Terapia comportamental no controle da incontinência urinária da mulher idosa: uma ação de enfermagem na promoção do autocuidado


Autoria(s): Barbara Martins Corrêa da Silva
Contribuinte(s)

Lucia Helena Garcia Penna

Célia Pereira Caldas

Selma Petra Chaves Sá

Data(s)

18/12/2012

Resumo

A incontinência urinária gera implicações negativas nos âmbitos emocional, social e econômico tanto para o indivíduo incontinente, como para seus cuidadores. A terapia comportamental é uma das abordagens não-invasivas para a incontinência urinária. A terapia comportamental é realizada durante as consultas de enfermagem e a atuação do enfermeiro consiste na aplicação de um protocolo de orientações sobre hábitos de vida, medidas de controle da micção, treinamento para realização do diário miccional, treinamento de exercícios perineais e avaliação da resposta da paciente à terapia. O estudo tem como base teórica a Teoria do autocuidado de Dorothea Elisabeth Orem, pois a terapia comportamental visa instrumentalizar o indivíduo a realizar práticas de autocuidado a partir do protocolo de atendimento do ambulatório. O objetivo da pesquisa é avaliar a efetividade da terapia comportamental aplicada pelo enfermeiro para o controle miccional e melhora da qualidade de vida da mulher idosa. Trata-se de um ensaio clínico não-controlado.40 Foram incluídas no estudo mulheres acima de 60 anos que participam do Ambulatório do Núcleo de Atenção ao Idoso com a queixa clínica de perda involuntária de urina encaminhadas para o ambulatório de urogeriatria. A população estudada foi composta por 13 participantes. Os dados da pesquisa foram coletados a partir dos instrumentos de avaliação do ambulatório de urogeriatria que foram arquivados nos prontuários das pacientes: o diário miccional, avaliação de enfermagem na terapia comportamental e o questionário sobre qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária chamado de Kings Health Questionnaire. Estes instrumentos foram aplicados antes e depois da terapia comportamental. Foram colhidos dados das pacientes acompanhadas no ambulatório durante o período de abril de 2011 a junho de 2012. Os resultados foram que após a terapia comportamental todas as idosas responderam que ingerem líquidos no período diurno, 92,30% das idosas responderam que estabeleceram um ritmo miccional de 2/2 horas ou de 3/3 horas. Sobre o parâmetro miccional perda de urina ao final da terapia comportamental 75% das idosas apresentaram ausência de perda de urina. Além disso, após a terapia comportamental nenhuma das pacientes teve perda de urina durante a realização dos exercícios e 92,30% apresentaram contração eficiente dos músculos perineais. Deste modo, esta pesquisa demonstrou que as idosas que participaram da terapia comportamental obtiveram melhora do controle urinário e da qualidade de vida. A terapia é um sistema que sofre retroalimentação à medida que o paciente adere às práticas de autocuidado e o enfermeiro reforça as orientações a fim de atingir o objetivo maior que é a sensação de bem estar. A teoria de Dorothea Orem se adequou bem ao estudo, pois a terapia comportamental permitiu aos idosos a assumirem responsabilidade com o seu corpo e se empenharem efetivamente para melhorar a sua condição de saúde e qualidade de vida.

Urinary incontinence generates negative implications in the fields emotional, social and economic incontinent for both the individual and for their caregivers. Behavioral therapy is a noninvasive therapyss for urinary incontinence. Behavioral therapy is performed during the visits by nurses and nursing work involves the application of a protocol for guidance on lifestyle habits, measures to control urination, training for performing voiding diary, training exercises and perineal assessment of patient response therapy. The theoretical study is based on the theory of self-care of Elisabeth Dorothea Orem, because behavioral therapy aims to equip the individual to perform self-care practices from the ambulatory care protocol. The objective of the research is to evaluate the effectiveness of behavioral therapy applied by nurses to control urination and improves the quality of life of women elderly. It is a non-controlled clinical trial. The study included women over 60 who participate in the Clinic's Center for Elderly Care clinic with the complaint of involuntary leakage of urine sent for geriatric clinic. The study population was composed of 13 individuals. The data were collected from records that have been filed in the records of patients: the voiding diary, nursing assessment and behavioral therapy on quality of life questionnaire in women with urinary incontinence called the King's Health Questionnaire. These instruments were administered before and after the behavioral therapy. Data were collected from medical records at the clinic during the period from April 2011 to June 2012. The results were that after behavioral therapy all elderly respondents that drink during the day, 92.30% of the women said they established a rhythm of urinary 2/2 hours or 3/3 hours. In parameter voiding urine loss the end of behavioral therapy, 75% of the women showed no loss of urine. Moreover, after behavioral therapy none of the patients had urine leakage during the exercises and showed 92.30% efficient contraction of the perineal muscles. Thus, this research demonstrated that the elderly who participated in the behavioral therapy had improved bladder control and quality of life. Therapy is a feedback system that the patient adheres to the practices of self-care and the nurse reinforces the guidelines in order to achieve the ultimate goal which is the feeling of well being. Dorothea Orem's theory is well adapted to study because behavioral therapy enabled the elderly to take responsibility with your body and engage effectively to improve their health status and quality of life.

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PDF

Identificador

http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6628

Idioma(s)

pt

Publicador

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ

Direitos

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Palavras-Chave #Urinary incontinence #Terapia comportamental #Incontinência urinária #Enfermagem geriátrica #ENFERMAGEM #Geriatric Nursing #Behaviour therapy
Tipo

Eletronic Thesis or Dissertation

Tese ou Dissertação Eletrônica