1000 resultados para Educação Métodos experimentais
Resumo:
As Atividades e Terapias Assistidas com Cavalos (ATAC) englobam um conjunto de métodos educacionais e teraputicos, que possuem em comum a utilizao do cavalo, de forma a alcanar objetivos biopsicossociais. Esta terapia patenteia-se pelos conhecimentos transdisciplinares na rea da sade, educação e equitao. A literatura tem demonstrado efeitos das ATAC em diversas limitaes e/ou deficincias, de carter transitrio ou definitivo. No entanto, salientaremos apenas a reabilitao com crianas. O professor de educação fsica considerado um dos profissionais da equipa interdisciplinar das ATAC, contribuindo com conhecimentos acadmicos para aumentar o corpo terico das ATAC e em equipa alcanar objetivos de interveno com crianas atendidas por este mtodo. Os objetivos deste estudo so: verificar o contributo do desporto e educação fsica no corpo terico das ATAC; verificar a existncia de benefcios fsicos alcanados pelos profissionais de Educação Fsica, utilizando as ATAC com crianas. De forma a concretizar os objetivos, recorremos a uma meta-anlise, atravs das bases dados CAPES, Pubmed, ACCAP, Scielo, reportrio da Universidade do Porto, da Escola Superior de Educação, da Universidade do Minho e da UTAD. Verificamos a existncia de trs domnios do desporto e educação fsica que contribuem para o corpo terico das ATAC: reabilitao fsica, pedagogia de equitao e psicomotricidade. Evidenciamos similarmente efeitos positivos em crianas com Paralisia Cerebral, Deficincia Intelectual, Perturbaes do Espetro do Autismo, Sndrome de Down e crianas vtimas de maus tratos, mais especificamente ao nvel de ajustes tnicos, condio fsica, coordenao motora, controlo corporal, equilbrio, fora muscular, motricidade fina, noo corporal, locomoo e transferncia corporal. Conclumos que as Cincias do Desporto e Educação fsica contribuem para o corpo terico das ATAC, podendo as mesmas serem utilizadas em cooperao com outros métodos. Constatamos tambm que as crianas com e sem deficincia, atravs das ATAC, aprimoram competncias fsicas.
Resumo:
Relatrio de estgio de mestrado em Educação Pr-Escolar e Ensino do 1. Ciclo do Ensino Bsico
Resumo:
O estudo das condies que potenciam o ensino-aprendizagem em educação fsica precisa de considerar mais consistentemente e explicitamente as evidncias do mesossistema estabelecido entre as ecologias do trabalho colaborativo do grupo disciplinar e as das suas aulas. Especificamente, incita-se compreenso como a negociao integradora do sistema social dos alunos pode ser potenciada pelo grupo disciplinar. Para alcanar essa compreenso articularam-se os modelos das comunidades de aprendizagem profissional e da ecologia da aula, atravs da bioecologia do desenvolvimento humano. Conduziu-se um desenho de estudo de caso longitudinal integrado, triangulando métodos, fontes e dados de um grupo disciplinar de educação fsica com qualidade colaborativa. Simultaneamente, observaram-se duas ecologias de aulas de educação fsica, diferenciadas pelas disposies de negociao dos respetivos professores, detalhando paralelamente os perfis de agenda social dos alunos para essas ecologias. Os resultados permitem salientar a interao das propriedades Pessoa-Contexto-Processo-Tempo como condies mesossistmicas favorecedoras da integrao do sistema social dos alunos, nomeadamente: as caratersticas do grupo como comunidade de aprendizagem profissional focada na integrao; a interao macrossistmica e a alternncia intencional cclica grupo-aula; e a articulao entre o desenvolvimento curricular colaborativo e a partilha e produo de conhecimento em espirais curriculares plurianuais e anuais. Estas condies refletiram-se nas ecologias das aulas como semelhanas tendencialmente integradoras do sistema social na instruo e na organizao. Todavia, tambm emergiram particularidades em cada ecologia traduzidas numa congruncia mais consistente entre os perfis de agenda social encontrados para o envolvimento integrador, por associao s diferenas de alinhamento instrucional na negociao pelos professores. Este estudo lana implicaes para a investigao relacionadas com a verificao e aprofundamento das condies mesossistmicas identificadas. Paralelamente, a prtica profissional de professores e de formadores de professores encontra implicaes sobre a melhoria da qualidade colaborativa profissional para promover continuamente melhores experincias de ensino-aprendizagem da educação fsica nos microssistemas aqui analisados.
Resumo:
FUNDAMENTO: Diferentes métodos de medida da presso arterial (PA) tm sido utilizados em avaliaes clnicas e cientficas. Entretanto, os métodos empregados apresentam limitaes e particularidades a serem consideradas. OBJETIVO: Avaliar se valores semelhantes de PA so obtidos em idosos hipertensos submetidos ao exerccio resistido, ao usarem-se os métodos oscilomtrico (Omron-HEM-431) e auscultatrio (esfigmomanmetro de mercrio). MTODOS: Dezesseis idosos hipertensos realizaram trs sesses experimentais randomizadas com diferentes volumes: as sesses controle (C: 40 minutos), exerccio 1 (E1: 20 minutos) e exerccio 2 (E2: 40 minutos). A PA foi medida simultaneamente pelos dois métodos, a cada 5 minutos durante 20 minutos antes das sesses e durante 60 minutos aps as mesmas. RESULTADOS: No perodo pr-interveno houve boa concordncia entre as medidas da presso arterial sistlica (PAS) e diastlica (PAD) obtidas pelos dois métodos, havendo tambm elevada concordncia geral aps as sesses (Coeficiente de Lin = 0,82 e 0,81, respectivamente). Houve melhor concordncia da PAD aps a sesso controle do que aps as sesses de exerccio. A diferena entre as medidas obtidas entre os dois métodos foi maior para a PAD do que para a PAS aps todas as sesses (p < 0.001). Independentemente do mtodo, pode-se verificar a queda da PAS e da PAD que ocorreram nos primeiros 60 minutos aps a realizao dos exerccios. CONCLUSO: Os métodos auscultatrio e oscilomtrico foram concordantes antes e aps as sesses controle e de exerccios, havendo, no entanto, maiores diferenas da PAD do que da PAS, sendo esta ltima muito semelhante entre métodos.
Resumo:
FUNDAMENTO: Estudos recentes indicam forte associao entre inatividade fsica, baixo nvel de condicionamento cardiorrespiratrio e presena de fatores de risco cardiovascular. OBJETIVO: Comparar o nvel de atividade fsica, o nvel de condicionamento cardiorrespiratrio e o risco cardiovascular entre estudantes de medicina e de educação fsica. MTODOS: Em uma primeira etapa aplicou-se o International Physical Activity Questionnaire (IPAQ) para quantificar a atividade fsica em 126 alunos dos 7os e 8os perodos dos cursos de educação fsica e medicina. Em uma segunda etapa, selecionou-se, por intermdio de randomizao, 40 alunos, 20 de cada curso, para avaliao de fatores de risco cardiovascular e avaliao do condicionamento cardiorrespiratrio. Foram mensurados: 1) presso arterial; 2) ndice de massa corprea (IMC); 3) percentual de gordura (bioimpedncia eltrica); 4) circunferncia de cintura (CC); 5) testes bioqumicos laboratoriais; e 6) condicionamento cardiorrespiratrio (Teste de Kline). RESULTADOS: Comparando estudantes de medicina a estudantes de educação fsica, respectivamente, foi observada maior frequncia de indivduos apresentando: baixo nvel de atividade fsica (55% vs 15,0%; p = 0,008); pr-hipertenso pela PAS (80% vs 25,0%; p = 0,000) e pela PAD (45% vs 5,0%; p = 0,003); sobrepeso (50% vs 10,0%; p = 0,006); circunferncia de cintura aumentada (25% vs 0,0%; p = 0,017); colesterol total elevado (165 28 vs 142 28 mg/dl; p = 0,015); LDLc elevado (99 27 vs 81 23 mg/dl; p = 0,026); glicemia elevada (81 8,0 vs 75 7,0 mg/dl; p = 0,013); menor condicionamento cardiorrespiratrio (48 8,0 vs 56 7,0 ml/kg/min; p = 0,001). CONCLUSO: Estudantes de medicina apresentam menor quantitativo de prtica de atividade fsica, menor nvel de condicionamento cardiorrespiratrio e maior frequncia dos fatores de risco cardiovascular, comparados aos de educação fsica.
Educação e monitorizao por telefone de pacientes com insuficincia cardaca: ensaio clnico randomizado
Resumo:
FUNDAMENTO: Diferentes abordagens de enfermagem no manejo de pacientes com insuficincia cardaca (IC) tem demonstrado benefcios na reduo da morbidade e mortalidade. Entretanto, a combinao de educação intra-hospitalar com contato telefnico aps a alta hospitalar tem sido pouco explorada. OBJETIVO: Comparar dois grupos de interveno de enfermagem entre pacientes hospitalizados devido IC descompensada: o grupo interveno (GI) recebeu interveno educativa de enfermagem durante a hospitalizao, seguida de monitorizao por telefone aps a alta hospitalar e o grupo controle (GC) recebeu apenas a interveno hospitalar. Os desfechos foram conhecimento da IC e autocuidado, nmero de visitas emergncia, re-hospitalizaes e morte em um perodo de trs meses. MTODOS: Ensaio clnico randomizado. Pacientes adultos com IC e frao de ejeo do ventrculo esquerdo (FEVE) < 45% que podiam ser contatados por telefone aps a alta foram estudados. O conhecimento da IC foi avaliado por meio de um questionrio padronizado que tambm inclua questes referentes ao conhecimento do autocuidado, o qual foi respondido durante o perodo de hospitalizao e trs meses depois. Para os pacientes do grupo GI, os contatos foram realizados por meio de telefonemas e as entrevistas finais foram conduzidas em ambos os grupos ao final do estudo. RESULTADOS: Quarenta e oito pacientes foram alocados no GI e 63 no grupo GC. A idade mdia (63 13 anos) e FEVE (aproximadamente 29%) eram similares nos dois grupos. Os escores para conhecimento da IC e autocuidado foram similares na avaliao basal. Trs meses depois, ambos os grupos demonstraram melhora significativa dos escores de conhecimento da IC e autocuidado (P < 0,001). Outros desfechos foram similares. CONCLUSO: A interveno educativa de enfermagem intra-hospitalar beneficiou todos os pacientes com IC em relao ao conhecimento da doena e autocuidado, independente do contato telefnico aps a alta hospitalar.
Resumo:
Este trabalho busca identificar, em cinco perodos da Histria do Brasil, o uso, pelos enfermeiros, de metodologias pedaggicas nas aes educativas de sade em enfermagem. Esta reviso procura resgatar a historicidade do processo educativo trilhado pela Enfermagem e prope a incorporao, no planejamento das prticas educativas do enfermeiro, do uso de metodologias pedaggicas problematizadoras, concordando com os enfermeiros pesquisadores e assistenciais que defendem aplicao de aes educativas que permitam ao aprendiz apropriar-se de conhecimento tcnico aliado conscientizao poltica de si e do mundo, permitindo-lhe criar e recriar aes cotidianas.
Resumo:
Estudo exploratrio-descritivo, objetivou avaliar o estudo dirigido como estratgia de ensino na educação profissional. Para a coleta de dados, foi aplicado um questionrio a 14 alunos de um curso de uma mesma turma de Tcnico de Enfermagem. As respostas foram analisadas segundo Bardin. O conceito atribudo estratgia foi bom 86%. Foram identificadas 83 unidades semnticas na anlise das respostas, categorizadas em: vantagens (53%); no "legal" (16%); dificuldades (7%); sentimentos (12%) e sugestes (12%). Alm disso, os sujeitos avaliaram como propsitos didtico pedaggicos do estudo dirigido permitir desenvolver temas de interesse do aluno; estimular o prazer em estudar e incentivar o aluno a ser o sujeito de seu aprendizado. As autoras consideram que o estudo dirigido uma boa estratgia de ensino, possuindo peculiaridades que exigem habilidade e competncia dos docentes e discentes para a obteno de resultados satisfatrios no processo ensino/aprendizado.
Resumo:
A educação, a formao e o desenvolvimento do capital social uma das questes prioritrias e que deve ser tido em considerao, sobretudo no que diz respeito ao desenvolvimento das comunidades piscatrias em Cabo Verde. Precisa-se de focar essa problemtica e, sugerir as medidas e as estratgias que devem estar no centro das atenes dos dirigentes e dos sistemas educativos, reflectindo sobre elas nas comunidades e em termos acadmicos, tendo presente a importncia da educação para o exerccio da cidadania. O presente trabalho de investigao tem por objectivo evidenciar a influncia da educação na formao do capital social e analisar em que medida que este pode contribuir para o desenvolvimento sustentvel da comunidade piscatria de Cutelinho, situada na Vila de Pedra Badejo, Concelho de Santa Cruz. Em sociedades relativamente homogneas, como o caso de Cabo Verde, o capital social pode ser um recurso importante para a promoo do desenvolvimento humano e social, garantindo assim, a qualidade ambiental. A pesquisa de natureza quantitativa e qualitativa, acreditando-se na complementaridade dos dois métodos de investigao. A triangulao de dados foi feita por meio de questionrio/inqurito, entrevista e observao participante, recurso mais bsico e fundamental desta investigao. Das anlises das avaliaes das observaes participantes, das informaes dos questionrios e das entrevistas feitos aos sujeitos da pesquisa, chegouse a concluso de que o nvel de educação e de capital social na referida comunidade baixo pelo que a mesma apresenta-se problemas em termos de desenvolvimento
Resumo:
A eroso a forma mais prejudicial de degradao do solo. Alm de reduzir sua capacidade produtiva para as culturas, ela pode causar srios danos ambientais, como assoreamento e poluio das fontes de gua. Contudo, usando adequados sistemas de manejo do solo e bem planejadas prticas conservacionistas de suporte, os problemas de eroso podem ser satisfatoriamente resolvidos. Com o propsito de obter informaes quantitativas sobre o assunto, para servirem de guia nos planejamentos conservacionistas de uso da terra, realizou-se um experimento de eroso sob chuva natural, em Latossolo Vermelho distrofrrico tpico textura muito argilosa, no municpio de Santo ngelo, regio das Misses (RS), de dezembro de 1994 a maio de 1996, objetivando quantificar as perdas de solo e gua causadas por eroso hdrica. Os tratamentos consistiram dos métodos de preparo do solo convencional, reduzido e semeadura direta, avaliados sob as condies "solo com fertilidade corrigida" nas classes de declividade de 0-0,04; 0,04-0,08 e 0,08-0,12 m m-1 (com gradientes mdios de, respectivamente, 0,035; 0,065 e 0,095 m m-1) e "solo com fertilidade atual" na classe de declividade de 0,04-0,08 m m-1. As operaes de preparo do solo e semeadura foram efetuadas todas transversalmente ao declive, exceto para o tratamento-testemunha (preparo convencional, sem cultivo, continuamente descoberto e sem crosta), no qual as operaes de arao e gradagem foram realizadas no sentido do declive. A seqncia de culturas utilizada na avaliao da eroso foi constituda de dois ciclos culturais de soja (Glycine max, L.), no perodo de primavera-vero de 1994/95 e 1995/96, e um de aveia preta (Avena strigosa, S.), no perodo de outono-inverno de 1995. O ndice de erosividade das chuvas (EI30) calculado no perodo experimental (1,5 ano) foi de 10.236 MJ mm ha-1 h-1 e concentrou-se, repetidamente, em 1995 e 1996, nos meses de janeiro a maro, perfazendo, acumuladamente nestes duplos perodos, 70 % do total. Perdas significativas de solo por eroso hdrica (at 80 Mg ha-1 em um nico ciclo cultural) ocorreram somente no preparo convencional sem cultivo e estabelecido no sentido do declive (testemunha), embora o solo na parcela tenha apresentado um valor de erodibilidade muito baixo (fator K igual a 0,0091 Mg ha h MJ-1 mm-1 ha-1 ). Sob cultivo, porm em valores bem mais baixos, as perdas de solo continuaram sendo as maiores no preparo convencional (ao redor de 13,0 Mg ha-1 em 1,5 ano), notadamente nas classes de declividade mdia e alta, ficando o preparo reduzido com as intermedirias (ao redor de 4,0 Mg ha-1 em 1,5 ano) e a semeadura direta com as menores (ao redor de 1,0 Mg ha-1 em 1,5 ano), enquanto as perdas de gua foram todas muito baixas e pouco diferenciadas. A condio "solo com fertilidade corrigida" aumentou muito a quantidade de fitomassa area produzida pelas culturas e, conseqentemente, a massa de resduos culturais, a percentagem de cobertura morta do solo e as perdas de solo por eroso hdrica, especialmente no preparo convencional; contudo, ela praticamente no influenciou as perdas de gua. Apesar das operaes de preparo do solo e semeadura em contorno, fertilidade do solo melhorada e alta resistncia do solo eroso, o sistema de produo aveia preta-soja em preparo convencional apresentou, em declives superiores a 0,04 m m-1, perdas anuais de solo por eroso muito prximas ao limite tolervel, j no curto comprimento de rampa de 21 m utilizado nas parcelas experimentais deste estudo.
Resumo:
A eficcia da anlise de solo depende de quanto o valor obtido pelo mtodo est correlacionado com a quantidade do nutriente absorvida pela planta, em solos de uma determinada regio de utilizao do sistema de recomendao de adubao. O objetivo deste trabalho foi avaliar a correlao entre o teor de P no solo avaliado por diferentes métodos de extrao e a quantidade de P absorvida por plantas de arroz irrigado por inundao. Foram coletadas amostras na camada superficial (0-20 cm) de solos de vrzea em 16 locais do Rio Grande do Sul (RS), com ampla faixa de variao de caractersticas qumicas e fsicas. Os solos receberam trs nveis de P: P0 (sem P), P1 (1/2 de P2) e P2 (quantidade para atingir 0,2 mg L-1 na soluo do solo, com base na capacidade mxima de adsoro de P de cada solo). As unidades experimentais constaram de quatro quilogramas de solo em vasos com capacidade de 8 L, cultivados com arroz irrigado em casa de vegetao, com trs repeties e dispostos inteiramente ao acaso. Cultivou-se o arroz durante 45 dias, quando foi colhida a parte area das plantas e quantificado o P absorvido. Amostras dos solos foram submetidas a diferentes métodos de anlise de P: Mehlich-1, Mehlich-2, Mehlich-3, Resina de troca de nions (RTA) em lminas, RTA em esferas, Bray-1, Bray-2, Olsen, Morgan, Lactato de Ca, Texas, Oxalato, EDTA, H2SO4 e NaOH. Realizaram-se anlises de correlao entre os teores de P no solo e as quantidades absorvidas pelas plantas. Dentre os métodos testados, H2SO4, Texas, Lactato de Ca, EDTA, Olsen e RTA foram os que se destacaram, mas apresentaram eficcia semelhante do extrator Mehlich-1.
Resumo:
Apesar do conhecimento existente sobre a eroso das terras cultivadas, h situaes de uso e manejo do solo que necessitam de estudos mais aprimorados. Apoiado nisso, realizou-se esta pesquisa com o objetivo de avaliar a eroso hdrica pluvial do solo na cultura do milho (Zea mays L.), implantada em rea de campo nativo, nos métodos de preparo escarificao e semeadura direta e nos tipos de adubao mineral (fertilizante contendo N e P) e orgnica (cama seca de avirio). O estudo foi desenvolvido a campo, na EEA/UFRGS, em Eldorado do Sul (RS), no vero de 2006/2007, aplicando-se chuva simulada sobre um Argissolo Vermelho distrfico tpico com textura francoarenosa na camada superficial e declividade mdia de 0,13 m m-1. Foram realizados dois testes de eroso na pesquisa, cada um deles na intensidade constante de chuva de 64 mm h-1 e com durao de 1,5 h, usando-se o aparelho simulador de chuva de braos rotativos. O primeiro teste foi realizado logo aps a implantao dos tratamentos, na semeadura do milho, e o segundo 75 dias mais tarde, no florescimento da cultura. Avaliaram-se atributos de solo e planta nas parcelas experimentais e de eroso hdrica no escoamento superficial. Observou-se que o crescimento da cultura e as perdas pela eroso foram influenciados pelos tratamentos estudados. O milho cresceu melhor na escarificao, independentemente da adubao. A perda de solo ocorreu somente na escarificao e no primeiro teste de eroso, em quantidade muito pequena, independentemente da adubao. A perda de gua, de matria orgnica e de nutrientes ocorreu em todos os tratamentos e testes de eroso, em quantidades variadas, na maior parte das vezes tendo sido maiores na semeadura direta, independentemente da adubao e do teste de eroso, e muito maiores no primeiro teste, em qualquer um dos tratamentos. O pH da enxurrada variou pouco e no mostrou tendncia entre os tratamentos e testes de eroso, enquanto a condutividade eltrica e as concentraes mdias de matria orgnica e de nutrientes variaram amplamente e mostraram tendncias claras. Este ltimo aspecto repetiu com as quantidades totais acumuladas de matria orgnica e nutrientes perdidas pela eroso. As maiores quantidades totais acumuladas de nutrientes perdidas pela eroso foram observadas para o K tanto na adubao mineral quanto na adubao orgnica, para o P na adubao mineral e para o N tanto na adubao mineral quanto na adubao orgnica, nesta ordem de valores decrescentes e todos na semeadura direta. Quantidades totais acumuladas de nutrientes perdidas pela eroso menores do que as recm-mencionadas, porm ainda expressivas, foram observadas para o K praticamente no restante dos tratamentos e para o N na escarificao com adubao orgnica.
Resumo:
Nos laboratrios brasileiros, a determinao de micronutrientes para estudos de fertilidade de solos realizada por extrao com soluo de Mehlich-1 (M-1), utilizando-se uma razo solo: extrator de 1:5 m/v e posterior quantificao por espectrometria de absoro atmica (AAS). No entanto, muitos laboratrios tambm empregam razo solo:extrator M-1 de 1:10 m/v para determinar macronutrientes e, ou, quantificar por espectrometria de emisso ptica com plasma indutivamente acoplado (ICP OES), em substituio ao AAS. Como estudos comparativos entre as concentraes de micronutrientes obtidos por esses métodos alternativos so escassos, o objetivo deste trabalho foi investigar se essas diferentes condies experimentais gerariam diferentes resultados. Os resultados foram estatisticamente tratados e revelaram que as concentraes de Fe e Mn, utilizando-se ambas as razes de solo:extrator M-1 (1:5 e 1:10 m/v) e de Zn, na razo solo:extrator M-1 de 1:10 m/v, foram estatisticamente iguais, enquanto as concentraes de Cu em ambas as razes solo:extrator M-1 e de Zn na razo solo:extrator de 1:5 m/v foram diferentes, quando as duas tcnicas de quantificao (ICP OES e AAS) foram comparadas. Tambm, todas as concentraes de Cu, Fe, Mn e Zn obtidas utilizando razo solo:extrator M-1 de 1:5 m/v foram diferentes daquelas encontradas com a razo de 1:10 m/v, independentemente da tcnica de quantificao. A maioria dessas concentraes foi maior quando se usou a razo de 1:5 m/v e alterou a classe de interpretao dos teores. Portanto, no recomenda-se o uso da razo solo:extrator de 1:5 para as extraes dos micronutrientes Cu, Fe, Mn e Zn com soluo M-1 de amostras de solo.
Resumo:
A avaliação da qualidade dos solos agrícolas é importante para definição e adoção de práticas de manejo que garantam a sustentabilidade socioeconômica e ambiental. Os métodos de indexação dos indicadores de qualidade denominados Índice de Qualidade Integrado (IQI) e Índice de Qualidade Nemoro (IQN) foram utilizados neste estudo para avaliar a qualidade de solo em áreas experimentais de plantio de eucalipto. A seleção dos indicadores foi feita a partir de nove indicadores de qualidade do solo: diâmetro médio geométrico, permeabilidade à água, matéria orgânica, macro e microporosidade, volume total de poros, densidade do solo, resistência à penetração e índice de floculação, que estão relacionados à erosão hídrica. Os tratamentos constituíram de eucalipto plantado em nível, com e sem a manutenção dos resíduos, em desnível e solo descoberto, em dois biomas distintos, cujas vegetações nativas são Cerrado e Floresta. Os índices de qualidade do solo (IQS) apresentaram alta correlação com a erosão hídrica. Entre os sistemas manejados, o Eucalipto com manutenção do resíduo evidenciou valores mais elevados em ambos os índices, ressaltando-se a importância da cobertura vegetal e manutenção da matéria orgânica para conservação do solo e da água em sistemas florestais. Os IQS demonstraram alto coeficiente de correlação inversa com as perdas de solo e água. Em locais com as maiores taxas de erosão hídrica manifestaram também os menores valores de IQI e IQN. Assim, os índices testados permitiram avaliar com eficácia os efeitos dos manejos adotados sobre a qualidade do solo em relação à erosão hídrica.
Resumo:
Os solos cultivados com arroz irrigado no Estado de Santa Catarina apresentam caractersticas mineralgicas e qumicas distintas dos solos utilizados nos estudos de calibrao do extrator Mehlich-1, para estimar a disponibilidade de fsforo do solo para as plantas. Desse modo, o objetivo deste trabalho foi avaliar a eficincia dos extratores Mehlich-1, Mehlich-3, Resina em lminas, Olsen e EDTA na predio da disponibilidade P para plantas de arroz cultivadas em sistema de alagamento em solos representativos de lavouras orizcolas do Estado de Santa Catarina. O experimento foi conduzido em casa de vegetao, com cinco solos oriundos de vrias lavouras orizcolas, em 2014. Foram adicionados aos solos quatro concentraes de P, correspondendo a 0, , e 1,0 vez a quantidade de P para atingir 0,2 mg L-1 de P na soluo do solo (com base na capacidade de adsoro de cada solo). Foram usadas trs repeties por tratamento, dispostas no delineamento completamente casualizado. Aps cinco dias da adio dos nveis de P, as unidades experimentais constitudas por vasos de 8 L contendo 3,5 kg de solo seco foram amostradas para determinar o P disponvel do solo por cinco métodos qumicos. Na sequncia, essas foram alagadas e cultivadas com seis plantas de arroz por 46 dias, quando se quantificaram a massa de matria seca e o P absorvido pela parte area das plantas. A eficcia dos métodos Mehlich-1, Mehlich-3, Resina em lminas, Olsen e EDTA foi avaliada por correlao linear entre a quantidade de P extrada dos solos e a quantidade absorvida pelas plantas. A quantidade de P absorvida pelas plantas de arroz aumentou com o acrscimo das doses de P aplicadas, variando com o tipo de solo. A maior recuperao do P adicionado aos solos foi obtida pelo extrator EDTA, seguido pelo Olsen. O P extrado pelo EDTA e Mehlich-3 evidenciou melhor correlao com quantidade de P absorvida pelo arroz. O agrupamento dos solos segundo caractersticas relacionadas adsoro de P no solo melhora a eficincia de todos os métodos em predizer a disponibilidade de P em solos cultivados com arroz no sistema de inundao.