1000 resultados para Enfermagem. Diagnóstico de Enfermagem. Teoria de Enfermagem. Diálise Renal
Resumo:
ResumoIntrodução:A suplementação de ferro é uma das importantes recomendações em pacientes com doença renal crônica (DRC), contudo, uma sobrecarga desse mineral pode contribuir para o estresse oxidativo, condição essa bastante relacionada com o risco cardiovascular nesses pacientes.Objetivo:O objetivo desse trabalho foi investigar se os níveis de ferritina estão associados ao estresse oxidativo avaliado pelo malondialdeído (MDA) em pacientes em hemodiálise (HD).Métodos:Vinte pacientes em tratamento de HD (55,0 ± 15,2 anos, tempo de diálise de 76,5 ± 46,3 meses, IMC 23,6 ± 3,0 kg/m2) foram comparados com 11 indivíduos saudáveis (50,9 ± 8,0 anos, IMC 23,8 ± 1,9 kg/m2). O nível de MDA foi medido pela reação com o ácido tiobarbitúrico e os dados bioquímicos de rotina foram obtidos por meio do prontuário médico.Resultados:Os pacientes em HD apresentaram elevados níveis de MDA (13,2 ± 5,3 nmol/mL) quando comparados aos indivíduos saudáveis (5,1 ± 2,7 nmol/mL; p < 0,01). Doze pacientes (60%) apresentaram valores de ferritina superiores a 500 ng/mL e houve correlação positiva entre ferritina e MDA nos pacientes HD (r = 0,66; p = 0,005; n = 17).Conclusão:O excesso dos estoques de ferro em pacientes em HD resulta em um aumento da peroxidação lipídica e, consequentemente, contribui para um maior estresse oxidativo nesses pacientes.
Resumo:
ResumoIntrodução:O estado nutricional (EN) de pacientes em hemodiálise (HD) é motivo de preocupação e de desafio. A desnutrição é comum nestes pacientes e relaciona-se com pior prognóstico clínico.Objetivos:Avaliar a associação entre o EN e o ganho de peso interdialítico (GPID) de pacientes com doença renal crônica (DRC) em hemodiálise (HD).Métodos:Estudo transversal realizado com 322 pacientes maiores de 18 anos. O EN foi avaliado por meio do índice de massa corporal (IMC), percentual de gordura corporal estimado pela somatória de quatro dobras cutâneas (tricipital, bicipital, suprailíaca e subescapular), massa corporal magra (MCM), creatinina e albumina sérica e a taxa de aparecimento do nitrogênio (PNA). O GPID foi avaliado a partir da somatória da diferença de peso de 12 sessões de hemodiálise (GPIDm).Resultados:Considerando-se a amostra em quartis de GPIDm, verificou-se que o IMC, MCM, creatinina sérica (p < 0,001) e PNA (p = 0,011) estavam diretamente correlacionados. Não foi verificada associação entre o GPIDm e os níveis de albumina sérica. Por meio de análise multivariada, verificou-se que a prevalência de pacientes com adequação ao IMC e a creatinina sérica foi significativamente maior para pacientes do último quartil de GPIDm em relação ao primeiro.Conclusão:O EN associou-se positivamente ao GPID. Os resultados apontam para necessidade de avaliação individualizada e cautelosa do GPID, a fim de não se generalizar uma recomendação que não satisfaça as expectativas de manutenção e promoção do estado nutricional desses pacientes.
Resumo:
ResumoIntrodução:O sub-relato da ingestão energética é pouco estudado na população em hemodiálise.Objetivo:Avaliar o sub-relato da ingestão energética e os fatores associados em pacientes em hemodiálise.Métodos:Estudo transversal, com 344 pacientes adultos estáveis, de dez centros de hemodiálise de Goiânia-GO. A ingestão energética foi avaliada por seis recordatórios de 24 horas e a taxa de metabolismo basal (TMB) foi calculada pela equação de Harris Benedict. Foi considerado como sub-relato quando a razão entre a ingestão energética média e a TMB foi menor que 1,27. Para análise dos fatores associados ao sub-relato, foi utilizada a regressão de Poisson com estimativa robusta da variância.Resultados:A prevalência de sub-relato foi de 65,7%, sendo mais expressiva em indivíduos com excesso de peso e nos dias sem diálise. O resultado final da análise multivariada identificou quatro fatores independentemente associados ao sub-relato: sexo feminino (RP = 1,27; IC = 1,10-1,46), índice de massa corporal ≥ 25 kg/m2 (RP = 1,29; IC = 1,12-1,48), três ou menos refeições/dia (RP = 1,31; IC = 1,14-1,51) e tempo de hemodiálise inferior a cinco anos (RP = 1,19; IC = 1,01-1,40).Conclusão:A população avaliada demonstrou elevada prevalência de sub-relato da ingestão energética. Pertencer ao sexo feminino, apresentar excesso de peso, fazer um menor número de refeições diárias e ter menos tempo de hemodiálise foram fatores associados ao sub-relato.
Resumo:
ResumoIntrodução:A doença renal crônica (DRC) é um problema de saúde pública e, no Brasil, ainda são identificadas carências de dados sobre características de um dos principais tratamentos, a hemodiálise.Objetivo:Determinar, por meio da descrição do consumo de recursos para o tratamento e suas complicações, o custo associado à hemodiálise e às terapias medicamentosas suplementares em pacientes financiados pelo SUS.Métodos:Métodos de análise observacional transversal e coorte prospectiva foram utilizados considerando dados públicos, dos quais foram coletadas informações referentes a procedimentos hospitalares e ambulatoriais, além de características dos pacientes. Os custos foram calculados a partir dos recursos descritos. Na análise transversal foram considerados indivíduos que realizaram hemodiálise entre janeiro de 2008 e novembro de 2012 e na coorte prospectiva, iniciada em 2009. Análises descritivas foram conduzidas.Resultados:Um total de 91.475 e 118.847 procedimentos de hemodiálise foram realizados em 2008 e 2012, respectivamente, e, para o ano 2017, foi estimado um aumento de 24,8%. A análise por unidade federativa mostrou que São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro representam quase metade dos procedimentos, com média de custo, por paciente, de US$ 7.932,52 em 2008, e de US$ 9.112,75 em 2011. Na coorte, composta por 96.600 indivíduos, o medicamento mais utilizado foi a alfapoetina, além de 8% da amostra utilizar calcitriol 1,0 mcg. Foi observada a ocorrência de complicações em 28,2% dos pacientes.Conclusão:Após análise dos dados, diferentes aspectos da utilização da hemodiálise foram demonstrados, sendo observado um aumento na quantidade de procedimentos e, também, nos gastos decorrentes do procedimento.
Resumo:
Resumo Introdução: A acidose metabólica é frequente em pacientes dialíticos e participa na patogênese da desnutrição energético-proteica destes pacientes. Objetivos: Avaliar a prevalência de acidose metabólica em hemodiálise e pesquisar sua associação com o estado nutricional. Métodos: Foi realizado um estudo transversal em pacientes em hemodiálise em um único centro. O estado nutricional foi avaliado por meio de indicadores antropométricos, bioquímicos e da bioimpedância elétrica multifrequencial. Acidose metabólica foi definida como bicarbonato sérico (BIC) < 22 mEq/L, e os pacientes foram divididos em 3 grupos, segundo o BIC (< 15,15-21,9 e ≥ 22). A associação entre o BIC e as variáveis contínuas foi pesquisada com o teste de Kruskal Wallis. A correlação linear entre o BIC e as variáveis do estudo também foi testada. Resultados: Foram avaliados 95 pacientes, 59% masculinos, idade média 52,3 anos. A prevalência de acidose metabólica foi 94,7%. O IMC, o ganho de peso interdialítico e o PTH foram significativamente diferentes entre os 3 grupos de BIC. O BIC apresentou correlação negativa significativa com ureia, fósforo e ganho de peso interdialítico. Não houve correlação significativa com albumina, ângulo de fase e índice de massa magra. Conclusão: A prevalência de acidose metabólica foi elevada na população em estudo, e um BIC mais baixo correlacionou-se com valores maiores de ureia, PTH, fósforo, ganho de peso interdialítico e menores de IMC. A avaliação do estado metabólico em hemodiálise deve ser implementada rotineiramente, considerando-se os efeitos negativos da acidose no estado nutricional, inflamatório e na doença óssea.
Resumo:
Resumo A cobertura das terapias de substituição renal (TSR) no Ministério da Saúde do Peru é pobre, com distribuição desigual de TSR em nível nacional, e é possível que até 50% da população não tenha acesso a algum tipo de TSR. É preciso uma abordagem multissetorial para resolver este problema que não é consistente com a melhoria econômica do país.
Resumo:
El síndrome de Alagille es una condición autosómica dominante que se define clínicamente por alteraciones de cinco sistemas principales: escasez de ductos biliares con colestasis crónica, compromiso cardíaco (estenosis pulmonar), óseo (vétebras en mariposa), oftálmico (embriotoxon posterior) y de la cara (fascies dismórficas leves pero reconocibles). La afectación renal es común en estos pacientes; sin embargo, no hace parte de los criterios que definen el síndrome. Reportamos los casos de 3 pacientes con síndrome de Alagille y compromiso renal y realizamos una revisión de la literatura para establecer la importancia de incluir la evaluación de este sistema en el diagnóstico del síndrome. Concluimos que el compromiso renal es frecuente, y por lo tanto sugerimos que en todos los casos se evalúe la posibilidad de compromiso renal tanto a nivel estructural como funcional glomerular y tubular.
Resumo:
Aims:To analyze the socio-demographic and clinical characteristics of patients with adult polycystic kidney disease admitted to hemodialysis services in Northwestern Paraná state,Brazil. Methods: This was an observational, descriptive and retrospective longitudinal study. Medical records of patients with polycystic kidneys who initiated hemodialysis between 1995 and 2012, in four centers that treat patients of the coverage area of the 15th Regional Health Region of Paraná state where analyzed. Results:We found that 10.3% of hemodialysis patients had polycystic kidney disease as a leading cause of stage 5 of chronic kidney disease. The mean age of patients was 54.9±9.4 years (ranging between 27 and 74 years), with equal gender distribution and Caucasian predominance (72.9%). The average age of dialysis initiation was 50±10.2 years. The most common comorbidity was systemic hypertension (66.7%). Liver cyst was the main extra-renal manifestation (10.4%). Twenty-five percent of the patients required renal transplantation, and (22.9%) undergone nephrectomy. The most widely used classes of antihypertensive drugs were β-blockers (41.7%) and drugs that act on the renin-angiotensin system (31.3%), while 56.3% of patients were treated with recombinant human erythropoietin. Conclusions:This is a pioneering epidemiological study in Northwestern Paraná state. We found in this population a sociodemographic and clinical profile of adult polycystic kidney disease similar to that of North America and Europe, probably because the ethnic constitution of the sample was predominantly of Euro-descendants.