987 resultados para Mulher Condições


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A incontinncia urinria gera implicaes negativas nos mbitos emocional, social e econmico tanto para o indivduo incontinente, como para seus cuidadores. A terapia comportamental uma das abordagens no-invasivas para a incontinncia urinria. A terapia comportamental realizada durante as consultas de enfermagem e a atuao do enfermeiro consiste na aplicao de um protocolo de orientaes sobre hbitos de vida, medidas de controle da mico, treinamento para realizao do dirio miccional, treinamento de exerccios perineais e avaliao da resposta da paciente terapia. O estudo tem como base terica a Teoria do autocuidado de Dorothea Elisabeth Orem, pois a terapia comportamental visa instrumentalizar o indivduo a realizar prticas de autocuidado a partir do protocolo de atendimento do ambulatrio. O objetivo da pesquisa avaliar a efetividade da terapia comportamental aplicada pelo enfermeiro para o controle miccional e melhora da qualidade de vida da mulher idosa. Trata-se de um ensaio clnico no-controlado.40 Foram includas no estudo mulheres acima de 60 anos que participam do Ambulatrio do Ncleo de Ateno ao Idoso com a queixa clnica de perda involuntria de urina encaminhadas para o ambulatrio de urogeriatria. A populao estudada foi composta por 13 participantes. Os dados da pesquisa foram coletados a partir dos instrumentos de avaliao do ambulatrio de urogeriatria que foram arquivados nos pronturios das pacientes: o dirio miccional, avaliao de enfermagem na terapia comportamental e o questionrio sobre qualidade de vida em mulheres com incontinncia urinria chamado de Kings Health Questionnaire. Estes instrumentos foram aplicados antes e depois da terapia comportamental. Foram colhidos dados das pacientes acompanhadas no ambulatrio durante o perodo de abril de 2011 a junho de 2012. Os resultados foram que aps a terapia comportamental todas as idosas responderam que ingerem lquidos no perodo diurno, 92,30% das idosas responderam que estabeleceram um ritmo miccional de 2/2 horas ou de 3/3 horas. Sobre o parmetro miccional perda de urina ao final da terapia comportamental 75% das idosas apresentaram ausncia de perda de urina. Alm disso, aps a terapia comportamental nenhuma das pacientes teve perda de urina durante a realizao dos exerccios e 92,30% apresentaram contrao eficiente dos msculos perineais. Deste modo, esta pesquisa demonstrou que as idosas que participaram da terapia comportamental obtiveram melhora do controle urinrio e da qualidade de vida. A terapia um sistema que sofre retroalimentao medida que o paciente adere s prticas de autocuidado e o enfermeiro refora as orientaes a fim de atingir o objetivo maior que a sensao de bem estar. A teoria de Dorothea Orem se adequou bem ao estudo, pois a terapia comportamental permitiu aos idosos a assumirem responsabilidade com o seu corpo e se empenharem efetivamente para melhorar a sua condio de sade e qualidade de vida.

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Esta tese entrelaa o repertrio de marchinhas carnavalescas e os estudos de gnero, vislumbrando identificar, nas composies de Lamartine Babo, Joo de Barro e Ari Barroso, vises sociais sobre as mulheres do Rio de Janeiro no decurso dos anos de 1930 e 1940. Os debates sobre as relaes de gnero esto longe de serem esgotadas, sobretudo, quando se prope lanar um olhar psicossocial sobre tal temtica por meio da anlise de discurso das letras de msicas de Carnaval. O trabalho afasta-se da concepo da categoria mulher como um lugar comum e sinnimo de identidade feminina. Este posicionamento reflexivo entende o conceito de gnero como uma construo agenciada no mundo social. Concomitantemente ao processo de produo e circulao de diferentes discursos sobre os papis sociais de homens e mulheres, os compositores de marchinhas inseriram a linguagem carnavalesca como mais uma possibilidade de abordar o tema das relaes de gnero no contexto scio-histrico investigado. Nesses termos, este estudo explicita a pretenso de inserir as letras desse gnero musical como um lugar privilegiado para o entendimento de uma parcela de um pensamento social brasileiro referente ao estatuto de ser homem ou mulher no pas. A tese busca desvelar as vises sobre mulheres nas letras de marchinhas carnavalescas a partir de das reflexes bakhtinianas sobre a Psicologia, as quais, continuamente, permitiram estabelecer uma relao estreita entre o contexto scio-histrico do Rio de Janeiro nas dcadas de 1930 e 1940 e as mensagens sociais contidas nas marchinhas carnavalescas desse perodo.

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O propsito desta dissertao estudar as representaes femininas nas letras luso-brasileiras do sculo XVII, sempre levando em conta os pressupostos tericos formulados pela crtica brasileira atual. Pretende-se examinar as prticas letradas seiscentistas pelo prisma dos critrios retrico-poticos vigentes na poca, em que se destacam a importncia dos elementos visuais. O estudo tem como base o contraponto das figuras de Eva e Maria, formando o grande paradigma da dualidade feminina nas letras coloniais; tal construo da imagem da mulher como tentadora e salvadora foi um longo processo desde as letras dos tempos antigos, se intensificando no perodo medieval at chegar no sculo XVII. Desse modo, focalizamos as poesias de Gregrio de Matos e alguns sermes do padre Antonio Vieira, dialogando com questes histricas, sociais e artsticas no momento de produo das obras para tentar reduzir os riscos de anacronismo, sempre presentes quando abordamos perodos to distanciados no tempo. Analisamos variadas configuraes femininas nas poesias lricas e satricas de Gregrio de Matos; j nos sermes de Vieira, percebemos que o contraponto entre as concepes mariana e eviana fica mais evidente. Mostramos como as figuras femininas examinadas se aproximavam de Eva ou de Maria, levando em conta o contexto scio-econmico das mesmas. Notamos que o modelo ideal de mulher encarnando na figura de Maria, difundido pela Igreja com o objetivo de alcanar todas as mulheres, no correspondia realidade das mesmas no sistema colonial e no se adequava as suas necessidades. Examinamos igualmente como tal construo feminina perfeita e submissa circulava nos manuais de boa conduta em que a famlia patriarcal se encaixava, atendendo s exigncias dos modelos propagados pela Igreja Catlica na poca. Apesar de todos os esforos da Igreja Catlica e do homem para domesticar a mulher, to temida e admirada pelos mesmos, muitas mulheres fugiram aos padres sociais e foram estigmatizadas, rotuladas, discriminadas, mas acima de tudo foram mulheres que ficaram registradas nas pginas da Inquisio, na histria e principalmente, nas letras luso-brasileiras do sculo XVII, escritas por homens, como o poeta Gregrio de Matos e o padre Antonio Vieira

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A humanizao tem sido um termo frequentemente utilizado em relao s prticas de sade no SUS, tornado-se uma bandeira de luta levantada sempre que se pensa em polticas de sade. A polissemia do termo chama a ateno para a possibilidade de sua utilizao em diferentes contextos, direcionados a diferentes auditrios. Esse trabalho tem pode objetivo analisar os usos e sentidos da noo de humanizao nas propostas de aes voltadas sade da mulher. A histria das prticas e saberes construdos em torno da sade da mulher, com nfase no movimento feminista, no planejamento familiar e na constituio do Programa de Ateno Integral Sade da Mulher foi resgatada no sentido contextualizar a discusso proposta. Diversas propostas de aes de sade foram analisadas, assim como os projetos selecionados pelo Prmio David Capistrano da Poltica Nacional de Humanizao, visando a identificao de ncleos de sentidos no discurso oficial sobre humanizao, e a forma como esse discurso est sendo percebido pelos profissionais. Foram identificados e discutidos quatro ncleos de sentidos: humanizao enquanto atributo das relaes interpessoais; humanizao e reduo da mortalidade materna; humanizao e otimizao de recursos; e humanizao e processos de organizao de trabalho. Conclumos que a manuteno do processo de formulao e implantao de aes de forma verticalizada, fragmentada, sem que as modificao propostas sejam pactuadas com os profissionais que deveriam implant-las e os usurios que deveriam se beneficiar delas, acaba por promover a perpetuao do modelo assistencial vigente.

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No presente trabalho, foram abordadas as representaes sociais de gnero na violncia contra a mulher, isto , as representaes de homem e de mulher, em homens que agrediram mulheres e em mulheres que foram agredidas por homens. Para tanto, este trabalho divide-se em cinco partes. Na primeira, trata-se da questo mesma do gnero, expondo-se as polissemias do conceito de gnero, e a forma como aqui abordado, a perspectiva adotada e a natureza pela qual aqui se compreende este aspecto da vida humana, perpassando-se, em acordo com a perspectiva aqui adotada, de gnero enquanto um constructo social, pelas relaes de gnero na histria. A segunda parte ocupa-se da exposio do conceito e da teoria especficos das representaes sociais, como sendo a via de acesso para o mundo, porquanto so as formas de construo das realidades sociais pelos indivduos, incluindo o gnero. Na terceira parte, trata-se do tema da violncia de modo geral, expondo-se as diversas teorias e perspectivas sobre a violncia, abordando-se por fim, mais especificamente as violncias - fsica, sexual e psicolgica - contra a mulher. A quarta parte expe os mtodos que possibilitaram a pesquisa emprica para se alcanar os objetivos j acima mencionados. E, por fim, a quinta parte expe os resultados obtidos e as discusses feitas acerca destes, bem como as reflexes finais do trabalho.

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Imagens de um corpo de mulher: (re)criaes na obra de arte de Clarice Lispector e Frida Kahlo uma pesquisa de ordem literria e filosfica, que tem como objetivo encontrar um corpo de mulher atravs da anlise de parte da produo literria de Clarice Lispector e plstica de Frida Kahlo, experimentada tambm pela pesquisadora no exerccio desta escrita acadmica. Com o mtodo comparativo, esta dissertao prope apresentar zonas fronteirias entre a plasticidade e a textualidade, tanto da palavra, quanto da imagem. Tendo como ponto de interseo o corpo, h uma escritora que pinta e uma pintora que escreve: neste duplo deslocamento, vislumbram-se cruzamentos das quais insurgem corporalidades cuja constncia estar em transformao. Nos processos criativos das duas artistas pesquisadas, so tnues os limiares entre vida e arte. Coloca-se em questo o conceito de representao, j h muito tempo em crise, e possibilita o uso do termo (re)criao. No livro gua Viva, de Clarice Lispector, uma personagem-pintora realiza uma metaescrita, discutindo as limitaes e os alcances do prprio ato de escrever. Nos quadros de Frida Kahlo, recorrente a presena de uma figura corprea marcada por procedimentos cirrgicos, fruto da condio enferma que acompanhou a artista por toda sua trajetria. Cada uma, a seu modo e a partir de seu prprio corpo vivente, produziu (re)criaes que implicam, em suas obras de arte, o leitor e o fruidor, inclusive a pesquisadora. Diante desse panorama, destacam-se os imbricamentos entre a Literatura e a Pintura, assim como entre a Arte e a Filosofia. Este trnsito no s aponta, mas tambm gera corpos potico-conceituais. A cintilao destes encontros, pois, o devir aqui estudado um corpo de mulher por vir

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A presente pesquisa objetiva ressaltar a valorizao da mulher na obra do autor portugus Jos Saramago. Buscou-se encontrar os argumentos que justificam esta proposta atravs da leitura sistemtica de dois de seus textos: Memorial do convento e Ensaio sobre a cegueira. Serviram de objeto de estudo as trajetrias percorridas pelas personagens Blimunda, do primeiro ttulo, e a mulher do mdico, do segundo e, assim, foi possvel destacar e analisar, com o auxlio de tericos da literatura e de especialistas na vida e na obra de Saramago, traos que comprovam a importncia das mulheres, de modo geral, em suas histrias. Alm disso, observou-se, nos excertos aqui contidos e retirados das obras estudadas, o modo como estas mulheres assumem o controle das narrativas das quais fazem parte, assumindo a funo de protagonistas. Insta registrar que, assim como elas passam a figurar como personagens principais, tambm foi importante constatar o olhar analtico lanado por Jos Saramago, atravs de suas criaes, sobre a condio humana na sociedade contempornea, apresentanto a mulher como sada para as crises que acometem o homem moderno

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Objetivou-se nesse estudo identificar os fatores de risco psicossocial que o enfermeiro residente encontra-se exposto em unidades especializadas; descrever as repercusses dos fatores de risco psicossocial para a sade do enfermeiro residente em unidades especializadas e analisar as formas de enfrentamento adotadas pelo enfermeiro residente diante dos riscos psicossociais em unidades especializadas. Pesquisa qualitativa do tipo exploratria descritiva, cujo campo foi um hospital universitrio situado no municpio do Rio de Janeiro. A partir dos critrios de seleo adotados participaram do estudo 20 enfermeiros residentes do 1 e 2 anos, lotados em unidades especializadas (CTI adulto, UTI neonatal, CTI cardaco, UI clnica, Unidade Coronariana e Unidade de Doenas Infecto Parasitrias). O estudo obedeceu aos aspectos ticos em conformidade com a Resoluo 466/12 sendo aprovado pelo Comit de tica em Pesquisa (067/2012). Utilizou-se a tcnica de entrevista semiestruturada mediante um instrumento contendo em sua primeira parte as caractersticas dos sujeitos e na segunda um roteiro com questes abertas que possibilitaram ao residente falar sobre os riscos no ambiente laboral, o modo como era afetado e os mecanismos de enfrentamento adotados. Ao trmino das entrevistas, realizadas no segundo semestre de 2012 e registradas em meio digital, aplicou-se a tcnica de anlise de contedo, sendo os resultados discutidos a luz da Psicodinmica do Trabalho. Os resultados evidenciaram que o enfermeiro residente de unidades especializadas encontra-se exposto a inmeros fatores de risco psicossocial e entre eles: a sobrecarga fsica e psquica do trabalho, a ambiguidade de papis, o relacionamento interpessoal conflituoso, a pouca autonomia, o baixo controle em relao ao processo de trabalho e a precariedade das condições de trabalho. Tais fatores, alm de afetarem o processo de formao do residente, acarretam prejuzos a sua sade fsica e mental; identificados a partir de queixas como: cansao, estresse, desgaste, padro de sono ruim, problemas gastrintestinais, dermatolgicos e osteomusculares. Diante do sofrimento no trabalho, o enfermeiro residente elabora estratgias de manejo centradas na emoo (autocontrole, aceitao das responsabilidades, fuga, confronto e resignao) e no problema (negociao, tentativa de soluo, suporte social, reavaliao positiva). Concluiu-se que o enfermeiro residente encontra-se exposto a inmeros fatores de risco psicossocial em unidades especializadas que afetam a sua sade fsica e mental. No intuito de concluir a residncia e preservar a sade, o residente elabora estratgias de manejo, que apesar de essenciais no eliminam o sofrimento no trabalho e os problemas vivenciados no dia a dia. Cabe ao rgo formador identificar, monitorar e combater os riscos referidos pelo residente no intuito de promover a capacitao, a satisfao e o bem estar no trabalho, ao se considerar a responsabilidade social pela formao, sade e insero do futuro profissional no mercado de trabalho.

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Este um estudo transversal feito com pacientes mulheres que compareceram ao Setor de Endoscopia Urolgica e Urodinmica do Servio de Urologia do Hospital Universitrio Pedro Ernesto HUPE entre dezembro de 2009 e dezembro de 2012, para a realizao de estudo urodinmico, com encaminhamento mdico e agendamento prvio para investigao de queixa de incontinncia urinria. O estudo foi realizado nas pacientes do sexo feminino, com idade entre 23 e 86 anos e com queixa de incontinncia urinria nao complicada. Os dados utilizados nesse estudo tm trs origens: (1) a avaliao primria formada pelo conjunto dos questionrio de perda por esforo e ou urgncia e International Consultation on Incontinence Questionnaire Short Form (ICIQ-SF) e histria padronizada; (2) avaliao mdica, realizada pelo mdico residente; e (3) avaliao urodinmica, resultado do estudo urodinmico conduzido por mdico residente, com superviso e laudos feitos por um dos professores do servio. O objetivo do trabalho foi analisar se o uso de mtodos mais simples poderia diagnosticar incontinncia urinria no complicada sem a necessidade de realizar a avaliao urodinmica. Os nossos achados mostraram que entre a avaliao primria e a mdica h elevada sensibilidade e especificidade alm de forte concordncia. O estudo urodinmico tem menor probabilidade de fazer o diagnostico de IUM e maior frequencia de falso negativo. Os nossos achados fortalecem a indicao de uma abordagem primria antes de intervenes mais invasivas e dispendiosas como a avaliao urodinmica. A realizao de uma avaliao simplificada pode fornecer informaes suficientes para comear um tratamento medicamentoso e fisioteraputico.

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O objetivo deste estudo o de conhecer e analisar a ateno em sade de mulheres trabalhadoras com cncer do colo do tero avanado em tratamento no Hospital do Cncer II, no municpio do Rio de Janeiro. O estudo voltou-se para decifrar os diferentes momentos das trajetrias de vida e de trabalho dessas mulheres e relacion-los com a procura dos servios de sade, estabelecendo relaes com o acesso e a ateno sade. Constitui-se em um estudo exploratrio, de natureza qualitativa, assentado em entrevistas e reviso terico-bibliogrfica. O aprofundamento terico-emprico acerca deste tema buscou problematizar um objeto de estudo essencialmente relevante para o universo feminino, tendo em vista as altas taxas de incidncia e mortalidade deste tipo de cncer no Brasil e no mundo sendo considerado, portanto, um problema de Sade Pblica. Os resultados apontam que o desconhecimento sobre o HPV e sobre a importncia da realizao do exame preventivo ainda significativo entre as mulheres entrevistadas, o que aponta para a necessidade em priorizar o acesso informao e a educao em sade para o alcance de avanos no diagnstico precoce. Tambm foram identificados como obstculos na ateno em sade, a sobrecarga de afazeres no cotidiano das mulheres, tendo em vista suas condições de vida e de trabalho e as dificuldades no acesso aos servios de sade.

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O objetivo desta tese foi identificar e caracterizar reas com altas taxas de mortalidade por doenas do aparelho circulatrio (DAC) e seus dois principais subgrupos de causas: as doenas isqumicas do corao (DIC) e as doenas cerebrovasculares (DCV), entre os anos de 2008 e 2012 na rea de influncia do complexo petroqumico do estado do Rio de Janeiro COMPERJ, por meio de mtodos estatsticos e sistemas de informaes geogrficas (SIG). Os resultados da investigao so apresentados na forma de dois manuscritos. O primeiro objetivou descrever o perfil da distribuio espacial da mortalidade por (DAC), caracterizar e predizer territrios com maior risco de morte por esta causa, com base em classificao das unidades espaciais por indicador de qualidade urbana (IQUmod). A anlise multivariada foi realizada por meio do mtodo conhecido como rvore de deciso e regresso, baseado em algoritmo CART para a obteno do modelo preditivo para UVLs com diferentes riscos de mortalidade por DAC. O modelo desenvolvido foi capaz de discriminar sete conjuntos de UVLs, com diferentes taxas mdias de mortalidades. O subconjunto que apresenta a maior taxa mdia (1037/100 mil hab.) apresenta 3 UVLs com mais de 75% de seus domiclios com abastecimento de gua inadequado e valor de IQUmod acima de 0.6. Conclui-se que na rea de influncia do COMPERJ existem reas onde a mortalidade por DAC se apresenta com maior magnitude e que a identificao dessas reas pode auxiliar na elaborao, diagnstico, preveno e planejamento de aes de sade direcionadas aos grupos mais susceptveis. O segundo manuscrito teve por objetivo descrever o perfil da distribuio espacial da mortalidade por DIC e DCV em relao ao contexto socioambiental segundo reas geogrficas. O modelo de regresso linear de Poisson com parmetro de estimao via quasi-verossimilhana foi usado para verificar associao entre as variveis. Foram identificados como fatores de risco para mortalidade por DIC e DCV a varivel relativa a melhor renda e maior distncia entre domiclios e unidades de sade; a proporo de domiclios em ruas pavimentadas aparece como fator de proteo. A distribuio espacial e as associaes encontradas entre os desfechos e preditores sugerem que as populaes residentes em localidades mais afastadas dos centros urbanos apresentam maiores taxas de mortalidade por DIC e DCV e que isto pode estar relacionado a contextos rurais de localizao das residncias e a distncia geogrfica destas populaes aos servios de sade. Aponta-se para a necessidade de desenvolvimento de aes que propiciem maior amplitude no atendimento em sade, no intuito da reduo de eventos cardiovasculares mrbidos incidentes naquelas populaes.

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As transformaes no mbito do trabalho e sua repercusso entre homens e mulheres no contexto da sociabilidade capitalista, bem como, as tendncias atuais do trabalho feminino, que, dentre outros aspectos acentuam os processos de hierarquizao tm sistematicamente se traduzido em violncias no mundo do trabalho sob a forma de assdio moral e sexual que se caracterizam pela exposio dos (as) trabalhadores (as) a situaes humilhantes e constrangedoras prolongadas durante a jornada de trabalho relativa ao exerccio de suas funes, tendo, por sua vez, as mulheres como as mais vitimizadas, de modo que, tais aspectos intensificam a diviso sexual do trabalho e trazem srios comprometimentos para a liberdade desses sujeitos. Vale ressaltar que esses tipos de assdio se do tanto no mbito das relaes hierarquicamente superiores, como no mbito das relaes sem hierarquia superior, podendo ocorrer entre colegas do mesmo nvel hierrquico. Contudo, a tendncia a prevalncia nas relaes a qual est presente alguma forma de hierarquia, seja ela de gnero ou de funo no interior da empresa. A questo central que orientou este trabalho foi: como se objetivam o assdio moral e o assdio sexual em situaes de precarizao do trabalho das comercirias no Estado do Rio Grande do Norte? Realizamos pesquisas bibliogrfica, documental e de campo. Essa ltima foi desenvolvida por meio da realizao de dezessete entrevistas semiestruturadas com trabalhadoras do comrcio das cidades de Natal, Mossor e Pau dos Ferros. Em nvel dos aspectos conclusivos destacamos: 1. O assdio moral e o assdio sexual potencializam a intensificao da precarizao do trabalho feminino se concretizando fundamentalmente a partir do medo nas mais variadas formas: (a) medo de perder o emprego; (b) medo de ser perseguida, caso denuncie as prticas de assdio (c) medo de ser agredida verbalmente (d) medo de ver expostos aspectos da sexualidade; 2. O assdio moral e o assdio sexual se constituem como expresses da violncia sexista contra as mulheres no mbito do trabalho na contemporaneidade; 3. As mulheres que vivenciam/vivenciaram situaes de violncia na esfera laboral no identificam os servios pbicos para os quais recorrer, haja vista os governos seja nas esferas municipal ou estadual no disporem de servios de preveno e combate a este fenmeno agravando a precarizao do trabalho feminino; 4. O enfrentamento a essas violaes pressupe, no meu entender, um movimento ampliado de contestao das condições de degradao humana impostas pelo capitalismo e ao mesmo tempo enfrentar as nefastas consequncias do patriarcado, do racismo e da opresso sofridas pelas mulheres, construdos e legitimados historicamente, mas que so passveis de serem desconstrudos e transformados, exigindo organizao coletiva para tal. Qualquer esforo de preveno/interveno no pode deixar de levar em conta a natureza genrada do assdio sexual e moral, o qual se constituem numa das formas mais perniciosas de violncia contra as mulheres.

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Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa e descritiva, com a utilizao da Grounded Theory, na perspectiva do Interacionismo Simblico. Como objetivos tivemos: identificar os significados atribudos por mulheres ao fato de experimentar, sentir ou vivenciar sensaes de prazer sexual e/ou excitao sexual durante a amamentao; analisar e interpretar, na perspectiva do Interacionismo Simblico, a experincia de sentir prazer sexual e/ou excitao sexual durante a amamentao, a partir dos significados atribudos pelas mulheres. O estudo procedeu-se no Municpio do Rio de Janeiro, em lugares de grande circulao de pessoas, como praas, ruas, shoppings, alm da Unidade de Sade Milton Fontes Magaro, localizada na zona norte do referido Municpio. Essa variedade de cenrios nos possibilitou encontrar uma diversidade de participantes, referente a condições socioeconmicas, culturais, religio, ideais e concepes sobre o assunto estudado. A coleta e anlise dos dados aconteceram no perodo de maio a julho de 2014, observando todas as exigncias da Resoluo 466/2012 do Conselho Nacional de Sade. Foram entrevistadas 17 participantes e formados dois grupos amostrais e trs categorias expressas por: significando a amamentao como ato sagrado, inocente e assexuado: a socializao da amamentao; vivenciando e significando sensaes de prazer ao amamentar; ressignificando a vivncia de sensaes de excitao sexual ao amamentar. Como resultados evidenciou-se que a socializao da amamentao influencia a maioria das mulheres, na vivncia de sensaes de prazer ao amamentar. Essas sensaes so descritas atravs da simbologia estabelecida socialmente, de que o ato de amamentar sagrado, puro, livre de erotismo, prevalecendo um prazer maternal. Alm disso, as sensaes de excitao sexual ao amamentar, para as mulheres que se dizem nunca terem vivenciado, esto presentes no seu inconsciente, porm essa vivncia admitida para os outros e no para si mesmas. O significado de vivenciar prazer sexual ao amamentar percebido como contraditrio, pois ao mesmo tempo em que se identifica o poder do corpo feminino, prevalece o poder de nutrir sobre as percepes fsicas de excitao sexual ao amamentar. Desse modo, identificaram-se estratgias utilizadas para bloquear ou para no vivenciar as sensaes de excitao sexual ao amamentar. Com isso, este estudo nos mostra como as mulheres agem frente s sensaes de prazer sexual e/ou excitao sexual ao amamentar, atravs da interao social do passado e do presente, gerando os significados que cada uma carrega consigo. Alm disso, percebemos como a socializao da amamentao priva a vivncia da sexualidade feminina, nos aspectos de sensaes de prazer sexual durante a amamentao.

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Este trabalho tem como objetivo identificar os processos atravs dos quais a personagem Zarit, protagonista do romance A ilha sob o mar (ALLENDE, 2010), constri sua identidade de resistncia (CASTELLS, 2013). Sujeito subalterno por ser simultaneamente escrava, negra e mulher (SPIVAK, 2010), ela desenvolve estratgias verossmeis que lhe permitem sobreviver e enfrentar a opresso fsica e identitria tpica de sua condio na colnia francesa de So Domingos, atual Haiti, que vivia, poca, sob o domnio de um modelo poltico e social profundamente patriarcal, escravocrata e racista. A pesquisa assume a perspectiva desenvolvida em torno da literatura de autoria feminina na Amrica Latina (CUNHA, 2004; RAGO, 2004; VELASCO-MARN, 2007; WARD, 2007), segundo a qual, nessa produo especfica, desenvolvem-se representaes de mulher s quais so garantidas a voz e o empoderamento que lhes foram negados em outros contextos de escrita literria. Alinhando a noo de estranhamento desenvolvida pelo formalismo russo (CHKLOVSKI, 2013) com a do uso de procedimentos capazes de conferir literariedade narrativa (LUKCS, 1968), este trabalho verifica a configurao de condições que conferem obra o pertencimento ao contexto das produes desenvolvidas por autoras migrantes ou exiladas (SKAR, 2001). O conceito de hibridismo (CANCLINI, 2011) se soma a esse entendimento, articulando-se, nesta pesquisa, com a perspectiva multicultural de compreenso das identidades (HALL, 2005). Hutcheon (1991) fornece o arcabouo que nos permite o necessrio trabalho com o conceito de sujeito marginalizado e ex-cntrico. Para isso, utilizado tambm o embasamento terico oferecido por Castells (2013) no tocante ao desenvolvimento da noo de identidade de resistncia. As condições histricas e econmicas sob as quais se desenvolveu o regime vigente no ambiente em que se passa a narrativa so verificadas em James (2010) e Blackburn (2003). Para lidar com a vivncia religiosa e cultural experimentada pelos descendentes de africanos naquele contexto, a pesquisa se embasa nos argumentos trazidos por Capone (2011) ao debate acerca desse tema e, por intermdio dos estudos de Garauday (1980) e Lody & Sabino (2011), possvel angariar informaes relativas histria e simbologia envolvidas nas danas de origem africana. O estudo dessas correntes tericas conduz concluso de que o romance A ilha sob o mar encena, na personagem Zarit, a construo de uma identidade de resistncia entre os escravos que, danando, celebravam seus deuses, permitiam o encontro das diferentes culturas das quais eram originrios e fortaleciam a rede de relaes, informaes e colaborao mtua entre os indivduos e as comunidades que pretendiam livrar-se do domnio do elemento europeu e de seu regime escravocrata

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O presente trabalho refere-se realizao de uma pesquisa-interveno em um Centro de Referncia de Assistncia Social de um municpio do interior do Rio de Janeiro, cujos principais pressupostos metodolgicos fundamentam-se na Anlise Institucional, especificamente, a Anlise de Implicao e a Cartografia. Os desafios e desvios encontrados para realizao da pesquisa constituem importante substrato para anlise das prticas da psicologia em relao ao atendimento de mulheres no contexto das polticas pblicas da assistncia social. A construo de um grupo para mulheres neste servio possibilitou a abertura de um espao para discusso, desconectado de qualquer condicionalidade, baseado no desejo de conversa das participantes sobre questes que atravessam suas vidas e o fato de ser mulher. Considerando a possibilidade de transformaes do desejo na contemporaneidade aproximamos pontos, linhas e fragmentos de vivncias para pensar sobre os relacionamentos e a dicotomia santa x puta que atravessam e aprisionam a vida de tantas mulheres, muitas vezes impedindo-as de se movimentar subjetivamente. Apostando na possibilidade da construo de outros modos de vida, sinalizamos para a importncia da prtica dos grupos na produo de novos sentidos e novos territrios de existncia