1000 resultados para Sistema de Classificação de Risco de vulnerabilidade .


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O registo clinico um documento hospitalar confidencial, nele registado todo o percurso clinico de um determinado paciente. Esse percurso registado atravs da atribuio de cdigos descritos num sistema de classificação, tambm denominados de dados da codificao. Os dados da codificao so armazenados electronicamente numa Base de Dados, e a partir dela que certas medidas, tais como facturao hospitalar, financiamentos hospitalares anuais, tratamentos mdicos, ou at mesmo dados epidemiolgicos, so adotadas. Portanto torna-se fundamental a garantia da qualidade na rea da codificao clinica, para isso necessrio recorrer a processos de auditorias aos registos clnicos. O processo de auditoria uma atividade independente de avaliao, cujo objetivo visa acrescentar valor e melhorar os objetos e processos da auditoria. Atualmente uma ferramenta denominada de Programa Auditor utilizada, contudo essa ferramenta demonstra uma tecnologia j ultrapassada. A Tese que se pretende defender a de que, atravs de Sistemas Periciais, possvel realizar auditorias internas aos registos clnicos. Pretende-se ainda demonstrar que dos Sistemas Periciais e um benefcio para os peritos na rea, pois diminui a probabilidade de erros e torna o processo de verificao menos moroso. Neste contexto, o objetivo desta Dissertao prende-se em definir e implementar um Sistema Pericial que permita a auditoria de registos clnicos hospitalares. O Sistema Pericial dever a ainda ser capaz de traduzir o raciocnio do perito, detectando assim diversos tipos de erros que traduzem num registo clnico no conforme. Por sua vez, foi desenvolvido um prottipo de um Sistema Pericial para auditoria de registos clnicos em linguagem PROLOG. Este mesmo prottipo serviu de base realizao de uma experincia que permitiu comparar com o programa Auditor e verificar a sua aplicabilidade no dia-a-dia hospitalar.

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Fundamentao: As nuseas e vmitos no ps-operatrio so frequentes em cirurgia oftalmolgica e podem ter repercusses graves. No esto identificados os factores de risco para a sua ocorrncia e desconhece-se qual a estratgia profiltica mais eficaz. Objectivo: Identificar os factores de risco para nuseas e vmitos no ps-operatrio em cirurgia oftalmolgica e comparar a eficcia profiltica das associaes droperidol-metoclopramida e dexametasona-metoclopramida. Metodologia: Estudo prospectivo unicntrico de 80 doentes sem histria prvia de nuseas e vmitos no ps-operatrio, propostos para cirurgia oftalmolgica sob anestesia geral. Aplicou-se um questionrio para caracterizao demogrfica, clnica e laboratorial. Todos os doentes foram submetidos a profilaxia com droperidol-metoclopramida (1,25+20mg) ou dexametasona-metoclopramida (5+20mg), segundo distribuio aleatorizada por blocos e assegurando dupla-ocultao. Resultados: Ocorreram nuseas e vmitos no ps-operatrio em 17,5% dos doentes. O sistema de estratificao de risco de Apfel no identificou os doentes que desenvolveram nuseas e vmitos no ps-operatrio. O risco de nuseas e vmitos no ps-operatrio foi significativamente maior entre os adultos nos extremos etrios (<40 anos e 60 anos), naqueles com menor classe de peso e nos doentes com classe ASA-I (OR: 3,36). As nuseas e vmitos no ps-operatrio foram menos frequentes entre os doentes medicados com dexametasona-metoclopramida (12,8%) do que naqueles submetidos a profilaxia com droperidol-metoclopramida (22%), mas a diferena no atingiu significado estatstico. Concluses: Os sistemas de estratificao do risco de nuseas e vmitos no ps-operatrio no so aplicveis em cirurgia oftalmolgica, sendo necessrios estudos em maior escala neste mbito. possvel que a associao dexametasona-metoclopramida seja no apenas to eficaz quanto a droperidol-metoclopramida, como eventualmente superior.

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Os autores fazem a anlise dos doentes submetidos a ventilao mecnica na Unidade de Cuidados Intensivos Peditricos do Hospital de Dona Estefnia, num perodo de 33 meses, desde a sua abertura em Abril de 1991 at ao final de Dezembro de 1993. Neste perodo foram internadas na Unidade 1513 crianas, das quais 264 (17.4%) foram ventiladas. A idade dos doentes ventilados variou entre os 28 dias e os 15 anos (mdia = 2.9 anos). De acordo com o Sistema de Classificação Clnica (CCS), 44 (16.7%) dos doentes pertenciam classe III e 220 (83.3%) classe IV. Os ndices mdios de Interveno Teraputica (TISS) e do Risco Peditrico de Mortalidade (PRISM), no primeiro dia, foram respectivamente de 29.5 (min. = 9; max. = 75) e de 13.6 (min. = 0; max. = 50) pontos. A insuficincia respiratria constituiu o principal motivo de ventilao e a modalidade preferida foi a presso controlada, utilizada em 201 doentes 76.1%. A durao mdia da ventilao foi de 123.7 horas (min. = 30 minutos; max. = 9624 horas). A taxa de ocupao dos ventiladores nos anos de 1991, 1992 e 1993, foi respectivamente de 47.8%, 36.4% e de 53.2%. Registaram-se complicaes relacionadas com a ventilao em 52 crianas (19.7%), sendo a atelectasia a mais frequentemente observada. A mortalidade foi de 31.1%, no se tendo relacionado nenhum bito directamente com a ventilao mecnica.

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RESUMO - Caracterizao do problema: A inadequao e ineficcia do sistema de financiamento por diria dos cuidados de reabilitao resultaram na necessidade de criao de sistemas de classificação de doentes de reabilitao em regime de internamento, em muitos pases. Tambm em Portugal necessrio implementar um sistema de financiamento, baseado num sistema de classificação de doentes, ajustado pela complexidade e necessidade de cuidados destes doentes. Objectivos: Caracterizao dos cuidados de reabilitao em Portugal, e do actual sistema de financiamento destes doentes; realizao de uma reviso de literatura dos sistemas de classificação de doentes de reabilitao j existentes, de modo a compreender quais as variveis de agrupamento utilizadas e qual a capacidade de previso dos custos destes mesmos sistemas; perceber a importncia da implementao de um dos sistemas de classificação em Portugal, e quais as suas vantagens. Metodologia: Da reviso de literatura efectuada, foram encontrados quatro sistemas de classificação de doentes implementados e/ou em vias de serem implementados como base para um sistema de financiamento, nos EUA, Austrlia e Canad. Foi efectuada uma extensa caracterizao e anlise crtica dos mesmos. Concluses: Podemos concluir, que dos poucos sistemas de classificação de doentes de reabilitao existentes, optou-se pelo estudo de uma possvel adopo do sistema norte-americano para a realidade portuguesa, por ser o nico sistema de classificação j utilizado para fins de financiamento para todos os doentes de reabilitao desde 2002, o que inclui mais variveis de deciso na classificação dos doentes, e o que permite a maior previso dos custos dos doentes em termos percentuais.

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INTRODUO Os profissionais dos cuidados de sade so essenciais ao desempenho de excelncia dos sistemas de sade pelo que devem ser capazes de funcionar em plenitude. A sade um activo para esse pleno funcionamento. Os enfermeiros representam o grupo profissional mais numeroso dos profissionais dos cuidados de sade. Como tal, tm um importante papel a desempenhar no sistema de sade e na determinao da sade da populao. O desempenho dos enfermeiros, mas tambm as condies em que trabalham e o impacto destas na sua sade, devem, assim, ser estudados. Tem sido sugerido que os enfermeiros tm um perfil de sade diferente do da restante populao, com problemas de sade especficos. So vrios os factores que influenciam a sade: caractersticas e comportamentos dos indivduos, ambiente econmico e social e ambiente fsico. A sade entedida como um activo para a vida social e laboral plena e eficiente. Compreende-se que mais do que o somatrio das diferentes dimenses, a sade a interaco e simbiose entre sade fsica e mental, auto-percepo do estado de sade e qualidade de vida e bem estar. A sade dos enfermeiros determinada pelo sistema de sade onde trabalham e, em ltima anlise, pelos problemas e desafios que este enfrenta. O impacto destes desafios pode resultar no aumento do trabalho em tempo parcial, para alm do tempo integral, do duplo emprego e insegurana laboral. Concomitantemente, os enfermeiros esto expostos a uma variedade de riscos ocupacionais que podem resultar numa srie de problemas de sade agudos e crnicos. Trabalhar em ambientes particularmente stressantes, em equipas com manifestas insuficincias, com pouco controlo e muita responsabilidade, muitas horas seguidas, com conflitos entre os diferentes papis sociais, parece contribuir para o aumento da morbilidade dos enfermeiros. A relao com o outro, e o servir-se dessa relao para ajudar, coloca uma forte presso emocional nos enfermeiros. A presente investigao tem como objectivo contribuir para a compreenso do perfil de sade dos enfermeiros e do papel que o trabalho de enfermagem, e no sector de sade, tm no perfil de sade. A inteligibilidade desse contributo faz-se por analogia com os outros profissionais dos cuidados de sade e com os outros profissionais e/ou populao em geral.Inclui uma reviso sistemtica da literatura onde se revem as evidncias existentes sobre a sade dos enfermeiros, o estudo dos Inquritos Nacionais de Sade de 1998/1999 e 2005/2006 e um estudo de mortalidade proporcional. Nestes dois ltimos estudos faz-se a comparao entre enfermeiros, outros profissionais dos cuidados de sade e outros profissionais, utilizando a Classificação Nacional das Profisses na sua verso de 1994. HIPTESES E OBJECTIVOS GERAIS Foram enunciadas 7 hipteses de estudo que versaram sobre o conhecimento cientfico sobre o perfil de sade dos enfermeiros, o estudo do perfil de sade (percepo do estado de sade, morbilidade, consumo de medicamentos, utilizao dos servios de sade e despesas com a sade e comportamentos ligados sade) e as causas de morte dos enfermeiros portugueses: H1: As evidncias cientficas, baseadas em estudos experimentais e observacionais, demonstram que os enfermeiros possuem um perfil de sade diferente do da restante populao e dos restantes profissionais cuidados de sade. H2: Os enfermeiros, os outros profissionais dos cuidados de sade e os outros profissionais percepcionam o seu estado de sade de forma diferente; H3: Os enfermeiros, os outros profissionais dos cuidados de sade e os outros profissionais tm perfis de morbilidade diferentes; H4: Os enfermeiros, os outros profissionais dos cuidados de sade e os outros profissionais utilizam os servios de sade de formas diferentes e tm diferentes despesas com a sade; H5: Os comportamentos relacionados com a sade dos enfermeiros, outros profissionais dos cuidados de sade e outros profissionais so diferentes. H6: A exposio ao trabalho no sector da sade causa determinadas doenas que levam a que, proporcionalmente, existam mais mortes por essas doenas nos outros PCS do que nos outros profissionais; H7: A exposio ao trabalho de enfermagem causa determinadas doenas que levam a que, proporcionalmente, existam mais mortes por essas doenas nos enfermeiros do que nos outros PCS e do que nos outros profissionais. Definiram-se os seguintes objectivos gerais: 1. Rever a evidncia existente, publicada e no publicada, sobre a sade dos enfermeiros (nas vertentes de sade fsica, mental, auto-percepo do estado de sade, estilos de vida e comportamentos ligados sade) e sua comparao com a dos outros profissionais dos cuidados de sade e a da restante populao. 2. Compreender se existem diferenas entre enfermeiros, outros profissionais dos cuidados de sade e outros profissionais relativamente auto-percepo do estado de sade, morbilidade, utilizao dos servios de sade e despesas com a sade e comportamentos relacionados com a sade; 3. Compreender se existe excesso de mortes por causas especficas nos enfermeiros falecidos entre Junho e Setembro de 2003, em Portugal, quando comparados com os outros PCS e os outros profissionais. MATERIAL, POPULAO E MTODOS Reviso sistemtica da literatura Estudo observacional, retrospectivo e descritivo. Identificaram-se as bases de dados a pesquisar tendo em conta o assunto em estudo, o tipo de documentos pretendidos e o intervalo de tempo da RSL. Convencionou-se que, em todas, deveria ser possvel fazer a pesquisa on-line. Ao todo, foram pesquisadas 43 bases de dados, utilizando palavraschave em portugus e ingls (incluindo termos DeCS). A pesquisa limitou-se a documentos em ingls, francs, portugus, espanhol e italiano. No foi estabelecido limite temporal e no foi feita pesquisa manual de bibliografia ou de referncias. Identificaram-se 2 692 documentos a cujos resumos se aplicaram trs critrios de elegibilidade (teste de relevncia). Dos 2 692 documentos, 204 (7,6%) foram excludos por no terem resumo e 1 428 (57,4%) por no cumprirem pelo menos um dos critrios de elegibilidade para esta fase. Passaram fase de avaliao do texto integral um total de 1 060 documentos. Destes 76 eram duplicados pelo que foram excludos. A fiabilidade da aplicao do teste de relevncia foi avaliada por um segundo revisor que aplicou os 3 critrios de elegibilidade a uma amostra aleatria simples dos documentos seleccionados a partir das bases de dados (coeficiente de Kappa=0,9; erro padro=0,05; p<0,01). Aplicou-se um formulrio de colheita de dados aos documentos seleccionados para avaliao do texto integral que continha uma srie de critrios de elegibilidade baseados no STROBE e CONSORT statement e numa extensa reviso de literatura. Dos 984 documentos vrios foram sendo excludos por no se cumprirem critrios de elegibilidade do teste de relevncia e metodolgicos, acabando-se com 187 estudos sobre os quais foram colhidos dados sobre o local, contexto, participantes, resultados,interveno, exposio, efeito e condio de interesse. Os estudos foram avaliados quanto validade interna e externa. Na anlise dos dados utilizou-se a sntese narrativa. No foi feita meta-anlise dada a heterogeneidade encontrada. Como sistema de classificação das evidncias utilizou-se o Scotish Intercollegiate Guidelines Network. Estudo dos Inquritos Nacionais de Sade de 1998/1999 e 2005/2006: Auto-percepo do estado de sade, morbilidade, utilizao dos servios de sade e despesas com a sade e comportamentos relacionados com a sade dos enfermeiros. Estudo observacional, transversal e analtico Utilizaram-se como fontes de dados o 3 e o 4 Inqurito Nacional de Sade. Definiram-se variveis dependentes, independentes e de potencial confundimento. Os dados do 4 INS foram analisados pelo Instituto Nacional de Estatstica, aps redaco das sintaxes pela autora. Neste caso realizou-se, apenas, anlise estatstica descritiva dado no ter sido possvel aceder s variveis de clustering e de estratificao. Recorreu-se s frequncias relativas ponderadas (estimativas) para descrever as variveis de escala nominal e ordinal e mdia, mediana, amplitude do intervalo de variao e amplitude interquartlica para descrever as variveis numricas. Os dados do 3 INS foram analisados tendo em conta o efeito de clustering e a estratificao, para controlar o efeito do desenho do estudo e para evitar erros tipo II, respectivamente. Utilizaram-se contagens no ponderadas, estimativas das propores e mdias populacionais. Apresentaram-se, conjuntamente, os intervalos de confiana a 95%. Na anlise inferencial considerou-se o nvel de significncia a 95%. Consideraram-se, no processo de deciso estatstica, os intervalos de confiana a 95% para a diferena entre as estimativas de cada uma das sub-amostras. O teste Qui-quadrado de Pearson com correco de segunda ordem de Rao-Scott foi utilizado para testar diferenas entre variveis de escala nominal ou ordinal em cada uma das sub-amostras. Utilizou-se o odds ratio e respectivo intervalo de confiana para a tomada de deciso sobre eventuais relaes de dependncia e para avaliar a fora e direco da associao. O teste F corrigido para o efeito do desenho pela estatstica de Wald foi utilizado na anlise da diferena da distribuio de uma varivel de escala numrica e uma de escala nominal ou ordinal. Utilizou-se a anlise de regresso linear e logstica binria, multinominal e ordinal para avaliar a existncia de associao entre as variveis dependentes e independentes controlando para o efeito das variveis de potencial confundimento. Na anlise, os dados com omisso foram considerados eventos aleatrios. Mortalidade nos enfermeiros e outros PCS entre Junho e Setembro de 2003 Estudo observacional, transversal e analtico. A populao em estudo correspondeu populao residente em Portugal Continental e Ilhas dos Aores e da Madeira que faleceu entre 1 de Junho e 30 de Setembro de 2003 no tendo sido feita qualquer amostra. Utilizou-se a base de dados dos certificados de bitos ocorridos em territrio nacional entre 30 de Maio e 30 de Setembro de 2003, fornecida pela Direco Geral da Sade. O estudo dos dados omissos revelou que estes eram eventos aleatrios pelo que era possvel realizar a anlise recorrendo a tcnicas de dados completos. Na anlise das variveis qualitativas nominais foram usadas frequncias absolutas e relativas e moda. A varivel quantitativa numrica idade foi analisada recorrendo mdia e mediana, primeiro e terceiro quartil, amplitude interquartlica e total e desvio padro, coeficiente de assimetria e curtose. Realizou-se anlise de correspondncia mltipla de modo a definir perfis de mortalidade para os indivduos falecidos no perodo em estudo que no tinham dados com omisso para a profisso. Calcularam-se as propores de mortalidade e a razo de mortalidade proporcional de modo a comparar as propores de mortalidade observadas e esperadas por causa e grupo profissional. RESULTADOS Reviso sistemtica da literatura Existe evidncia de nvel 2+ de que as enfermeiras esto em maior risco de desenvolver cancro da mama quando comparadas com outras profissionais dos cuidados de sade; no tm maior risco de desenvolver doena de Hodgkin; no tm um excesso de risco de cancro (independentemente da localizao), cancro do estmago, clon, recto, pncreas, ovrio, rim, bexiga, crebro, tiride ou linfossarcoma. Existe evidncia de nvel 2- de que os enfermeiros: Os enfermeiros esto entre os grupos profissionais mais afectados por problemas msculoesquelticos; Os enfermeiros esto mais expostos a agentes patognicos sanguneos do que a restante populao; Os enfermeiros esto em maior risco de adquirir Tuberculose (TB) quando comparados com a populao em geral; Os enfermeiros, quando trabalham em enfermarias com doentes infectados com TB, tm maior risco de desenvolver TB comparativamente com os que no trabalham nestas enfermarias; As enfermeiras tm um excesso de mortalidade por cancro no geral, leucemia e cancro do pncreas quando comparadas com as outras mulheres trabalhadoras; Existe um excesso de mortalidade por suicdio nas enfermeiras e os enfermeiros sofrem mais acidentes de origem ocupacional que no com corto-perfurantes do que os restantes PCS (excepto internos) e outros grupos profissionais. Existe evidncia de nvel 3 de que os enfermeiros; Esto mais expostos ao vrus da hepatite B do que os mdicos, estudantes de enfermagem e administrativos; No tm nveis de burnout diferentes dos restantes PCS. No se encontraram evidncias sobre: Ocorrncia de infeco por CMV, hepatite A ou C; Risco de cancro da mama nas enfermeiras comparativamente com as outras mulheres no enfermeiras; Risco de melanoma cutneo, risco de cancro do fgado, pulmo, colo do tero, tero ou leucemia, ocorrncia de HTA nos enfermeiros; Excesso de mortalidade por hepatite viral, cancro do clon, crebro, sistema nervoso, quedas acidentais ou morte relacionada com drogas nas enfermeiras em comparao com as mulheres trabalhadoras; Diferenas nas taxas de mortalidade por diabetes mellitus das enfermeiras e das mulheres trabalhadoras de colarinho branco; Ocorrncia de alergias de origem ocupacional, obesidade, asma de origem ocupacional, problemas de sono e hbitos de sono, problemas cardiovasculares, sade mental dos enfermeiros; Ocorrncia de ansiedade, stress ou depresso nos enfermeiros; Ocorrncia de acidentes com corto-perfurantes nos enfermeiros, absentismo nos enfermeiros, abuso de substncias e ingesto de bebidas alcolicas pelos enfermeiros; Prtica de vacinao ou de exerccio fsico, auto-exame da mama, rastreio do cancro do colo do tero, hbitos tabgicos, consumo de medicamentos, hbitos alimentares, autopercepo do estado de sade ou qualidade de vida e bem-estar dos enfermeiros. Estudo dos Inquritos Nacionais de Sade de 1998/1999 e 2005/2006: auto-percepo do estado de sade, morbilidade, utilizao dos servios de sade e despesas com a sade e comportamentos relacionados com a sade dos enfermeiros. Os resultados obtidos em 1998/1999 e em 2005/2006 so bastante semelhantes. Em 1998/1999, no existia diferena na prevalncia de doena aguda, doena crnica, incapacidade de longa durao ou IMC entre os enfermeiros, os outros PCS e os outros profissionais, nada levando a supor que em 2005/2006 os resultados seriam diferentes. H, nos enfermeiros e nos outros PCS, um claro predomnio dos indivduos que percepcionam a sade como muito boa ou boa. Os dados de 1998/1999, demonstram que os outros profissionais, quando comparados com os PCS, tm 52% maior possibilidade de percepcionar o seu estado de sade como razovel relativamente a percepcion-lo como muito bom ou bom. Embora a pontuao mdia e a mediana da pontuao do Mental Health Index no sugira sofrimento psicolgico provvel, os enfermeiros so o grupo profissional com menor pontuao e, como tal, com sade mental mais pobre. Tal , de alguma forma, confirmado por uma maior prevalncia de doena mental nos enfermeiros, comparativamente com os restantes grupos profissionais. A realizao de consulta de sade oral nos 12 meses que antecederam o inqurito diferente entre enfermeiros e outros profissionais. Os enfermeiros tm menor possibilidade de ter feito uma consulta de sade oral nos 12 meses anteriores ao inqurito comparativamente com os no profissionais dos cuidados de sade. Esta diferena encontrada em 1998/1999 provavelmente j no se verifica em 2005/2006 j que, neste perodo, a prevalncia de consulta de sade oral aumentou consideravelmente nos enfermeiros, passando a ser superior verificada nos outros PCS. Os enfermeiros tm menor possibilidade de terem consultado um mdico nos 3 meses anteriores ao inqurito quando comparados com os outros profissionais. Os outros PCS tm, tambm, menor possibilidade de terem consultado um mdico nos 3 meses que antecederam o inqurito quando comparados com os outros profissionais. Os enfermeiros, outros PCS e outros profissionais no so diferentes no que concerne aos gastos com consultas de urgncia ou outras, gastos com medicamentos ou outros gastos com a sade nas duas semanas anteriores ao inqurito. Conclui-se, tambm, que os enfermeiros, os outros PCS e os outros profissionais no diferem no consumo de medicamentos para dormir, no nmero de dias de toma destes medicamentos ou nos anos de toma. Ser enfermeiro comparativamente com ter outra profisso que no dos cuidados de sade diminui as chances de ser ex-fumador relativamente a nunca ter fumado em 42%. Ser outro PCS que no enfermeiro, e comparativamente com os outros profissionais, aumenta as chances de ter consumido bebidas alcolicas na semana anterior ao inqurito. Quer os enfermeiros quer os outros PCS tendem a no beber sozinhos, sendo mais frequente beberem em estabelecimentos comerciais. A percentagem de enfermeiros e outros PCS que ingeria bebidas alcolicas antes de conduzir era menos de metade da dos outros profissionais. Os enfermeiros, outros PCS e outros profissionais no diferiam relativamente realizao de actividade fsica pelo menos uma vez por semana. A grande maioria dos enfermeiros estava a fazer algum mtodo contraceptivo. A menor percentagem de indivduos a fazer contracepo verificava-se nos outros PCS. A vacinao contra a gripe era mais frequente nos enfermeiros. Por seu lado, a realizao de pelo menos uma citologia era mais frequente nos outros PCS e bastante superior nos enfermeiros e outros PCS do que nos outros profissionais. O mesmo acontecia relativamente avaliao da tenso arterial. Mortalidade nos enfermeiros e outros PCS entre Junho e Setembro de 2003 Entre Junho e Setembro de 2003 tinham ocorrido mais bitos em mulheres enfermeiras do que nos homens com a mesma profisso. J nos PCS como um todo, ou naqueles que no eram enfermeiros, existia maior proporo de mortes de indivduos do sexo masculino. Os PCS, considerados como um todo ou separadamente em enfermeiros e outros PCS, faleciam mais tarde do que os restantes profissionais. No entanto, para todos os grupos profissionais estudados a maior proporo de bitos ocorria depois dos 74 anos de idade. O mais frequente, em todos os grupos profissionais, era os bitos de causa natural, no domiclio. As duas principais causas de morte no diferiam entre PCS (todos, enfermeiros ou outros PCS) e outros profissionais, embora se verificassem alteraes na posio (primeira ou segunda) de acordo com o grupo profissional. J a terceira principal causa de morte variava entre os grupos estudados: nos PCS (e nos outros PCS) era as doenas do aparelho respiratrio, nos enfermeiros as doenas do sistema nervoso e nos outros profissionais as doenas do aparelho circulatrio, tumores, sintomas, sinais e resultados anormais de exames clnicos e de laboratrio, no classificados em outra parte. A anlise de correspondncias mltiplas veio, em parte, confirmar esta similitude. Permitiu identificar quatro perfis de mortalidade: dois determinados pelo tipo de bito, o grupo etrio e a causa de morte e dois definidos tambm pelo grupo etrio, causa de morte, estado civil e profisso (sem que, contudo, existisse um poder discriminatrio das profisses dos cuidados de sade). Os PCS, comparativamente com os outros profissionais, apresentavam um excesso de mortalidade por doenas do sistema nervoso e um dfice de mortalidade por doenas do aparelho geniturinrio. Os enfermeiros, por seu lado, quando comparados com os outros profissionais, tinham um excesso de mortalidade por doenas do sistema nervoso e um dfice de mortalidade por doenas do aparelho respiratrio e por sintomas, sinais e resultados anormais de exames clnicos e de laboratrio, no especificados em outra parte. Ao comparar a proporo de mortalidade por causa especfica dos enfermeiros com a dos outros PCS verificou-se existir um excesso de mortalidade por algumas doenas infecciosas e parasitrias, doenas endcrinas, nutricionais e metablicas, doenas do sistema nervoso e causas externas de morbilidade e de mortalidade. Verificou-se, tambm, um dfice de mortalidade por doenas do aparelho respiratrio. Os outros PCS, quando comparados com os outros profissionais, apresentavam um excesso de mortalidade por doenas do sistema nervoso e por doenas do aparelho respiratrio e um dfice de mortalidade por causas externas de morbilidade e de mortalidade. DISCUSSO E RECOMENDAES Das opes metodolgicas A reviso sistemtica da literatura revelou-se um importante instrumento metodolgico, til e adequado no desiderato de responder questo de investigao. Tornou-se bvio que a avaliao da qualidade do estudo essencial para que, no final, se possa discernir sobre as evidncias encontradas. A inexistncia de gold standards para os estudos observacionais levou a que se tivessem de estabelecer padres especficos para esta reviso que se revelaram adequados ao problema em estudo e que permitiram, no final, estabelecer o nvel das evidncias encontradas. A opo pelo sistema SIGN de classificação das evidncias mostrou-se adequada aos objectivos da reviso. A anlise dos 3 e 4 INS colocou vrios desafios que resultaram do facto de ambos utilizarem um desenho amostral multietpico com probabilidades diferenciais das unidades amostrais que englobou estratificao, clustering e ponderao. Este tipo de amostragem implicou uma anlise complexa que contemplou o efeito do desenho da amostra que s foi possvel no caso dos dados do 3 INS. Apesar das limitaes que um estudo de mortalidade proporcional pode apresentar considera-se que, no presente caso, as vantagens superaram as desvantagens. Para alm disso, foi possvel, atravs dos resultados obtidos, discernir acerca das hipteses estipuladas e, assim, contribuir para futuras linhas de investigao. Da sade dos enfermeiros Determinantes Em 1998/1999 ser enfermeiro, comparativamente com outra profisso que no dos cuidados de sade diminua a possibilidade de ser ex-fumador relativamente a nunca ter fumado o que pode reflectir a contribuio do conhecimento sobre os efeitos nocivos do tabaco para a tendncia para no fumar. Os outros PCS, comparativamente com os no PCS, tm maior possibilidade de terem consumido bebidas alcolicas na semana anterior ao inqurito mas o padro de consumo no diferia. Os enfermeiros e os outros PCS consumiam menos bebidas ao almoo e ao jantar do que os outros profissionais. Por outro lado, tambm tendiam a beber menos sozinhos optando por beber em estabelecimentos comerciais (mas em menor percentagem do que os outros profissionais) ou em eventos desportivos. A percentagem de enfermeiros e de outros PCS que tinham ingerido bebidas alcolicas antes de conduzir era cerca de metade da verificada nos outros profissionais. De acordo com a RSL realizada, no existiam evidncias sobre o consumo de medicamentos pelos enfermeiros. A anlise dos INS revelou, igualmente, no existirem diferenas entre enfermeiros, outros PCS e outros profissionais no consumo de medicamentos para dormir, mesmo relativamente ao nmero de dias, nas 2 semanas anteriores ao inqurito ou o nmero de anos de toma. De acordo com os dados do 4INS, os enfermeiros e os outros PCS tinham tomado mais medicamentos receitados nas duas semanas anteriores ao inqurito, sendo que nos enfermeiros a percentagem era cerca de 10% superior dos outros PCS. Os resultados parecem indiciar um provvel acesso privilegiado dos PCS a medicamentos para os quais necessrio receita mdica. Por outro lado, a baixa diferena na toma de medicamentos no receitados sugere que no existe uma padro muito marcado de auto-medicao o que seria de esperar num grupo profissional com um conhecimento teraputico privilegiado. A RSL demonstrou no existirem evidncias sobre a prtica de vacinao nos enfermeiros. A anlise descritiva do 4 INS permitiu verificar que a percentagem de enfermeiros que j tinha, alguma vez, vacinado contra a gripe era superior dos outros PCS ainda que fosse inferior dos outros profissionais. Estes dados podem indicar um padro diferente de vacinao contra a gripe nos enfermeiros. A diferena encontrada na realizao de pelo menos uma mamografia durante a vida entre as PCS e as outras profissionais pode, eventualmente, ser explicada pela diferena na idade das primeiras (mais novas) e das segundas. Na RSL no existiam evidncias sobre a prtica de mamografia. A percentagem de mulheres PCS que j tinha feito pelo menos um rastreio do cancro do colo do tero era superior verificada nas outras profissionais. Vrios estudos demonstraram que os PCS parecem vigiar mais amide a sua sade reprodutiva, nomeadamente, realizando rastreios do cancro do colo do tero e da mama mais frequentemente. Os enfermeiros eram os que apresentavam maior percentagem de indivduos a fazerem um mtodo contraceptivo, seguiam-se os outros PCS e os outros profissionais. Poder-se- colocar a hiptese que as diferenas observadas derivam da diferena de idade entre os grupos profissionais. A contracepo no foi estudada na RSL. A percentagem de outros PCS e de outros profissionais que tinham avaliado a TA nos 3 meses anteriores ao 4 INS era inferior dos enfermeiros. Achado idnticos aos descritos por outros autores. Esta diferena poder ser explicada pelo facto de a avaliao da TA ser uma actividade habitualmente realizada pelos enfermeiros (e por outros PCS) o que lhes facilitaria o acesso mesma e lhes permitiria a auto-avaliao. Em 1998/1999 os enfermeiros tinham menor possibilidade de ter feito uma consulta de sade oral do que os outros PCS. No entanto, e mesmo tendo em conta as limitaes de anlise dos dados de 2005/2006, esta tendncia parecia ter-se alterado. Os enfermeiros tinham menor possibilidade de terem consultado um mdico nos 3 meses anteriores ao INS comparativamente com os outros profissionais. Tal pode indicar uma utilizao de corredor dos servios de sade decorrente da proximidade com o mdico e que se efectivaria em consultas informais. Morbilidade Com a anlise dos INS, verificou-se que o perfil de morbilidade dos enfermeiros, outros PCS e outros profissionais, nas dimenses consideradas, no era diferente. A inexistncia de diferenas entre os grupos profissionais, encontrada a partir dos dados do INS, pode ser explicada por se ter agregado todas as doenas crnicas (diabetes, asma ou bronquite crnica, alergia, hipertenso arterial e lombalgias) numa s varivel (doena crnica). Esta categorizao pode ter mascarado prevalncias superiores de doenas que se sabem estar associadas ao trabalho de enfermagem, como o caso das lombalgias. No se verificaram diferenas entre os grupos profissionais relativamente ao valor mdio de IMC aps controlar para o efeito de potenciais confundimentos. Resultados semelhantes foram descritos por vrios autores. Os enfermeiros aparentavam ter estados mais pobres de sade mental que os outros PCS mas melhores que os outros profissionais. Pode-se postular que a eventual diferena entre enfermeiros e outros PCS deriva da singularidade do cuidar em enfermagem, da ateno especial que o caracteriza. Pode ser reflexo da complexidade emocional do trabalho em enfermagem. Auto-percepo do estado de sade Verificou-se que os PCS, considerados como um todo, ou separadamente em enfermeiros e outros PCS, tendiam a percepcionar a sade de forma mais positiva que os outros profissionais. Vrios autores referem como determinantes da auto-percepo do estado de sade, o estado fsico, a doena crnica, o estatuto scio-econmico e os estilos de vida. No estudo da auto-percepo do estado de sade controlaram-se os efeitos destes determinantes. Contudo, as diferenas entre os grupos profissionais mantinham-se. A disponibilidade de servios de sade um importante determinante da percepo do estado de sade. Este factor no foi tido em conta o que poder, eventualmente, explicar a variao obtida. Outro factor no medido foi a sade mental e outros factores psico-sociais como o apoio emocional, o stress e a auto-estima que influenciam, igualmente, a auto-percepo do estado de sade. Mortalidade Trs aspectos caracterizavam a mortalidade dos PCS: morriam mais tarde do que os no profissionais de sade, tinham um dfice de mortalidade na maioria das causas consideradas at aos 54 anos de idade, apresentavam um excesso de mortalidade por doenas do sistema nervoso e um dfice de mortalidade por doenas do aparelho geniturinrio. Na base do dfice de mortalidade podem estar diversos factores. Os PCS podem beneficiar dos seus prprios conhecimentos e, assim, terem estilos de vida mais saudveis e comportamentos relacionados com a sade que lhes permita viver mais tempo. O trabalho no sector da sade, e mais precisamente o trabalho dos PCS (enfermeiros e outros) era relativamente estvel, seguro e no existia desemprego, nos restantes grupos profissionais existiriam profisses para as quais tal no se verificava. Assim, em algumas delas, os indivduos podero ter sido vtimas de desemprego ou de condies precrias de trabalho (subemprego) que, cumulativamente com outras desvantagens adquiridas ao longo da vida, podem ter influenciado fortemente a sade do indivduo e consequentemente, a sua morte. O excesso de mortalidade por doenas do sistema nervoso nos PCS foi j descrito noutros estudos. Uma das possveis explicaes pode advir dos PCS terem falecido mais tarde do que os indivduos com outras profisses e, como tal, terem desenvolvido estas patologias devido a um processo natural de envelhecimento. Outra das explicaes, e, neste caso especificamente para os enfermeiros, pode ter a ver com a elevada prevalncia do sexo feminino. Na presente investigao, detectou-se, tambm, um excesso de mortalidade por tumores nas mulheres PCS quando comparadas com as mulheres dos outros grupos profissionais. Este padro mantinha-se quando se comparavam as enfermeiras ou as outras PCS com as restantes mulheres. O excesso de mortalidade por tumores mantinha-se nas enfermeiras quando se utilizava, como grupo de comparao, as outras PCS. O conhecimento actual que existe sobre a etiologia dos tumores malignos est condicionado pela noo desta complexa teia de causalidade e pelos mtodos epidemiolgicos que so utilizados para a estudar. Os profissionais dos cuidados de sade, durante o seu exerccio profissional so expostos a uma srie de substncias qumicas entre as quais se encontram frmacos, gases anestsicos, agentes de limpeza e de esterilizao, solventes, sabes e reagentes com potenciais efeitos mutagnicos, carcinognicos e teratognicos. Os resultados obtidos com a presente investigao no justificam recomendaes sobre intervenes. O conhecimento sobre a sade dos enfermeiros e a influncia que o trabalho de enfermagem tem sobre esta , ainda, lacunar. Assim, recomenda-se: O desenvolvimento de programas de vigilncia de sade dos enfermeiros e dos outros profissionais dos cuidados de sade; A melhoria da declarao e codificao da profisso nos certificados de bito; A anlise sistemtica das causas de bito por grupo profissional; A criao de mecanismos de acesso aos dados dos Inquritos Nacionais de Sade que, sem colocar em causa o anonimato dos respondentes, permita a anlise de dados exaustiva e inferencial.

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RESUMO - A Tuberculose surge, de acordo com o ltimo relatrio da Organizao Mundial da Sade, como a segunda principal causa de morte em todo o mundo, de entre as doenas infeciosas. Em 2012, 1.3 milhes de pessoas morreram devido a esta patologia e surgiram 8.6 milhes de novos casos. De entre os grupos de risco de infeo, surgem os profissionais de sade. A dificuldade no diagnstico da Tuberculose, o contacto prximo com os pacientes, as medidas de controlo de infeo por vezes inadequadas so algumas das razes que explicam o risco mais elevado de contrair Tuberculose no local de trabalho. Esta Dissertao de Mestrado pretende estabelecer uma nova classificação de risco de infeo por M. tuberculosis em estabelecimentos de sade, com vista a promover a sade destes profissionais, inovadora nos critrios de avaliao das medidas de controlo de infeo e de anlise dos casos de exposio no protegida a Tuberculose ativa. Esta metodologia de avaliao foi o resultado de uma reviso bibliogrfica sobre a temtica, tendo sido aplicada num hospital para verificar a sua adequabilidade e mais-valia.

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A correta classificação do diabete melito (DM) permite o tratamento mais adequado e compreende quatro categorias: DM tipo 1; DM tipo 2; Outros tipos e Diabete Gestacional. Em alguns casos, pode ocorrer sobreposio de quadros, principalmente no DM que inicia no adulto jovem ou que se apresenta inicialmente com cetoacidose, intermedirios ao DM 1 e DM 2. Assim, acrscimos ao sistema de classificação clssico tm sido propostos, avaliando a presena de autoimunidade (anticorpos) e a funo de clula &#946; (peptdeo-C) para definir mais precisamente os subtipos. O objetivo desta reviso foi de analisar o desempenho desses ndices diagnsticos para a classificação do DM e descrever os subtipos em detalhe. Os anticorpos contra o pncreas evidenciam a autoimunidade, sendo o anticorpo contra insulina o mais acurado antes dos 5 anos de idade e o anti-descarboxilase do cido glutmico para incio da doena acima dos 20 anos, esse o teste que permanece positivo por mais tempo. J a medida do peptdeo-C avalia a reserva pancretica de insulina, e os mtodos de estmulo mais usados so a medida aps refeio ou aps glucagon endovenoso. Valores de peptdeo-C < 1,5 ng/ml definem o paciente com funo pancretica ausente, e acima desse valor, com funo preservada. Combinando-se a presena de anticorpos (A+) dirigidos ao pncreas e a sua capacidade secretria de insulina (&#946;+), pode-se subdividir a classificação do DM em tipo 1A (A+&#946;-) e 1B (A+ &#946;-); e o DM tipo 2 em subgrupos de DM 2A (A+&#946;+) e DM 2B (A-&#946;+), o que permite uma classificação e tratamento mais precisos, alm de abrir os horizontes para o entendimento da patognese do DM.

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O presente trabalho intitulado Auditoria Interna nas Instituies Financeiras com enfoque na Gesto de Risco, enquadra-se no mbito da licenciatura em Contabilidade e Administrao, ramo Auditoria, tem com o objectivo analisar a contribuio da Auditoria Interna no processo de Gesto de Risco nas Instituies financeiras, designadamente nos bancos comerciais do Pas. Procura-se, na presente monografia, proporcionar uma reflexo acerca da evoluo do paradigma de Auditoria Interna, com particular analise e contraste entre o anterior paradigma, baseado no controlo, e o actual paradigma, baseado no risco, salientando tambm o impacto desta transio no perfil dos auditores internos. Ao longo desta monografia abordou-se como se encontra estruturado o sistema financeiro Cabo-verdiano, bem como os principais bancos comerciais do pas e como estes se encontram estruturados no que toca prtica de gesto de risco. No sentido, pretende-se igualmente analisar a contribuio da Auditoria Interna no processo de gesto de risco, tendo sido apresentado um estudo onde foram analisados os principais bancos comerciais do pais, visando obter evidencias de como se encontra estruturado o processo de gesto de risco nesses bancos e quais tem sido os papis desempenhados pela funo de Auditoria Interna neste processo. Com este trabalho de pesquisa, conclui-se que a Auditoria Internas das instituies financeiras em Cabo Verde tem contribudo para a melhoria do sistema de gesto de risco destas, apesar de ainda existirem instituies que preferem gerir o risco de forma tradicional.

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proposto um sistema de classificação de solos baseado na capacidade de aerao e de hidratao dos perfis. A hidratao medida pela gua disponvel (capacidade de campo menos ponto de murcha), enquanto a aerao avaliada pela conjugao dos valores de ar disponvel (porosidade total menos capacidade de campo) e de velocidade de infiltrao bsica. A partir desses pressupostos, so definidas 10 ordens e 28 classes de solos. As variveis de entrada so: densidade das partculas, densidade do solo, porosidade total, capacidade de campo, ponto de murcha e velocidade de infiltrao bsica. A classificação baseada em critrios estritamente numricos e inexistem componentes subjetivos de avaliao. As nove ordens principais, cada uma com trs classes, so: solos aerado-aqferos (I); solos aerado-mesaqferos (II); solos mesaerado-aqferos (III); solos mesaerado-mesaqferos (IV); solos aerado-aqcludos (V); solos mesaerado-aqcludos (VI); solos anaerado-aqferos (VII); solos anaerado-mesaqferos (VIII); solos anaerado-aqcludos (IX). Uma ltima ordem possvel (ordem X), a ordem dos solos alagados, com apenas uma classe. feita uma aplicao do mtodo em solos com classes texturais variadas, desde areias at solos muito argilosos. Demonstra-se que inexiste uma relao direta entre as classes texturais e as classes ou ordens de solo do sistema. Com a conjugao de outras informaes (meteorolgicas, fitolgicas, topogrficas, de nvel de manejo), prope-se seja o mtodo tambm utilizado como ferramenta de manejo dos solos ou na avaliao de aptido agrcola das terras ou no dimensionamento dos projetos de irrigao.

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Nos ltimos anos, tem-se observado aumento na produo de uvas destinadas elaborao de vinhos na regio do Circuito das Frutas, Estado de So Paulo, promovido principalmente pelo turismo rural. O objetivo deste trabalho foi caracterizar o potencial climtico dessa regio para produo de uvas para vinho, utilizando o Sistema de Classificação Climtica Multicritrios Geovitcola, baseado nos ndices biometeorolgicos: heliotrmico, de frio noturno e de seca, considerando as safras de vero e de inverno. Para a safra de vero, foram identificadas reas com clima quente, midas e com noites quentes, situadas na regio oeste do Circuito das Frutas; na regio centro-leste, as noites foram caracterizadas como temperadas e, nas reas de altitudes mais elevadas, o clima encontrado foi o temperado quente, sem perodo seco e com noites temperadas. Para a safra de inverno, os valores de umidade mantiveram-se elevados, com as classes climticas variando entre quente, temperado quente e temperado, com noites muito frias. O Circuito das Frutas apresentou caractersticas que podem favorecer a obteno de uvas para vinhos brancos e espumantes.

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OBJETIVO: Avaliar o desempenho de parmetros morfomtricos, calculados a partir do contorno de leses de mama em ultrassonografias, na quantificao de suas caractersticas morfolgicas e na distino das categorias 2, 3, 4 e 5 do sistema de classificação ecogrfica BI-RADS. MATERIAIS E MTODOS: A casustica composta por 40 casos com registro ortogonal de pacientes submetidas cirurgia. A partir das leses segmentadas, foram calculados cinco parmetros morfomtricos para quantificar o contorno e a forma das leses: razo de rea, razo de superposio, valor residual normalizado, circularidade e razo entre largura e profundidade. A anlise discriminante linear foi usada para selecionar os parmetros mais significativos na distino das caractersticas morfolgicas das leses, usando como figura de mrito a curva ROC. RESULTADOS: A razo de superposio foi capaz de diferenciar estatisticamente as leses classificadas como BI-RADS 3 daquelas classificadas como BI-RADS 4 (a = 5%; p = 0,015), sendo, tambm, o parmetro morfomtrico que apresentou melhor desempenho na diferenciao entre leses malignas e benignas. CONCLUSO: Este resultado indica que a anlise morfomtrica de leses de mama em ultrassonografias tem potencial para auxiliar na distino de pacientes que deveriam ser submetidas bipsia, daquelas que poderiam manter controle por mtodos de imagem.

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A Bacia do Alto do Descoberto importante fonte de gua para o Distrito Federal. Essa bacia tem apresentado ao longo dos anos expanso agrcola e urbana em detrimento das reas de vegetao natural. A ocupao inadequada, assim como a falta de planejamento do uso e ocupao do solo, pode levar a alteraes do escoamento superficial e, consequentemente, do ciclo hidrolgico, a feies erosivas, contaminao dos mananciais superficiais e subterrneos e ao desequilbrio do ecossistema da regio. Portanto, o monitoramento e a anlise do uso e ocupao do solo so imprescindveis na preveno desses impactos e na manuteno dos mananciais. Dessa forma, este estudo tem como objetivo o mapeamento e a anlise comparativa do uso e ocupao do solo da Bacia do Alto do Descoberto entre os anos 1994 e 2011. As classificaes de uso e ocupao do solo foram elaboradas utilizando um classificador orientado ao objeto baseado em regras e lgica nebulosa, permitindo uma anlise dos avanos do uso do solo e a perda da cobertura vegetal da bacia. O sistema de classificação utilizado foi considerado bem-sucedido, com ndice de exatido temtica (Kappa) de 0,64. Apesar de ainda haver algumas confuses temticas no processo de classificação, as anlises comparativas entre as classes temticas dos mapas dos referidos anos evidenciaram a forte expanso agrcola da regio em aproximadamente 11% da rea da bacia, bem como uma perda de vegetao natural.

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A avaliao da qualidade da classificação foi realizada em duas unidades de beneficiamento de tomates de mesa, com equipamentos de classificação eletrnica e mecnica, e em dois perodos de produo, safras de vero e inverno. O objetivo deste trabalho foi avaliar a conformidade de classificação por dimetro e colorao dos equipamentos com o proposto pelo Programa Brasileiro para a Modernizao da Horticultura (PBMH), e verificar a classificação obtida por dimetro com os equipamentos, na regulagem programada pela unidade de beneficiamento, sendo utilizados tomates da cultivar Carmen. Os resultados obtidos mostraram que no houve conformidade entre a classificação por dimetro e a colorao feita com os equipamentos, com o proposto nas normas de classificação do PBMH. Concordncia da classificação obtida com a do programa foi encontrada somente para a classe de maior dimetro, em ambos os equipamentos. O equipamento eletrnico apresentou melhor desempenho que o mecnico; no entanto, esse equipamento dever ser monitorado em suas atividades visando eficincia e viabilizao do investimento. Por sua vez, no equipamento mecnico, ser necessrio rever o sistema de classificação com correia de lona furada para que se possa atender legislao de classificação para o tomate de mesa.

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OBJETIVO: testar a reprodutibilidade entre observadores das medidas e do estdio da distopia genital pela classificação do prolapso plvico feminino preconizada pela Sociedade Internacional de Continncia (ICS). MTODOS: foram avaliadas 51 pacientes atendidas no setor de Uroginecologia e Cirurgia Vaginal do Departamento de Ginecologia da UNIFESP/EPM durante investigao uroginecolgica. Descrevemos a localizao dos pontos propostos pela classificação da ICS, sendo dois na parede vaginal anterior, dois no pice vaginal, dois na parede vaginal posterior, alm do hiato genital, corpo perineal e comprimento vaginal total. A seguir, realizamos o estadiamento da distopia genital baseada nesta classificação. O procedimento foi realizado por dois investigadores diferentes sem contato prvio entre eles. A reprodutibilidade das nove medidas stio-especficas e do estdio final foi analisada pela correlao de Pearson e a mdia dos pontos especficos pelo teste de t-pareado. RESULTADOS: houve correlao significativa e substancial para as medidas avaliadas. O ndice de correlao para o ponto Aa foi de 0,89 (p<0,0001), ponto Ba de 0,90 (p<0,0001), ponto C de 0,97 (p<0,0001), ponto Ap de 0,72 (p<0,0001), ponto Bp de 0,84 (p<0,0001), ponto D de 0,91 (p<0,0001), hiato genital de 0,65 (p<0,0001), corpo perineal de 0,66 (p<0,0001) e comprimento vaginal total de 0,73 (p<0,0001). Tambm no se observou variao na mdia das medidas realizadas pelos dois examinadores. Da mesma forma, o estdio final da distopia foi altamente reprodutvel (r = 0,81, p<0,0001). Em nenhuma paciente houve variao maior que um estdio, sendo idnticos em 86,2% dos casos. CONCLUSES: existe reprodutibilidade nas medidas obtidas pelo sistema de classificação da distopia genital da Sociedade Internacional de Continncia.

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OBJETIVOS: as melhorias tecnolgicas na qualidade da imagem tm aumentado a importncia da ultra-sonografia no estudo das patologias mamrias. A necessidade de padronizao para caracterizar, descrever e emitir laudos na anlise das imagens motivaram o desenvolvimento de um sistema de classificação de laudos ecogrficos mamrios. MTODOS: o sistema de classificação proposto agrupou as imagens ecogrficas mamrias em cinco classes: I - normal, II - benigna, III -indeterminada, IV - suspeita, V - altamente suspeita. As caractersticas morfolgicas ecogrficas utilizadas para a descrio das imagens foram: forma, limites, contorno, ecogenicidade, ecotextura, ecotransmisso, orientao e sinais secundrios. O teste padro, numa casustica de 450 leses, foi considerado o seguimento ecogrfico das leses por perodo de 6 a 24 meses e a histopatologia da pea cirrgica nos casos operados. RESULTADOS: a classificação ecogrfica mamria para o diagnstico de cncer de mama apresentou sensibilidade de 90,2% (IC: 82,8-94,9%) e especificidade de 96,2% (IC: 94,0-97,6%) O valor preditivo positivo foi de 84,1% (IC: 76,0-89,9%) e o valor preditivo negativo foi de 97,8% (IC: 95,9-98,9%), alcanando acurcia de 95,1%. CONCLUSES: a adoo do sistema de classificação ecogrfica resulta na uniformidade e otimizao dos laudos. Facilita ainda a comparao com a clnica, com os exames histopatolgicos e de imagem mamria, evitando procedimentos desnecessrios, conduzindo a condutas teraputicas mais adequadas