107 resultados para cults
Resumo:
O Solstício de Inverno demonstra, a importância do sol como elemento proporcionador da vida, em inúmeras culturas européias e orientais. Os gregos, de modo um tanto distinto de outros povos, constituíram sua mítica, cultuando dois deuses solares, que se alternaram nas crenças e nos cultos deste povo: Hélios e Apolo. Os latinos, que absorvem parte da mítica grega, cultuando estas divindades, trazem progressivamente, outro deus sol para ser adorado: a divindade persa Mitra. O cristianismo que migra de sua origem local e cultural, para as cidades latinas, principalmente Roma, no primeiro século, provoca e enfrenta um combate constante com as crenças pagãs, principalmente as crenças solares, conseguindo progressivamente, uma supremacia, até o ponto em que as religiões não cristãs, são suprimidas, processo iniciado com o imperador Constantino e finalizado com Teodósio. Entretanto, o imaginário das culturas derrotadas pelo cristianismo, não consegue ser eliminado completamente; os deuses pagãos se instalam, em diversos elementos da nova religião, como na comemoração do nascimento de Jesus Cristo, defendido pela igreja, como acontecido em 25 de dezembro. O período na verdade, era milenarmente anterior ao surgimento do cristianismo, como data do nascimento do deus Mitra, e próximo do Solstício de Inverno, onde eram cultuados os deuses Apolo e Hélios, transformados na cultura latina no culto ao Sol Invicto.
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A pesquisa trabalha a Torá como objeto de culto anicônico no pósexílio, apresentando sua face ritualística no culto do Israel Antigo. É proposto que a centralização da Torá no período do Segundo Templo seria uma construção ideológica macroestrutural i.e., uma tradição inventada do grupo sacerdotal pós-exílico em vista de unificar a nação que se reconstruía e reconfigurava. Para tal análise, observam- se três recortes distintos ligados à questão: (1) a materialidade do culto em suas continuidades e rupturas com a religião israelita pré-exílica, a partir da análise da cultura material e da análise da literatura bíblica de quatro objetos cúlticos centrais da OHD, bamah, massebah, Asherá e arca; (2) as práticas redacionais que advogavam a centralização da Torá com inspiração nos demais cultos e concepções do divino no Antigo Israel, especialmente observada na análise exegética do Sl 19, como um dos principais Salmos da Torá que teriam sido produzidos no período para promulgar a nova prática; e (3) a editoração dos diversos textos canônicos que teriam sido retroprojeções legitimadores da visão posterior centralizadora da Torá, através da criação de uma tipologia da materialidade dos textos e da Torá advinda da análise exegética de diversos textos. Com tal panorama, sob pesquisa exegética de orientação histórico-crítica, é proposto um modelo de quatro instâncias de construção do aniconismo pós-exílico, centralizado na Torá e atingindo as diferentes camadas da religião judaíta.
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Nos textos de Provérbios 1,20-23; 8 e 9, encontra-se o instigante símbolo da sabedoria mulher, que possui uma longa e controvertida história de interpretação. Ao analisar as ligações textuais entre estes textos e o poema de Pr 31, descobrimos que o símbolo da sabedoria mulher inspira-se na mulher da vida real, que participa corajosamente na reconstrução da história e das relações do povo de Judá, no período pós-exílico. Estas ligações desvelam uma grande valorização da mulher e sua proximidade com Deus ao apresentá- la com o poder de oferecer vida (Pr 8,35; 9,6) e de cuidá-la (Pr 31), vivenciando e transmitindo valores éticos fundamentais para as relações cotidianas da casa (Pr 1,8; 6,20; 31,2-9.26). Este símbolo carrega ainda a memória de antigos cultos realizados na casa para celebrar e garantir a vida. Embora estes rituais contivessem a memória de Deusas, eles não eram opostos ao culto de Javé, pois, dentro da dinâmica da casa, estavam inteiramente integrados na religião de Israel pela priorização da vida e pela prática da jus tiça. Esses textos de Provérbios atestam uma grande mudança na visão da mulher. A origem desta nova visão encontra-se na época do cativeiro, quando já não havia templo e nem um governo que canalizasse a organização do povo e sua luta pela libertação. A casa passa a ter funções de prover a subsistência e de transmitir as tradições religiosas do povo bíblico com a finalidade de obter a inspiração e a força necessárias para garantir o futuro. Na casa interiorana, a mulher tem autoridade e liderança, apesar dos preconceitos da sociedade patriarcal. É no pequeno espaço da casa judaíta que o movimento da sabedoria mulher situa-se, gerando relações de inclusão e de solidariedade, na época da dominação do 2º templo, com suas normas sobre a impureza.(AU)
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Esta tese é um estudo do conceito de transformação místico-apocalíptica na perspectiva da experiência religiosa e que tem como objeto o caso paulino. As pesquisas sobre Paulo Apóstolo geralmente acompanham a abordagem tradicional que o vê como pensador e teólogo. Mas, em sintonia com algumas obras do passado e especialmente as mais recentes sobre Paulo em relação à apocalíptica e misticismo judaicos, esta tese desenvolve uma análise na perspectiva da experiência religiosa. Considerando a tradição de ascensão visionária como quadro de plausibilidade, é apresentada uma análise dos relatos de ascensão da literatura judaica antiga, com destaque para Moisés, aqui comparado com a recepção paulina do Moisés transformado em 2º Coríntios. O resultado da pesquisa foi que a literatura judaica antiga testemunha um padrão de transformação proléptica em ascensão celestial que fazia parte das crenças e práticas religiosas. A linguagem usada por Paulo em 2º Coríntios, notoriamente no capítulo 3, demonstra que ele estava envolvido em tais crenças e práticas, ainda que com conotações próprias. O Moisés transformado de face gloriosa de Êxodo 34, que foi recebido pelas tradições judaicas como um viajante celestial, o que era corrente nos tempos paulinos, é o foco de Paulo em 2º Coríntios 3. Para Paulo, sua condição é superior à de Moisés porque ele tem acesso livre e permane nte à gloria de Deus, acesso esse estendido a seus correligionários e que resulta em processo de transformação proléptica. Também porque seu evangelho é uma revelação cristológica divina última superior ao que foi revelado a Moisés no Sinai. Este acesso livre e permanente que inclui esta transformação antecipada se dá em termos de cultos extáticos de natureza visionária.(AU)
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Estudo sobre a cobertura pela mídia de assuntos relacionados à personagem Maria Féa, considerada santa não-canônica, no período de 1994 a 2004. O objetivo foi analisar as manifestações (ex-votos) atribuídas ao credo a essa personagem, a divulgação de assuntos sobre a personagem em jornal local, além de fazer um resgate histórico do caso a partir da mídia impressa local. Tanto quanto um meio de comunicação, as manifestações de religiosidade popular podem ser consideradas formas de comunicação e a divulgação destes cultos nãocanônicos (a santos ainda não canonizados) pela mídia contribui para a continuidade destes eventos. A metodologia utilizada engloba uma série de procedimentos relativos a pesquisa bibliográfica e documental, a análise de conteúdo de veículos de mídia impressa, entrevistas semi-estruturadas e observação participante. Conclui-se que a mitificação popular com relação à Maria Fea é resultado de um grupo de fatores como a divulgação pela mídia do histórico do crime, a divulgação pela comunicação oral dos feitos espetaculares atribuídos à personagem pelos devotos, e os objetos deixados como ex-votos que comprovam seu status de santa . No caso da mídia, esta abastece seu público com elementos, como textos e fotos, que validam as várias versões sobre a personagem.(AU)
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This paper discusses the variety of the digitized content of an electronic encyclopedia on the veneration of saints according to Bulgarian sources. The emphasis is on medieval Slavonic Church manuscripts and on present-day records of Bulgarian folklore narratives and songs. The combination of these sources provokes discussion of the so-called folklore Christianity and adds new dimensions to the understanding of the role of the cults of saints for culture and of the religiosity of the Bulgarians.
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In a post-Cold War, post-9/11 world, the advent of US global supremacy resulted in the installation, perpetuation, and dissemination of an Absolutist Security Agenda (hereinafter, ASA). The US ASA explicitly and aggressively articulates and equates US national security interests with the security of all states in the international system, and replaced the bipolar, Cold War framework that defined international affairs from 1945-1992. Since the collapse of the USSR and the 11 September 2001 terrorist attacks, the US has unilaterally defined, implemented, and managed systemic security policy. The US ASA is indicative of a systemic category of knowledge (security) anchored in variegated conceptual and material components, such as morality, philosophy, and political rubrics. The US ASA is based on a logic that involves the following security components: (1) hyper militarization, (2) intimidation,(3) coercion, (4) criminalization, (5) panoptic surveillance, (6) plenary security measures, and (7) unabashed US interference in the domestic affairs of select states. Such interference has produced destabilizing tensions and conflicts that have, in turn, produced resistance, revolutions, proliferation, cults of personality, and militarization. This is the case because the US ASA rests on the notion that the international system of states is an extension, instrument of US power, rather than a system and/or society of states comprised of functionally sovereign entities. To analyze the US ASA, this study utilizes: (1) official government statements, legal doctrines, treaties, and policies pertaining to US foreign policy; (2) militarization rationales, budgets, and expenditures; and (3) case studies of rogue states. The data used in this study are drawn from information that is publicly available (academic journals, think-tank publications, government publications, and information provided by international organizations). The data supports the contention that global security is effectuated via a discrete set of hegemonic/imperialistic US values and interests, finding empirical expression in legal acts (USA Patriot ACT 2001) and the concept of rogue states. Rogue states, therefore, provide test cases to clarify the breadth, depth, and consequentialness of the US ASA in world affairs vis-à-vis the relationship between US security and global security.
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In a post-Cold War, post-9/11 world, the advent of US global supremacy resulted in the installation, perpetuation, and dissemination of an Absolutist Security Agenda (hereinafter, ASA). The US ASA explicitly and aggressively articulates and equates US national security interests with the security of all states in the international system, and replaced the bipolar, Cold War framework that defined international affairs from 1945-1992. Since the collapse of the USSR and the 11 September 2001 terrorist attacks, the US has unilaterally defined, implemented, and managed systemic security policy. The US ASA is indicative of a systemic category of knowledge (security) anchored in variegated conceptual and material components, such as morality, philosophy, and political rubrics. The US ASA is based on a logic that involves the following security components: 1., hyper militarization, 2., intimidation, 3., coercion, 4., criminalization, 5., panoptic surveillance, 6., plenary security measures, and 7., unabashed US interference in the domestic affairs of select states. Such interference has produced destabilizing tensions and conflicts that have, in turn, produced resistance, revolutions, proliferation, cults of personality, and militarization. This is the case because the US ASA rests on the notion that the international system of states is an extension, instrument of US power, rather than a system and/or society of states comprised of functionally sovereign entities. To analyze the US ASA, this study utilizes: 1., official government statements, legal doctrines, treaties, and policies pertaining to US foreign policy; 2., militarization rationales, budgets, and expenditures; and 3., case studies of rogue states. The data used in this study are drawn from information that is publicly available (academic journals, think-tank publications, government publications, and information provided by international organizations). The data supports the contention that global security is effectuated via a discrete set of hegemonic/imperialistic US values and interests, finding empirical expression in legal acts (USA Patriot ACT 2001) and the concept of rogue states. Rogue states, therefore, provide test cases to clarify the breadth, depth, and consequentialness of the US ASA in world affairs vis-a-vis the relationship between US security and global security.
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Museums and archaeological sites are considered the most authoritative places for talking about the past and the heritage from a scientific perspective. In fact, visitors assume their discourses as reliable and indisputable. In spite of that, professionals of archaeology must critically analyse the production of narratives at heritage sites, since they often reflect social, political and identity issues related to the present-day realities. The aim of this paper is to study official and popular discourses about the Iberian culture (Iron Age) collected in museums and archaeological sites from Valencia region.
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Este artículo se propone analizar la escena del cresmólogo intruso en Aves, revalorizando la comedia aristofánica como fuente de conocimiento histórico. Este análisis se centra en la práctica oracular como una técnica de producción escrita vinculada a la autoridad religiosa. De esta manera, se exploran dos campos de estudios, como la comedia antigua y la adivinación griega, cuyo vínculo no ha sido explorado en profundidad. Para dar cuenta del momento crítico de la institución oracular durante la Guerra del Peloponeso, se reconstruyen perspectivas sobre dicho fenómeno en otras fuentes como Tucídides o Demóstenes. Esto no solo ofrece una mirada «cómica» sobre la adivinación, sino que también permite comprender la práctica oracular como técnica y, en consecuencia, qué elementos de su funcionamiento podían ser manipulados.
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Este artículo analiza la existencia de un posible ritual en la antigua Macedonia que fuese similar al Akîtu babilonio. Pensamos que la victoria de Zeus sobre sus enemigos en la gigantomaquia y tifonomaquia fue celebrada por los reyes macedonios para fortalecer su posición en el poder. Aunque no hay evidencias directas de ello, tenemos una serie de diferentes fuentes en las cuales los macedonios están relacionados directa o indirectamente con Tifón y los gigantes. Además, la estratégica importancia del monte Olimpo para los macedonios nos hace pensar que la victoria de Zeus sobre las fuerzas del mal fue conmemorada de alguna forma por ellos.
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En el presente artículo analizamos los desplazamientos de cultos indígenas hispanos desde distintas áreas de la Península Ibérica hacia los principales lugares de inmigración en Hispania: las áreas mineras y las ciudades. Proponemos que estos grupos de emigrantes rendían culto en su nueva residencia a las deidades que veneraban en sus regiones de procedencia como un medio de preservar su cohesión social y su identidad cultural. La dureza de la vida laboral en las áreas mineras reforzaba la necesidad de fortalecer los lazos culturales.
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El discernimiento de espíritus ha sido a lo largo de la historia del cristianismo un mecanismo fundamental para el control del acceso al carisma. Su desarrollo ha estado profundamente ligado a los cambios en la estructura social de las iglesias. Por ello buscamos aportar nuevas miradas sobre este dispositivo, analizándolo en el contexto de las periferias cristianas. Específicamente centraremos nuestro análisis en las iglesias evangélicas aborígenes mocoví del suroeste de la provincia del Chaco en Argentina. Nos aproximaremos a estas cuestiones a partir del análisis a la estructura social de estas iglesias, sus concepciones sobre los vínculos con las potencias no-humanas, la gestión de salud y enfermedad y la experiencia del culto.
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El culto a la diosa Isis, de origen egipcio aunque helenizado a partir del dominio macedónico, se expande por el mundo grecorromano hasta abarcar un espacio geográfico muy amplio, como nunca antes había conocido. Los testimonios literarios que se refieren a él en época altoimperial son abundantes y de distinta naturaleza, desde descripciones precisas de elementos clave hasta escritos hostiles por parte de autores cristianos con una intencionalidad muy clara. El análisis pormenorizado de estos textos se antoja necesario si se quiere llegar a conocer el estado en el que se encuentra el culto isíaco en un período como el Alto Imperio.
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O esquema das tríades divinas (associações de três divindades, inicialmente de uma mesma cidade, depois também em locais geográficos diferentes) é o agrupamento de divindades egípcias mais frequente do antigo Egipto. A constituição de uma tríade respondia directamente à intenção e ao interesse do(s) sacerdócio(s) em estabelecer uma ligação entre os vários cultos de uma determinada localidade ou entre os cultos de regiões distintas. As funções dos membros desses agrupamentos dependiam inteiramente do contexto mítico ou ritual em que eram invocadas e em que justificavam as suas associações, em que, em todos os casos, se procurava «a unidade na diversidade».