943 resultados para Práticas discursivas


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Esta dissertação objetivou realizar uma analítica do poder sobre algumas práticas de atendimento efetivadas no Centro Socioducativo Feminino do Estado do Pará – CESEF. Foram utilizadas, como principais ferramentas de análise dessas práticas, as problematizações realizadas por Michel Foucault, sobre as relações de saber-poder forjadas sobre os Estados Modernos, e de vários autores internacionais e nacionais, os quais dialogam com as pesquisas desenvolvidas por esse pensador, em uma perspectiva da Nova História. Por meio da análise documental e de observações de campo, buscamos disparar interrogações relacionadas aos acontecimentos singulares de como as tecnologias do poder disciplinar e da biopolítica atravessam as práticas discursivas e não discursivas, operacionalizadas durante o cumprimento de medidas socioeducativas de privação de liberdade de jovens mulheres consideradas autoras de ato infracional, na unidade socioeducativa pesquisada, e que efeitos políticos são acionados nesses acontecimentos, sempre em um nível de análise de saber e poder. Foi possível identificar, descrever e analisar como as cartografias do poder, na modernidade, descritos por Foucault, possuem efeitos atuais em práticas de atendimento e exame, nas atividades consideradas pedagógicas, nas atividades denominadas como oficinas, nos arranjos espaciais, etc., produzindo punições e tentativas de regulamentação e a normalização de corpos.

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A inclusão escolar é uma modalidade de ensino definida pelo discurso educacional como uma nova postura na escola regular no que se refere às ações que favoreçam a interação social e práticas heterogêneas que atendam às necessidades educacionais especiais de pessoas com “deficiência”. Este estudo situa esse movimento como uma construção social, negociada nas relações entre pessoas e que dão condições de possibilidade ao seu aparecimento, compreendendo as circunstâncias de sua constituição. Objetiva, por meio das práticas discursivas, compreender a noção de inclusão que professoras da educação básica de duas escolas públicas fazem circular em seus discursos engendrados em suas práticas pedagógicas do professor. Considera também as ressonâncias do encontro do discurso dessas professoras, suas contradições e rupturas com o discurso dos documentos públicos oficiais. Adota uma postura crítica e questionadora sobre as institucionalizações que se naturalizam no cotidiano, buscando nas práticas discursivas e produção de sentidos a possibilidade de compreender as maneiras pelas quais as pessoas instituem certas noções, versões que explicam o mundo e se posicionam em relações sociais produzindo acontecimentos no cotidiano. A investigação foi realizada em duas escolas públicas que atuam com o ensino fundamental e, em cada uma delas, foi realizada uma Roda de Conversa com quatro professoras que tinham em suas classes “pessoas portadoras de necessidades educacionais especiais”. Todo o conteúdo discursivo foi analisado usando como estratégia Mapas Dialógicos, que permitem visualizar a interanimação dialógica, o fluxo da conversação, a singularidade da produção de sentidos sobre a inclusão/exclusão nas escolas analisadas, evidenciando os efeitos do processo de implantação da educação inclusiva. Nos discursos das professoras, diferentemente do discurso oficial explicitado em documentos que define a inclusão escolar como uma modalidade educacional que busca avanços acadêmicos e a apropriação de conhecimentos, foi percebido que incluir significa, essencialmente, acolher a criança “portadora de necessidades educacionais especiais” socializando-a com as crianças ditas “normais”, estabelecem, assim, um outro objetivo para essas crianças na escola substituindo a meta de escolarizar. Esse sentido parece ser apontado como a única alternativa diante da dificuldade de assegurar competências acadêmicas, se inscrevendo como um discurso de reparação, que busca expiar uma dívida histórica pelos danos causados pela exclusão social. E ainda nesse posicionamento, o lugar da escola é questionado, pois se não desenvolve competências e habilidades necessárias para o desenvolvimento tanto maturacional como acadêmico das crianças “especiais”, não cumpre sua função social de educar, não realiza a inclusão. Dizem que na vida essas crianças aprendem e desenvolvem-se. Entende-se que a escola não é a vida, ou é a vida enclausurada. Concluem com isso que a escola mais exclui do que inclui. Dessa forma, a pesquisa apontou que a prática da educação inclusiva pode ser compreendida como negociações em redes de saberes e poderes que põem a funcionar as políticas públicas e propostas pedagógicas, como mecanismos de controle social.

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O modelo de formação de professores brasileiro refere-se à democratização do país e as mudanças sociais alavancadas na década de 1980, tendo como marco legal a Constituição de 1988 e as reformas educacionais e curriculares que a sucederam. Este trabalho constitui-se em uma análise arqueogenealógica foucaultiana das práticas discursivas arquitetadas sobre o curso de Pedagogia do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR) do Campus Universitário de Bragança – Universidade Federal do Pará (UFPA). Partimos do estudo arqueológico das emergências históricas da formação de professores para localizarmos e darmos visibilidade a arena da formação docente como contingência contemporânea advinda de forças capilares que objetivam e, ao mesmo tempo, subjetivam o professor em formação. Sustentamo-nos na hipótese de que habitam, nesse jogo de saber-poder, tramas de subjetivação corporificadas no currículo sob em práticas de governamentalização. Tais tramas, por sua vez, culminam na produção de documentos dentre os quais alguns foram escolhidos para compor a análise crítica desse trabalho. Desse modo, objetivamos problematizar a formação enquanto fabricação do aluno PARFOR-Pedagogia, com ênfase no currículo elaborado pelo Campus de Bragança/UFPA visando percebê-lo em sua articulação com determinadas urgências de formação e regulação de professores. A pesquisa teve como fonte documentos que instalam a política de formação de professores no país, encarando-os como monumentos com efeitos na objetivação e subjetivação dos sujeitos, e formação de professores como prática histórica e dispositivo estratégico de governamentalidade. Organizando-se os documentos em subarquivos, a análise foi conduzida pela problematização – arqueológica e genealógica de Michel Foucault, articulada aos dispositivos de Gilles Deleuze e às práticas históricas de Paul Veyne. Fincado como ação afirmativa e conectado ao rol das políticas educacionais contemporâneas, o PARFOR apesar de ter impulsionado a formação em serviço, os sujeitos que dele fazem parte são objetivados ainda por prescrições curriculares destacadamente disciplinares e generalistas, descritas paradoxalmente no Projeto Pedagógico do Curso de Pedagogia e nos Planos de Curso como estratégia interdisciplinar de formação de professores. Concomitante a isso, os sujeitos são subjetivados por um devir minoritário em função do modelo estrutural que a política foi arquitetada, exercendo seu poder por práticas de resistência. De acordo com as práticas analisadas nesse estudo, o PARFOR-Pedagogia do Campus de Bragança/UFPA é fabricado por tramas históricas de subjetivação, as quais se sustentam tanto na govenamentalidade quanto em estratégias biopolíticas acionadas por dispositivos curriculares que forjam e ao mesmo tempo são forjados pelos jogos de saber-poder-resistência.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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O presente artigo pretende evidenciar o papel do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso (IHGMT) e sua atuação na reconstituição do passado de Mato Grosso, com o fim de verificar sua inserção no projeto de construção da identidade nacional e da nação, entre 1919 e 1969. Considera-se esses anos como marco temporal, entre a fundação do Instituto e a publicação da obra de Virgílio Correa Filho, História de Mato Grosso. O objetivo é dar visibilidade às práticas discursivas que tornaram possíveis as operações historiográficas, que ao reorganizar o passado silencia as diferenças redistribuindo os corpos, destituídos de seus tumultos, em um não-lugar, por uma escrita que faz falar calando.

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Pós-graduação em Serviço Social - FCHS

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Pós-graduação em Estudos Linguísticos - IBILCE

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O presente trabalho propõe discutir as produções literárias contemporâneas sobre a temática do vampirismo. Este estudo se fundamenta em análises de textos por meio da observação das práticas discursivas que os constituem. Tomando como corpus os romances Crepúsculo e Lua Nova de Stephenie Meyer, as observações partem dos pressupostos teóricos da Semiótica Discursiva e da Análise do Discurso, aos quais são incorporados estudos sobre cultura, sociologia e identidade. Parte-se do princípio de que o discurso é produto da cultura e, desse modo, incorporam-se a ele fatores históricos e sociais. Por essa razão, torna-se importante examinar os elementos dialógicos e intertextuais dos textos anteriormente apontados em relação às outras produções que tratam do mesmo tema e de outros possíveis, encontrados no corpus. Assim, busca-se compreender primordialmente os mecanismos fundamentais que tornam o texto um objeto de comunicação e de significação

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Cette recherche là veut analyser et discuter les pratiques discursives qui promeuvent et constriusent des modèles de subjectivité dans la société dês médias. Le corpus de la recherche est la série de TV Glee, produite et véhiculée par la chaîne Fox, dont on observe la proposition d’une identité des minorités pour les jeunes gens dans l’ère de la mondialisation, aussi que le mouvement du marché culturel promu par le discours de la série. Enfin, sont pensés les transformations récentes dans contexte médiatique et le changement dans le façon comme les effets de sens sont véhiculés dans la société. Pour cela, on utilise les constributions théoriques de l”Analyse du Discours Française, fondée sur le travail de Michel Pêcheux et Michel Foucault, et les réflexions de Jenkins (2009) sur la convergence médiathique et le phénomène transmédia

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Pós-graduação em História - FCLAS

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The reflex of social and cultural changes in discursive practices can indicate that language has a fundamental role in transforming the society and attempts of defining the directions of changes must include new forms of language practices. One of these forms concerns to computer media in teaching-learning process, showing how technology and culture interact in a significant way to interfere in language uses. In this context, it has been developed in UNESP/Assis linked to the Center for Language and Teacher Development the project Teletandem Brasil: Foreign Languages for All as a new practice of language teachinglearning through technological resources. The present paper aims to present a description of the teletandem sessions as a discursive gender according to the Bakhtin’s gender theory. The data was collected during the second semester of 2010, in sessions of interaction with an American university. The considerations are directed by the following questions: (a) how are the statements of a session discursively organized; (b) what kind of relationship the partners have with their mother language when they teach it as a foreign language, in this context. The analysis allowed us to conclude that: (a) the sessions can characterize a hybrid and secondary gender in this specific area of human activity, even the partners still find difficulties in this gender domain; (b) the teletandem sessions constitute an important instrument for the critical language awareness between the partners.

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Pós-graduação em Educação - FFC

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Placing the management of childhood forms considered at risk, we discuss the operation of a welfare institution and its effects on the subjective process. Created to manage the virtues of the poor behavior of children, makes visible to the way technology features disciplinary policies: surveillance is evident of cameras, high walls, electric fences and in the eyes of educators, the penalty stands normalizing practices corrective aimed at standardization bodies, educational meetings are compared to the examination, as they produce dossiers of individual behavior, emphasizing characteristics that are considered dangerous anticipates the administration and production of docile individuals, useful, productive, applying identity models. Following the lines of knowledge and power relations that constitute this space, we used the genealogy in the analysis of discursive practices that cross society in its historical construction, the genealogy allows us to achieve these movements in the consolidation process of the government of life, and also, the deconstruction of hegemonic practices. In an attempt to escape the set, we propose the realization of artistic and cultural activities within a process of collective construction as a strategy of resistance and confrontation with the dominant logic, consolidating practices that favor the enhancement of life in its manifold possibilities.

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O ensaio se propõe a refletir sobre o crescente processo de normatização da contemporaneidade, tomando como objeto de estudo os “anormais” e o olhar sobredeterminado da rotulação como dessubjetivação. Buscaremos retirar a carga pejorativa do adjetivo “monstro” e positivá-lo naquilo que sua estética tem de resistência, pela sua singularidade. Por conta de carregar contornos, trejeitos, nuances diferentes do que o olhar está treinado a codificar, muitos sujeitos são discriminados em diagnósticos psiquiátricos, os “bio-diagnósticos”, que certamente produzem efeitos subjetivantes, políticos, sociais e culturais. Esse fenômeno de transformação das diferenças em diagnósticos psiquiátricos é compreendido como medicalização, que é o processo de práticas discursivas de agenciamento de questões políticas, culturais, sociais, etc, em objetos de estudo do campo da medicina. Logo, propomos uma reflexão sobre esse fenômeno em seus aspectos éticos, no sentido de questionar alguns dos efeitos desses procedimentos.

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Pós-graduação em Linguística e Língua Portuguesa - FCLAR