1000 resultados para Memória, identidade e esquecimento
Resumo:
O ano de 1957 se tornou paradigmático para o integralismo, pois a partir das celebrações dos 25 anos de sua criação a intelectualidade vinculada ao movimento debruçou-se sobre sua história o que incentivou a retomada de sua ritualidade e discurso pregressos. Isto se deu graças à insatisfação da base militante que se viu sem identidade própria em finais dos anos 1950. Com o intuito de promover atividades que ensejassem a partilha de sua cultura política, calcada em uma rede de sociabilidade, o integralismo avançou nas suas investidas, projetando estratégias e eventos que viabilizassem uma reviravolta na sua atuação político-partidária. A publicação da Enciclopédia do Integralismo e a celebração dos 25 anos de sua existência política (marcos reguladores/ lugares de memória e de construção de sua cosmogonia) serão aqui tratadas como pontos fundamentais para entendermos a atuação que o integralismo teve no período. Pesquisar o que propunham, qual discurso utilizavam e qual era a finalidade destas celebrações e da própria Enciclopédia do Integralismo poderá indicar quais as propostas e respostas integralistas a uma série de questões incômodas que a contemporaneidade fazia.
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Fenômeno que tem sofrido um crescimento considerável nas últimas décadas, a constituição de projetos de memória empresarial se insere em um panorama mais amplo de valorização do passado na sociedade contemporânea, caracterizada pela 'febre da memória'. Parte de um expediente que tem como objetivo final fortalecer a identidade e a imagem dessas instituições entre seus funcionários e o público mais amplo, essas iniciativas têm gerado diferentes produtos e linhas de ação, sendo inicialmente vinculadas às áreas de marketing e comunicação, mas mostrando sinais de profissionalização e ampliação dos seus horizontes. O presente estudo tomou como objeto de análise o projeto memorial do Banco Itaú, criado em 2003, buscando compreender a natureza dessa iniciativa e de que maneira ela colabora na consolidação da imagem de 'vocação' cultural do Banco.
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Busco com este trabalho analisar o fado e o samba enquanto músicas que passam a simbolizar identidade e suas representações no espaço urbano das cidades de Lisboa e do Rio de Janeiro. O fado é cantado, dançado e recitado nas ruas lisboetas e em seus bairros de maior tradição, assim como o samba se utiliza do espaço da cidade para a representação de suas tradições. Ambos os gêneros se apresentam como símbolos nacionais que se projetam e difundem a partir de centros urbanos e de referência cultural. Tentarei entender a representação destes estilos musicais e a maneira como a utilização do espaço da cidade fomenta a continuidade destes gêneros até os dias de hoje.
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O estudo comparatista incidirá nas representações da Guerra Colonial e Civil em Moçambique nas ficções A Costa dos Murmúrios (1988), de Lídia Jorge e Terra Sonâmbula (1992), de Mia Couto, explorando a noção de literatura de testemunho. A memória é o mecanismo de construção da identidade cindida e processo de crítica histórico-social e cultural, sublinhando os silenciados e os não-ditos da História Oficial. Em ambos os romances, analisaremos os choques de identidades culturais das principais personagens desde o período da colonização até à independência de Moçambique, insistindo nas personagens que assumem um papel de denúncia e de testemunha da História, construindo uma contra-leitura do História oficial. Refletiremos como as personagens centrais – Eva Lopo e Kindzu – denunciam o poder hegemónico ao ironizarem o papel dos anti-heróis. A narração de Eva Lopo e Kindzu reescreve as parábolas dos gafanhotos, o dilúvio, insistindo nos relatos do fim do mundo e nos testemunhos do inumano. Eva Lopo e Kindzu representam o regresso de Xerazade, dado que narram para criar consciência crítica e diferir a morte da memória numa perspetiva regeneradora da escrita.
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Si les études sur les groupes noirs ruraux connaissent un essor dans l´Antropologie brésilienne contemporaine, au Nordeste, et spécialement au Rio Grande do Norte, ce genre de recherches restent rares. Ce travail a comme principal objectif de faire une description ethnographique des communautés du Pêga, do Arrojado e do Engenho Novo, dans la commune de Portalegre/RN, désignées comme des descendants africains et dont les membres se reconnaissent comme appartenant a une "grande famille". Ainsi, nous voulons analyser les processus d´élaboration d´une identité collective et comprendre le rôle des relations de parenté dans la vie cotidienne, festive et religieuse de Portalegre. En effet, nous pouvons observer que les "parents" développent des stratégies économiques et affirment leur alterité, reprennant des traits culturels et religieux qui leur sont propres pour se présenter comme un groupe doté d´une grande cohésion face a la société environnante. Nous utilisons la méthode ethnographique et la technique de l´observation participante, alliée à l´analyse des sources historiques primaires dans le but de décrire ces pratiques et stratégies. Nous pensons que la participation des membres du groupe à la production agricole, spécialement dans la confection de la farine de manioc, la construction des relations sociales au quotidien et l´organisation de la danse de São Gonçalo représentent autant d´occasions où la mémoire du groupe se fortifie, l´identité collective se cristallise et où la sociabilité se trouve consolidée. Nous analysons ces pratiques collectives et ces moments festifs comme des moyens de réaffirmation d´une identité locale centrée sur les relations de parenté
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Este estudio trata de establecer relaciones sobre la importancia del fenómeno sociocultural que emerge de Doña Militana para la cultura potiguar. Para tanto tomamos sus recuerdos de los romances como parte de un contexto social, relacionados con el tiempo y el espacio, que afecten a la vida material y moral de su grupo social. Resaltamos, por lo tanto, el fenómeno de la memoria individual en su relación con la memoria colectiva. Proponemos, en este sentido, suponer que el mantenimiento y permanencia de estos romances en la memoria de la romancera revelan una dinámica de su grupo social para la formación de su identidad. En este sentido, nos servimos como referencial teórico de los estudios de Maurice Halbwachs, en lo que respecta a los debates sobre la memoria colectiva, en paralelo a los estudios de Paul Zunthor cuando se trata de las funciones de la oralidad para la formación de la identidad. Para llevar a cabo los trabajos es de fundamental importancia, por supuesto, el relato de vida de la propia Doña Militana en confronto con los simbolismo culturales contenidos en los romances, con el objetivo que flagremos las (co)incidencias que demarquen la identidad de sus vínculos de identidad con el universo cultural en que está insertado. Como resultado, se tomó como objeto de análisis desde la deposición presentadas en las entrevistas, hasta los romances en sus aspectos poéticos, lingüísticos y mitológicos, incluyendo los significados que el desempeño de la romancera muestra. Objetivamos, por lo tanto, una comprensión dialógica de la relación entre la memoria individual (el caso de Doña Militana) con la memoria colectiva, sobre la base de un hipotético concepto que subyace a la aparente singularidad de este fenómeno - un hecho aislado en cierta medida - una razón intrínseca y compleja que se revela como la punta de un iceberg, al que convergen motivos históricos inconscientes de un patrimonio cultural
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En este trabajo se ha realizado un análisis de cuatro cuentos de Mia Couto (2005) pertenecientes al libro Cada homem é uma raça: O embondeiro que sonhava pássaros ; A princesa russa ; O pescador cego y A lenda da noiva e do forasteiro . El estudio, bajo la perspectiva de memoria y oralidad, mantiene en foco la observación sobre la transformación de los componentes de la realidad sociocultural e histórica de Mozambique en elementos de ficción literaria. Ese recorrido esclarece, en parte, la unidad orgánica que constituye la obra y que gira en torno de los elementos de la tradición, la memoria y la oralidad. Este punto es un importante marcador de diferencias, pues las sociedades escritas han dado menos importancia a lo que es transmitido oralmente, dejando lo que es tradición en un segundo plano. Se trata de una comprensión que acabó por provocar la distorsión del pensamiento sobre lo que es tradición oral, algo que no se resume a leyendas, cuentos de hadas, folclores y danzas. De esta manera ha de considerarse a la memoria inscripta en cada símbolo como algo que justifica al ser y que lo identifica como individuo poseedor de una historia colectiva
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This work aims to understand how the installation of sugar culture along the river Ceará-Mirim defined the spatial organization of the Valley, and thus setting the landscape. This space has begun to be defined only in the second half of the nineteenth century, when the sugarcane growth had atarted on land located on the banks of the river Ceará-Mirim. The passage of this period of great prosperity can be seen through the heritage material which is still presented in the region. Walking through the Valley, we found a considerable number of architectural buildings, many in ruins, linked to this historical moment. This perception, caused by these buildings, will take us on a trip to the past, back to a time characterized by great-houses, mills, sugarcane plantations, planters, slaves, etc. The references that lead us to consider the sugar mills located along the valley of Ceará Mirim as a patrimony, which carry an entire historical baggage, guide us to the first half of the twentieth century. During this period, the role of intellectuals from the Rio - Sao Paulo through the modernist movement will be decisive in the formation of a national identity. The heritage material identified along the valley of Ceará Mirim defined its current spatial organization, setting the landscape. But we must conceive this landscape into two ways: first, as a material representation of social practices carried out in this space, where social, cultural, economic and environmental aspects have interacted to their training; as well as a landscape that carries a whole historical baggage which was built throughout the twentieth century
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This research stands in discussions involving the relationship between memory, history and space. We will work with the Café São Luiz in the neighborhood of Cidade Alta in Natal, an place which remains open and founded in 1953. The place was opened in the district of greater movement of the 1950s, a zone of concentration of commerce and leisure. In consequence an impulse of memory, the Café São Luiz was represented by different statements, which they built a space that serves to support memory and identity of a group. The speeches elaborate the Café São Luiz as a monument, a place of memory according to Pierre Nora. Among these discourses of construction of the Café São Luiz stands out the 1982 book titled Na Calçada do Café São Luiz by José Luiz Silva. This research aims to discuss the construction of the Café São Luiz as a place of memory, questioning their representations, traversing the authorship of speeches over the place
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Os últimos séculos da Idade Média, nomeadamente os séculos XIII, XIV e XV, são marcados na Europa por uma crescente preocupação em fixar por escrito os diversos saberes e eventos, preocupação que, ligada às tentativas de sistematizar a organização dos reinos, contribui significativamente para a ascensão das línguas vulgares como línguas dos mais variados gêneros - de documentos jurídicos e administrativos a textos de caráter filosófico e histórico. em Portugal, o empenho em deixar registrado o passado numa língua acessível tem início no século XIV e culmina no século XV, quando se procura organizar a memória através da escrita e se começa a construir uma perspectiva portuguesa sobre o passado. O objetivo do presente texto é mapear alguns índices que revelam a importância que os portugueses dos séculos XIV e XV conferem à ordenação do passado, sobretudo a partir da escolha do que devia e do que não podia cair no esquecimento.
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Pós-graduação em História - FCHS
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Pós-graduação em História - FCHS
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Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)