844 resultados para Saúde e trabalho Aspectos psicológicos


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Esta dissertao consiste em uma investigao acerca do conceito de atividade dirigida, pertencente Clnica da Atividade e dos Meios de Trabalho, proposta por Y. Clot e D. Fata, no sentido de verificar a sua pertinncia para uma Psicologia da Inventividade. Trata-se da utilizao da categoria de ritornelo para analisar os pressupostos tericos do conceito de atividade dirigida, no que tange cognio. A categoria ritornelo est relacionada a um conjunto de materiais apontados como relevantes para se pensar a questo da inveno: trata-se da Esquizoanlise, proposta por G. Deleuze & F. Guattari. A investigao foi realizada a partir de um caso clnico observado pelo pesquisador, que acompanhou um usurio de um Servio de Saúde Mental, do municpio do Rio de Janeiro, Brasil, em seu trabalho como padeiro em uma cooperativa de culinria. Apesar de lidar bem com situaes mais rotineiras, esse usurio demonstrava ter muita dificuldade em lidar com as variabilidades do meio, com situaes que fugiam sua rotina, apresentando um nvel de ansiedade que o impedia de realizar quaisquer tarefas. Criou-se um projeto de atuao clnica que tinha como foco solicitar que ele explicitasse verbalmente o que o afligia, descrevendo todas as situaes ansiognicas, buscando, juntamente com esse paciente, encaminhamentos para tais situaes. Ao final de seis meses, o paciente conseguia lidar com os imprevisveis pertinentes atividade, laborativa ou no. Foram realizadas duas anlises deste caso clnico. Na primeira, utilizou-se a categoria de ritornelo e na segunda, o conceito de atividade dirigida. Finalmente, a segunda anlise foi articulada primeira, com o objetivo de investigar as possibilidades de sinergia entre uma e outra. Dentre as concluses, observou-se que a construo de um dispositivo dialgico sobre as dificuldades de lidar com o no-rotineiro elemento inerente vida, e vida no trabalho pode ser terapeuticamente frutfero na medida em que sua atividade linguageira acerca das dificuldades vividas apresentou-se como objeto de co-anlise, alimentando variaes no processo de trabalho. Alm disso, ritornelo e atividade dirigida articularam-se no nvel dos processos de territorializao e desterritorializao propostos por Deleuze & Guattari. A atividade dirigida auxiliou no sentido de ser uma ferramenta relevante para encontrar outros modos de proceder, conectando distantes gneros, de modo que o mais pleno faa crescer aquele que se encontra precrio, atendendo ao 2 e 3 princpios do rizoma postulados por Deleuze & Guattari.

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O presente estudo tem como tema central o trabalho docente em instituies privadas de ensino superior, em um contexto em que os trabalhadores esto subsumidos ordem do capitalismo flexvel e s suas diversas formas de dominao. Analisam-se os modos de organizao do trabalho no campo educacional, e suas repercusses na educao superior. Realizam-se consideraes sobre os sentidos de esfera pblica e esfera privada, no mbito do atual Estado burgus. Destacam-se alguns momentos da histria da educao superior brasileira, e a trajetria de desenvolvimento desse nvel de ensino no Brasil e em especial no Maranho, estado que foi escolhido para ser o campo emprico da tese. Nesse percurso, d-se nfase para alguns dispositivos legais ps-LDB (1996) que facilitaram a expanso do setor privado/mercantil. O referencial terico-metodolgico assenta-se nas teorizaes marxianas e marxistas, portanto, na articulao com a pesquisa emprica, fazendo-se necessrio ultrapassar os limites das manifestaes fenomnicas, para buscar as suas razes, que, por sua vez, no so imediatamente observveis. Utiliza-se, tambm, para essa finalidade a Teoria Social do Discurso, elaborada por Norman Fairclough. A partir do estudo de campo realizado possvel identificar um contexto de intensa precarizao nas relaes de trabalho dos professores nessas instituies, com a combinao de muitos elementos, objetivos e subjetivos, no complexo cotidiano desse trabalhador, entre eles: controles e presses no cumprimento de prazos, salrios rebaixados, cobranas, constrangimentos, sofrimentos, dores, ausncia de democracia e de reconhecimento por parte dos superiores hierrquicos, sobrecarga de trabalho, desnimo, mas, tambm, transgresses de regras e normas, enfretamentos, satisfaes, prazeres, momentos de criatividade e motivao, esses ltimos componentes vividos, especialmente na relao com os alunos. Essas situaes e sentimentos que transitam entre a dualidade prazer-sofrimento geram muitas e diferentes repercusses na saúde dos professores e para essa discusso lana-se mo de autores da Psicodinmica do Trabalho. Conclui-se que para se pensar a possibilidade de uma educao humanizadora e avessa perspectiva pragmtica e mercantilista, to em voga na atualidade, tornam-se necessrios a superao do modelo neoliberal, a retomada da esfera pblica como central e estratgica e a defesa do trabalho docente, permeado por dignidade, sentido e reconhecimento.

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De acordo com a Organizao Mundial da Saúde, o perodo da adolescncia aquele compreendido entre os 10 e os 19 anos de idade, a populao de adolescentes crescente e um em cada cinco indivduos encontra-se nessa faixa etria. Anualmente, 60 em cada mil jovens se tornam mes, o que faz da gravidez na adolescncia tema de interesse por parte de pesquisadores de todo o mundo. No municpio do Rio de Janeiro, observou-se o acompanhamento da tendncia nacional de aumento de gravidez precoce, com maior variao positiva encontrada na faixa etria de 10 a 14 anos. O objetivo no Artigo I: Determinar a prevalncia de transtornos mentais comuns (TMC) em uma populao de adolescentes grvidas e avaliar sua associao com caractersticas da gravidez e fatores socioeconmicos, demogrficos e de rede social de apoio. Artigo II: Determinar a prevalncia de desejo de engravidar em uma populao de gestantes adolescente, verificar possveis associaes com fatores socioeconmicos, demogrficos e de rede social de apoio e avaliar o papel da idade como modificador de efeito dessas associaes. Foram utilizados nos Artigos I e II o mtodo de estudo seccional de base ambulatorial realizado com 232 adolescentes grvidas, em qualquer trimestre gestacional, regularmente atendidas nos servios de pr-natal de dois hospitais pblicos especializados do municpio do Rio de Janeiro, de maio a outubro de 2007. Foi utilizado questionrio autopreenchvel para a avaliao das caractersticas da gravidez, rede social de apoio, idade, renda, escolaridade, abandono escolar, situao conjugal, raa/cor e trabalho. As anlises dos TMC foram conduzidas atravs do GHQ-12. Os resultados no Artigo I foram, a prevalncia de TMC foi de 45,3%. O modelo final ajustado mostrou associao com TMC para as seguintes variveis: renda familiar menor que trs salrios mnimos (RP = 2,32; IC 95% 1,15 - 4,67), no ter apoio familiar (RP = 2,18; IC 95% 1,69-2,81), no ter amigas para conversar (RP = 1,48; IC 95% 1,13-1,92) e no ter religio (RP = 1,72; IC 95% 1,25 - 2,36). No Artigo II, foram a prevalncia de desejo de engravidar entre as gestantes adolescentes foi de 46,2%. No modelo final ajustado, as variveis que apresentaram razes de prevalncia (RP) estatisticamente significantes para associao com desejo de engravidar foram: ser casada ou viver em unio estvel (RP = 1,80; IC 95% 1,27-2,56), no ter amigas ou amigos com quem conversar (RP = 1,48; IC 95% 1,15-1,90). Adolescentes entre 12 e 16 anos e cursando o primeiro grau desejavam menos a gravidez (RP = 0,57; IC 95% 0,38- 0,88). Artigo I: Os resultados encontrados mostram que, frente forte associao entre TMC e gravidez em adolescentes, temos a necessidade de implementao de polticas pblicas que busquem minimizar os danos decorrentes das gestaes em adolescentes, atravs da promoo de programas que incentivem a participao familiar no processo de aceitao da gravidez, bem como propiciando espaos para discusso, onde essas jovens possam ser ouvidas e orientadas. Artigo II: Os resultados deste estudo comprovam que a gravidez na adolescncia no necessariamente indesejada. Assim, fatores como viver em unio estvel e no ter amigas(os) para conversar aumentam o desejo de engravidar. Por outro lado, ter entre 12 e 16 anos e ainda estar no primeiro grau diminui este desejo. Tais achados podem ajudar os profissionais de saúde que lidam com essa faixa etria a identificar possveis situaes de risco para a gravidez e assim direcionar sua orientao de forma precisa e adequada.

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Esta Dissertao organiza-se a partir de dois eixos temticos: envelhecimento e migrao. Foi realizada tendo por base a teoria de cunho social que a fundamenta e a elaborao das entrevistas com alunos da aula de dana de salo do Centro Cultural Cartola, localizado no Complexo da Mangueira, na cidade do Rio de Janeiro. O objetivo primordial verificar como grupo beneficia-se dos recursos oferecidos pela instituio atravs das oficinas de dana de salo no processo de construo do envelhecimento. A primeira observao foi constatar que havia, ao lado da motivao do prazer proporcionado pela dana, um estmulo quanto preservao da saúde. Paralelamente, na hora da elaborao do perfil dos frequentadores, foi observado que expressivo percentual do grupo era de migrantes, fator que veio a integrar os dados. O trabalho divide-se em quatro captulos. No primeiro, apresentam-se o Centro Cultural Cartola, o contexto em que a pesquisa realizada, as oficinas e atividades oferecidas, bem como suas principais personagens: Cartola e D. Zica. No segundo, o envelhecimento abordado a partir da obra da antroploga Guita Grin Debert, principal referncia terica para discusso dessa temtica. Em seguida, o captulo trs discorre sobre a deciso de o indivduo optar pela migrao, sob o ponto de vista daquele que a vivenciou, considerando suas motivaes e dificuldades. Para tal, recorreu-se aos textos acadmicos de Ademir Pacceli Ferreira, entre outros autores. Como metodologia, privilegiou-se a pesquisa participativa de Thiollant, cujo principal recurso foi a pesquisa de campo, com coleta de dados e anlise das entrevistas realizadas. No quarto e ltimo captulo, as entrevistas so apresentadas, destacando-se os principais aspectos relativos aos temas da pesquisa e realizando uma articulao entre eles.

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Trata-se de um estudo que possui como objeto as cargas de trabalho de enfermagem em hospital psiquitrico e as repercusses para a saúde. O trabalho da enfermagem em hospital psiquitrico tem particularidades ao se considerar a dinmica do servio e o cuidado de pacientes com diversos perfis de adoecimento psquico; portanto com necessidades de cuidados e monitoramento extenuantes por parte da enfermagem durante 24 horas. Objetivos: identificar as cargas de trabalho vivenciadas pelos trabalhadores de enfermagem em um hospital psiquitrico; descrever como as cargas de trabalho no hospital psiquitrico afetam a saúde dos trabalhadores de enfermagem; analisar os mecanismos de enfretamento adotados pelos trabalhadores de enfermagem diante das cargas de trabalho no hospital psiquitrico. Estudo qualitativo, exploratrio e descritivo, tendo como campo um hospital psiquitrico, situado no municpio do Rio de Janeiro. O projeto foi aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa e protocolado com o n 619.262. A coleta de dados ocorreu no primeiro semestre de 2014, tendo participado do estudo 30 trabalhadores de enfermagem (enfermeiros, tcnicos e auxiliares de enfermagem) a partir dos critrios de incluso estabelecidos. Na coleta dos dados, realizada no primeiro semestre de 2014, trabalhou-se com a tcnica de entrevista do tipo semiestruturada mediante um roteiro e na caracterizao dos participantes, utilizou-se um instrumento autoaplicado. Aps a transcrio dos depoimentos recorreu-se anlise de contedo do tipo temtica, que apontou os seguintes resultados: as cargas presentes em hospital psiquitrico, na viso dos trabalhadores, devem-se aos cuidados prestados aos pacientes de ordem subjetiva e objetiva, como tambm em relao imprevisibilidade do quadro clnico, principalmente nas emergncias psiquitricas. Para o grupo, as cargas de trabalho, tanto fsicas quanto psquicas so intensificadas em funo da precariedade das condies de trabalho, a ausncia de poder do trabalhador frente a organizao e ao volume de trabalho. As cargas acarretam o sofrimento psquico evidenciado atravs de queixas como cansao, nervosismo, incmodo, ansiedade, irritao e desgaste, dores musculares, insnia e cefaleia. Diante do sofrimento psquico decorrente das cargas de trabalho o grupo elabora mecanismos de enfrentamento centrados na soluo de problemas; momentos em que buscam a chefia e conversam com os pares. Quanto aos mecanismos de enfrentamento centrados na emoo, os trabalhadores, buscam afastar-se temporariamente do trabalho, procuram no pensar, no falar a respeito ou extravasam a tenso atravs de gestos e reclamaes. Conclui-se que o hospital psiquitrico possui cargas de trabalho especficas em funo do tipo de trabalho realizado e clientela assistida que exigem dos trabalhadores de enfermagem observao e cuidados contnuos. Pelo fato de as cargas acarretarem prejuzos saúde do trabalhador, h necessidade de uma poltica voltada para a preveno e a promoo da saúde do grupo. Sugere-se a criao e manuteno de grupos de suporte aos trabalhadores com vistas a elaborao e discusso dos problemas enfrentados, assim como a continuidade dos estudos.

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O presente trabalho pretende caracterizar a associao existente entre a funo cognitiva executiva e a capacidade para o trabalho em profissionais de saúde (mdicos e enfermeiros) e profissionais de educao (professores). A funo cognitiva executiva definida como uma srie de processos cognitivos de ordem superior (capacidade de planeamento, raciocnio abstrato, flexibilidade cognitiva e resoluo de problemas) determinantes no controlo e coordenao de operaes cognitivas e fundamentais na organizao e monitorizao do comportamento humano. A integridade destas funes, so determinantes para a realizao adequada de tarefas da vida diria, incluindo o contexto organizacional. A capacidade para trabalho um forte preditor do desempenho laboral, sendo definida como a autoavaliao que o trabalhador faz do seu bem-estar no presente e no futuro prximo e da capacidade para assegurar o seu trabalho tendo em conta as exigncias do mesmo, a saúde e os recursos psicológicos e cognitivos disponveis. Assim, com o objetivo de compreender a relao entre estas duas variveis em mdicos, enfermeiros e professores, no presente trabalho utilizamos uma amostra composta por 218 sujeitos, sendo que 93 so enfermeiros, 100 professores (ensino secundrio) e 25 mdicos. Para avaliar as funes cognitivas executivas, nomeadamente a flexibilidade cognitiva e raciocnio abstrato no-verbal utilizamos o Halstead Category Test (HCT). Para avaliar a capacidade de planeamento e resoluo de problemas, utilizamos a Torre de Hanoi (TH). Para determinamos o valor da capacidade para o trabalho, utilizamos o ndice de capacidade para o trabalho. No sentido de controlar variveis que poderiam influenciar esta relao, utilizamos Questionrio Geral de Saúde (GHQ-12), escala de ansiedade-trao, Questionrio de Personalidade de Eysenck, escala de satisfao no trabalho e uma questo dicotmica (Sim/No) sobre o trabalho por turnos. Pela anlise dos resultados, verificamos que alteraes nas funes cognitivas executivas podero prejudicar a capacidade para o trabalho. No entanto, verificamos que variveis como a idade, trabalho por turnos, personalidade e saúde mental podero exercer um efeito moderador desta relao. Por fim, em comparao com mdicos, enfermeiros e professores, verificamos que os mdicos e enfermeiros apresentam um maior prejuzo nas funes cognitivas executivas que os professores, mas no na capacidade para o trabalho. Como concluso, o nosso trabalho contribuiu para uma melhor compreenso da ao das funes executivas em contexto laboral (em particular na rea da saúde e educao), contribuindo para o desenvolvimento e implementao de programas de promoo de saúde laboral em contexto organizacional.

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Dissertao Saúde Ocupacional em Portugal: O Caso do Servio de Saúde Ocupacional da Cmara Municipal de Almada Autora: Ana Lusa Pinto Nunes Curto Procuramos contribuir com uma perspectiva sistmica para a compreenso das condicionantes das formulaes, polticas e prticas de Saúde Ocupacional em geral, utilizando o Servio de Saúde Ocupacional da Cmara Municipal de Almada como Caso e os aspectos mais singulares do seu processo de implementao e de desenvolvimento das prticas e actividades de saúde. Para o efeito, recorremos a metodologia compreensiva (ou qualitativa), com desenho de Estudo de Caso, de caractersticas exploratrias/explanatrias e intrnseco/instrumental. Desenvolvemos duas abordagens prvias, para melhor contextualizar e compreender as singularidades do Caso em anlise. Uma abordagem geral Saúde Ocupacional, no mbito da Saúde Pblica e do modelo econmico e social europeu, incluindo o esclarecimento de alguns conceitos - recorremos a reviso da literatura sobre experincias e prticas nacionais e internacionais; e a informaes e percepes de intrpretes do processo e das circunstncias da institucionalizao da Saúde Ocupacional no Pas, obtidos por entrevistas, dilogo e nossa reflexo. Como segunda abordagem, o desenvolvimento de um quadro de referncia conceptual, suportado na reviso bibliogrfica, no Estudo de Caso e reflexo, com as dimenses que condicionam o desenvolvimento de servios e sistemas de Saúde Ocupacional. Apresentamos os resultados da Dissertao com um formato prximo da narrativa. Como uma histria preenchida por ambientes, pessoas e organizaes, para uma leitura mais fcil e para que melhor se perceba a ligao da Saúde Ocupacional ao percurso das sociedades. Mas tambm para que no pensamento, reflexes e documentos que venham ser produzidos por quem aceda a este trabalho, a histria da Saúde Ocupacional passe a estar ligada aos contributos de alguns protagonistas-chave, e a Almada. Com este trabalho, foi possvel conhecer e compreender melhor a contingncia da Saúde Ocupacional, configurada como sistema de saúde nacional ou rea de referncia em alguns pases, e quase desconhecida noutros, pese embora a maior visibilidade da relao saúde e trabalho, fruto das angstias contemporneas do planeta financeiro, atento sustentabilidade dos sistemas de proteco social, impacto das desigualdades sociais e de saúde nas capacidades produtivas e despesa dos Estados, . A evidncia de ganhos de saúde e efectividade das medidas e cuidados de saúde ocupacional so escassos, mas a solidez dos racionais, o reconhecimento de que os ambientes de trabalho so um Determinante Social de Saúde susceptvel de provocar e/ou agravar as desigualdades em saúde, e alguns exemplos de boas-prticas conhecidos, fundamentam a ateno das agncias internacionais e as recomendaes para que a rea se desenvolva. Em Portugal, apesar das dificuldades em reconhecer institucionalmente o mrito e os resultados, mesmo que validados por entidades de peritos independentes, destaca-se o Servio de Saúde Ocupacional da Cmara Municipal de Almada. um Caso que ilustra as dimenses que necessrio fazer coincidir para que a Saúde Ocupacional se possa desenvolver; a necessidade e vantagem de aco sistmica; a relevncia das lideranas e da viso e da capacidade tcnicas; e de como se podem concretizar os princpios gerais que vm escritos nos livros, mesmo que nem sempre em consonncia com as formulaes legais, sobretudo se desadequadas dos ambientes e das necessidades de saúde. Ao longo do texto, acentuamos as dificuldades quase generalizadas em inspirar e mobilizar aco inovadora neste domnio; em conjugar os saberes e competncias que a rea requer; e a necessidade de valorizar o que invulgar e raro (Cisne Negro ). Na discusso e concluses, sublinhamos o potencial do Caso de Almada como exemplo de um sistema integrado de proteco e promoo da saúde no trabalho, e a vantagem de o utilizar como recurso para organizar solues que permitam pensar, desenhar e realizar sistemas sociais e de saúde que contribuam para que em Portugal, na Europa e por todo o lado, indivduos e comunidades vivam e se sintam bem. Palavras-Chave: Saúde Ocupacional, Servio de Saúde Ocupacional da Cmara Municipal de Almada, Quadro de referncia conceptual, Sistemas de saúde, Promoo da saúde no trabalho.

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RESUMO - Foi construda uma tipologia com cinco grupos principais de polticas, programas e actividades: A (Higiene & Segurana no Trabalho/Melhoria do ambiente fsico de trabalho); B (Avaliao de saúde/Vigilncia mdica/Prestao de cuidados de saúde); C (Preveno de comportamentos de risco/ Promoo de estilos de vida saudveis); D (Intervenes a nvel organizacional/Melhoria do ambiente psicossocial de trabalho); E (Actividades e programas sociais e de bem-estar). Foi concebido e desenhado, para ser autoadministrado, um questionrio sobre Poltica de Saúde no Local de Trabalho. Foram efectuados dois mailings, e um follow-up telefnico. O trabalho de campo decorreu entre a Primavera de 1997 e o Vero de 1998. A amostra (n = 259) considerada representativa das duas mil maiores empresas do pas. Uma em cada quatro era uma multinacional. A taxa de sindicalizao rondava os 30% da populao trabalhadora, mas apenas 16% dos respondentes assinalou a existncia de representantes dos trabalhadores eleitos para a S&ST (abreviadamente, Saúde & Segurana do Trabalho). o sistema de gesto integrado de S&ST, e no o tamanho da empresa ou outra caracterstica sociodemogrfica ou tcnicoorganizacional, que permite predizer a existncia de empresas, mais activas e inovadoras no domnio da proteco e promoo da saúde no trabalho.

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Consta de dos estudios experimentales sobre aspectos del conocimiento del nio y el adolescente sobre s mismos. 1) Estudian las concepciones del nio acerca de la enfermedad y los procesos relacionados con ella. 2) Estudian las nociones del nio acerca de algunos aspectos psicológicos, el pensamiento y el cerebro. Persiguen: 1- Conocer las representaciones que poseen los nios de 4 a 14 aos sobre esos aspectos. 2- Trazar la evolucin de dichas nociones con la edad. 3- Integrar la explicacin de esta evolucin en el marco terico general de la teora cognitivo-evolutiva de Piaget y la escuela de Ginebra. Primer estudio, muestra compuesta por 100 nios entre 13 y 14 aos de edad, pertenecientes a dos colegios pblicos de Madrid. La muestra se divide en 10 grupos de edad, con 10 sujetos en cada grupo, la mitad nios y la mitad nias. En el segundo, la muestra se compone de 50 sujetos de 6, 8, 10, 12, 14 aos, con cinco nios y cinco nias de cada edad. Para la recogida de datos se emplea en los dos estudios la entrevista individual siguiendo el mtodo clnico piagetiano. En el primer estudio, las preguntas de la entrevista versaban sobre: comprensin e informacin de la nocin de enfermedad (definicin de enfermedad), enfermedades conocidas por el sujeto y diferenciacin entre sntoma y enfermedad y por ltimo, tipologa de la enfermedad (clasificacin de las enfermedades por grado de severidad). En el segundo estudio, las preguntas de la entrevista versaban sobre el tema del pensamiento: pensamiento en general, cerebro y sus funciones y aspectos diferenciales en el pensamiento. Observa un lento progreso tanto en la evolucin de la nocin de enfermedad como en la diferenciacin entre sntoma y enfermedad. Las respuestas de los sujetos pasan de centrarse en los sntomas ms evidentes y los aspectos perceptivos ms sobresalientes a convertirse en definiciones ms abstractas que relacionan sntomas aislados, causas y consecuencias. En las edades ms tempranas los conceptos sobre salud y enfermedad son subjetivos y dominados por las experiencias personales, evolucionando lentamente hacia criterios ms objetivos y abstractos. Segn el segundo estudio, la reflexin de los nios de la muestra sobre el pensamiento es escasa. Las caractersticas del mismo se asimilan al significado que este tiene en el lenguaje coloquial. Consideran al pensamiento como una actividad discontinua que aparece en situaciones especficas, relacionado principalmente con situaciones de esfuerzo y trabajo, y con situaciones de soledad y tristeza. Por otro lado, el cerebro lo relaciona principalmente con actividades mentales y en escasa o ninguna medida con actividades motoras o involuntarias. La relacin mente-cuerpo se percibe -si se llega a hacer- de forma vaga y confusa. Por ltimo, no se ha encontrado una evolucin clara en el conocimiento de estos aspectos en las diferentes edades. El nio no reflexiona sobre s mismo como sujeto de conocimiento. Por una parte, se desconoce a s mismo como organismo biolgico cuyo funcionamiento puede alterarse y, por otra parte, tiene un escaso conocimiento tanto de los aspectos psicológicos como fisiolgicos del cerebro.

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O presente estudo tem como objetivo traar um panorama geral sobre o trabalho infantil, no povoado de Lagoinha, Paraba, Brasil. Para isso, fez-se necessrio investigar e demonstrar as estatsticas de trabalho infantil no municpio de Lagoinha, investigar e demonstrar as repercusses de aes de erradicao no municpio de Lagoinha, verificar a procedncia familiar das crianas trabalhadoras investigadas, verificar as atividades de lazer, educao e de trabalho que so executadas pelas crianas investigadas, averiguar os riscos a que estas crianas esto sujeitas, bem como suas perspectivas de futuro. Participaram deste estudo 12 crianas e adolescentes, entre 8 e 15 anos, dando nfase s atividades por eles realizadas no comrcio (venda de picol) e carrinho de mo (carregando frutas e verduras), carvoeiras, serralharia e trabalho domstico. Para uma melhor assimilao do estudo, a anlise dos dados foi dividida por perodos. Cada perodo, (com a ajuda dos nossos tericos), foi analisado sob aspectos psicológicos, social e fsico, no decorrer dos 18 (dezoito) meses, visando compreender e identificar as principais problemticas relativas excluso social no campo do trabalho infantil e suas formas de ressonncias no espao familiar, escolar e social.

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FERRANTE, Jos Carlos. A utilizao das prticas de gesto da cadeia de suprimentos em uma organizao prestadora de servios em saúde: uma abordagem dos processos logsticos em um centro clinico de saude integral de uma universidade municipal. 2012. 131f. Dissertao (Mestrado em Administrao)- Universidade Municipal de So Caetano do Sul, 2012.

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Este relatrio o resultado de uma pesquisa exploratria sobre os sentidos do trabalho .O objetivo da pesquisa foi o de fazer uma sondagem de opinio, isto , investigar, globalmente, os sentidos do trabalho para duas amostras de populao oriundas de duas empresas distintas, de mesmo ramo de atividades. A sondagem foi feita atravs de um questionrio composto de 36 questes com temas relativos percepo do trabalho, seus significados e impactos sobre a saúde e a qualidade de vida, alm de dados scio-demogrficos das pessoas que fizeram parte do estudo. O que o Trabalho? e O que voc pensa sobre do seu trabalho atual? foram as questes centrais de pesquisa, analisadas neste relatrio. Elas foram propostas para uma amostra de funcionrios de uma empresa pblica de servios localizada na Regio Parisiense e para uma amostra de funcionrios de uma empresa pblica de servios, localizada na Regio Metropolitana de So Paulo e de atividades semelhantes. Uma abordagem comparativa So Paulo / Paris foi feita sobre a importncia do trabalho e semelhanas e diferenas foram apontadas para as amostras analisadas, tanto globalmente, quanto divididas por sexo. Os dados foram tratados atravs do programa estatstico SPSS (Statistical Package for Social Science) e as duas questes principais, atravs de Anlises Fatoriais. As anlises fatoriais das duas principais questes permitiram condensar e resumir dados dos diversos itens das questes, possibilitando a obteno de dimenses latentes agrupadas em fatores. A anlise fatorial foi utilizada em uma perspectiva exploratria.

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O tema sentido do trabalho algo que vem sendo estudado por vrios autores, internacionais e nacionais. Essa ateno a ele dedicada decorre das importantes transformaes que tm ocorrido no mundo do trabalho, onde novas formas de organizao surgem, atreladas a modificaes em sua natureza. Diante disso, entender o sentido que trabalhadores contemporneos atribuem ao seu trabalho algo relevante, mormente se considerado que estes trabalhadores desenvolvem suas atividades produtivas em empresas que apresentam alguns aspectos peculiares dentro do contexto capitalista. Trata-se de empresas que buscam uma alternativa ao modelo administrativo vigente na maioria das organizaes, que propem um estilo de agir econmico com as caractersticas da gratuidade, da abertura ao outro e da solidariedade, apesar de atuarem, principalmente, em setores econmicos com fins lucrativos. So elas conhecidas como empresas participantes da proposta de economia de comunho, a qual visa ao oferecimento de uma resposta ao drama da extrema pobreza das populaes, que esto privadas dos direitos humanos mais fundamentais, e constitui-se, ainda, em um esforo de integrao entre a gesto de empresas e os princpios contidos em uma base religiosa para transformar o modelo econmico dominante. No se confunde a proposta da economia de comunho, portanto, com um simples caso de filantropia ou de participao nos lucros. Assim, esta pesquisa busca investigar qual o sentido que funcionrios e proprietrios de empresas de economia de comunho atribuem ao trabalho que realizam. Para desvendar esta questo, foram analisadas, a partir da metodologia de anlise de contedo, entrevistas com 36 funcionrios, 2 diretores e 2 proprietrios de 2 empresas, totalizando 40 entrevistas. Realizou-se um estudo de dois casos e a coleta dos dados da pesquisa ocorreu com entrevistas semi-estruturadas. A anlise das entrevistas permite dizer que o trabalho tido como algo fundamental na vida dos entrevistados e que dotado de muito sentido, concluso que corrobora com outras pesquisas, as quais tambm identificaram resultados semelhantes. Contudo, no que tange s empresas de economia de comunho, foi possvel observar que favorecem, em relao ao sentido deste trabalho, aspectos que circundam fatores direcionados a questes pessoais, tais como a valorizao da pessoa dentro do ambiente de trabalho, a autonomia concedida para a realizao das tarefas e, principalmente, ao relacionamento interpessoal desenvolvido dentro da organizao. Portanto, verifica-se que as empresas de economia de comunho contribuem para o relacionamento e a valorizao das pessoas no meio empresarial.

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O Governo Federal atravs do Ministrio do Trabalho, impe normas e condutas que os empresrios, independente se o setor do comrcio, indstria ou servios, para prevenir e monitorar os riscos fsicos, qumicos, biolgicos e ergonmicos a que esto expostos os seus trabalhadores. Neste contexto inserem-se os equipamentos de proteo individual(EPI), com normas especficas e detalhadas. Porm no que se refer aos uniformes de trabalho, dentro da ergonomia, pouco se estabeleceu. Este estudo visa, com a participao do usurio, do segmento metalrgico e de prestao de servios, verificar o grau de satisfao em relao ao uniforme de trabalho, nos seus aspectos de conforto, segurana e praticidade, relacionando-os com as caractersticas dos tecidos utilizados na sua confeco, e o seu ambiente de trabalho. Tal metodologia mostrou-se adequada e observou-se que nas empresas de metalurgia h uma maior freqncia de insatisfao dos funcionrios em relao maior facilidade do uniforme de reter resduos e sujeiras, relacionado prpria atividade laboral ao ambiente de trabalho. O principal aspecto observado foi a inadequao dos uniformes utilizados, tanto na prestao de servios como na indstria metalrgica, no que se refer ao conforto trmico, determinando elevados ndices de utilizao de outras peas de vesturio alm do uniforme profissional, no vero e inverno. Este trabalho pode contribuir e auxiliar de maneira significativa na tomada de decises quando a escolha do uniforme de trabalho, possibilitando a melhoria das condies laborarais e de vida do trabalhador

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Esta pesquisa aborda o estudo do desempenho do psiclogo e as relaes iatrognicas na Instituio Hospitalar. Foi realizada durante os anos de 1989 e 1990 uma pesquisa-ao, numa unidade hospitalar da rede oficial de Saúde, do Estado do Rio de Janeiro. Como fundamentao terica, o estudo apoiou-se nas teses, entre outras, de Ren Barbier, Ivan Illich, H. Ferrari, Isaac Luchina e Michael Balint para facilitar a compreen so do significado da Instituio, das relaes iatrognicas e da relao mdico-paciente. Trabalhando numa equipe de profissionais ligados ao Servio de Psicossomtica desenvolvemos atividades que en volvessem aspectos psicológicos psicodinmicos da relao as sistencial entre a equipe interdisciplinar e o paciente, enfocando mais intimamente o papel do mdico no seu ATO de assistir. Analisando o Hospital Geral, enquanto Instituio e todas as relaes que ali se efetivavam procurou a pesquisa identificar os discursos e as prticas que perpassavam os diferentes segmentos da prpria Instituio. A abordagem dialtica foi o instrumental bsico deste trabalho e o estudo de casos clnicos apresentados ofereceu-nos alm de uma reflexo sobre o cotidiano hospitalar, uma proposta de ao oriunda da anlise dos mesmos. Dos quatro casos estudados, dois relativos a crianas e dois a adultos (atendidos na enfermaria de cirurgia infantil e no ambulatrio do Servio de Psicossomitica, respectivamente), tornou-se mais evidente que a atuao do psiclogo deve ser encarada no como uma alternativa de trabalho, mas sim como funo imprescindvel no desenvolvimento da relao mdico-paciente.