135 resultados para Cohabitation
Resumo:
O estado nutricional dos idosos, nomeadamente a malnutrição constitui um dos principais determinantes de doença e diminuição da qualidade de vida (Elia & Stratton, 2005). A malnutrição deve ser encarada como uma das maiores ameaças para a saúde, bem-estar e autonomia dos idosos; prejudica a saúde física e psicológica predispondo-os ao desenvolvimento de doenças, ao mesmo tempo que condiciona negativamente o seu prognóstico (Cowan, Roberts, Fitzpatrick, While & Baldwin, 2004; Elia & Stratton, 2005). O trabalho de investigação desenvolvido pretende conhecer o estado nutricional dos idosos inscritos no centro de saúde Santa Maria de Bragança. Definem-se como objetivos principais: caracterizar o estado nutricional, identificar a prevalência de malnutrição e relacionar o estado nutricional com variáveis socioeconómicas demográficas, comportamentais e clínicas. Face aos objetivos delineados opta-se por um estudo observacional, analítico, transversal e de abordagem quantitativa. A amostra é composta por 385 idosos, representativos da população alvo com distribuição por sexo e faixa etária da população. Para a colheita de dados utiliza-se um formulário, no qual é incluído o MNA® e o Índice de Barthel. Como principais resultados e segundo o IMC, evidencia-se uma acentuada prevalência de malnutrição (57,66%), rastreando-se 43,11% dos idosos como sobrenutridos e 14.54% desnutridos. Através da aplicação do MNA® identificam-se 25% de situações de risco nutricional. Conclui-se que o estado nutricional segundo o MNA® está significativamente associado com o estado civil, escolaridade, coabitação, solidão, consumo de álcool, polimedicação, existência de hospitalizações recorrentes, estado de dentição e ao nível de independência do idoso. Segundo o IMC está significativamente associado ao estado civil, escolaridade, coabitação, estado da dentição e ao nível de independência do idoso.
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Relatório de estágio apresentado para obtenção do grau de mestre na especialidade profissional de Educação pré-escolar
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Thesis (Master's)--University of Washington, 2016-06
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Thesis (Ph.D.)--University of Washington, 2016-06
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Data from an Australian national survey (1996 to 1997) are used to examine domestic labor patterns among de facto and married men and women. The results show that women spend more time on housework and do a greater proportion of housework than men. However, the patterns are most traditional among married men and women. Women in de facto relationships spend less time doing housework and do a smaller proportion of indoor activities than married women. Men in de facto relationships do a larger proportion of indoor activities and a lower proportion of outdoor tasks than married men. The data also show that couples who have cohabited prior to marriage have more egalitarian divisions of labor than those who have not cohabited prior to marriage. This article concludes by arguing that the incompleteness of the de facto relationship provides a period of relative freedom in which to negotiate more equal roles.
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Marriage breakdown through separation and divorce is a pervasive feature of Australian society. But little research investigates the social factors associated with marital breakdown in Australia. This study builds on and extends Australian research by using survival analysis models to examine patterns of association among temporal, life-course, attitudinal and economic factors associated with marital breakdown. Using data from the Household Income and Labour Dynamics in Australia (HILDA) survey, we find marital breakdown in Australia is socially patterned in similar ways to other Western countries. But our findings point to several directions for future research into marriage breakdown in Australia, and we identify certain unique features of Australian marriage breakdown that warrant a more detailed investigation, such as the relationship between ethnic origin and the risk of marital breakdown.
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Parental divorce is associated with problematic offspring adjustment, but the relation may be due to shared genetic or environmental factors. One way to test for these confounds is to study offspring of twins discordant for divorce. The current analyses used this design to separate the mechanisms responsible for the association between parental divorce, experienced either before or after the age of 16, and offspring well-being. The results were consistent with a causal role of divorce in earlier initiation of sexual intercourse and emotional difficulties, in addition to a greater probability of educational problems, depressed mood, and suicidal ideation. In contrast, the increased risk for cohabitation and earlier initiation of drug use was explained by selection factors, including genetic confounds.
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Este trabalho teve como objetivo principal investigar o sentimento de solidão e a saúde mental de mulheres casadas, procurando comparar a maneira de compreender e vivenciar este sentimento em mulheres solteiras e casadas, bem como verificar em que medida este sentimento pode ser mitigado pela presença do outro no casamento (coabitação) e em que condições isto ocorria. Partiu-se da hipótese de que esse sentimento é compartilhado por todas as pessoas, já que o ser humano é uno e individual. Logo, a separação eterna do outro, que se inicia quando o bebê percebe que é diferente da mãe e, assim, um indivíduo único, está associado a uma sensação de solidão que acompanha o ser humano por toda a vida. Desta forma, é muito comum ver pessoas se envolver em relacionamentos para diminuir este sentimento, que se vê intensificado a cada dia em função da superficialidade dos vínculos emocionais. A presença de outrem pode ser aproveitada numa relação interpessoal quando se diminui a intensidade da hostilidade, associada ao sentimento de solidão. O antídoto contra tal sentimento vem do fortalecimento do auto-conhecimento, da autonomia, e da amizade por um companheiro que mostra aceitação incondicional pelo verdadeiro self. Para análise deste sentimento em mulheres casadas, foi realizada uma pesquisa quantitativa e qualitativa com mulheres solteiras e universitárias. A escolha da amostra foi aleatória e por conglomerado, em três estágios. Participaram do estudo 184 mulheres, 38% casadas, 7,6% separadas e 52,7% solteiras. Da pesquisa quantitativa foi possível analisar que a percepção das mulheres sobre a solidão vem, em muitos aspectos, de encontro com a teoria psicanalítica. Pelas respostas encontradas percebeu-se que a grande maioria das participantes tem um baixo sentimento de solidão (58,7%) e 41,3% se classificaram com um escore de alto a médio sentimento de solidão, nestes dois grupos a maioria são de mulheres casadas e separadas, sendo que quanto mais nova a mulher maior a tendência a buscar um relacionamento para fugir da solidão, sendo entre as casadas também que isto ocorre com mais freqüência. A partir destes escores, 18 mulheres foram convidadas a participar de uma entrevista diagnóstica. Destas dezoito, seis mulheres apresentavam alto sentimento de solidão, sendo duas casadas, duas solteiras e duas separadas. Da mesma forma as mulheres com média e baixa solidão. Os resultados encontrados nestas entrevistas foram que todas as mulheres que apresentaram um alto sentimento de solidão demonstram uma adaptação ineficaz perante a vida, enquanto que aquelas que apresentaram médio ou baixo sentimento de solidão dificilmente apresentam adaptação ineficaz. Do grupo de médio sentimento de solidão, três mulheres apresentaram adaptação eficaz, e do grupo de baixo sentimento de solidão apenas uma participante apresentou adaptação ineficaz leve. Com isso concluímos que a solidão, quando em alta medida, além de dolorosa indica uma grande dificuldade do indivíduo em lidar com seus aspectos emocionais e produtivos, necessitando de ajuda psíquica.
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Este trabalho teve como objetivo principal investigar o sentimento de solidão e a saúde mental de mulheres casadas, procurando comparar a maneira de compreender e vivenciar este sentimento em mulheres solteiras e casadas, bem como verificar em que medida este sentimento pode ser mitigado pela presença do outro no casamento (coabitação) e em que condições isto ocorria. Partiu-se da hipótese de que esse sentimento é compartilhado por todas as pessoas, já que o ser humano é uno e individual. Logo, a separação eterna do outro, que se inicia quando o bebê percebe que é diferente da mãe e, assim, um indivíduo único, está associado a uma sensação de solidão que acompanha o ser humano por toda a vida. Desta forma, é muito comum ver pessoas se envolver em relacionamentos para diminuir este sentimento, que se vê intensificado a cada dia em função da superficialidade dos vínculos emocionais. A presença de outrem pode ser aproveitada numa relação interpessoal quando se diminui a intensidade da hostilidade, associada ao sentimento de solidão. O antídoto contra tal sentimento vem do fortalecimento do auto-conhecimento, da autonomia, e da amizade por um companheiro que mostra aceitação incondicional pelo verdadeiro self. Para análise deste sentimento em mulheres casadas, foi realizada uma pesquisa quantitativa e qualitativa com mulheres solteiras e universitárias. A escolha da amostra foi aleatória e por conglomerado, em três estágios. Participaram do estudo 184 mulheres, 38% casadas, 7,6% separadas e 52,7% solteiras. Da pesquisa quantitativa foi possível analisar que a percepção das mulheres sobre a solidão vem, em muitos aspectos, de encontro com a teoria psicanalítica. Pelas respostas encontradas percebeu-se que a grande maioria das participantes tem um baixo sentimento de solidão (58,7%) e 41,3% se classificaram com um escore de alto a médio sentimento de solidão, nestes dois grupos a maioria são de mulheres casadas e separadas, sendo que quanto mais nova a mulher maior a tendência a buscar um relacionamento para fugir da solidão, sendo entre as casadas também que isto ocorre com mais freqüência. A partir destes escores, 18 mulheres foram convidadas a participar de uma entrevista diagnóstica. Destas dezoito, seis mulheres apresentavam alto sentimento de solidão, sendo duas casadas, duas solteiras e duas separadas. Da mesma forma as mulheres com média e baixa solidão. Os resultados encontrados nestas entrevistas foram que todas as mulheres que apresentaram um alto sentimento de solidão demonstram uma adaptação ineficaz perante a vida, enquanto que aquelas que apresentaram médio ou baixo sentimento de solidão dificilmente apresentam adaptação ineficaz. Do grupo de médio sentimento de solidão, três mulheres apresentaram adaptação eficaz, e do grupo de baixo sentimento de solidão apenas uma participante apresentou adaptação ineficaz leve. Com isso concluímos que a solidão, quando em alta medida, além de dolorosa indica uma grande dificuldade do indivíduo em lidar com seus aspectos emocionais e produtivos, necessitando de ajuda psíquica.
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This article traces the historical genesis of corruption in two West African countries: Ghana and Nigeria. It argues that corruption in Africa is an institution that emerged in direct response to colonial systems of rule which super-imposed an imported institutional system with different norms and values on an existing institutional landscape, despite the fact that both deeply conflicted and contradicted each other. During decolonization and after independence, corruption, although dysfunctional, fully evolved into an institution that allowed an uneasy cohabitation of colonial and domestic African institutions to grow into a composite, syncretic system facilitated by generalized corruption.
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Changes in the demographic structure of American families have highlighted the need to reevaluate fatherhood. Research illustrates that paternal involvement positively affects child development, but father absence has increased due to rising rates of divorce, cohabitation, and non-marital childbirth. There is evidence that other male figures can function as effective father surrogates. However, information is limited, particularly with respect to female development. ^ This study examined differences in well-being, achievement, and paternal support among girls in four father categories: (a) Biological Father, (b) Step-Father, (c) Surrogate Father, and (d) No Father. Maternal support, economic hardship, and life stressors were included as potential covariates. Interviews were conducted with an ethnically and economically diverse sample of 694 sixth and eighth grade children. The sample included boys to assess the extent to which the findings were unique to girls. Measures included quantitative and qualitative support from father figures and indices of self-esteem, loneliness, and depression. Standardized test scores and classroom grades were also obtained from school records. ^ Girls with biological fathers had higher achievement test scores than girls in the other father categories, but there were no other differences related to the presence or absence of a father-figure. Biological fathers also provided greater quantitative and qualitative support than step- and surrogate fathers. Surrogate fathers provided a greater amount but lower quality of support than step-fathers. ^ Girls who received lower levels of support from biological fathers reported lower self-esteem and greater loneliness, compared to fatherless girls and those receiving low support from other father figures, suggesting that low support from biological fathers may be especially distressing. On the other hand, girls with low biological father support had higher achievement scores compared to fatherless girls and those who received low support from step- and surrogate fathers. Thus, the mere presence of the biological father appears to facilitate achievement, regardless of the level of support he provides. ^ This study highlights the supportive characteristics of different father figures and their influence on well-being and achievement in females. Future research should focus on the dynamics of surrogate father relationships and the specific characteristics that differentially affect developmental outcomes. ^
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In marmosets, it was observed that the synchrony among circadian activity profiles of animals that cohabite in family groups is stronger than those of the same sex and age of different families. Inside the group, it is stronger between the younger ones than between them and their parents. However, the mechanisms involved in the social synchrony are unknown. With the aim to investigate the synchronization mechanisms involved in the synchrony between the circadian activity profiles during cohabitation in pairs of marmosets, the motor activity was continuously registered by the use of actmeters on three dyads. The pairs were maintained in two different conditions of illumination: light-dark cycle LD 12:12 (LD cohabitation I – 21 days), and thereafter in LL (~350 lux). Under LL, the pairs were submitted to four experimental situations: 1. Cohabitation (LLJ I – 24 days), 2. Removal of one member of the pair to another room with similar conditions (LLS I – 20 days), 3. Reintroduction of the separated member in the cage of the first situation (LLJ II – 30 days) and 4. Removal of a member from each pair to another experimental room (LLS II – 7 days), to evaluate the mechanisms of synchronization. Ultimately, the members of each pair were reintroduced in the cage and were kept in LD cycle 12:12 (LDJ II – 11 days). The rhythms of pairs free-ran in LL, with identical periods between the members of each pair during the two stages of cohabitation. In the stages in which the animals were separated, only the rhythms of two females free-ran in the first stage and of three animals in the second one. In those conditions, the rhythms of animals of each pair showed different endogenous periods. Besides, during cohabitation in LD and LL, the members of each pair showed a stable phase relationship in the beginning of the active phase, while in the stages in which the animals were separated it was noticed a breaking in the stability in the phase relationships between the circadian activity profiles, with an increase in the difference in the phase angles between them. During cohabitation, at the transition between LD and LL, all animals showed free-running rhythms anticipating progressively the beginning and the end of the active phase in a phase similar to the previous condition, showing signs of entrainment to the previous LD. While in the posterior stages this was observed in only three animals between: LLT I and LLS I, and LLT II and LLS II, evidencing signs of entrainment to social cues between the members of each pair. On the other hand, one animal delayed progressively between LLT I and LLS I, three animals delayed between LLS I and LLT II, and three animals between LLT II and LLS II, perhaps by entrainment to the animals maintained outdoors in the colony. Similar process was observed in four animals between LLS II and LDT II, indicating entrainment to LD. In the transition between LLS I and LLT II, signs of masking was observed in the rhythm of a female in response to the male and in another pair in the rhythm of the male in regard to that of the female. The general and maximum correlations in the circadian activity profiles were stronger during cohabitation in LD and LL than in the absence of social contact in LL, evidencing the social effect. The cohabiting pairs had higher values of the maximum correlation in LD and LL than when the profiles were correlated to animals of different cages, with same or different sexes. Similar results were observed in the general correlation. Therefore, it is suggested that cohabitation induces a strong synchrony between circadian activity profiles in marmosets, which involves entrainment and masking. Nevertheless, additional studies are necessary to evaluate the effect of social cues on the synchronization of the circadian rhythm in pairs of marmosets in the absence of external social cues in order to confirm this hypothesis.
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The focus of this study is to draw attention to the intergenerational family’s lifestyles and their various ways of cohabitation, in special to those families which are made by individuals of different generations, these families being constituted of, two or more individuals, or, two or more smaller families, which live under the same roof and have the elderly person as referential in their cohabitation. In those types of families, as for their ways of organization, it is interesting to note that the researches and productions done by inner architects and inner designers do not include this type of family arrangement because their studies do not cover this kind of structuralization nor was this type of organization put together with any of the ways of cohabitation. Therefore there is a theoretical concept void which is propositional, interventional and does not relate to the empirical reality. In observation to these remarks, the research starts a theoretic challenge of deconstruct or reconstruct our modern only habitational template, which is used today in all families configurations which out any regards to where this template will be used, unfitting to the intergenerational families who have elders. This study is then meant to give an differential analysis of the various domestic space’s templates in regards to the new families formats, their basic and special necessities, the home identities of those families which indicates the differential gap in housing and lifestyle from the higher social classes in comparison to the lower social classes. The interdisciplinary method was chosen in order to describe arrangements found in the lifestyles and the ways of cohabitation of the intergenerational families, this method is used for its knowledge base that better articulates the procedure method and the inductive reflexive approach made possible after an qualitative research. In order to accomplish that, an geographical space which tow real possibilities was selected, that is, the space where the people of great social and anthropological proximity are concentrated and the people which are the researcher kinships and friends, in between those are the habitants of Capim Macio’s, Candelária’s, Tirol’s and Petrópolis’s, neighborhoods, located in the south west zone of her home city Natal. It has been noticed that, meanwhile these intergenerational spaces do not claim their said spaces, because of their habits, necessities and relations in between generations and gender, their arrangements of said space are extremely creative. That means that alterations in the concepts of planning, construction and utilization of built spaces are imperative.
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The focus of this study is to draw attention to the intergenerational family’s lifestyles and their various ways of cohabitation, in special to those families which are made by individuals of different generations, these families being constituted of, two or more individuals, or, two or more smaller families, which live under the same roof and have the elderly person as referential in their cohabitation. In those types of families, as for their ways of organization, it is interesting to note that the researches and productions done by inner architects and inner designers do not include this type of family arrangement because their studies do not cover this kind of structuralization nor was this type of organization put together with any of the ways of cohabitation. Therefore there is a theoretical concept void which is propositional, interventional and does not relate to the empirical reality. In observation to these remarks, the research starts a theoretic challenge of deconstruct or reconstruct our modern only habitational template, which is used today in all families configurations which out any regards to where this template will be used, unfitting to the intergenerational families who have elders. This study is then meant to give an differential analysis of the various domestic space’s templates in regards to the new families formats, their basic and special necessities, the home identities of those families which indicates the differential gap in housing and lifestyle from the higher social classes in comparison to the lower social classes. The interdisciplinary method was chosen in order to describe arrangements found in the lifestyles and the ways of cohabitation of the intergenerational families, this method is used for its knowledge base that better articulates the procedure method and the inductive reflexive approach made possible after an qualitative research. In order to accomplish that, an geographical space which tow real possibilities was selected, that is, the space where the people of great social and anthropological proximity are concentrated and the people which are the researcher kinships and friends, in between those are the habitants of Capim Macio’s, Candelária’s, Tirol’s and Petrópolis’s, neighborhoods, located in the south west zone of her home city Natal. It has been noticed that, meanwhile these intergenerational spaces do not claim their said spaces, because of their habits, necessities and relations in between generations and gender, their arrangements of said space are extremely creative. That means that alterations in the concepts of planning, construction and utilization of built spaces are imperative.
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A expansão das redes sociais virtuais, o aperfeiçoamento das técnicas de informação, a penetrabilidade do capitalismo de concorrência e o fragmentado sujeito pós-moderno constituem, ao lado da sociedade de consumo, os pilares desta tese. Nossa hipótese central é que as redes sociais da Internet ampliam os espaços de participação, compartilhamento, colaboração e manifestação das decepções do consumidor, mas não diminuem as descontinuidades, a incompreensão e o desrespeito oriundos das relações e práticas de consumo, podendo, muitas vezes, aceleraremasconflitualidades. A abertura para o diálogo, o incitamento à tomada de poder do sujeito e a multiplicação das trocas entre empresas e consumidores representam a oportunidade e o desafio de valorizarmos a concepção normativa da comunicação, admitindo as dificuldades da intercompreensão, a urgência da coabitação e a realidade da incomunicação. Recorremos à Análise de Discurso de tradição francesa (AD) como campo teórico-metodológico para analisar o discurso do consumidor inscrito na plataforma Reclame AQUI e construir uma crítica à comunicação corporativa contemporânea; a partir dos conceitos de cenografia, ethos e esquematização enunciativa, verificamos como a ideologia opera no interior das cenas daenunciação do consumo, constituindo uma ordem própria ao discurso do reclamante decepcionado. Esta análise ratificou as discussões teóricas que levamos a cabo, servindo de suporte para a problematização e o debate das sete cenografias que se evidenciaram no/pelo discurso do sujeito/consumidor: respeito/desrespeito, ameaça, promessa e frustração, mau atendimento e problema não resolvido, negociação, clientes novos x antigos e consumidor enganado; a imbricação do nosso corpuse o arcabouço teórico coloca na ribalta a necessidade de políticas de comunicação organizacional norteadas pelo senso prático de outridade, transcendendo as relações puramente mercadológicas; ao mesmo tempo, lança luz sobre apremência de mais solidariedade, compaixão, capacidade de escuta, compreensão e coabitação para as corporações que funcionam em uma sociedade guiada pelo frenesi da ética da concorrência e da consumolatria. Esta tese evidencia que a atuação dos consumidores e das empresas no mundo on-line representa mais que um elemento circunstancial de (in) tolerância mútua; desenha um destino comum que pode ter como rumo a outridade solidária do próximo, aceitando a experiência da alteridade, o risco do fracasso e a esperança da confiança e do respeito que a comunicação pode conceber.