1000 resultados para Equipa multidisciplinar


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Fumar é a primeira causa evitável de doença, incapacidade e morte prematura nos países desenvolvidos, estando associada a seis das oito primeiras causas de morte a nível mundial. Em 2010, o consumo de tabaco foi responsável, em Portugal, pela morte de cerca de 11 000 pessoas fumadoras ou ex-fumadoras, causadas por doenças respiratórias, cancro ou doenças do aparelho cardiovascular. Os indivíduos que cessam os hábitos tabágicos antes dos 50 anos têm metade do risco de morrer nos 15 anos seguintes. Deixar de fumar diminui o risco de desenvolver doenças cardiovasculares e doenças respiratórias, bem como inúmeros tipos de cancro. Ao longo do processo da cessação tabágica, cujo sucesso passa pelo acompanhamento de uma equipa multidisciplinar, a vontade de comer e de ingerir alimentos particularmente ricos em energia é frequente, bem como o aumento de peso. Este último é citado frequentemente como o principal motivo para a relutância em parar de fumar e recaída depois da cessação, especialmente nos fumadores que apresentam preocupações com o seu peso. Contudo, é hoje consensual que os benefícios da cessação do consumo de tabaco superam eventuais riscos que esta possa apresentar. De forma a promover um consumo alimentar adequado durante a cessação tabágica, fazem-se diversas recomendações, baseadas na evidência científica mais recente, facilitando a adesão terapêutica e a continuação do processo e reduzindo o risco do aumento de peso corporal.

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Relatório de Estágio, apresentado à Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Castelo Branco para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Mestre em Intervenção Social Escolar – Especialização em Crianças e Jovens em Risco.

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Introdução: A elaboração de registos de enfermagem na Sala de Emergência constitui um desafio, havendo necessidade de documentar a avaliação inicial, as intervenções de enfermagem e a evolução do estado do doente. Metodologia: Os principais objectivos deste estudo descritivo foram: construir uma checklist de avaliação primária na Sala de Emergência, a First-Check; validar o seu conteúdo através de um painel Delphi e avaliar, na perspectiva dos enfermeiros, a usabilidade e utilidade da First-Check. Foi assim criada uma checklist de avaliação primária do doente na Sala de Emergência, a First-Check, baseada no ABCDE, como método facilitador dos registos de enfermagem, mas também da avaliação do doente e das próprias intervenções de enfermagem. A amostra foram 20 enfermeiros peritos em urgência e emergência e 35 enfermeiros que exerciam funções num serviço de urgência.Resultados: Inicialmente foi criado um painel de Delphi com um grupo de 20 peritos que num total de duas rondas procedeu à validação dos conteúdos da checklist. Posteriormente foi aplicado um questionário a uma amostra de 35 enfermeiros para estudar o instrumento quanto à sua usabilidade e utilidade. Estes participantes estão descontentes quanto ao modelo de registos de enfermagem actual e confirmam a usabilidade e utilidade da First-Check. Na sua opinião a First-Check vai promover o grau de satisfação dos enfermeiros quanto aos registos na Sala de Emergência, trazendo vantagens em relação ao modelo anterior e facilitando os registos de enfermagem. A First-Check é util para a avaliação primária do doente na Sala de Emergência, para a promoção da continuidade de cuidados, para melhorar a comunicação com a equipa multidisciplinar e para facilitar as intervenções de enfermagem ao doente na Sala de Emergência. Conclusão: A First-Check é válida e útil para a avaliação primária do doente na Sala de Emergência promovendo a qualidade dos cuidados prestados ao doente.

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A Diabetes Mellitus é conhecida por uma doença metabólica caracterizada por um défice na ação ou secreção da insulina, na qual a consequência direta é o aparecimento de hiperglicemia, isto é, o nível de glicose apresentar valores elevados (Kidambi, 2008; Silva-Sousa, 2003). A DM1, especificamente, é apresentada como uma doença que é resultado da destruição das células beta do pâncreas, desenvolvendo assim, um défice na produção de insulina (Raymond et al., 2001). As complicações orais da DM1 incluem xerostomia, doença periodontal (gengivite e periodontite), abcessos dentários, perda de dentes, lesões de tecidos moles e síndrome de ardência oral. A complicação oral mais frequente da DM1 nas crianças é o aumento da sensibilidade à doença periodontal. A doença periodontal é caracterizada como uma reação inflamatória infecciosa dos tecidos gengivais (gengivite) ou do suporte dos dentes, ou seja, ligamento periodontal, cemento e osso alveolar (periodontite), podendo induzir um certo grau de resistência à insulina. Ambas as doenças resultam da interação entre microorganismos periodontais patogénicos. A avaliação e influência do controlo da doença é expressa pelos valores médios de hemoglobina glicosada (Hba1c) na saúde oral nas crianças e adolescentes com DM1. Vários estudos demonstraram que o controlo glicémico teve uma influencia sobre a saúde oral de crianças e adolescentes com DM1. Assim uma avaliação oral, deve fazer parte de procedimentos de rotina no atendimento de crianças e adolescentes com DM1. O dentista deve ser parte da equipa multidisciplinar que auxilia os indivíduos com DM1. O tratamento precoce numa população infantil com DM1, pode diminuir a severidade da doença periodontal. O presente trabalho tem por objectivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a importância do estudo em crianças e adolescentes portadores de DM1 e doenças da cavidade oral, nomeadamente, a periodontite, e respetivas implicações.

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Introdução A enfermagem, enquanto profissão, tem como essência o conceito de Cuidar, devendo estar presente em todas as fases do ciclo de vida, incluindo o fim de vida. A dignidade da Pessoa é uma referência conceptual do enfermeiro que, na procura da excelência do cuidar deve desenvolver competências relacionais que lhe permitam assistir o doente/família numa fase terminal. Compreender o modo como o Enfermeiro, enquanto ser Humano se envolve profissionalmente na perspetiva da Morte da Pessoa de quem cuida é o principal motivo de interesse desta dissertação. A morte encarada como algo irracional, ilógico e incompreensível é difícil de assimilar e todos nós temos dificuldade em aceitar a ideia de morrer e de vivenciar a morte do Outro. Neste contexto Frias (2001) refere que os profissionais de saúde, nomeadamente os enfermeiros, sentem-se desarmados perante a angústia das pessoas em fim de vida, com os quais têm dificuldade em estabelecer uma relação de ajuda. Menciona ainda, que os enfermeiros parecem estar pouco preparados para assistir, entender e ajudar as pessoas no seu processo de doença. A família, por sua vez precisa de ajuda para aliviar o sofrimento, a dor, ou a angústia do seu familiar em fim de vida. Sabemos que a problemática da morte não se encontra suficientemente estudada e que consiste numa área de interesse crescente na investigação em Enfermagem, que é também por nós partilhada. Twycross, (2003) referencia a importância da investigação para quem deseja aperfeiçoar os cuidados aos doentes que se aproximam da morte. Objetivo(s) Compreender como os enfermeiros vivenciam o processo de morte dos doentes e família em fim de vida. Metodologia Partindo da questão de investigação: Como é que os enfermeiros gerem a sua presença junto da Pessoa/Família em fim de vida?, desenvolvemos um estudo de Natureza qualitativa, abordagem fenomenológica segundo Colaizzi(1978), cujo desenvolvimento procedimental é baseado nos seguintes passos: Descrever o fenómeno de interesse, Colher as descrições dos participantes, Ler todas as descrições do fenómeno feitas pelos participantes, Retornar às transcrições originais e extrair as declarações significativas, Tentar soletrar o significado de cada declaração significante, Organizar os significados agregados formalizados em grupos de temas, Escrever uma descrição exaustiva, Regressar aos participantes para validar a descrição, Se novos dados forem revelados incorporá-los na descrição exaustiva. Assim começamos por expor uma representação esquemática do fenómeno em estudo, que tal como nos refere Loureiro (2006, p.29), consiste na "organização estrutural dos elementos essenciais do fenómeno de modo a facilitar a sua compreensão. Os participantes foram 8 enfermeiros que trabalham há mais de 5 anos, com mais de 30 anos de idade, que se disponibilizarem para partilharem as suas vivências enquanto cuidam da pessoa em fim de vida, e aceitaram a gravação áudio da entrevista. Foi obtido o parecer favorável da Comissão de Ética para a Saúde da instituição onde foi realizado o estudo. Resultados Neste estudo emergiram seis temas que se dividiram em vários subtemas, revelando-se muito importantes para a compreensão desta problemática. Quadro - Síntese estrutural empírica do fenómeno em estudo Fim de vida. Perceção e Vivência de quem cuida Temas Subtemas Reconhecimento humano de fim de vida -Experiência profissional -Diminuição/falência das funções orgânicas -Expressão facial/Verbalização -Diagnóstico/informação clínica Sentimentos marcantes intrínsecos ao profissional -Dificuldade na aceitação da morte na idade jovem -O momento da morte e a despedida da família -Medo/angústia/dificuldade em aceitar a morte Sentimentos no cuidar extrínsecos ao profissional -Falta de apoio psicológico -Falta de condições físicas -Falta de disponibilidade de tempo Estratégias para minimizar o sofrimento e promover o bem-estar -Interação enfermeiro/família: diminui a ansiedade e promove a confiança -Consciência da utilização, importância da relação de ajuda Melhorar a humanização dos cuidados ao doente e família -Formação (cuidados Paliativos) -Melhorar as condições físicas -Articulação do trabalho em equipa multidisciplinar -Melhorar a organização dos recursos humanos Valorização dos cuidados -Gestão terapêutica/alívio da dor -Apoio afetivo e relacionamento humano -Conforto e bem-estar -Apoio familiar Discussão e Conclusões As principais conclusões centram-se nos fatos de os enfermeiros, identificarem os doentes em fim de vida com base no diagnóstico, na informação clínica, na sua experiência, na comunicação não-verbal e na falência das funções orgânicas, valorizando a importância do apoio afetivo e relacionamento humano na prestação de cuidados. Adotando estratégias para minimizar o sofrimento e promover o bem-estar, realçando, a gestão terapêutica no alívio da dor, a importância da relação de ajuda e a interação enfermeiro/família. Bem como identificam alguns constrangimentos inerentes à prestação de cuidados aos doentes/família em fim de vida e que são: estrutura física pouco humanizada, falta de apoio psicológico, falta de disponibilidade de tempo. Numa outra perspetiva onde os sentimentos intrínsecos encontram-se presentes e são consubstanciados na dificuldade em aceitar a morte, sobretudo a morte prematura bem como, o momento da morte e o presenciar a despedida da família. Neste estudo ainda podemos concluir que os enfermeiros tem consciência de que os cuidados ao doente/família poderiam ser melhorados se houvesse maior preocupação na sua formação em cuidados paliativos, se a estrutura física dos serviços proporcionasse um ambiente mais humanizado para as necessidades do doente/família, se a dotação de recursos humanos se adequasse mais ao tempo necessário para o apoio presencial que o doente família requer para a preparação e aceitação da morte e se a equipa de enfermagem e a equipa multidisciplinar se organizasse melhor em termos da necessidades dos doentes. O estudo possibilitou compreender, a partir dos dados empíricos que, para aliviar o sofrimento dos doentes em fase final de vida, os enfermeiros desenvolvem um processo de acompanhamento específico, integral, dinâmico, sistemático e interativo, que engloba duas fases distintas, mas simultâneas - uma fase em que identificam e avaliam o sofrimento do doente e outra fase, na qual, o ajudam a viver com o menor sofrimento e o maior bem-estar possíveis os últimos dias de vida, bem como o ajudam a morrer, de forma serena e digna. Ao longo destas duas fases os enfermeiros desenvolvem atividades de avaliação, de relação, de suporte, de informação e de execução. Neste processo de acompanhamento, a presença do enfermeiro e a relação profunda estabelecida entre ambos emergem como os principais instrumentos para o alívio do sofrimento. Momentos esses que muitas das vezes não se tornam possíveis segundo declarações significativas, por falta de disponibilidade em tempo e recursos humanos. Partindo do princípio que este acompanhamento exige do enfermeiro competências científicas, técnicas, humanas e relacionais, a experiência de muitos anos e o contacto diário com o sofrimento e a morte de doentes em final de vida parecem contribuir fortemente para o desenvolvimento dessas competências. Os participantes verbalizaram neste estudo a necessidade de formação pessoal e em equipa, e de recursos humanos em número suficiente para fomentar a humanização de cuidados, falta de disponibilidade em tempo originada segundo os mesmos por "excesso" de registos, e ainda a não existência de um psicólogo na equipa multidisciplinar. Dentro dos recursos institucionais, os enfermeiros participantes consideram relevante para o "cuidar" a existência de características específicas, no que diz respeito à estrutura física do serviço. A falta de quartos individuais e a falta de um espaço privado e humanizado para apoio psicológico foram as principais deficiências referidas. Ao longo das entrevistas/colheita de informação podemo-nos perceber da importância de propiciar aos enfermeiros um espaço para entrar em contacto com os sentimentos evocados pelo quotidiano de dor, perdas, morte e separações. Prevaleceu a impressão de que, para vários profissionais entrevistados, a entrevista pôde ser um momento único no sentido de possibilitar o contacto com questões e sentimentos antes não verbalizados. Cuidar de doentes/família em fim de vida sabemos nós que não é, nem nunca será tarefa fácil, mas sim, dolorosa, angustiante, fazendo emergir questões existenciais do ser humano, justifica-se a necessidade de um trabalho de equipa mais coeso e dinâmico que proporcione aos seus elementos um suporte efetivo no trabalho e uma aprendizagem constante, fundamentada e sólida, o que foi confirmado pelos participantes. Um estudo desta natureza, deve contribuir para uma caracterização do problema no contexto da prática de enfermagem, podendo servir de ponto de partida para futuros trabalhos neste âmbito. Colocam-se também algumas expectativas nos resultados deste estudo, no sentido que ele possa contribuir para uma reflexão dos profissionais com a possibilidade de partilha harmoniosa e natural das experiências e conhecimentos que os enfermeiros possuem, para que os beneficiados sejam a profissão e os destinatários dos cuidados prestados pelos seus profissionais.

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Introdução: A hipertensão arterial (HTA) surge como uma problemática atual, resultante do estilo de vida e condições sociais existentes no mundo moderno. Esta encerra em si um elevado custo social na saúde devido às co morbilidades associadas, tais como as doenças cerebrovasculares, patologias cardíacas e complicações renais que conduzem à incapacidade e à morbidade. De acordo com o estudo efetuado pela Sociedade Portuguesa de Hipertensão (2014) a HTA é uma doença que acomete 42,2% dos portugueses, sendo que a maior parte são pessoas em idade economicamente ativa, aumentando consideravelmente os custos sociais por invalidez e absentismo laboral (Carrilho e Patrício, 2008). A discussão da problemática entre a hipertensão arterial versus qualidade de vida mantém-se e continua estreitamente associada à qualidade dos cuidados de enfermagem, no que respeita ao controlo e gestão desta doença crónica (Erikson [et al]., 2004; Kiran [et al.], 2010, Saboya [et al.],2010). Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os fatores de risco etiologicamente associados à doença crónica advêm do estilo de vida, geradas através das opções individuais ao longo do ciclo vital (Direção Geral de Saúde, 2003). Nesta medida, intervir sobre estes determinantes surge como uma estratégia de saúde fundamental, que permitirá obter ganhos significativos, quer na redução da prevalência de doenças crónicas, quer nos custos económicos sociais e individuais que lhe estão associados. Entenda-se como estilo de vida, o conjunto de hábitos e comportamentos de resposta às situações do dia-a-dia, aprendidos através do processo de socialização e constantemente reinterpretados e testados ao longo do ciclo de vida e em diferentes situações sociais (Idem). Objetivos Caracterizar o perfil da população hipertensa inscrita na Consulta do Hipertenso da Consulta Externa do Serviço de Cardiologia de um centro hospitalar central segundo as variáveis sociodemográficas, clínicas, estilo de vida e perceção da qualidade de vida; Compreender a relação entre o estilo de vida e a perceção da qualidade de vida; Analisar as dimensões da qualidade de vida e estilo de vida mais afetadas e correlacioná-las entre si; Validar culturalmente o instrumento de medida Mini Questionário da Qualidade de Vida na Hipertensão Arterial (MINICHAL), para a população portuguesa. Metodologia Foi efetuado um estudo descritivo, analítico de corte transversal e abordagem quantitativa com a utilização do instrumento específico de avaliação de qualidade de vida (Mini Questionário da Qualidade de Vida em Hipertensão - MINICHAL) e estilo de vida (Estilo de Vida Fantástico de McMaster University). Para a recolha de dados utilizou-se um instrumento com duas partes, sendo uma a caracterização sociodemográfica e clínica dos sujeitos e a outra composta pelas duas escalas supra referidas. População/Amostra: Utentes hipertensos inscritos na Consulta do Hipertenso na Consulta Externa (CE) de um centro hospitalar central. Amostra do tipo não-probabilística acidental.Critérios de Inclusão: Aceitar participar voluntariamente do estudo; Ter mais de 18 anos; Saber ler, escrever e interpretar o texto; Ter condições clínicas e psicológicas para participar no estudo; Ter o diagnóstico clínico de HTA. Procedimentos Éticos: Comissão ética da ESEnfC; Comissão ética CHUC/HUC; Consentimento informado e esclarecido. Resultados: Características da amostra: média de 62,7 anos; 50,5% sexo masculino; 61% provenientes do meio rural; Casado (67,6%), viúvo (21,9%), solteiro (6,7%) e divorciado (3,8%); 42,9% possuem o quarto ano de escolaridade, 14,3% licenciatura, 10,5% o 12ºano de escolaridade, 8,6% sem habilitação; 49,5% dos indivíduos inativos. Caracterização clínica da amostra: Média da PA normal alta (Sociedade Portuguesa de Cardiologia, 2007), 58 com patologia associada: 11,4% diabetes mellitus, 7,6% problemas ósseos; 6,7% dislipidémia, 4,8% antecedentes de AVC, 3,8% neoplasias, 2,9% patologia endócrina, 2,9% SAOS, 1,9% miocardiopatia dilatada, 1,9% IRC, 1% arritmias, 1% aterosclerose, 1% ICC; 41% score de risco cardiovascular muito alto; periodicidade de avaliação da PA: 34,3% semanalmente, 21% mensalmente, 13,3% diariamente, 12,4% em SOS, 11,4% mais do que um mês entre avaliações e 7,6% não avalia; Avaliação da PA: 30,5% o próprio, 23,8% pelo enfermeiro, 20% por familiar, 7,6% pelo médico bem como por ajudantes remunerados, 6,7% por outros sujeitos não identificáveis e 3,8% por vizinhos; 88,6% cumpre terapêutica anti-hipertensora, contrapondo-se os 6,7% que não tomam. 4,8% são atribuídos aos utentes que se esquecem do seu cumprimento; 26,7% referiram ter tido um evento cardíaco; 55,2% refere ter necessidade de cuidados médicos regulares (tratamentos, medicação, análises) e 6,7% refere ter deixado de comprar medicamentos ou fazer tratamentos mesmo tendo receita médica; justificações acerca da não adesão terapêutica: financiamento (2,9%), experiências negativas (1,9%), medo (1%) ou desaparecimento dos problemas (1%). Mini Questionário da Qualidade de Vida em Hipertensão Arterial (MINICHAL): O score total da QV foi em média 10,26. Uma vez que para valores aproximados do zero (0) correspondem uma melhor perceção de QV e sendo que o valor máximo do MINICHAL se situa no score 51, podemos evidenciar uma boa perceção de QV para a nossa amostra. Estilo de Vida Fantástico: Média de 83,2. Os elementos da amostra situam-se entre um bom estilo de vida proporcionando muitos benefícios para a saúde e um excelente estilo de vida, proporcionando uma ótima influência para a saúde. Os domínios atividade física/associativismo, nutrição, tabaco e comportamentos de saúde e sexuais, são aqueles que evidenciaram piores scores e, consequentemente, aqueles que deverão ser trabalhados de forma a otimizar o seus estado de saúde. Validação MINICHAL: A análise global evidenciou boa sensibilidade (medidas de tendência central variam entre 0,2 e 1,019); o valor de significância do teste de Bartlett mostrou-se menor que 0,0001, o que possibilita confirmar a possibilidade e adequação do método de análise factorial; a Correlação anti-imagem: podemos verificar que todos os valores de medida de adequação de amostragem (MSA) são superiores a 0,5, o que indica que a análise pode seguir sem remoção de itens; as Comunalidades associadas a cada variável são aceitáveis; As Matrizes de componentes foram adequadas; revelou boa consistência interna, revelando um bom alfa de Cronbach (?) para o total dos 10 itens da referida dimensão (?=0,799). Os valores de consistência interna apresentam um bom alfa de Cronbach (?) para o total das dimensões do MINICHAL (?=0,859). A correlação entre ambas as partes é de 0,653 e o coeficiente Spearman Brown revela boa consistência (0,790), assim como o coeficiente Guttman Split-Half com 0,790. Nesta linha de orientação, o MINICHAL apresenta boa homogeneidade. Na figura seguinte é evidenciada a análise inferencial (fatores preditores para o MINICHAL (estado mental e manifestações sométicas). Discussão / Conclusões A qualidade de vida é uma conceção subjetiva que sofre influência de inúmeros fatores próprios da existência humana, sendo que a qualidade de vida relacionada com a saúde procura delimitar esses fatores para aqueles mais diretamente ligados à condição física, psíquica e social do indivíduo. A medida da qualidade de vida em pessoas com hipertensão, a partir do MINICHAL, corresponde a uma tentativa de avaliação dos principais fatores ligados à condição clínica que podem influenciar a sensação de bem-estar, permitindo orientar as intervenções de saúde para aspetos que possam impactar positivamente a qualidade de vida. Esta investigação, para além de ter permitido adaptar e validar um questionário, possibilitou averiguar e analisar a perceção da qualidade de vida relacionada com o estilo de vida, chegando-se às seguintes conclusões: a perceção da qualidade de vida é influenciada positivamente com estilos de vida salutares nomeadamente nas dimensões relacionadas com o apoio social (família e amigos); repouso e evicção de stress; análise positiva sobre si e sobre a sua vida (introspeção); comportamentos de saúde e sexuais responsáveis. Por outro lado, evidenciámos que o tabagismo e o consumo de álcool tiveram uma relação direta com a perceção da qualidade de vida, ou seja, indivíduos com referência a consumo de substâncias referiram melhor perceção de qualidade de vida. Esta ocorrência pode ser sugerida pelo facto de que tais hábitos propiciam gratificação emocional, de modo que o indivíduo busca alívio da angústia através de substitutos que proporcionam satisfação. Uma vez que a população estudada se insere numa consulta de hipertensão onde os utentes têm a sua situação clínica monitorizada e, dado que estes apresentam globalmente uma boa perceção de qualidade de vida e estilos de vida adequados, leva-nos a considerar que tal facto se pode dever precisamente à especificidade do acompanhamento efetuado pela equipa multidisciplinar.

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Introdução: O AVC é uma das mais importantes causas de mortalidade, morbilidade, hospitalização e incapacidade permanente nas sociedades desenvolvidas, e em Portugal não é exceção, assumindo-se como a principal causa de morte, de incapacidade e dependência. Segundo a Direção Geral de Saúde (DGS) a taxa de mortalidade padronizada por doenças cerebrovasculares diminuiu entre 2007 e 2011 de 79,9 óbitos por 100 000 habitantes para os 61,9, representado mesmo assim, a primeira causa de morte e a principal causa de incapacidade nas pessoas idosas (DGS, 2014). Neste sentido a patologia cerebrovascular tem-se vindo a apresentar como uma patologia complexa, que requer o esforço e competência de todos os elementos de uma equipa multidisciplinar. Os enfermeiros são os principais responsáveis pela coordenação de todo o processo de cuidados, desempenhando um papel vital em todas as fases do tratamento da pessoa com AVC, contribuindo fortemente para a melhoria dos resultados, diminuição dos dias de internamento e dos custos associados (Summers, et al., 2009). Assumindo-se os cuidados associados ao tratamento na fase aguda da patologia cerebrovascular, como um dos principais fatores estruturantes de toda a estratégia de resposta e controlo da doença, e estando os enfermeiros intrinsecamente relacionados com todo este processo, é de extrema importância encontrar referências que contribuíam para o aperfeiçoamento das suas competências especializadas. Na sequência deste raciocínio, desenvolvemos uma investigação sobre os cuidados à pessoa com AVC submetida a tratamento fibrinolítico, numa perspetiva de melhoria da sua qualidade, da prevenção de complicações e da maximização dos resultados. Objetivos: Os objetivos do nosso estudo consistiram em analisar as características sociodemográficas e clínicas, analisar os diagnósticos de enfermagem e o nível funcional na alta do doente com AVC. Pretendemos ainda, analisar e comparar o nível de consciência e de gravidade do doente com AVC na admissão e na alta, analisar a relação entre o nível de gravidade com o nível de consciência e dias de internamento do doente com AVC, bem como, analisar a relação entre o nível funcional, antecedentes pessoais e as complicações do doente com AVC. Metodologia: O estudo realizado versa uma abordagem quantitativa, de cariz retrospetivo, do tipo descritivo-correlacional. A amostra incluiu todos os doentes com o diagnóstico de AVC isquémico, admitidos na UAVC de um hospital central da região Centro, submetidos a tratamento fibrinolítico por via de administração endovenosa, no período compreendido entre o dia 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2014, tratando-se portanto, de um tipo de amostragem intencional. O número total da amostra foi de 182 doentes adultos. De acordo com os objetivos e o desenho do estudo constituíram-se com variáveis independentes as complicações ocorridas durante o internamento, o nível de consciência na admissão, os antecedentes pessoais e o nível de gravidade do AVC na admissão. Foram definidas como variáveis dependentes o nível funcional na alta, o nível de gravidade no AVC na alta, as complicações ocorridas durante o internamento, a ocorrência de óbito, os dias de internamento e o destino na alta. O instrumento de colheita de dados utilizado consistiu na criação de uma base de dados com a informação clínica dos processos clínicos únicos e com os diagnósticos de enfermagem relativos ao episódio de internamento, de todos os doentes com AVC isquémico submetidos a tratamento fibrinolítico por via de administração endovenosa, no período anteriormente mencionado. Para o tratamento estatístico dos dados recorremos a procedimentos de análise descritiva (frequências absolutas e relativas, medidas de tendência central e medidas de dispersão ou variabilidade e inferencial) e inferencial, através de testes não paramétricos dado que os pressupostos dos paramétricos não se encontrarem cumpridos. Resultados: Na análise descritiva verificámos que a amostra em estudo era constituída maioritariamente por homens (54,4%), dos 75 aos 84 anos (43,96%), com idade média de 76,09 anos. Maioritariamente reformados (67,6%) e residente em meio rural (74,2%). Quanto à caracterização clínica constatámos que, a maioria dos doentes apresentava como antecedentes pessoais HTA (79,7%), arritmia cardíaca (48,9%) e dislipidémia (46,7). O diagnóstico de admissão predominante foi o TACI (57,1%), com maior incidência no hemisfério esquerdo (57,7%). Relativamente ao perfil neurológico verificou-se uma evolução favorável da maioria dos doentes, desde o momento da admissão na UAVC até à alta (nível de consciência e de gravidade do AVC, linguagem, visão e força muscular). Na avaliação funcional na alta hospitalar 24,2% dos doentes apresentavam incapacidade severa, 19,2% incapacidade moderada a severa e 13,0% não apresentavam sintomas. A principal complicação ocorrida durante o internamento foi a dor (41,2%), seguida da confusão (33,5%), da infeção respiratória (27,5%) e da infeção urinária (20,9%) tendo 11,5% dos doentes falecido. A média de dias de internamento na UAVC foi de 3,55 dias, na enfermaria foi de 12,01 e em todo o episódio clínico foi de 15,55 dias, e o destino/encaminhamento dos doentes na alta da UAVC, para a maioria dos doentes foi o Serviço de Neurologia (81,1%). Em relação ao destino/encaminhamento na enfermaria, 56,7% dos doentes tiveram alta para o domicílio e 12,7% alta para Lar. Relativamente aos diagnósticos de enfermagem, verificamos que a amostra em estudo apresentou um perfil de dependência em grau elevado na maioria dos diagnósticos relacionados com o autocuidado, existindo, no entanto, uma redução até ao momento da alta. Os diagnósticos relacionados com o risco mais identificados foram o risco de queda (92,9%) e risco de úlcera de pressão (79,7%), e os diagnósticos relacionados com as complicações, que apresentaram maior frequência relativa foram a comunicação comprometida (73,1%) e o movimento muscular comprometido (53,3%), nos quais se apurou uma redução no momento da alta, correspondendo globalmente a uma evolução favorável. Relativamente aos resultados obtidos através da análise inferencial (Figura 1), podemos verificar que momento da admissão, valores baixos da EG e valores elevados da NIHSS estão relacionados com uma maior gravidade clínica e um menor nível funcional do doente com AVC no momento da alta. Por outro lado o facto de ocorrerem as complicações vómito, infeção urinária e infeção respiratória, durante o internamento, estão também relacionados com uma maior gravidade clínica e menor nível funcional do doente com AVC no momento da alta. Estes resultados estão por sua vez relacionados com um aumento dos dias de internamento e um aumento da institucionalização no momento da alta destes doentes. Figura 1 - Síntese dos resultados da análise inferencial Discussão/Conclusão: Os resultados obtidos decorrentes da análise descritiva, de uma forma geral, vão de encontro com os consultados nos referenciais bibliográficos e com outros estudos já realizados. Salientam-se no entanto, alguns resultados relacionados com as complicações ocorridas durante o internamento, nível de gravidade do AVC, dias de internamento, e destino/encaminhamento na alta que diferem das referências teóricas, verificando-se no nosso estudo uma maior percentagem de óbitos (11,5%), menor ocorrência de úlceras de pressão (2,2%) e queda (0,5%), níveis mais elevados de gravidade do AVC na admissão (valor médio da NIHSS 15,09), menos dias de internamento na UAVC ( média de 3,55 dias) e maior percentagem de altas para o domicilio (56,7%). Algumas explicações para as diferenças encontradas em relação a outros estudos, podem estar relacionadas com a amostra utilizada (todos os doentes submetidos a tratamento fibrinolítico, n=182) e o período de internamento considerado (UAVC e Serviço de Neurologia). Os resultados obtidos relativamente aos diagnósticos de enfermagem, foram pouco concordantes com os de outros estudos já realizados, refletindo um maior nível de dependência, que poderá estar relacionado com o facto de todos os doentes terem sido submetidos a tratamento fibrinolítico (maior gravidade). Por outro lado estes resultados foram discutidos em reunião de equipa de enfermagem (onde foi realizado estudo), da qual emergiram importantes opiniões e perceções, nomeadamente em relação à representação do perfil de dependência, do risco e complicações, dos doentes com AVC, bem como a sugestões de melhoria na identificação de diagnósticos relacionados com as complicações e com o ensino ao doente e família, e uma maior preocupação na atualização do plano de cuidados ao longo de todo o episódio de internamento, a fim de espelhar de forma mais rigorosa o perfil de dependência do doente com AVC. Os resultados obtidos através da análise inferencial realçam a importância da prevenção e correção atempada de complicações, da preparação e referenciação precoce no regresso a casa e transferência para instituições que garantam a continuidade de cuidados. Por outro lado traduzem o carácter preditivo do valor da EG, da NIHSS na admissão e da ocorrência de complicações no internamento, na maior gravidade clínica e menor nível funcional do doente com AVC no momento da alta. Os enfermeiros que trabalham e se dedicam ao cuidar do doente com patologia cerebrovascular são confrontados diariamente com o enorme desafio de se manterem atualizados, de forma a garantirem os mais elevados níveis de qualidade de cuidados (Pugh et al. 2009). Consideramos ter contribuído com esta investigação para uma melhor compreensão do perfil e evolução clínica do doente com AVC, submetido a tratamento fibrinolítico, destacando as principais complicações ocorridas ao longo do seu internamento, de forma a estabelecer referências e indicadores, que contribuam para uma melhoria da qualidade dos cuidados e dos ganhos em saúde. Por outro lado a identificação de aspetos a melhorar e a sugestão de ações de melhoria, tendo por base os resultados obtidos e a reflexão conjunta dos enfermeiros, foi sem dúvida um enorme contributo para a valorização do nosso trabalho.

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Mestrado em Intervenção Sócio-Organizacional na Saúde - Área de especialização: Políticas de Administração e Gestão de Serviços de Saúde

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Resumo 1: Neste estudo de caso, tentou-se verificar a influência do tipo de jogo (oficial e não oficial) e da fase do jogo (defensiva e ofensiva) nos comportamentos de instrução do treinador. Foram analisados dois jogos (um oficial e um não oficial) utilizando o método event recording, dos quais se conseguiu recolher um total de 671 unidades de informação. Os jogos analisados corresponderam a um jogo oficial do Campeonato Nacional de Seniores, da época 2014/2015, e a um jogo de pré-época de 2015/2016, de uma equipa da Iª Liga Portuguesa de Futebol. Os dados foram tratados, utilizando o programa estatístico IBM SPSS®. Os resultados indicaram que não existiram diferenças significativas, no tipo de instrução fornecida em jogo oficial e não oficial, assim como entre as diferentes fases de jogo (defensiva e ofensiva). Os resultados obtidos, no que diz respeito à Direção da instrução, nas fases de jogo ofensiva e defensiva ([X2 (2, N=762) = 3,209, p=0,357]) e nos jogos oficial e de preparação ([X2 (2, N=762) = 1,246, p=0,536]) apontaram para inexistência de uma associação significativa entre esta e as variáveis estudadas. A análise feita à relação entre o tipo de Feedback e as fases de jogo ([X2 (3, 165) = 5,525, p=0,137]) e o tipo de jogo ([X2 (3, N=165) = 2,093, p=0,555]) também não apresentou resultados que permitam associar as diferentes variáveis. Por fim, a análise realizada à relação entre as categorias de instrução e as fases de jogo ([X2 (8, N=871) = 89,193, p=0,002]) mostrou que existe uma relação fraca, devido às subcategorias Pressão e Instrução, enquanto que entre as categorias de instrução e os tipos de jogo ([X2 (7, N=707) = 39,317, p=0,000]) existe uma relação fraca, devido ao valor da subcategoria Gestão Reprovação. Resumo 2: Neste estudo, analisou-se a influência do tipo de exercício nos comportamentos de instrução do treinador. Para isto, foram analisados dois microciclos de treino que compreenderam um total de doze unidades de treino. Os dados foram obtidos, através do método de registo de ocorrências, tendo sido recolhido um total de 4176 unidades de informação. Os treinos analisados foram realizados numa equipa do Campeonato Nacional de Seniores, na época 2014/2015. Os dados foram tratados, utilizando o programa estatístico IBM SPSS ®. Os resultados indicaram que não existe uma relação, estatisticamente significativa, entre a instrução e o tipo de exercício. Contudo, para os exercícios sem bola, a sub-dimensão Pressão apresenta uma associação significativa, embora de fraca expressão. Resumo 3: Este capítulo teve como objetivo analisar a influência do contexto competitivo e do local de jogo em critérios de sucesso da transição defesa-ataque, como a zona do bloco onde a posse de bola foi recuperada, o ângulo de saída dessa mesma bola e o tempo entre a recuperação e o fim do ataque. Para além disto, estudou-se a associação destas variáveis à existência de finalização. Foram analisados oito jogos de uma equipa do Campeonato Nacional de Seniores e outros oito de uma equipa da I Liga Portuguesa. Foi utilizado o programa estatístico IBM SPSS ®. Foi possível concluir, através dos resultados obtidos nos testes estatísticos efetuados, que não há associações significativas entre as variáveis independentes e os critérios considerados. Ficou demonstrado que o local de jogo não apresenta influência na zona do bloco onde se recupera a posse de bola, com um resultado do teste Qui-quadrado a ser p=0,583. Da mesma forma, o ângulo de saída da bola da zona da sua recuperação não sofreu alterações significativas, com a mudança do local do jogo, tendo o teste do Qui-quadrado obtido p=0,173. Quanto ao tempo médio entre a recuperação da posse de bola e o término do ataque, verificou-se que, nos jogos fora, este valor é inferior, em aproximadamente 1,5 segundos. A influência do contexto competitivo também não se mostrou significativo: na sua relação com a zona onde a posse de bola foi recuperada – em ambos os casos as Zona 5 foi a que apresentou maior valor – e o teste do Qui-quadrado com valores p=0,815; na sua relação com o ângulo de saída da bola da zona de recuperação – os ângulos -45º:0º e 0º:45º são os que têm predominância – e o teste do Quiquadrado p=0,242; na sua relação com o tempo médio entre a recuperação da posse de bola e o término do ataque verificou-se que nos jogos de CNS este é mais curto em aproximadamente 2 segundos. A análise feita à relação da existência, ou não, de finalização com a variável local do jogo não permitiu encontrar uma associação forte – Zona 5 com maior impacto fora ou em casa – mas com o valor do teste do Qui-quadrado p=0,801. No que diz respeito à variável ângulo de saída da bola, verificou-se que o ângulo -45:0 foi o que obteve mais registos, nas situações de contra-ataque que terminaram sem finalização, enquanto o ângulo 0º foi o que teve mais registos, nas situações que terminaram com finalização. O teste do Qui-quadrado não permitiu encontrar uma associação estatisticamente significativa, p=0,074. Por fim, na relação entre a existência, ou não, de finalização e o tempo médio, entre a recuperação da posse de bola e o término do ataque, verificou-se que a diferença é muito inferior a 1 segundo.

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A informa????o, atrav??s da Educa????o em sa??de, ?? elemento b??sico para que o cidad??o possa ser participante ativo do processo de busca de maior qualidade de vida, atrav??s do tratamento oferecido. Entretanto, a dificuldade de acesso ao sistema, a falta de vagas e o tempo de espera por uma cirurgia card??aca s??o fatores t??o emergenciais no setor, que o direito ?? um sistema de transmiss??o sistem??tica de informa????o sobre o tratamento nem sempre ?? levado em conta no pr??-operat??rio. Portanto, na busca de um atendimento mais humanizado ao paciente e seus familiares, torna-se importante n??o perder de vista que o cidad??o que procura o hospital traz uma complexidade que alia a doen??a a uma s??rie de vari??veis a serem vistas al??m do lado cl??nico, o que demonstra a necessidade de uma proposta multidisciplinar que possa oferecer informa????es sobre o processo a ser vivenciado no pr?? e p??s-cir??rgico, de forma a oferecer um tratamento ainda melhor

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A disfonia tem recebido um enfoque ocupacional crescente e torna-se necessário, ao otorrinolaringologista, atualizar a abordagem clínica dos trabalhadores que usam a voz como instrumento de trabalho, onde novas catagorias profissionais têm surgido e, com elas, as disfunções vocais conseqüentes às condições de trabalho. Hoje, há grandes preocupações com o prejuízo econômico e produtivo que o ditúrbio vocal possa gerar. Sabe-se que a disfunção vocal tem como característica a multicausalidade e, por isso, a avaliação, conclusão e emissão de relatórios médicos tornam-se incertos. OBJETIVO: Para melhor avaliar estes profissionais e garantir um atendimento com respaldo científico adequado, estabeleceu-se um protocolo multidisciplinar, que consiste em anamnese dirigida, exame físico, endoscopia laríngea, análise perceptiva da voz e aplicação do Voice Handicap Index (VHI). FORMA DE ESTUDO: Coorte histórica transversal. MATERIAL E MÉTODO: Para testar o uso do método, em caráter preliminar, o protocolo foi aplicado em 15 profissionais que usavam a voz para trabalhar. Então, realizou-se um estudo retrospectivo com estes pacientes. RESULTADO: Demonstrou-se que 13,3% dos profissionais apresentaram performance vocal normal; 33,3%, disfonia funcional e 46%, disfonia orgânico-funcional. A disfunção vocal foi relacionada ao exercício do trabalho em 40% dos pacientes e em 46,6% ela foi descartada. CONCLUSÃO: Concluiu-se que o método é suficientemente abrangente e pode ser de utilidade ao otorrinolaringologista, para a avaliação clínico-ocupacional deste grupo de pacientes.

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Diz-se que não há líderes como dantes. Contudo, os grandes líderes sempre foram raros e sempre estiveram rodeados por uma equipa de outros verdadeiros líderes. Hoje o mundo está diferente, em turbulência constante e global. As pessoas são muito mais instruídas, mais esclarecidas, mais autónomas e, portanto, mais exigentes. Hoje em dia será mais difícil encontrar numa pessoa só todas as competências chave necessárias para uma direcção eficaz e eficiente. Se os verdadeiros líderes são raros, se é difícil encontrar todas as competências chave numa só pessoa, porque não tentar uma direcção formada por competências complementares, funcionando em equipa (díade ou tríade) com pessoas comuns? A nossa cultura caracteriza-se pelo chefe forte, pelo “líder” que centraliza mais ou menos tudo e de quem se espera que decida tudo. Para as pessoas comuns, a liderança é um dom e uma actividade individual. Foi assim durante séculos. Pelo que é muito difícil pensar a liderança de uma outra forma. É uma condicionante cultural. Ainda hoje, mesmo no ensino ministrado nas escolas de gestão, a liderança é ensinada e estudada no singular. Contudo, os verdadeiros e grandes líderes individuais são casos raros. É claro que a direcção partilhada não é só por si condição suficiente para haver sucesso. Mas uma condição indispensável é que haja um espírito de equipa, de complementaridade entre os pares da direcção. Finalmente, é necessário ter presente que a direcção em equipa não se deve limitar apenas ao topo directivo. É possível e desejável criar equipas de co-direcção com base nas pessoas comuns ao longo de toda a estrutura, com base numa cultura de equipa. Conclusão. Embora predomine a opinião de que a direcção em equipa não funciona, o estudo da literatura revela¬nos muitos casos de co-direcção com sucesso. A questão está na identificação dos factores que fazem com que esta combinação de directores seja bem sucedida. Entre esses factores, destacam-se: a selecção com espírito de equipa, a complementaridade das competências, a maneira como é feita a distribuição dos papéis e das tarefas, as orientações emocionais, os mecanismos de coordenação… Finalmente, convém ter presente que não há soluções únicas para o sucesso da direcção em equipa.