969 resultados para Romance histórico tradicional


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Este trabalho tem como objetivo principal analisar a ocorrência do mito no romance Vinte e Zinco, de Mia Couto, publicado pela primeira vez em 1999, em Lisboa. Nesse romance, o autor aborda os aspectos sociais e culturais da população moçambicana durante a colonização portuguesa. Através de uma linguagem que insere os mitos africanos no contexto social e histórico moçambicano, o autor denuncia os horrores da colonização durante a Guerra Colonial, metaforizados entre os dias 19 e 30 de abril de 1974. No entanto, o fim da guerra ainda não representa a liberdade completa dos moçambicanos. Eles terão de esperar até o dia 25 de junho de 1975, quando presenciarão a Independência de Moçambique. A constituição dos mitos vai além do registro das crenças e lendas africanas, pois o romance é construído através de uma linguagem que se reconfigura a partir das denúncias implícitas nas falas das personagens. Essa é uma das principais características do mito, que se apropria da linguagem como objeto principal de sua veiculação. Por isso, o mito em Vinte e Zinco pode ser entendido como fala ou mensagem que precisa ser decifrada para ser compreendida. Nossa intenção é perceber onde e como essas mensagens (mitos) se apresentam no romance

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O objetivo da presente dissertação é entender como ocorre a ficcionalização da memória da guerra colonial portuguesa nos romances Os Cus de Judas e A Costa dos Murmúrios e as estratégias usadas pelos autores para expressar essa memória em termos literários. Essas narrativas ao constatarem o colapso da antiga utopia colonialista do discurso nacional português, propõem uma revisão dos antigos valores nacionais e da retórica do regime salazarista, que afetou de forma profunda a vida dos autores. Em ambas as narrativas, a experiência da guerra é reconstruída através do testemunho e da reavaliação das reminiscências do passado das personagens, o que confere às obras um perfil confessional. Ao desmontar o tradicional relato histórico, relativizando verdades universalmente aceitas, a ficção visa preencher as lacunas do discurso histórico oficial, entendido como uma escritura dos vencedores. O confronto entre a memória individual resgatada pelas personagens e a memória legitimada da nação tem uma função redentora sobre o passado na medida em que interrompe a lógica dominante no momento presente. O estudo das referidas obras individualmente é concluído com uma análise sob o viés comparativo que visa estabelecer semelhanças e possíveis discrepâncias na forma de representação das memórias da guerra colonial

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Na trilogia crítico-religiosa de José Saramago, constituída pelos romances Memorial do Convento, O Evangelho Segundo Jesus Cristo e Caim, torna-se possível perceber a presença recorrente do pensamento utópico, que, nas três obras em questão, não se revela como percepção idealística de uma realidade imutável, mas, tendo em vista a perspectiva filosófica de Ernst Bloch, revela-se como consciência aguda tanto do processo histórico quanto da práxis libertária. Na dinâmica constitutiva dessa consciência, pode-se delinear o encontro interativo dos tempos: um passado reconstituído criticamente pela ótica contemporânea, um presente permeado por intensa militância ideológica e, principalmente, a consciência de um futuro aberto como possibilidade concreta, o que viabiliza, naqueles romances, aspirações humanas por transformações radicais da ordem vigente. Esse encontro dos tempos, do ponto de vista estético-literário, substancializa-se na trilogia por intermédio essencialmente do recurso paródico: a revisitação crítica dos ícones e temas provenientes do universo judaico-cristão. Seja nas imagens desiderativas que retoma, seja no quadro conceitual que ironiza, seja, ainda, na constituição híbrida do romance, que esfacela o teor totalizante da narrativa tradicional, José Saramago parece extrair dos arquétipos religiosos uma intensidade subversiva que, na tessitura ficcional que elabora, atinge e questiona a construção metafísica erigida por séculos de judaísmo e cristianismo. Nos três romances do escritor lusitano, esse processo de releitura do passado aponta não somente para a impossibilidade, no contexto contemporâneo, de experiência com a cosmovisão totalizante da religião ocidental como também para a reconstituição existencial do mundo moderno, uma vez que, a partir de sonhos frustrados daquele passado, se tornaria possível materializar anseios utópicos latentes, represados na memória coletiva. Assim, o pensamento utópico, na trilogia saramaguiana, converte-se em névoa do tempo: no espaço múltiplo e complexo do romance, desnuda-se a dialética entre passado, presente e futuro, que, na sua dinamicidade constitutiva, abriga e gesta o novum, o ainda não

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10 hojas : ilustraciones, fotografías a color

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Neste artigo, discute-se o motivo épico tradicional da luta contra o dragão como etapa necessária à legitimação do perfil heróico no romance bizantino do século XIV Calímaco e Crisórroe. Nesse sentido, comentam-se os três episódios em que Calímaco vence os dragões do castelo, mas nem sempre mediante o confronto directo: se, por um lado, age com valor à semelhança do guerreiro homérico, por outro lado, herdeiro dos modelos helenísticos, deixa-se levar pela indolência amorosa

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Dissertação de Final de Mestrado para obtenção do grau de Mestre em Engenharia Civil Especialização em Edificações

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Tese apresentada para cumprimento dos requisitos necessários á obtenção do grau de Doutor em História, especialidade História Contemporânea

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En la cub. además: Materiales de historia de la filosofía

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Reflexión metodológica sobre la forma de realizar un comentario de texto histórico a nivel de COU. Se destaca que es un instrumento importante para la inclusión de la crítica documental en la enseñanza, con lo cual se contribuye a evitar la clase expositiva tradicional y a suscitar la participación colectiva. El punto de partida es necesariamente la lectura atenta del texto y el subrayado de sus puntos significativos. Tras esta tarea previa conviene efectuar un esquema general de lo que se va a comentar. Por otro lado es importante tener en cuenta que la bibliografía sobre los métodos aumenta y todos son válidos en la medida que permitan aprovechar el documento. Sin embargo se incluye un esquema que la experiencia docente ha mostrado que es a un tiempo sencillo y eficaz. Este esquema consta de una fase de encuadre del texto, en sus aspectos cronológicos, temáticos y su autor y destinatario. A esta fase le sigue la de análisis, la más extensa, que va seguida de un apartado de instituciones, hechos y personajes, y como elemento final, se hace referencia al juicio crítico.

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El 6 de mayo de 1882 se crea en Madrid un centro de carácter cultural-pedagógico orientado a paliar las deficiencias existentes en la formación del magisterio. El Museo aparece como un organismo vivo y dinámico, verdadera institución pedagógica dispuesta a recoger todas aquellas manifestaciones en las que se refleja el movimiento pedagógico universal para ponerlas a disposición del magisterio español y ejercer una acción eficaz en la enseñanza. Se establece una teoría educativa que trata de identificar, fundamentar y situar en el mapa pedagógico de Occidente, así como anotar su influencia en el pensamiento histórico-pedagógico de España. Se establece un análisis de la Institución bajo la perspectiva interdisciplinar y social de la historia de la educación. Para el desarrollo de la investigación se aplican instrumentos metodológicos históricos, comparativos y empíricos que permiten integrar, explotar e interpretar la trayectoria seguida por la Institución. La primera parte recoge las coordenadas nacionales y extranjeras que confluyen en el nacimiento del Museo. Desde una perspectiva socioeconómica se pretende remontar hasta el estudio de los debates ideológicos que sobre cultura y enseñanza se llevan a cabo en la época contemporánea y terminar por la enseñanza primaria, durante el periodo anterior al nacimiento del Museo en sus dos vertientes, la del magisterio en ejercicio (Escuelas Primarias) y el magisterio en formación (Escuela Normales). En la segunda parte se desarrollan los principios y categorías que definen un modelo de educación en las distintas manifestaciones del Museo. Se analizan núcleos de ideas base en la docencia e investigación y en las que el Museo Pedagógico contribuyó a su estudio y resolución de problemas modernos de la educación y pedagogía. En la tercera y última parte, se orienta al estudio del desarrollo histórico del Museo en base a cuantos elementos conyunturales y estructurales posibilitaron la vida y actividad del centro. El Museo Pedagógico nace como respuesta al precario estado en que se encontraba la educación primaria en general y las Escuelas Normales en particular, y la formación de su profesorado. El planteamiento de Manuel Bartolomé Cossío, al frente del Museo Pedagógico significó la ruptura del enfoque tradicional de la enseñanza y la introducción de nuevas perspectivas en la educación y la pedagogía. Centro su objetivo en la renovación metodológica de los procedimientos tradicionales de enseñanza, al tiempo que trataba de introducir contenidos más acordes con los avances científicos y sociales. Contribuyó a la modernización de los fundamentos y la estructura educativa de un país que se encontraba sumido en un aislamiento pedagógico.

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En este artículo se analiza el diálogo que establecen las intelectuales latinoamericanas con la Historia oficial por medio de determinadas ficciones de archivo publicadas en la década de 1950. Al respecto, es importante tener en cuenta que tras la adquisición de derechos civiles por parte de las mujeres latinoamericanas en las décadas de 1930 y 1940 –cuando conquistaron el derecho al voto, ingresaron masivamente a las universidades y se erigieron como posibles representantes de los intereses públicos–, las intelectuales del continente demandaron la adscripción a alguna genealogía histórica que les proporcionara coherencia y profundidad identitaria. En muchas ocasiones debieron echar mano del discurso literario para negociar su existencia presente con el pasado histórico y ampliar los límites de la fundación continental con la visibilización de las voces y subjetividades femeninas. En este marco se publican los dos libros que componen el corpus: Manuela Sáenz, la divina loca (195?), de la venezolana Olga Briceño, y Amor y gloria: el romance de Manuela Sáenz y el Libertador Simón Bolívar (1952), de la peruana María Jesús Alvarado. Estas lecturas permitirán reflexionar en torno al proceso de historización de la alteridad demandado por las nuevas ciudadanas del continente, determinar sus alcances y la subjetividad resultante de este enfrentamiento.

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Esta tese de doutorado estuda a produção de unidades habitacionais para famílias de baixa renda coordenada com o programa de revitalização da região central do município de São Paulo. O estudo recupera o discurso da teoria microeconômica tradicional aplicada a estudos urbanos e o contrapõe a um discurso alternativo. Foi criada uma base de dados original na forma de um levantamento dos imóveis subutilizados nos distritos Sé e República a partir de visitas a campo, com observações diretas dos imóveis e utilizando técnicas de identificação por imagens de satélite e sistemas de geoprocessamento para avaliar a extensão e os padrões da degradação imobiliária. Os resultados da análise do banco de dados demonstram a plausibilidade do discurso alternativo e apontam para alguns fatores significativos que contribuem para o atual estado de degradação. Retoma-se então a análise da política de repovoamento da região central por meio de um programa de moradias para famílias de baixa renda e mostra-se como as técnicas empregadas permitem avaliar as razões para o baixo desempenho dessa agenda política no contexto de um amplo programa de revitalização urbana.

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A graduação de filosofia no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais da Universidade Federal do Rio de Janeiro caracterizava-se, principalmente nos primórdios da década de 70, por uma orientação tradicional, dogmática e a-histórica, gerando no corpo discente a perplexidade e o desinteresse pelo curso. Orientação que, segundo os depoimentos de professores e alunos de períodos anteriores, não era específica da década de 70, mas que perpetuava-se a alguns anos no curso dessa instituição, "gerando, em alguns momentos históricos, o conflito entre a proposta oficial do curso e os anseios e interesses de seu corpo discente. Considerando a filosofia, não como um discurso teórico "perene", "imutável" e "a-histórico", mas como parte inerente à história, refletindo, assim, suas mudanças e contradições, buscam-se através de um estudo histórico que inicia-se no período colonial e vai até a década de 60 no século XX -as causas determinantes do imobilismo, do dogmatismo e da a-historicidade que caracterizaram a graduação de filosofia da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Manteve-se sempre como pano de fundo dessa trajetória histórica o conflito entre a proposta oficial da graduação de filosofia e os anseios e interesses, enfim, a perspectiva dos alunos no que se refere ao ensino de filosofia. Conflito que evidencia a dicotomia ser/pensar perpetuada pelo ensino de filosofia no contexto educacional brasileiro.