993 resultados para SPEECH-PERCEPTION
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The benefits of cochlear implants (CI) for communication skills are obtained over the years. There are but a few studies regarding the long-term outcomes in postlingual deaf children who grew up using the electronic device. Aim: To assess the functional results in a group of postlingual children, 10 years after using a CI. Methods: Ten postlingual deaf children, implanted before 18 years of age, participated in this study. We assessed: sentence recognition and speech intelligibility. We documented: device use and function and the patient's academic/occupational status. Study design: series. Results: The mean scores were 73% for sentence recognition in silence and 40% in noise. The average write-down intelligibility score was 92% and the average rating-scale intelligibility score was 4.15. There were no cases of device failure. Regarding educational/vocational status, three subjects graduated from the University. Five quit education after completing high school. Eight subjects had a professional activity. Conclusion: This study showed that cochlear implantation is a safe and reliable procedure. The postlingual profoundly hearing-impaired children after 10 years of CI use developed satisfactory levels regarding speech perception and intelligibility, and completed at least high school and were inserted in the labor market. Clinical Trials Registry: NCT01400178.
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Objectives: To report the results of cochlear implantation via the middle fossa approach in 4 patients, discuss the complications, and present a detailed description of the programming specifications in these cases. Study Design: Retrospective case review. Setting: Tertiary-care referral center with a well-established cochlear implant program. Patients: Four patients with bilateral canal wall down mastoid cavities who underwent the middle fossa approach for cochlear implantation. Interventions: Cochlear implantation and subsequent rehabilitation. A middle fossa approach with cochleostomy was successfully performed on the most superficial part of the apical turn in 4 patients. A Nucleus 24 cochlear implant system was used in 3 patients and a MED-EL Sonata Medium device in 1 patient. The single electrode array was inserted through a cochleostomy from the cochlear apex and occupied the apical, middle, and basal turns. Telemetry and intraoperative impedance recordings were performed at the end of surgery. A CT scan of the temporal bones was performed to document electrode insertion for all of the patients. Main Outcome Measures: Complications, hearing thresholds, and speech perception outcomes were evaluated. Results: Neural response telemetry showed present responses in all but 1 patient, who demonstrated facial nerve stimulation during the test. Open-set speech perception varied from 30% to 100%, despite the frequency allocation order of the MAP. Conclusion: Cochlear implantation via the middle cranial fossa is a safe approach, although it is a challenging procedure, even for experienced surgeons.
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The harm upon the central auditory pathways of workers exposed to occupational noise has been scarcely studied. Objective: To assess the central auditory pathways by testing the long latency auditory evoked potentials (P300) of individuals exposed to occupational noise and controls. Method: This prospective study enrolled 25 individuals with normal hearing thresholds. The subjects were divided into two groups: individuals exposed to occupational noise (13 subjects; case group) and individuals not exposed to occupational noise (12 subjects; control group). The P300 test was used with verbal and non-verbal stimuli. Results: No statistically significant differences were found between ears for any of the stimuli or between groups. The groups had no statistically significant difference for verbal or non-verbal stimuli. Case group subjects had longer latencies than controls. In qualitative analysis, a greater number of altered P300 test results for verbal and non-verbal stimuli was seen in the case group, despite the absence of statistically significant differences between case and control subjects. Conclusion: Individuals exposed to high sound pressure levels had longer P300 latencies in verbal and non-verbal stimuli when compared to controls.
Auditory brainstem implant outcomes and MAP parameters: Report of experiences in adults and children
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The auditory brainstem implant (ABI) was first developed to help neurofibromatosis type 2 patients. Recently, its use has been recently extended to adults with non-tumor etiologies and children with profound hearing loss who were not candidates for a cochlear implant (Cl). Although the results has been extensively reported, the stimulation parameters involved behind the outcomes have received less attention. Objective: The aim of this study is to describe the audiologic outcomes and the MAP parameters in ABI adults and children at our center. Methods: Retrospective chart review. Five adults and four children were implanted with the ABI24M from September 2005 to June 2009. In the adult patients, four had Neurofibromatosis type 2, and one had postmeningitic deafness with complete ossification of both cochleae. Three of the children had cochlear malformation or dysplasia, and one had complete ossified cochlea due to meningitis. Map parameters as well as the intraoperative electrical auditory brainstem responses were collected. Evaluation was performed with at least six months of device use and included free-field hearing thresholds, speech perception tests in the adult patients and for the children, the Infant-Toddler Meaningful Auditory Integration Scale (IT-MAIS) and (ESP) were used to evaluate the development of auditory skills, besides the MUSS to evaluate. Results: The number of active electrodes that did not cause any non-auditory sensation varied from three to nineteen. All of them were programmed with SPEAK strategy, and the pulse widths varied from 100 to 300 mu s. Free-field thresholds with warble tones varied from very soft auditory sensation of 70 dBHL at 250 Hz to a pure tone average of 45 dBHL. Speech perception varied from none to 60% open-set recognition of sentences in silence in the adult population and from no auditory sensation at all to a slight improvement in the IT-MAIS/MAIS scores. Conclusion: We observed that ABI may be a good option for offering some hearing attention to both adults and children. In children, the results might not be enough to ensure oral language development. Programming the speech processor in children demands higher care to the audiologist. (C) 2011 Elsevier Ireland Ltd. All rights reserved.
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OBJETIVO: Avaliar a percepção da fala de crianças deficientes auditivas com o aparelho de amplificação sonora individual (AASI) e sistema de frequência modulada (FM) em situações de ruído em campo livre e em sala de aula. MÉTODOS: Participaram 13 crianças deficientes auditivas entre 7 e 17 anos. Foi aplicado o Hearing in Noise Test (HINT) com AASI e com o FM. Também foi aplicado o questionário Avaliação do Sistema FM, respondido pelos professores das crianças, com o intuito de avaliar, individualmente, o desempenho da criança em diferentes situações auditivas somente com AASI e com o AASI e o sistema FM. RESULTADOS: Houve diferença para todas as situações com e sem FM no teste HINT. O mesmo aconteceu com os resultados do questionário, sendo que sem FM a pontuação foi sempre menor do que com FM, independentemente da condição. CONCLUSÃO: O uso de medidas subjetivas, como o questionário, é fundamental para determinar a eficácia da indicação dos dispositivos auxiliares para o deficiente auditivo. A efetividade do sistema FM pode ser observada pela "vantagem FM", que é a diferença média mínima de 10 dB encontrada nas avaliações de percepção da fala com e sem FM nas diferentes situações de ruído. Os benefícios encontrados na presente pesquisa com o uso do sistema FM na melhora da percepção da fala podem ser extrapolados não só para a sala de aula e para a legislação da educação inclusiva, mas também para atividades sociais e de lazer.
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As novas tecnologias do processador Freedom® foram criadas para proporcionar melhorias no processamento do som acústico de entrada, não apenas para novos usuários, como para gerações anteriores de implante coclear. OBJETIVO: Identificar a contribuição da tecnologia do processador de fala Freedom® para implante coclear multicanal, Nucleus22®, no desempenho de percepção de fala no silêncio e no ruído, e nos limiares audiométricos. MATERIAL E MÉTODO: A forma de estudo foi de coorte histórico com corte transversal. Dezessete pacientes preencheram os critérios de inclusão. Antes de iniciar os testes, o último mapa em uso com o Spectra® foi revisto e otimizado e o funcionamento do processador foi verificado. Os testes de fala foram apresentados a 60dBNPS em material gravado: monossílabos; frases em apresentação aberta no silêncio; e no ruído (SNR = 0dB). Foram realizadas audiometrias em campo livre com ambos os processadores de fala. A análise estatística utilizou testes não-paramétricos. RESULTADOS: Quando analisada a contribuição do Freedom® para pacientes com Nucleus22®, observa-se diferença estatisticamente significativa em todos os testes de percepção de fala e em todos os limiares audiométricos. CONCLUSÃO: A tecnologia contribuiu no desempenho de percepção de fala e nos limiares audiométricos dos pacientes usuários de Nucleus22®.
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Apesar dos avanços tecnológicos empregados nas estratégias de processamento do sinal, um dos obstáculos ainda existentes são as lacunas de detalhes espectrais na informação elétrica transmitida. Considerando a sua importância na percepção da fala, pesquisadores investigaram mecanismos para otimizar o detalhamento espectral, por meio dos canais espectrais virtuais. A aplicação clínica desta técnica resultou em uma nova estratégia de processamento de sinal - a HiRes 120. OBJETIVO: Avaliar o desempenho auditivo de usuários de Implante Coclear com a HiRes 120. METODOLOGIA: Levantamento bibliográfico conduzido em base eletrônica de dados, com busca padronizada até o ano de 2011, utilizando-se palavras-chave específicas. Para a seleção e avaliação dos estudos científicos levantados na busca, foram estabelecidos critérios, contemplando os aspectos: tipo de estudo, participantes, intervenção adotada e avaliação dos resultados. CONCLUSÃO: As evidências científicas apontam uma melhora do desempenho auditivo nas situações de ruído com a estratégia HiRes 120, mas tal fato não ocorre nas situações de silêncio. A otimização da percepção da fala com o uso da estratégia está intimamente relacionada com a idade do usuário de implante coclear, com o tempo de privação sensorial e o tempo de aclimatização necessário para o aproveitamento das informações espectrais da estratégia.
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This study had the aim to investigate the auditory and communicative abilities of children diagnosed with Auditory Neuropathy Spectrum Disorder due to mutation in the Otoferlin gene. It is a descriptive and qualitative study in which two siblings with this diagnosis were assessed. The procedures conducted were: speech perception tests for children with profound hearing loss, and assessment of communication abilities using the Behavioral Observation Protocol. Because they were siblings, the subjects in the study shared family and communicative context. However, they developed different communication abilities, especially regarding the use of oral language. The study showed that the Auditory Neuropathy Spectrum Disorder is a heterogeneous condition in all its aspects, and it is not possible to make generalizations or assume that cases with similar clinical features will develop similar auditory and communicative abilities, even when they are siblings. It is concluded that the acquisition of communicative abilities involves subjective factors, which should be investigated based on the uniqueness of each case.
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To test, whether modern Internet telephony with a broadband transmission (0.1-8 kHz) of speech improves speech perception in comparison to conventional telephony (0.3-3.5 kHz) in hearing-impaired and normal-hearing adults.
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To test whether in-the-canal (ITC) microphones have an impact on spatial discrimination and speech perception by taking advantage of auricular cues.
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Recent advances in the field of statistical learning have established that learners are able to track regularities of multimodal stimuli, yet it is unknown whether the statistical computations are performed on integrated representations or on separate, unimodal representations. In the present study, we investigated the ability of adults to integrate audio and visual input during statistical learning. We presented learners with a speech stream synchronized with a video of a speaker's face. In the critical condition, the visual (e.g., /gi/) and auditory (e.g., /mi/) signals were occasionally incongruent, which we predicted would produce the McGurk illusion, resulting in the perception of an audiovisual syllable (e.g., /ni/). In this way, we used the McGurk illusion to manipulate the underlying statistical structure of the speech streams, such that perception of these illusory syllables facilitated participants' ability to segment the speech stream. Our results therefore demonstrate that participants can integrate audio and visual input to perceive the McGurk illusion during statistical learning. We interpret our findings as support for modality-interactive accounts of statistical learning.
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Understanding how the brain processes vocal communication sounds is one of the most challenging problems in neuroscience. Our understanding of how the cortex accomplishes this unique task should greatly facilitate our understanding of cortical mechanisms in general. Perception of species-specific communication sounds is an important aspect of the auditory behavior of many animal species and is crucial for their social interactions, reproductive success, and survival. The principles of neural representations of these behaviorally important sounds in the cerebral cortex have direct implications for the neural mechanisms underlying human speech perception. Our progress in this area has been relatively slow, compared with our understanding of other auditory functions such as echolocation and sound localization. This article discusses previous and current studies in this field, with emphasis on nonhuman primates, and proposes a conceptual platform to further our exploration of this frontier. It is argued that the prerequisite condition for understanding cortical mechanisms underlying communication sound perception and production is an appropriate animal model. Three issues are central to this work: (i) neural encoding of statistical structure of communication sounds, (ii) the role of behavioral relevance in shaping cortical representations, and (iii) sensory–motor interactions between vocal production and perception systems.
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INTRODUÇÃO: Os marcadores clínicos de desenvolvimento possibilitam aos profissionais se familiarizarem com a sequência do desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem e sinalizarem para a família quando há algum padrão desviante do esperado para o desenvolvimento da criança. O objetivo da presente pesquisa foi determinar os marcadores clínicos de desenvolvimento das habilidades auditivas e de linguagem falada, a partir da análise dos primeiros cinco anos de uso do IC de crianças implantadas antes dos 36 meses; e investigar a influência da idade de implantação no desenvolvimento das habilidades citadas. MÉTODOS: Estudo longitudinal retrospectivo realizado na Seção de Implante Coclear - Centro de Pesquisas Audiológicas (CPA-HRAC/USP). Fizeram parte da amostra 230 crianças que, para análise comparativa, foram dividas em três grupos: operadas e ativadas antes dos 18 meses, entre 19 e 24 meses e entre 25 e 36 meses de idade. Os procedimentos analisados foram: a Infant-Toddler: Meaningful Auditory Integration Scale (IT-MAIS), a Meaningful Use of Speech Scale (MUSS) e as Categorias de Audição e de Linguagem. Os dados coletados foram analisados por meio das estatísticas descritiva e indutiva. RESULTADOS: Durante os primeiros cinco anos de uso do IC foram analisados nove retornos das crianças ao Centro. A partir da análise da mediana, até os 30 ± 3 meses de uso do dispositivo eletrônico grande parte da amostra atingiu 100% na IT-MAIS, quando as habilidades de atenção e de atribuição dos significados aos sons já estavam superadas. Até os 68 ± 6 meses a maioria das crianças alcançou a porcentagem máxima na MUSS e a pontuação máxima nas Categorias de Audição e de Linguagem, ou seja, as crianças já utilizavam a fala espontânea e as estratégias de comunicação em sua rotina, bem como apresentavam as habilidades de reconhecimento auditivo em conjunto aberto e a fluência da linguagem oral, respectivamente. Quando comparados os desempenhos dos grupos, nas avaliações auditivas não houve um padrão de significância estatística e nas avaliações da linguagem os resultados foram significativamente melhores para as crianças implantadas após os 18 meses nos primeiros retornos. Houve fortes correlações entre os resultados das Escalas e Categorias. CONCLUSÕES: As crianças da amostra desenvolveram progressivamente as habilidades auditivas e de linguagem falada ao longo dos primeiros cinco anos de uso do IC. Foi possível determinar os marcadores clínicos de desenvolvimento para as Escalas e Categorias estudadas. A partir deles os profissionais que acompanham a criança no processo de habilitação auditiva, poderão nortear a família, bem como os demais profissionais que atuam com a criança, quanto aos resultados esperados na IT-MAIS, na MUSS e nas Categorias de Audição e Linguagem. Também, foi possível identificar que, mesmo havendo uma restrição quanto as possíveis variáveis que podem interferir na determinação dos marcadores clínicos, houve pacientes com resultados desviantes, sugerindo a importância da definição dos marcadores para, juntamente com a família, o profissional discutir e encontrar outras variáveis que possam influenciar no baixo desempenho da criança. A implantação dentro do período sensível do desenvolvimento pode explicar comportamento auditivo dos grupos quando comparados. Já, quando analisada a linguagem falada, acredita-se que houve a influência de outras variáveis no processo de habilitação auditiva e não apenas a implantação durante o período crítico
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A demanda crescente de usuários de implante coclear (IC) e a distribuição irregular de profissionais especializados no país, tornam necessário o deslocamento de pacientes por longas distâncias para os atendimentos, com consequente aumento dos custos diretos e indiretos do tratamento. A teleconsulta pode ser vista como uma alternativa em potencial para o acesso desta população a estes serviços. O presente ensaio clínico, randomizado, controlado, avaliou a eficácia da teleconsulta síncrona na programação dos sistemas de IC em usuários acompanhados em um Programa de Implante Coclear credenciado pelo Sistema Único de Saúde. Participaram do estudo 79 indivíduos com idades entre nove e 68 anos (média de 21,6), 41 do sexo masculino e 38 do sexo feminino, usuários de IC por um período de 0,58 a 24,75 anos. Estes indivíduos foram divididos em dois grupos, de acordo com o modo de programação do IC: controle (n=40), que realizou o procedimento face a face e experimental (n=39) que realizou a teleconsulta síncrona. Treze fonoaudiólogos sem experiência na programação do dispositivo atuaram como facilitadores das teleconsultas. Os procedimentos de programação do IC englobaram a telemetria de impedância, definição dos níveis de estimulação elétrica, varredura e balanceamento dos eletrodos e ajuste fino da programação. Como medidas de avaliação de resultados foram utilizados o tempo dispendido na consulta, a audiometria em campo livre, o percentual de reconhecimento de sentenças no silêncio e no ruído, o limiar de reconhecimento de sentenças no silêncio e ruído (HINT-Brasil), a avaliação da satisfação com a consulta (escala MISS-21) e de aspectos pertinentes à teleconsulta. Os facilitadores responderam as questões abertas referentes à suas impressões dos atendimentos. Os dados foram analisados por meio de estatística inferencial (testes t de Student, Wilcoxon, Mann-Whitney e correlação de Spearman). Os resultados mostraram que após a programação do IC, em média, os participantes apresentaram limiares audiométricos abaixo de 30 dB NA. O reconhecimento da fala pós atendimento, respectivamente para os grupos experimental e controle, foram de 81,3% e 83,8% (silêncio) e 57,9% e 58,1% (ruído). No HINT-Brasil os resultados foram, respectivamente, para os grupos experimental e controle 61,4 dB NA e 61,8 dB NA (silêncio) e relação S/R de 9,5 dB NA e 10,4 dB NA (ruído). Os participantes estiveram satisfeitos com a consulta. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os grupos em nenhuma das medidas de resultado. Todos os participantes relataram que teleconsulta pode ser vista como uma alternativa viável ao atendimento face a face e sua aplicação clínica facilitaria a rotina de pacientes usuários de IC. Os facilitadores destacaram a sua importância para o aprendizado e como ferramenta de formação continuada. A teleconsulta síncrona foi eficaz na programação dos sistemas de IC e amplamente aceita pelos usuários e profissionais.
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A perda auditiva no idoso acarreta em dificuldade na percepção da fala. O teste comumente utilizado na logoaudiometria é a pesquisa do índice de reconhecimento de fala máximo (IR-Max) em uma única intensidade de apresentação da fala. Entretanto, o procedimento mais adequado seria a realização do teste em diversas intensidades, visto que o índice de acerto depende da intensidade da fala no momento do teste e está relacionado com o grau e configuração da perda auditiva. A imprecisão na obtenção do IR-Max poderá gerar uma hipótese diagnóstica errônea e o insucesso no processo de intervenção na perda auditiva. Objetivo: Verificar a interferência do nível de apresentação da fala, no teste de reconhecimento de fala, em idosos com perda auditiva sensorioneural com diferentes configurações audiométricas. Métodos: Participaram 64 idosos, 120 orelhas (61 do gênero feminino e 59 do gênero masculino), idade entre 60 e 88 anos, divididos em grupos: G1- composto por 23 orelhas com configuração horizontal, G2- 55 orelhas com configuração descendente, G3- 42 orelhas com configuração abrupta. Os critérios de inclusão foram: perda auditiva sensorioneural de grau leve a severo, não usuário de aparelho de amplificação sonora individual (AASI), ou com tempo de uso inferior a dois meses, e ausência de alterações cognitivas. Foram realizados os seguintes procedimentos: pesquisas do limiar de reconhecimento de fala (LRF), do índice de reconhecimento de fala (IRF) em diversas intensidades e do nível de máximo conforto (MCL) e desconforto (UCL) para a fala. Para tal, foram utilizadas listas com 11 monossílabos, para diminuir a duração do teste. A análise estatística foi composta pelo teste Análise de Variância (ANOVA) e teste de Tukey. Resultados: A configuração descendente foi a de maior ocorrência. Indivíduos com configuração horizontal apresentaram índice médio de acerto mais elevado de reconhecimento de fala. Ao considerar o total avaliado, 27,27% dos indivíduos com configuração horizontal revelaram o IR-Max no MCL, assim como 38,18% com configuração descendente e 26,19% com configuração abrupta. O IR-Max foi encontrado no UCL, em 40,90% dos indivíduos com configuração horizontal, 45,45% com configuração descendente e 28,20% com configuração abrupta. Respectivamente, o maior e o menor índice médio de acerto foram encontrados em: G1- 30 e 40 dBNS; G2- 50 e 10 dBNS; G3- 45 e 10 dBNS. Não há uma única intensidade de fala a ser utilizada em todos os tipos de configurações audiométricas, entretanto, os níveis de sensação que identificaram os maiores índices médios de acerto foram: G1- 20 a 30 dBNS, G2- 20 a 50 dBNS; G3- 45 dBNS. O MCL e o UCL-5 dB para a fala não foram eficazes para determinar o IR-Max. Conclusões: O nível de apresentação teve influência no desempenho no reconhecimento de fala para monossílabos em idosos com perda auditiva sensorioneural em todas as configurações audiométricas. A perda auditiva de grau moderado e a configuração audiométrica descendente foram mais frequentes nessa população, seguida da abrupta e horizontal.