965 resultados para Terapia cognitivo-comportamental


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Descripción de la aplicación práctica a un grupo de niños de 5 y 6 años de la terapia psicomotriz relacional en un servicio psicopedagógico municipal. Algunos objetivos de esta terapia son el conocimiento global de cada niño considerado como persona en crecimiento. 8 niños entre 5 y 6 años de edad. Son 3 sujetos masculinos y 5 femeninos. Todos tienen problemas de comportamiento inadaptado y retraso escolar lo que conlleva dificultades de relacción familiar y social. No es una investigación como tal, sino una descripción de la evolución comportamental que sufrieron 8 niños gracias a la terapia relacional. Con el fin de diagnóstico antes de asignar uno u otro tratamiento a los sujetos que acuden al SPM, se indaga sobre las siguientes variables: familiares, inteligencia y desarrollo aptitudinal, personalidad y rendimiento pedagógico, así como el desarrollo psicomotriz donde miden el nivel madurativo y las aptitudes psicomotoras. Formularios para el registro de todos los datos de interés para el diagnóstico psicosomático. Se han elaborado en el SPM de Coslada (Madrid). Estos son los utilizados en la anamnesis familiar y psicomotriz. Para el estudio de la inteligencia, personalidad y rendimiento se utilizan baterías de test compradas al efecto. Interpretación cualitativa del desarrollo de la conducta de los niños a la luz de la teoría de la psicomotricidad global desarrollada por Lapierre y Aucouturier. Además de la observación vivencial dentro de las sesiones de terapia, tambien hubo consultas a los padres y profesores. Importancia de la terapia relacional ya que el progreso de los niños es generalizado. Describe en cada caso la evolución post terapia referidos a la esfera familiar y a la escolar. Importancia de la comunicación no verbal y la necesidad de una aproximación corporal y psicomotriz, tratando de inducir comportamientos que posibiliten la expresión de sus fantasmas, así como la liberación de sus pulsiones, al objeto de favorecer la resolución de sus problemas relacionales y el logro de su identidad y autonomía.

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A emoção pode ser considerada, em termos funcionais, como uma variação física e psíquica que prepara o organismo para a acção, originando comportamentos de aproximação ou de fuga. Para que cada resposta comportamental seja adequada às situações que a originam, é indispensável que o cérebro faça uma codificação eficiente dos estímulos. Estudos ao nível das disfunções cognitivas têm demonstrado que a velocidade do processamento de informação sofre uma lentificação em pacientes com Esclerose Múltipla, quando comparados com população saudável. No entanto, parâmetros como o processamento de estímulos emocionais permanecem por esclarecer. Desta forma, foi avaliado o processamento cognitivo de estímulos afectivos através de Potenciais Relacionados com Eventos (event-related potentials – ERPs) registados através do paradigma do P300, desencadeados por estímulos de três categorias emocionais (desagradáveis, agradáveis e neutros), seleccionados do International Affective Picture System (IAPS) num grupo de 11 doentes com diagnóstico de Esclerose Múltipla Recidivante-Remitente e num grupo de 21 sujeitos saudáveis. Os resultados obtidos sugerem valores de latência mais elevados no grupo clínico que no grupo de controlo para as três categorias de estímulos, no entanto as diferenças entre os grupos não são significativas. Na amplitude, verificou-se que o grupo clínico obteve valores médios mais elevados que o grupo de controlo independentemente do tipo de estímulo.

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O papel da musicoterapia no desenvolvimento cognitivo das crianças com perturbação do espectro do autismo é a temática do nosso projeto no âmbito do Mestrado em Ciências da Educação/Educação Especial, levado a cabo na Escola Superior Almeida Garrett e tem como objetivo compreender qual o papel da musicoterapia no desenvolvimento cognitivo das crianças com autismo. Esta é uma técnica de terapia que recorre à música com o objetivo de fomentar as potencialidades da criança através da aplicação de métodos e técnicas específicas que auxiliam a desinibir-se e a envolver-se socialmente, proporcionando-lhe posteriormente uma enorme abertura para novas aprendizagens. A musicoterapia pode ser um importante veículo para a sua estimulação e integração plenas destas crianças, uma vez que desenvolve as suas competências sociais, assim como outras capacidades inerentes tais como o domínio da cognição. Tendo em conta as características inerentes a esta problemática e a importância crucial que as crianças frequentem a escola juntamente com os seus pares, local propício para serem estimuladas de modo que as suas capacidades e potencialidades sejam desenvolvidas. Pretendemos dar a conhecer a especificidade do Autismo, as dificuldades que esta problemática transporta consigo ao nível escolar das crianças diagnosticadas com esta patologia e o contributo da intervenção precoce na criança com autismo. Assim como os objetivos da musicoterapia a sua fundamentação e principalmente os benefícios que esta pode trazer especificamente a crianças com autismo.

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Apesar da confiança entre os agentes ser fundamental para a estabilização do relacionamento, são frequentes os eventos de incerteza sobre o comportamento do outro, que podem gerar percepções de violação de confiança entre os agentes. Dada essa constatação, o entendimento de variáveis que podem influenciar os efeitos advindos de uma percepção de violação de confiança ganha relevância cada vez maior nos estudos de confiança. Dos vários elementos estudados na literatura para mediar os efeitos de uma percepção de violação de confiança, o objetivo do estudo foi investigar o efeito que o tipo de relacionamento prévio entre os agentes pode exercer na reação cognitiva e comportamental dos agentes, em situações em que há incerteza sobre o comportamento cooperativo do parceiro. Especificamente, o objetivo do trabalho foi comparar o efeito que diferentes tipos de relacionamento prévio entre os agentes – baseado em confiança calculativa ou relacional – exerce em duas dimensões de reação a um evento negativo na relação. Na dimensão cognitiva, comparou-se os efeitos que diferentes tipos de relacionamento prévio entre os agentes exercem no nível de confiabilidade atribuído à contraparte, após um evento negativo entre eles. Na dimensão comportamental, comparou-se os efeitos que diferentes tipos de relacionamento prévio exercem na posição de risco assumida pelos agentes, após o evento indesejado. Para isto, realizou-se um experimento para testar em ambiente laboratorial a reação dos agentes a um resultado negativo na interação, a partir da criação de dois contextos diferentes de relacionamento entre eles. Os resultados do experimento mostraram que, comparados com relacionamentos de base calculativa, aqueles de base relacional são mais resistentes a distúrbios externos, visto que eles geram atribuição causal mais positiva e maior nível de confiabilidade percebida sobre o outro após um evento negativo entre os agentes. Além disto, esta percepção de confiabilidade influencia positivamente as posições de risco assumidas pelos agentes após o evento negativo, de forma que riscos maiores são assumidos em relacionamentos de base de confiança relacional. Por fim, os resultados também reforçam que quanto maior a posição de risco assumida por um agente, maior é o nível de cooperação do seu parceiro.

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A incontinência fecal, também conhecida como encoprese, é um transtorno de evacuação que acarreta prejuízos ao desenvolvimento psicossocial e orgânico da criança e do adolescente, e que demanda atenção e cuidado de pais e profissionais de saúde. No amplo contexto de tratamento da encoprese, a psicoterapia constitui importante recurso, sendo a terapia comportamental apontada como uma das modalidades mais promissoras e eficazes para o tratamento dessa dificuldade de eliminação. Este artigo apresenta o estudo dos efeitos do manejo comportamental de quadro de incontinência fecal em um adolescente de 14 anos, atendido em clínica-escola de Psicologia do interior do Estado de São Paulo durante 14 meses. A partir do referencial teórico da análise do comportamento, foi desenvolvido, em contexto psicoterápico, um conjunto de estratégias comportamentais com o cliente, bem como orientações aos pais, visando à gradativa extinção encoprética. No decorrer desse processo, o cliente apresentou significativas aquisições comportamentais de uso regular do banheiro e adequado controle esfincteriano, monitoradas semanalmente, que possibilitaram a plena extinção das ocorrências de sujidade, sendo avaliado o efeito em follow-up realizado três meses após o encerramento dessa intervenção.

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Parental care in mammals is influenced by somatosensory stimuli from infants, such as vocalization and sight and by changes in the hormone levels of caretakers. The aim of this study was to evaluate the behavioral and hormonal responses of twelve non reproductive adult male common marmosets (Callithrix jacchus) to infant cues, vocalization recordings, sight and physical contact with newborn. Six out of twelve males had previous experience in caretaking. In article 1, adult males were exposed to newborn vocalizations for 10 minutes. On control condition no sound was presented. In article 2, males were tested on two conditions: a) Control: an empty acrylic transparent box (test box) was placed in male s cage for 15 minutes, and b) Experimental: males were exposed to newborns into a closed text box for 15 minutes. The cage was kept closed to prevented from tactile, smell and acoustic stimulation by the infant on common marmoset males. In article 3, males were exposed to an open or closed text box, which allowed or not their access to and social interaction with the infants. After each observation sessions, blood samples were collected to evaluate the cortisol levels of males. In all studies, behavioral response of adult males was significantly modified by newborns sight, vocalization and physical contact. Males approached and spent more time near the sound source and showed an increase in locomotion during sound exposure. Furthermore, males approached, smelled and spent more time near the test box when the newborn was inside it. There was no difference in behavioral pattern between experienced and non-experienced males in articles 1 and 2. In article 3, behavioral pattern of males was influence by previous caretaking experience. Experienced males recovered quicker and carried the infants more than the inexperienced ones. However, inexperienced males showed a decrease in recovery latency and an increase in carrying time after successive exposure to infants. Cortisol levels changed after exposure to infant s vocalization, especially for experienced adult males. Male hormonal profile was not affected by the sight of infants neither by their previous experienced in caretaking. The occurrence of social interaction between the caretaker and infant did not modify the hormonal profile of common marmoset males; however, as much as experienced males carried the infants their cortisol levels decreased. Thus, members of a social group or potential caretakers common marmosets exposed to sensory cues from dependent infant such as vocalization, sight, smell and physical contact, changed their behavioral and hormonal responses that are physiological modulators of parental behavior in common marmoset

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OBJETIVO: avaliar a qualidade de vida (QV) de mulheres na pós-menopausa usuárias e São Paulo. MÉTODOS: foi conduzido estudo clínico transversal, com 250 mulheres na pós-menopausa, idade entre 45 a 70 anos, atendidas em uma Unidade Básica de Saúde (UBS), de setembro de 2007 a agosto de 2008. As participantes foram divididas em dois grupos: usuárias de terapia hormonal (TH, n=70) e não usuárias (n=180). Consideraram-se como usuárias de TH aquelas que faziam uso contínuo dessa terapia há pelo menos seis meses. Foram avaliadas as características sociodemográficas e clínicas. Aplicou-se o Índice Menopausal de Blatt e Kupperman (IMBK), para avaliar a intensidade dos sintomas climatéricos, e o Questionário de Saúde da Mulher (QSM), para a avaliação da QV. A análise estatística foi realizada pelo teste do χ2 ou exato de Fisher, teste de Mann-Whitney e de Kruskal-Wallis. RESULTADOS: não foram encontradas diferenças significativas na comparação entre os grupos quanto à idade, menarca, menopausa, paridade e índice massa corpórea. Observou-se que 67,2% eram casadas, 83,2% com ensino fundamental e 53,2% se ocupavam com os trabalhos domésticos, não diferindo entre os grupos. As usuárias de TH relataram menor frequência de sintomas climatéricos (IMBK) de intensidade moderada e acentuada, comparadas a não usuárias (p<0,001). Na avaliação do QSM, verificou-se, entre as usuárias de TH, menor escore médio quanto ao déficit cognitivo (p<0,001), sintomas vasomotores (p=0,04), problemas com o sono (p<0,001) e atratividade (p=0,02), contudo, sem diferença no escore total quando comparadas a não usuárias. CONCLUSÕES: as mulheres na pós-menopausa usuárias e não usuárias de TH, atendidas em UBS, não apresentaram diferenças na QV global.

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INTRODUÇÃO/OBJETIVOS: Há poucos trabalhos publicados sobre psicoterapia grupal para pacientes com transtorno de pânico (TP); além disso, esses estudos geralmente são restritos a abordagens cognitivo-comportamentais. O objetivo deste trabalho é relatar uma experiência de atendimento psicoterápico psicodramático grupal para portadores de TP, iniciada em 1996 na Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, e discutir aspectos psicodinâmicos desse transtorno. MÉTODOS: Atende-se uma média de oito a dez pacientes em sessões mensais de duas horas de duração, nas quais se utilizam técnicas psicodramáticas. O uso associado de psicofármacos é a regra. A temática é aberta, centrando-se tanto em aspectos próprios do TP (sintomas mais comuns; peregrinação em serviços médicos até o diagnóstico; preocupações hipocondríacas; limitações e dependência; reações dos familiares; estratégias de exposição e enfrentamento; efeitos e reações dos medicamentos) quanto em problemas individuais específicos. RESULTADOS: A abordagem psicodramática favorece a identificação e a elaboração de aspectos psicodinâmicos. Entre estes, destacaram-se os sentimentos de desamparo e seus desdobramentos: insegurança; fragilidade e medo; raiva e culpa; sentimentos de desamor e rejeição; vergonha e inferioridade; isolamento e dificuldade de pedir ajuda; dificuldade de identificar e de expressar sentimentos - manifestados somaticamente -; e dificuldade de assumir o papel de cuidador e outras responsabilidades. CONCLUSÕES: Aspectos valiosos para o tratamento do TP, como apoio mútuo, companheirismo, confiança, modelo e estímulo, são favorecidos pelo contexto grupal homogêneo. O compartilhar de experiências e sofrimentos comuns propiciou rápida coesão e suporte grupal, melhora da capacidade de expressar sentimentos e da auto-estima e o aprimoramento de papéis sociais. Além da melhora dos sintomas, possibilitou-se a melhor compreensão e elaboração destes, que passam a ser integrados significativamente no contexto existencial.

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Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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Pós-graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB

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A sobrevida da população tem aumentado de forma progressiva e atribui-se à melhoria da qualidade dos serviços de saúde e das condições gerais de vida, sendo marcante, sobretudo nos países industrializados. Este aumento da expectativa de vida repercute no aumento da incidência de doenças comuns em idades avançadas. O envelhecimento é considerado fator de risco para o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como a doença de Alzheimer (DA). Uma das teorias para a patogênese da DA postula que a neurodegeneração é o resultado de alterações no metabolismo oxidativo com acometimento do tecido cerebral vulnerável. O fato de o envelhecimento ser um fator de risco na DA, reforça também a hipótese da participação dos radicais livres, pois os efeitos de sua ação podem se acumular durante anos. A DA é uma doença insidiosa e progressiva e caracteriza-se clinicamente por uma perda progressiva da memória e de outras funções cognitivas, além de mudanças comportamentais e sociais. O déficit de memória é o principal e usualmente o primeiro sintoma da DA, com comprometimento especialmente da retenção e recordação de novas informações. O presente trabalho visa avaliar se ocorrem alterações no metabolismo oxidativo detectáveis no sangue de pacientes com a DA, e se estas podem ser relacionadas com os diferentes estágios da doença e com o quadro cognitivo dos pacientes. Foram avaliados 30 pacientes com a doença de Alzheimer e 28 indivíduos no grupo controle atendidos na Unidade de Ensino e Assistência de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da Universidade do Estado do Pará (UEAFTO-UEPA). O metabolismo oxidativo foi avaliado através da medida da capacidade antioxidante total equivalente ao Trolox (TEAC) e da mensuração dos níveis das substâncias que reagem ao ácido tiobarbitúrico - TBARS. Também foram realizados testes neuropsicológicos em todos os sujeitos participantes do estudo. Não foram observadas correlações significativas no desempenho dos testes neuropsicológicos com os níveis de TBARS e TEAC nos pacientes com a DA. Observou-se que a capacidade antioxidante total (CAOT) estava significativamente diminuída nos pacientes com a DA em comparação com o grupo controle independentemente do estágio da doença, mostrando uma possível relação entre a CAOT e a DA. Na avaliação de TBARS houve uma tendência para maiores concentrações nos pacientes com DA do que no grupo controle, porém a diferença não foi estatisticamente significativa, apenas a fase moderada foi significativa quando comparada com o grupo controle. A avaliação da peroxidação lipídica através dos níveis de TBARS provavelmente não seria um biomarcador adequado para a doença de Alzheimer.

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As mucopolissacaridoses (MPS) são doenças genéticas raras causadas pela deficiência de enzimas lisossômicas específicas que afetam o catabolismo de glicosaminoglicanos (GAG). O acúmulo de GAG em vários órgãos e tecidos nos pacientes afetados pelas MPS resulta em uma série de sinais e sintomas, integrantes de um quadro clínico multissistêmico que compromete ossos e articulações, vias respiratórias, sistema cardiovascular e muitos outros órgãos e tecidos, incluindo, em alguns casos, as funções cognitivas. Já foram identificados 11 defeitos enzimáticos que causam sete tipos diferentes de MPS. Antes do advento de terapias dirigidas para a restauração da atividade da enzima deficiente, o tratamento das MPS tinha como principal foco a prevenção e o cuidado das complicações, aspecto ainda bastante importante no manejo desses pacientes. Na década de 80 foi proposto o tratamento das MPS com transplante de medula óssea/transplante de células tronco hematopoiéticas (TMO/TCTH) e na década de 90 começou o desenvolvimento da Terapia de Reposição Enzimática (TRE), que se tornou uma realidade aprovada para uso clínico nas MPS I, II e VI na primeira década do século 21. Os autores deste trabalho têm a convicção de que um melhor futuro para os pacientes afetados pelas MPS depende da identificação, compreensão e manejo adequado das manifestações multissistêmicas dessas doenças, incluindo medidas de suporte (que devem fazer parte da assistência multidisciplinar regular destes pacientes) e terapias específicas. Embora a inibição da síntese de GAG e o resgate da atividade enzimática com moléculas pequenas também possam vir a ter um papel no manejo das MPS, o grande avanço disponível no momento é a TRE intravenosa. A TRE permitiu modificar radicalmente o panorama do tratamento das mucopolissacaridoses I, II e VI na última década, sendo que ainda pode estender seus benefícios em breve para a MPS IV A (cuja TRE já está em desenvolvimento clínico), com perspectivas para o tratamento da MPS III A e do déficit cognitivo na MPS II através de administração da enzima diretamente no sistema nervoso central (SNC). Um grande número de centros brasileiros, incluindo serviços de todas as regiões do país, já têm experiência com TRE para MPS I, II e VI. Essa experiência foi adquirida não só com o tratamento de pacientes como também com a participação de alguns grupos em ensaios clínicos envolvendo TRE para essas condições. Somados os três tipos de MPS, mais de 250 pacientes já foram tratados com TRE em nosso país. A experiência dos profissionais brasileiros, somada aos dados disponíveis na literatura internacional, permitiu elaborar este documento, produzido com o objetivo de reunir e harmonizar as informações disponíveis sobre o tratamento destas doenças graves e progressivas, mas que, felizmente, são hoje tratáveis, uma realidade que traz novas perspectivas para os pacientes brasileiros afetados por essas condições.