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Resumo:
São tratadas treze espécies, das quais quatro redescritas: Melanosmicra areta (Burks, 1939), M. flavicollis (Cameron, 1904), M. gracilis (Kirby, 1889) e M. immaculata Ashmead, 1904. Melanosmicra variventris (Cameron, 1913) é proposta como sinônimo júnior de M. immaculata. São descritas nove espécies novas: M. acutodentata sp. nov., M. bilobata sp. nov., M. carenata sp. nov., M. guara sp. nov., M. latidentata sp. nov., M. nigra sp. nov., M. polita sp. nov., M. rugosa sp. nov. e M. tricolor sp. nov.. São apresentadas chave de identificação e ilustrações para as espécies.
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O Parque Nacional da Serra da Canastra localiza-se nos municípios de São Roque de Minas, Sacramento e Delfinópolis, sudoeste de Minas Gerais (20°00'-20°30' S e 46°15'-47°00' W), abrangendo uma área de 71.525 ha e com altitudes variando entre 800 e 1200 m, atingindo um máximo de 1496 m. Os tipos de vegetação são as florestas mesófilas de encosta, capões, cerradão, cerrado, campo cerrado, campo limpo e campo rupestre. As coletas foram realizadas ao longo da estrada principal que atravessa o Parque, bem como nas estradas abandonadas, de fevereiro de 1994 a dezembro de 1995, em intervalos de dois meses, totalizando 12 viagens. O levantamento florístico apresenta 101 famílias, das quais 73 foram identificadas, totalizando 768 espécies. Com base na distribuição de 45 espécies endêmicas, incluindo várias espécies novas, pertencentes a 11 famílias, foram delimitadas e descritas 17 áreas de endemismo, as quais são propostas como zonas de preservação permanente.
Resumo:
Pós-graduação em Aquicultura - FCAV
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
A subordem Heteroptera, é o maior táxon dentre os hemimetábolos, composta por sete infraordens, 23 superfamílias e 80 famílias. Dentre estas, Pentatomidae é a quarta família mais numerosa e diversa entre os heterópteros, possuindo 4.100 espécies distribuídas em 760 gêneros e em sete subfamílias. Edessinae possui atualmente cerca de 290 espécies distribuídas em seis gêneros: Edessa, Brachystethus, Peromatus, Olbia, Pantochlora e Doesburgedessa. De todos estes gêneros, Edessa é o que possui o maior número de espécies e o que concentra quase a totalidade dos problemas taxonômicos e nomenclaturas da subfamília. Devido ao seu tamanho, a revisão está sendo feita em partes, a partir do estudo de grupos de espécies unidos por possíveis sinapomorfias. Assim o objetivo geral do trabalho é propor e descrever um novo grupo de espécies com base em uma análise cladística. Para o estudo foram examinados 114 exemplares pertencentes a instituições nacionais e internacionais e a coleções particulares. As descrições seguem um modelo tradicional também usado para Edessinae. São apresentadas medidas e fotografias das espécies, desenhos do processo metasternal e genitália de ambos os sexos, chave dicotômica e mapa de distribuição. Para a analise cladística, foram levantados 22 caracteres morfológicos polarizados através do método do grupo externo, composto pelas espécies: Tibilis sp., Neotibilis fulvicornis, Brachystethus cribrus, Pantochlora vivida, Olbia elegans, Peromatus sp., Doesburgedessa elongatispina, Edessa cervus e Edessa affinis. Através do programa NONA foi obtida uma única árvore mais parcimoniosa, com 30 passos, índice de Consistência de 0,93 e índice de Retenção de 0,97. Com base nessa análise, o monofiletismo do grupo de espécie é confirmado. Assim, o grupo stolida aqui proposto é formado por quatro espécies já descritas Edessa stolida (Linnaeus, 1758), Edessa heymonsi Breddin, 1904, Edessa verhoeffi Breddin, 1904 e Edessa paravinula Barber, 1935 e por cinco espécies novas. O grupo stolida de Edessa é reconhecido pela presença de uma expansão que se projeta da margem lateral da face posterior do segmento X; região mediana do parâmero com uma projeção de formato triangular; ausência de uma faixa ou de tufo de pelos na face posterior do segmento X e gonapófise 8 esclerotizada. As espécies do grupo stolida são muito parecidas externamente e sua identificação só pode ser feita através da análise da genitália externa de ambos os sexos. A análise cladística apóia a idéia tradicional e o grupo stolida deve ser considerado parte do subgênero Hypoxys de Edessa. A topologia do cladograma resultante é (Tibilis sp. + Neotibilis fulvicornis (Brachystethus cribus (Pantochlora vivida ((Doesbuergedessa elongatispina + Edessa cervus (Peromatus sp. + Olbia elegans)) (Edessa affinis ((Edessa sp. nov 3 + Edessa sp. nov 3a) ((Edessa sp. nov 2 (Edessa verhoeffi + Edessa heymonsi)) (Edessa stolida (Edessa sp. nov 4 (Edessa paravinula + Edessa sp. nov 5))))))))). A fêmea de Edessa stolida e o macho de Edessa verhoeffi são descritos pela primeira vez neste trabalho. Os registros de distribuição das espécies são ampliados.
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O complexo de espécies M. brevicaudata possui distribuição reconhecida para o Norte da América do sul e compreende três espécies descritas ‐ M. brevicaudata, M. glirina, e M. palliolata ‐ e duas não descritas, reconhecidas em estudos prévios. A delimitação de espécies baseada somente em caracteres morfológicos é complicada, de forma que diversos táxons nominais já foram associados ao grupo e diversos arranjos taxonômicos foram propostos. Os poucos estudos baseados em dados moleculares que incluíram espécimes do complexo brevicaudata revelaram altas taxas de divergência genética. Este trabalho buscou elucidar a sistemática do complexo de espécies M. brevicaudata através do estudo dos padrões de variação morfológica e genética. Para tal, desenvolvemos análises filogenéticas baseadas em dois genes mitocondriais: citocromo b e 16 S rDNA. Adicionalmente, estudamos a morfologia externa e craniana dos espécimes, investigando a existência de congruência entre a variação genética e morfológica. As análises morfológicas foram, em geral, congruentes com as moleculares, as quais indicaram os mesmos clados em todas as análises filogenéticas. Foram formalmente reconhecidas nove espécies para o complexo. Monodelphis brevicaudata, M. palliolata e M. glirina são consideradas espécies válidas; M. touan é revalidado da sinonímia de M. brevicaudata e duas espécies novas são descritas e nomeadas; a espécie M. domestica provou ser intimamente relacionada a espécimes do grupo brevicaudata, sendo aqui considerada como integrante do referido grupo; duas espécies reconhecidas como distintas permanecem sem uma descrição formal; M. maraxina é sinonimizada com M. glirina. Foi observado dimorfismo sexual para as espécies estudadas, sendo que para as duas espécies estatisticamente testadas (teste T de student), M. glirina e M. sp. nov. “Trombetas”, os machos apresentaram crânios significativamente maiores que as fêmeas. Rios de grande porte parecem ter participado na diferenciação genética e estruturação filogeográfica das espécies. O padrão filogeográfico encontrado sugere ao menos dois centros de diversificação para o grupo, um no escudo das Guianas, envolvendo as espécies ao norte do rio Amazonas, e outro no escudo brasileiro, envolvendo M. glirina e M. domestica.
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Pentatomidae é a quarta maior família dentro de Heteroptera sendo composta por 760 gêneros e 4700 espécies. Esta família tem distribuição mundial, mas as subfamílias Cyrtocorinae, iscocephalinae e Edessinae são exclusivas da região Neotropical. Dentre as subfamílias de Pentatomidae, Edessinae é uma das que apresenta o maior número de problemas taxonômicos e nomenclaturais, concentrados basicamente no gênero Edessa. Edessinae é um táxon megadiverso (cerca de 280 espécies conhecidas e mais de 350 desconhecidas da ciência) e formada atualmente por cinco gêneros: Edessa (259 espécies descritas), Olbia (5), Pantochlora (1), Peromatus (7) e Brachystethus (10). O estudo atual de Edessa é feito através da organização de exemplares em grupos de espécies morfologicamente semelhantes. Este trabalho segue esta linha com a proposição do grupo Edessa pallida. Este grupo é baseado em características morfológicas externas como a forma afunilada do corpo, padrão de pontuação do corpo, reticulação das asas, padrão de manchas no abdome, bem como características da genitália dos machos. As espécies incluídas neste grupo são Edessa pallida Dallas, 1851, Edessa inscripta Walker, 1868 e Edessa polymita Distant, 1890, além de cinco espécies novas para ciência. O número total de exemplares examinados neste trabalho foi 70 indivíduos pertencentes a 12 coleções nacionais e estrangeiras. As espécies foram descritas, ilustradas e medidas seguindo um padrão adotado para a família. As espécies já conhecidas tiveram suas distribuições geográficas ampliadas. A sp. nov. 1 foi descrita de exemplares provenientes do Suriname, Guiana Francesa e Brasil; a sp. nov. 2 da Guiana e Brasil; a sp. nov. 3 do Brasil; a sp. nov. 4 da Guiana Francesa; e a sp. nov. 5 da Guiana, Suriname. Guiana Francesa e Brasil. Uma chave de identificação e um mapa com a distribuição geográfica das espécies são apresentados.
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A família Sarcophagidae apresenta distribuição cosmopolita e compreende cerca de 2.600 espécies descritas, com aproximadamente 800 espécies registradas para a região Neotropical. Argoravinia Townsend, 1917 é um gênero de Sarcophagidae (Diptera, Oestroidea) pertencente à subfamília Sarcophaginae com espécies Neotropicais e Neárticas, com exceção de duas que foram introduzidas nas Ilhas Marshal (região Australasiana/Oceânica). O gênero compreende espécies de tamanho pequeno a médio (4 - 9,5 mm), com R1 cerdosa na metade basal e tronco da veia R2+3, na face ventral, com uma ou mais cerdas, apódema do ducto ejaculatório muito desenvolvido, falo com processo mediano longo e sinuoso e base do estilo lateral livre. O gênero Argoravinia era composto por somente duas espécies até que o gênero Raviniopsis Townsend, 1918, com quatro espécies, foi considerado sinônimo de Argoravinia no catálogo da família Sarcophagidae. Sendo assim, o gênero compreende atualmente seis espécies formalmente descritas: A. alvarengai Lopes, 1976; A. aurea (Townsend, 1918); A. brasiliana Lopes, 1976; A. candida (Curran, 1928); A. rufiventris (Wiedemann, 1830) e A. timbarensis (Lopes, 1988); no entanto, somente quatro destas são registradas para o Brasil. No presente estudo, as espécies brasileiras do gênero Argoravinia são revisadas e redescritas: A. alvarengai, A. aurea, A. brasiliana e A. rufiventris. Duas espécies novas são descritas para o estado do Pará: A. catiae sp. nov. e A. paraensis sp. nov. A. alvarengai é registrada pela primeira vez para o estado do Pará e A. rufiventris é um novo registro para os estados da Bahia e Maranhão. São apresentadas chaves de identificações para os espécimes machos e fêmeas, ilustrações da morfologia da terminália de machos e fêmeas, fotos de microscopia eletrônica de varredura , além de mapas de distribuição geográfica.
Resumo:
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)
Resumo:
Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)
Resumo:
São reconhecidos 90 nomes específicos válidos de Crenicichla e oito de Teleocichla. Juntos, os dois gêneros-alvo do presente estudo compreendem quase 1/5 da diversidade total de Cichlinae, subfamília neotropical de Cichlidae. Apesar das espécies de Crenicichla e Teleocichla formarem um clado bem corroborado através de filogenias baseadas tanto em dados morfológicos quanto em dados moleculares, as relações entre as suas espécies foram ainda pouco estudadas. Os dois estudos filogenéticos de Crenicichla conhecidos são parcialmente discordantes entre si e incorporaram apenas uma parcela da diversidade do grupo. Baseados apenas em dados moleculares, não foram acompanhados por um estudo de caracteres morfológicos que indicariam as sinapomorfias ou características diagnósticas para identificação dos grupos monofiléticos delimitados. No presente estudo, os principais objetivos consistem em testar o monofiletismo do grupo formado pelas espécies de Crenicichla e Teleocichla e identificar e definir unidades monofiléticas dentro desse grupo, com base na análise cladística de caracteres morfológicos. Como objetivo secundário, são testadas as recentes hipóteses de relações filogenéticas dessas espécies com as demais espécies de ciclídeos neotropicais. Foram incluídas todas as espécies válidas de Teleocichla e 54 espécies válidas de Crenicichla (60% das espécies válidas), além de uma espécie nova de Teleocichla e cinco prováveis espécies novas de Crenicichla. 20 representantes de diferentes linhagens de Cichlinae foram incluídos, totalizando 88 táxons terminais. As análises cladísticas foram realizadas a partir de uma matriz com 211 caracteres provenientes do estudo comparado de morfologia externa, incluindo padrões de colorido e osteologia. Além da análise com pesagens igualitárias, foram explorados também os resultados das análises com pesagem implícita utilizando diferentes valores da variável k e com pesagem sucessiva. A partir da comparação e discussão dos resultados obtidos a partir das diferentes análises, a topologia obtida através da análise com pesagem implícita utilizando o valor de k=3 foi escolhida para obtenção das inferências filogenéticas. Duas classificações alternativas foram discutidas e, a fim de minimizar mudanças nomenclaturais, aquela baseada no reconhecimento de subgêneros de Crenicichla correspondendo aos grupos monofiléticos encontrados foi preferida em detrimento da proposta baseada no reconhecimento de vários gêneros. Isso porque o posicionamento de Crenicichla macrophthalma (espécie-tipo de Crenicichla) continua sendo considerado instável. O gênero Crenicichla é corroborado como um grande clado formado por todas as espécies de Crenicichla e Teleocichla incluídas e é sustentado por 40 sinapomorfias não-ambíguas. Um complexo cenário foi encontrado quanto às relações entre as espécies de Crenicichla, com várias linhagens dentro desse grande grupo, assim como era previsto de acordo com estudos filogenéticos prévios. As relações entre essas linhagens, por outro lado, são ainda instáveis, podendo variar de acordo com os diferentes tipos de pesagem aplicados e apresentam algumas divergências em relação aos estudos prévios, que também divergem entre si. Teleocichla é um grupo monofilético dentro de Crenicichla e foi considerado como um de seus oito subgêneros. O subgênero Crenicichla é constituído apenas por Crenicichla macrophthalma. Os seis subgêneros restantes (Wallaciia, Batrachops, Hemeraia, Saxatilia, Lugubria e Lacustria) correspondem totalmente ou parcialmente a grupos de espécies de Crenicichla previamente existentes na literatura. Em Lacustria, quatro complexos de espécies foram delimitados: C. missioneira, C. scotti, C. jaguarensis e C. lacustris sensu stricto. Foram listadas as espécies nominais de cada subgênero e uma diagnose para auxiliar a identificação dos mesmos foi elaborada. Uma nova hipótese de relações de Crenicichla em Cichlinae é inferida a partir da análise realizada, na qual Crenicichla é grupo-irmão de um clado formado por Chaetobranchus flavescens e todos os representantes de Cichlasomatini e Geophagini incluídos
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Lepidocharax, new genus, and Lepidocharax diamantina and L. burnsi new species from eastern Brazil are described herein. Lepidocharax is considered a monophyletic genus of the Stevardiinae and can be distinguished from the other members of this subfamily except Planaltina, Pseudocorynopoma, and Xenurobrycon by having the dorsal-fin origin vertically aligned with the anal-fin origin, vs. dorsal fin origin anterior or posterior to anal-fin origin. Additionally the new genus can be distinguished from those three genera by not having the scales extending over the ventral caudal-fin lobe modified to form the dorsal border of the pheromone pouch organ or to represent a pouch scale in sexually mature males. In this paper, we describe these two recently discovered species and the ultrastructure of their spermatozoa.
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Two new species of Moenkhausia, one from the rio Tapajós and the other from the rio Xingu basins are described as apparently endemics of the Serra do Cachimbo. Both species, along with M. petymbuaba, share a distinct color pattern composed of large conspicuous dark blotches on the base of the body scales. Moenkhausia chlorophthalma, from rio Treze de Maio, a tributary to rio Curuá (rio Xingu basin), is distinguished by the presence of a proximal well delimited black area on the adipose fin and a green eye in life. Moenkhausia plumbea of the headwaters of tributaries of the rio Braço Norte, rio Tapajós basin is diagnosed by the presence of a dark longitudinal stripe across the eye and six branched pelvic-fin rays (vs. seven). Relationships of the new species with other Moenkhausia are discussed.