas na unidade peditrica? Esta pesquisa foi aprovada pelo Comit de tica da instituio, cenrio do estudo, com o nmero 15/11. A anlise dos dados se deu aps deixar de lado meus pressupostos e ouvir atentamente o que foi dito pelos sujeitos para apreender o tpico da intencionalidade dos enfermeiros. Neste sentido, emergiram 2 (duas) categorias analticas: Evitar infeces cruzadas entre crianas em precauo de contato com a participao dos acompanhantes e evitar infeco sem perder de vista a proteo psico-social da criana. A primeira categoria apontou que os enfermeiros desenvolvem aes de precauo de contato junto aos acompanhantes de crianas internadas com o objetivo de evitar infeces cruzadas. E a segunda, que os enfermeiros tambm desenvolvem aes de precauo de contato visando proteo social da criana, sem perder de vista aspectos importante de seu desenvolvimento infantil, como o brincar e as brincadeiras. Conclui-se que as aes do enfermeiro com vistas precauo de contato estiveram pautadas em dois aspectos: o biolgico e o psico-social da criana. No que tange aos aspectos biolgicos, as aes dos enfermeiros estiveram pautadas nas recomendaes contidas em protocolos assistenciais e nas rotinas do hospital. Com relao aos aspectos psico-sociais, as aes dos enfermeiros pautaram-se para alm das recomendaes contidas nesses protocolos e nessas rotinas. No processo de internao dessas crianas, os enfermeiros compreendem que apesar delas se encontrarem em precauo de contato, o brincar uma atividade essencial sua sade fsica, emocional e intelectual. Para tanto, utilizam-se de estratégias que favorecem o brincar e a brincadeira. Portanto, o estudo revelou o olhar consciente do enfermeiro acerca das medidas de precauo de contato junto ao acompanhante e a criana internada e apontou a necessidade de reformulao das polticas pblicas voltadas para a preveno de infeco hospitalar.

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Nesta dissertao, pretende-se investigar os elementos tericos que sustentam as mltiplas possibilidades, facetas, modelos explicativos e tendncias que sustentam a proposio do letramento como alternativa para as dificuldades do ensino e da aprendizagem da leitura e da escrita; procura-se ainda investigar que estratégias os professores das sries/anos iniciais de escolaridade tm utilizado para se apropriar do aparato terico-metodolgico que compe o letramento. Na parte terica, toma-se como referncia as imbricaes entre sociedade e educao escolar, delimita-se e analisa-se fatores que geraram condies de possibilidade que contriburam para que o letramento surgisse tanto como conceito quanto como indicao para a prtica pedaggica escolar; acrescenta-se, ainda, algumas tendncias das discusses sobre letramento no contexto brasileiro. Pertinente metodologia, privilegia-se o enfoque qualitativo, de carter exploratrio pontuado pelo referencial terico, pelo conhecimento acumulado pelo pesquisador sobre o assunto e pelos dados coletados durante o desenvolvimento da pesquisa. Os dados so apresentados e agrupados a partir de trs categorias: articulaes entre alfabetizao, letramento e escola; semelhanas e/ou diferenas entre sujeitos letrados e alfabetizados; estratégias de apropriao e operacionalizao das bases terico-metodolgicas do letramento pela prtica pedaggica. Revelou-se que o fenmeno do letramento constituiu-se e constitui-se numa perspectiva no-linear, no de causa e efeito, mas sob condies de possibilidades mltiplas e numa lgica assemelhada a um caleidoscpio que aponta eixos diversos para entend-lo. No obstante, verificou-se que o entendimento de muitos professores acerca do letramento se d numa tica de militncia, fazendo com que pensando estarem refletindo a partir de um novo olhar, no consigam desvencilhar-se do lugar comum

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A presente tese investiga as dimenses histricas, filosficas e polticas do conceito de comum, a partir de uma problematizao influenciada pelos estudos marxistas heterodoxos e pelo pensamento de Michel Foucault. O percurso terico inicia com a anlise da hiptese da tragdia do comum, veiculado por Garret Hardin em um famoso artigo na Revista Science, em 1968. O desenvolvimento posterior busca compreender tal formulao a partir das anlises foucaultianas sobre a arte de governar liberal e ngeoliberal, com nfase nos conceitos de biopoltica e produo de subjetividade. Esse campo de anlise preenchido por estudos da corrente denominada bioeconomia, que busca entrelaar a biopoltica com a compreenso das atuais formas de crise e acumulao capitalistas. A partir de uma pesquisa que se direciona para o campo definido como marxismo heterodoxo, busca-se estudar a relao entre o comum e os novos modos de acumulao primitiva, percebendo como o primeiro conceito passa a ocupar progressivamente essa corrente de estudos crticos. Nesse domnio, enfatiza-se a concepo de acumulao primitiva social e de subjetividade, com base em estudos de Karl Marx (Grundrisse), Antonio Negri e Jason Read. O ltimo captulo dedicado ao conceito de produo do comum, tendo como ponto de partida o trabalho de Jean-Luc-Nancy e, principalmente, as investigaes de Antonio Negri e Michael Hardt. O comum aparece como conceito central para a compreenso da produo biopoltica da riqueza social no capitalismo contemporneo, e tambm sua expropriao por novos modos de acumulao. Por outro lado, o comum tambm emerge como antagonismo ao capital e dicotomia pblico-privado, apontando para novas formas de compreender o comunismo.

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No Brasil, a Famlia Didelphidae composta por 54 espcies com ampla distribuio por diferentes habitats e um padro de consumo alimentar que pode variar desde espcies mais frugvoras at as mais insetvoras/carnvoras. O objetivo deste estudo foi avaliar a relao entre a dieta de sete espcies de didelfdeos (Caluromys philander, Didelphis albiventris, Gracilinanus agilis, G. microtarsus, Marmosa (Micoureus) paraguayana, Marmosops incanus e Metachirus nudicaudatus) e a seleo de recursos alimentares (artrpodes e frutos) disponveis. O estudo foi realizado entre novembro de 2009 e outubro de 2011, em uma rea de mata ciliar de cerrado no Parque Estadual do Rio Preto, Minas Gerais, Brasil. Artrpodes, frutos, flores e vertebrados foram consumidos em diferentes propores pelas espcies estudadas. Flores e vertebrados foram consumidos preferencialmente na estao seca e a diversidade da dieta de todas as espcies foi maior durante a estao chuvosa. Nem todos os recursos (artrpodes e frutos) foram consumidos de acordo com sua disponibilidade na rea de estudo. Apesar de abundante, Hymenoptera (Formicidade) foi rejeitado por todas as espcies, sendo consumido abaixo de sua disponibilidade local. Os didelfdeos selecionaram frutos de Melastomataceae (Clidemia urceolata e Miconia spp.) e rejeitaram frutos de Rubiaceae, um recurso altamente abundante na rea de estudo. Os resultados sugerem que o frequente consumo de um item alimentar pode estar associado tanto com a preferncia (seleo) por parte do consumidor, bem como com a disponibilidade local do recurso. A maior parte das sementes, que permaneceram intactas aps passagem pelo trato digestrio dos animais, no apresentou diferenas significativas em suas taxas de germinao quando comparadas com as sementes do grupo controle e o tempo mdio de dormncia das sementes consumidas pelos marsupiais variou entre 30 (Cipocereus minensis) e 175 dias (Cordiera sessilis). Gracilinanus agilis e G. microtarsus, que ocorrem em simpatria na rea de estudo, apesar de apresentarem uma alta sobreposio de nicho apresentaram diferenas no uso do habitat e na diversidade da dieta.

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No presente trabalho, objetivou-se caracterizar a estratgia reprodutiva, enfatizando o investimento energtico, de duas espcies de peixe do rio Ubatiba, Maric, Rio de Janeiro: Parotocinclus maculicauda (K-estrategista) e Astyanax hastatus (r-estrategista). Foram realizadas coletas bimestrais de Junho de 2010 a Abril de 2011 totalizando 236 exemplares amostrados de A. hastatus e 234 de P. maculicauda. Para cada exemplar foram registrados os dados de comprimento padro (Cp, cm), peso total (Pt, g), peso gonadal (Pg, g), sexo e estdio de maturao. Atravs da estrutura de tamanho, observamos que as fmeas atingem maior comprimento, em relao aos machos, para as duas espcies. A relao peso/ comprimento evidenciou para ambas as espcies, crescimento alomtrico negativo (inferior a 3), demonstrando crescimento mais longelneo. Para a proporo sexual, o teste χ2 foi aplicado e indicou que, para as duas espcies, h significativamente mais fmeas. A distribuio sexual no ano mostrou que as fmeas se mantm em maioria durante todo o ano para P. maculicauda. Para A. hastatus este padro tambm se mantm, porm com exceo do bimestre Novembro/Dezembro, quando o nmero de machos torna-se um pouco maior. O tamanho de primeira maturao mostrou-se o mesmo para ambas as espcies (2,5 a 3,0 cm). A variao temporal da freqncia de indivduos reprodutivos e no reprodutivos juntamente com a distribuio temporal dos valores individuais de IGS mostrou que P. maculicauda se reproduz com maior intensidade nas estaes chuvosas (Setembro a Abril), reduzindo sua atividade reprodutiva de maneira significativa nas estaes secas (Maio a Agosto). J A. hastatus demonstrou regular atividade reprodutiva durante todo o ano com pequeno pico no bimestre Novembro/ Dezembro. Desova do tipo total foi registrada para Astyanax, enquanto que para Parotocinclus registrou-se desova parcelada em trs lotes. Em ambas as espcies foi observada relao inversa entre volume e a quantidade de ovcitos produzidos, com A. hastatus produzindo muitos ovcitos (fecundidade: 463 + 213 ovcitos/grama de peixe) de reduzido volume (dimetro = 800 μm e volume = 0,26 mm3) e P. maculicauda produzindo nmero bem inferior (fecundidade: 47 + 13 ovcitos/grama de peixe), porm com volume superior (dimetro = 1.600 μm e volume = 2,14 mm3). Com isso o valor energtico relativo tambm se mostrou superior, com A. hastaus produzindo ovcitos vitelognicos com 0,4+ 0,08 cal/unidade e P. maculicauda produzindo os mesmos ovcitos com 1,8+ 1,1 cal/unidade. Para a produo energtica total investida na produo de gametas, foi considerado o tipo de desova de cada espcie, com Astyanax investindo 50,5 + 24 calorias/grama/grama de peixe e Parotocinclus investindo 88,4 + 72,46 cal/grama/grama de peixe, porm sem diferenas significativas (Mann-Whitney; U =235,0, p=0,08), indicando, portanto que independente da estratgia adotada (r ou K), o gasto energtico na produo de ovcitos a mesma.

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A presente pesquisa, com base na concepo sociointeracional de linguagem, sustenta a hiptese de que as marcas de oralidade, longe de configurarem problemas textuais a serem eliminados dos textos, podem ser empregadas estrategicamente em cartas dos leitores, com finalidades expressivas e argumentativas, de modo a se recriar uma ambincia oral na escrita, manifestando-se sentimentos do autor e envolvendo o leitor na problemtica discutida. Partindo-se dessa hiptese, comprovada com o estudo detalhado de vinte e cinco cartas publicadas em O Globo entre agosto e dezembro de 2010, remodelam-se determinados aspectos tericos, como as definies de leitura, de escrita, de expressividade e de argumentao, e defende-se uma prtica pedaggica em que se considere o aluno um estrategista da linguagem, o qual, rechaando macetes e outros dogmatismos lingusticos, faz uso intencional dos traos de fala em seus textos. O enfoque da pesquisa recai, portanto, tanto em aspectos tericos quanto em questes ligadas ao fazer pedaggico

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A partir das teorias da Lingustica Textual e da Anlise do Discurso, este trabalho tem por objeto de estudo o processo de produo e recepo do anncio publicitrio impresso, investigando especificamente a intertextualidade e a interdiscursividade como forma de associao de informaes que se encontram no repertrio cultural da sociedade. Analisa, portanto, os efeitos de tais textos no interlocutor, que seduzido pela mensagem que lhe exposta, considerando que a linguagem publicitria est impregnada de discursos scio-histricos e valores ideolgicos que refletem o cotidiano das pessoas, sendo comum a apario de anncios que se destacam diante do leitor / consumidor por revelarem situaes vividas por ele ou que se identifiquem com seus anseios mais ntimos. Com a anlise de um corpus formado por 10 (dez) anncios, retirados de revistas de grande circulao nacional, que mobilizam uma srie de estratégias criativas para o seu processamento, assim como o conhecimento de mundo do leitor, buscou-se evidenciar de que modo o intertexto e o interdiscurso constroem o sentido das peas publicitrias, construindo textos persuasivos e sedutores. Com isso, o presente estudo se volta para uma reflexo da lngua, podendo ser utilizado com finalidade didtica, para que o olhar do aluno / leitor seja aguado para as estratégias persuasivas propositadamente presentes nesse gnero textual. Assim, o sujeito-receptor de anncios publicitrios se instrumentaliza para a leitura, em sentido amplo, e se torna capaz de perceber todo o jogo arquitetado por uma linguagem hbrida

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Os editoriais so textos argumentativos que expem a viso do jornal, do qual fazem parte, sobre um determinado acontecimento. Na construo destes textos, o jornalista dispe de estratégias que o auxiliam na produo de sua argumentao. Este trabalho tem como objetivo analisar quais estratégias so utilizadas nos textos de editoriais. As estratégias estudadas neste trabalho so a citao, o argumento de autoridade, as aspas, a seleo lexical (ndices de avaliao e indicadores atitudinais, metforas, termos semanticamente relacionados, etc), as porcentagens, estatsticas e dados numricos, as exemplificaes, a concesso e os modalizadores. Para tanto, foram selecionados vinte e quatro textos de editoriais do jornal O Globo, adquiridos semanalmente, ao longo do primeiro semestre de 2008. Atravs da anlise, foi observado que tais estratégias se mostraram recorrentes e que as mesmas trouxeram contribuio para o propsito comunicativo do argumentador, bem como auxiliaram na busca da persuaso do leitor

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Esta tese investiga as memrias e experincias de duas geraes de moradores de uma localidade da periferia urbana de Florianpolis, cidade cujo crescimento nas ltimas dcadas tem sido acompanhado pelo aumento dos espaos de pobreza. A pesquisa com os atores sociais aqui investigados permitiu vislumbrar os mecanismos que operaram a mudana das relaes de sociabilidade de seus moradores e em suas prticas de insero na vida urbana, que transitaram, ao longo do perodo, da organizao coletiva (na poca em que constituam o movimento sem-teto) para a melhoria de suas condies de vida s estratégias individuais. A premissa que as experincias dessas duas geraes podem ser mais bem compreendidas se analisadas na articulao do nvel local com a esfera pblica da cidade. Para tanto so analisados o desenvolvimento urbano recente de Florianpolis, a produo de seus espaos de pobreza e a dinmica conflitiva da advinda, bem como a percepo deles sobre seu espao, tomando como referncia as categorias a partir das quais esse espao foi por eles historicamente elaborado. Neste processo, construram um idioma de ao no qual a categoria comunidade teve grande centralidade. A investigao foi desenvolvida por meio de uma metodologia baseada em entrevistas e, principalmente, a partir da observao direta, realizada ao longo de atividades de pesquisa e de extenso como professor da universidade. Com relao primeira gerao, a tese evidencia como a memria ressignifica no presente as experincias de participao poltica vivenciadas no passado. As anlises revelam como essa ressignificao se relaciona com deslocamentos no sentido do poltico, os quais esto relacionados s mudanas nas condies de vida moradores e ao novo lugar simblico ocupado pelas localidades de periferia de Florianpolis. Com relao segunda gerao, a investigao demonstra em que medida se distingue da anterior na sua forma de insero no mundo da cidade, examinando tanto o campo de possibilidades que a eles se abre quanto seus projetos e escolhas. Enquanto a primeira gerao desenvolveu no passado intensas prticas associativas, percebeu-se na nova gerao a desvalorizao dos espaos de articulao coletiva e o enfraquecimento dos laos de sociabilidade no plano local da comunidade. Suas trajetrias de vida, que tiveram como ponto em comum a participao em projetos socioeducativos, revelaram uma insero diferenciada tanto no mercado de trabalho como na vida da cidade, o que fica bastante evidente quando comparados com outros jovens do bairro, que convivem com o desemprego e com a dinmica da violncia. A participao em projetos socioeducativos e o ingresso em estgios para iniciao ao trabalho, alm de proporcionar outra integrao com a vida da cidade, fez com que desenvolvessem novos laos na localidade. Em tal contexto, o fortalecimento de laos locais, quando ocorre, pode ser entendido como resistncia a uma insero cada vez mais individualizada no social.