996 resultados para Dor moderada e intensa
Resumo:
O artigo, fundamentado nas premissas teóricas sobre relações de trabalho, em especial em algumas variáveis que integram a categoria microssocial - organização do trabalho e condições de trabalho -, aliadas às contribuições da Escola Dejouriana, que analisa os temas do prazer e do sofrimento vinculados ao trabalho, procura desvendar o processo de desgaste/prazer no trabalho dentro de um hospital universitário, por meio do discurso dos trabalhadores de enfermagem ali atuantes, buscando captar suas realizações, dificuldades, alegrias, tramas e defesas, angústias, contradições, a luta pelo poder, as vivências subjetivas, os silêncios. Em suma, as transições da enfermagem de anjo de branco a profissional têm sido marcadas por preconceitos, desgaste, sofrimento e luta por espaço laboral. Abandonando a posição de saber periférico e vulnerável, assistimos, atualmente, ao esforço dos trabalhadores de enfermagem para a construção de uma nova imagem que contempla estratégias de revalorização do estatuto profissional, controle da formação, das carreiras e dos conteúdos do trabalho para que se tornem agentes privilegiados e ativos na melhoria das condições de saúde da comunidade e propulsores de novas idéias para o avanço da gestão nas organizações hospitalares.
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O principal argumento desenvolvido neste ensaio é o de que, para os Waiwai, o privilégio conferido à visibilidade lateral sugere idéias sobre um indivíduo fractal, associado ao poder recursivo, enquanto, para as sociedades do litoral da Guiana e dos Estados Unidos, o privilégio conferido à visibilidade axial sugere concepções sobre um indivíduo autônomo, associado a relações de poder contrapontísticas e celulares, respectivamente. Será argumentado que, ao contrário da situação dos Waiwai, de acordo com o objetivo de atingir maior eficiência no funcionamento de suas relações políticas com os cidadãos, o desejo do Estado moderno, expresso por meio do uso privilegiado da visibilidade axial, reduz a importância das relações laterais e produz indivíduos categorialmente isolados e solitários.
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São apresentados os resultados de observações sobre populações triatomínicas extradomiciliares em região de intensa atividade agropecuária. Os restos de vegetação primitiva, embora reduzidos a menos de 8,0%, mostraram-se suficientes para manter essas populações. Pelo menos para Triatoma sordida, a destruição progressiva parece favorecer sua sobrevivência, graças à multiplicação de ecótopos preferidos por esse triatomíneo. Tanto essa espécie como Panstrongylus megistus e Rhodnius neglectus mostraram-se aptos à colonização em ecótopos artificiais representados por galinheiros experimentais.
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Para correlacionar o quadro clínico com níveis séricos de aldrin e dieldrin, foram acompanhados 16 pacientes com intoxicação aguda por formulação de aldrin. Oito deles, de ambos os sexos, com idade de 1 a 37 anos, apresentaram apenas sintomas leves como náusea e desconforto, e alguns permaneceram assintomáticos. No soro de um deles foi encontrado 16,6 ppb de aldrin e em outro 1,41 ppb de dieldrin. Grupo de cinco pacientes apresentou sintomas de moderada severidade, incluindo náusea, vômitos, sonolência, dispnéia, sudorese, abalos musculares, elevação da tensão arterial e episódios isolados de convulsão, a maioria com restabelecimento do estado de saúde em 24 h. A idade deste grupo variou de 2 a 30 anos e os níveis séricos de aldrin se situaram entre 6,98 ppb e 26,3 ppb, enquanto o dieldrin variou entre 82,00 ppb e 314,18 ppb. Os três outros pacientes desenvolveram um quadro grave de intoxicação, correspondendo a duas tentativas de suicídio e um de origem ocupacional, com idades de 21 a 35 anos; dois deles foram a óbito, um apresentando dor abdominal, arreflexia, sudorese, dispnéia, hipertermia, leucocitose no início do internamente que evoluiu para leucopenia severa, convulsões generalizadas, coma, insuficiência renal aguda, edema agudo de pulmão e morte no sétimo dia de decorrida a intoxicação; outro apresentou níveis séricos de aldrin de 30,00 ppb e 720 ppb de dieldrin; e outro, com intoxicação mais severa, com êxito letal no terceiro dia de internação, apresentou níveis séricos de 747,3 ppb de aldrin e 1.314,00 ppb de dieldrin. O último paciente, com quadro de alteração do ritmo de sono, desorientação e convulsões, tinha um teor de aldrin sérico de 31,05 ppb e 147,11 ppb de dieldrin. Os resultados encontrados sugerem que não ocorre grande correlação entre os níveis séricos de aldrin ou de seu metabolito dieldrin com os sinais e sintomas clínicos em intoxicações agudas por este inseticida.
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Com o objetivo de avaliar o estado nutricional de crianças de uma população urbana periférica de Porto Alegre, RS (Brasil) que apresentaram quadro de desnutrição moderada ou grave antes dos 5 anos de idade, 61 famílias foram procuradas após 2 a 4 anos de uma avaliação inicial. Das 39 crianças localizadas, 4 (10,3%) foram a óbito e 22 (56,4%) apresentaram um incremento na relação peso/idade maior que 10%. Entre as 35 crianças sobreviventes, 29 (82,3%) apresentavam algum grau de desnutrição (peso/idade < 90% do padrão), 25 (71,4%) tinham baixa estatura (altura/idade < 95% do padrão) e 5 (14,3%) possuíam pouco peso para a altura < 90% do padrão). Os irmãos menores de 5 anos de idade apresentaram estado nutricional semelhante ao das crianças reavaliadas. Os fatores que mostraram alguma associação com um melhor estado nutricional (incremento maior que 10% na relação peso/idade no período do seguimento e/ou altura/idade ou peso/altura adequados na segunda avaliação) foram: história de pelo menos uma hospitalização entre a primeira e a segunda avaliação, detecção da desnutrição até os 6 meses de idade e mãe alfabetizada. Os programas de suplementação alimentar e/ou reabilitação nutricional disponíveis na comunidade não influíram na melhoria do estado nutricional, tanto das crianças-alvo como de seus irmãos. Concluiu-se pela necessidade de uma abordagem mais eficaz das famílias que apresentam um alto risco para desnutrição e morbimortalidade infantil.
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As recomendações internacionais para os níveis mínimos de actividade física para manter a saúde são: Actividade Moderada - 30 minutos por dia durante pelo menos 5 dias da semana (períodos mínimos de 10 min); Actividade Intensa – 20 minutos por dia durante 3 dias por semana + Exercícios de força e resistência muscular – 2 dias por semana. Estilos de vida trabalhados pelo curso de Fisioterapia da ESTESL - Estilos de vida saudável ao longo do ciclo de vida: actividades desenvolvidas nas Escolas Secundárias para sensibilização da importância da actividade física nos jovens; actividades desenvolvidas no âmbito de projectos de prevenção da doença (ex: prevenção de doenças cardiovasculares, prevenção de acidentes no trabalho, etc.); actividades desenvolvidas com população idosa, relacionadas com o envelhecimento activo; acções de sensibilização para a população em geral, no sentido de promover a actividade física.
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Procedeu-se à investigação de factores que influenciam a percepção da dor pós-operatória em doentes submetidos a cirurgia cardíaca, usando uma amostra de 93 indivíduos sujeitos a bypass coronário no ano de 2002, no hospital de Santa Marta, 78,5% do sexo masculino e com idades compreendidas entre os 39 e os 84 anos. O questionário utilizado no estudo abrangeu os seguintes factores: demográficos, cirúrgicos, percepção da saúde geral, saúde mental, expectativas de dor, apoio, autoeficácia e satisfação com o tratamento para a dor, com médicos e enfermeiros. Quanto à dor de uma forma geral, os pacientes deste estudo revelaram uma dor média às 24 horas; uma dor um pouco mais baixa mas ainda média às 48 horas; e ao quinto dia apresentaram uma dor baixa. Através da aplicação do teste t-student, observou-se que a dor máxima e média que os pacientes revelaram nas 24 horas que precederam as 96 horas, bem como a dor geral, foi em média de menor intensidade nos homens do que nas mulheres. Análises de correlação revelaram que existe correlação entre a experiência de dor global e as várias dores avaliadas. Observaram-se também correlações entre as expectativas de dor e a intensidade de dor, o apoio e a intensidade da dor, a autoeficácia relativa à dor e a intensidade de dor, a saúde mental no pós operatório e a intensidade de dor às 96 horas, dor máxima e dor média nas últimas 24 horas e dor global. De igual modo observaram-se correlações entre a saúde mental no período pré-operatório e a intensidade de dor às 48 horas, dor máxima nas últimas 24 horas e dor global. Observaram-se ainda correlações entre a saúde geral (medida por um item) e a intensidade de dor às 24 horas, 48 horas, dor máxima nas últimas 24 horas e dor global, assim como na saúde geral percepcionada (medida por escala) e a intensidade de dor às 48 horas, dor máxima nas últimas 24 horas e dor global. Observaram-se igualmente correlações entre a satisfação com o tratamento para a dor e a intensidade de dor às 48 horas, às 96 horas, dor máxima e dor média nas últimas 24 horas e dor global. Pode afirmar-se que os sujeitos que apresentaram expectativas de dor baixas, percepcionaram maior apoio, apresentaram níveis elevados de auto-eficácia para lidar com a dor, ou que pertenciam ao sexo masculino, sentiram menos dor. De igual modo, os sujeitos que apresentaram melhor saúde mental no pré e no pós-operatório, sentiram menos dor, excepto às 24 horas onde a dor provavelmente é de índole mais física. Relativamente à percepção da saúde geral, verificou-se que os sujeitos que percepcionaram a sua saúde como boa, sentiram menos dor. Os sujeitos que expressaram maior satisfação com o tratamento, sentiram igualmente menos dor. Analisaram-se os resultados relativamente aos de outros estudos sobre dor pós-operatória em cirurgia cardíaca e propuseram-se variáveis a abordar em estudos futuros nesta temática específica.
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Se describen y analizan los resultados de una investigación epidemiológica de corte transversal destinada a evaluar el estado de salud bucodental en escolares de 6-7 y 12-13 años residentes en Sampacho y Porteña, dos localidades de la Provincia de Córdoba (Argentina), abastecidas con agua de bebida que poseen cantidades deF- muy diferentes. En Sampacho, el nivel de F- es de 9,05 mg/l, en tanto que en Porteña la concentración es de 0,19 mg/l. La proporción de escolares (6-7 y 12-13 años) que no tuvo experiencia de caries fue significativamente mayor en Sampacho que en Porteña, mientras que los índices ceo-d, ceo-s, CPO-D y CPO-S resultaron considerablemente más altos en esta última localidad. La severidad de la enfermedad de caries en los niños de 12-13 años de Sampacho estuvo comprendida entre baja y moderada (CPO-D= 2,53), en tanto que en sus similares de Porteña alcanzó el grado de moderada a alta (CPO-D= 4,41). No se registró ningún caso de fluorosis dental en Porteña, mientras que en Sampacho hubo una alta proporción de niños que presentó fluorosis leve (6-7 años) y leve o intensa (12-13 años). Los niveles salivales de calcio, fosfatos, tiocianato, proteínas totales e Ig A secretoria fueron muy similares en los escolares de ambas localidades, y también entre niños con diferente experiencia de caries y distintos grados de fluorosis dental. Se concluye que son necesarias urgentes medidas sanitarias (preventivas y/o curativas) para reducir o controlar la enfermedad de caries en Porteña y la fluorosis dental en Sampacho.
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Objectivo: Identificar os factores psicossociais que influenciam a percepção da dor pós-operatória em doentes submetidos a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). Material e Métodos: Estudo exploratório correlacional de 91 doentes (71 homens e 20 mulheres) submetidos a CRM (pontagem aortocoronária) por esternotomia). A idade média era de 63,8 ± 9,6 anos (entre 39 e 84). Foram utilizados os seguintes instrumentos: Escala Analógica Visual às 24, 48 e 96 horas do pós-operatório; Questionário de Caracterização Demográfica; Mental Health Inventory de 5 itens; Percepção de Saúde Geral (SF-36); Escala de Expectativas de Dor; Escala de Percepção de Apoio; Escala de Expectativas de Auto-eficácia; Satisfação com o tratamento, médicos e enfermeiros (American Pain Society Questionnaire) aplicados às 96 horas após a cirurgia. Resultados: Os doentes que apresentaram expectativas elevadas de dor, percepcionaram maior apoio, apresentaram níveis elevados de auto-eficácia para lidar com a dor ou, se pertenciam ao sexo masculino, sentiram menos dor. De igual modo, os doentes que apresentaram melhor saúde mental, percepcionaram a sua saúde como boa e os doentes que expressaram maior satisfação com o tratamento sentiram menos dor. A dor não foi influenciada pela idade, grau de escolaridade ou pela satisfação com a conduta de médicos e enfermeiros. Conclusão: Após as primeiras 48 horas do pós-operatório, a experiência de dor é influenciada por factores psicossociais, em oarticular pela expectativa de dor, expectativa de auto-eficácia, apoio percebido, percepção da saúde geral, percepção de saúde mental e satisfação com o tratamento para a dor. Perante os resultados, evidencia-se a necessidade de conjugar conhecimentos no sentido de dar respostas mais alargadas e de carácter multidisciplinar no tratamento da dor pós-operatória em CRM devendo, a par de outros aspectos, focar-se na gestão das expectativas dos doentes. ABSTRACT - Objective: To identify the psychological factors that influence post-surgery pain perception in patients undergoing coronary artery bypass graft surgery (CABG). Methods: This was an exploratory correlational study of 91 patients (71 men and 20 women) who underwent CABG (aortocoronary anastomosis) by sternotomy. Mean age was 63.8 ± 9.6 years (between 39 and 84). The following instruments were used: visual analogical scales at 24, 48 and 96 hours of post-surgery; demographic characteristics survey; pain expectations scale; perceived support scale; self-efficacy scale, Mental Inventory (5 items); health perception scale; and satisfaction with treatment, doctors and nurses (American Pain Society questionnaire) at 96 hours after surgery. Results: Patients who had presented high expectations of pain, perceived more support, presented high levels of self-efficacy to deal with pain or were male, felt less pain. Furthermore, patients who presented better mental health, perceived their general health as being good, or expressed greater satisfaction with treatment, felt less pain. Pain was not influenced by age, level of education or satisfaction with doctors and nurses. Conclusion: After the first 48 hours following surgery, the pain experience is influenced by psychosocial factors, in particular by expectation of pain and of self-efficacy, perceived support, perception of general and mental health, and satisfaction with pain treatment. The results confirm the need to bring together different kinds of knowledge for a broad, multidisciplinary approach to postoperative CABG pain treatment, focusing, along with other aspects, on management of patients’ expectations.
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A dor é uma das experiência humanas mais importantes, sendo basicamente uma experiência emocional. Os conhecimentos actuais sobre a importância e riqueza dos fenómenos psicológicos perante o acto cirúrgico evidenciam a necessidade de uma preparação psicológica cuidada. A intervenção psicológica, do psicólogo a par com os restantes profissionais deve focar a gestão das expectativas do doente dado que a dor é um dos aspectos deletérios da intervenção cirúrgica mais salientes. Objectivo do estudo - Identificar quais os factores psicossociais associados à percepção de dor, num grupo de doentes cardíacos, recentemente submetidos a intervenção cirúrgica.
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As porfirias são um grupo de oito doenças metabólicas raras, em resultado de uma deficiência enzimática em cada uma das oito enzimas envolvidas na biossíntese do grupo heme. São doenças maioritariamente hereditárias, mas podem também ser adquiridas aquando da exposição a certos fatores ambientais e/ou patológicos. Estes fatores externos, denominados de porfirinogénicos também têm um papel preponderante no diagnóstico das porfirias, uma vez que mimetizam os sintomas clínicos de um ataque agudo de porfiria, contribuindo para subestimar esta doença, levando a um atraso no diagnóstico e diminuído o sucesso do prognóstico. Os ataques agudos de porfiria, nomeadamente na porfiria aguda intermitente, porfiria variegata, coproporfiria hereditária, e deficiência da desidratase do ácido delta-aminolevulínico, apesar de serem doenças multissistémicas, têm em comum como apresentação clínica, a dor abdominal aguda. A pesquisa de porfobilinogénio (PBG) na urina, através da realização do teste de Hoesch, é uma forma rápida e fácil de excluir a suspeita clínica de porfiria. Pretendemos com este trabalho, alertar para a necessidade de um diagnóstico laboratorial atempado, que pela sua simplicidade poderá descartar ou confirmar se a dor abdominal aguda, tão frequente nas urgências hospitalares, será ou não uma manifestação clínica de um ataque agudo de porfiria. Este estudo contribuirá não só para aumentar o nosso conhecimento acerca destas doenças, como também permitirá uma melhor compreensão dos mecanismos de patogenicidade das porfirias, o qual ainda permanece pouco conhecido.
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A dor espinal em crianças e jovens constitui um problema cujas dimensões e prevalência tem vindo aumentar nas últimas décadas. Esta problemática parece ser tanto mais significativa se for tido em consideração que os episódios de dor espinal na idade escolar se perpetuam e estão relacionados com os que acontecem na idade adulta. Desta forma, os investigadores alertam para a necessidade de identificar potenciais factores de risco para o desenvolvimento de dor espinal em crianças e jovens de idade escolar. Assim, o presente estudo pretende identificar qual a importância assumida pelo contexto familiar na presença de queixas dolorosas espinais nas crianças em idade escolar do concelho da Maia. A amostra é constituída pelos pais de 1017 crianças do 1º ciclo do Ensino Básico do Concelho da Maia que foram avaliadas relativamente à postura, numa fase anterior do estudo. Desta população constituiu amostra 636 pais que concordaram participar no estudo, tendo obtido resposta de 226, obtendo uma percentagem de adesão de 35,5%. Para a obtenção dos dados qualitativos foi utilizado um método de amostragem estratégica de forma a seleccionar dez pais representativos de todas as categorias possíveis (pais com e sem dor e filhos com e sem dor). Esta amostra foi seleccionada tendo em conta os dados obtidos no questionário Parental Pain e Questionário de Bournemouth, sendo, posteriormente aplicado uma entrevista não estruturada. Os principais resultados obtidos permitiram concluir que o contexto tem uma influência determinante na criança com dor. De acordo com os dados extraídos das entrevistas, os comportamentos de manifestação de dor por parte das crianças podem ser um reflexo de comportamentos apreendidos através da observação do comportamento dos adultos e, consequentemente mimetizados, opinião esta igualmente expressa por alguns dos pais. Mas nem sempre os pais apontam a mimetização como causa para a dor referida pelos filhos, referindo igualmente o transporte da mochila, as posturas assumidas no dia-a-dia, o mobiliário escolar e as actividades de lazer realizadas pelas crianças.
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Este estudo visa descrever o caso de um paciente de 63 anos que recorreu aos serviços de Fisioterapia após uma crise de lombalgia com 3 dias de evolução. O doente apresentava dor intensa situada entre a zona lombar e sacro-ilíaca direita (7/10-EVA), irradiando pelas cristas ilíacas, virilha e face anterior da coxa direita. A intervenção dividiu-se em duas fases: aguda e sub-aguda. A primeira exigiu uma abordagem limitada e essencialmente orientada para a mecânica articular, em que foram utilizadas técnicas de terapia manual. A segunda, com um quadro clínico menos doloroso, permitiu avaliar o comprometimento de outras estruturas, nomeadamente miofasciais e neurológicas. Entre as várias etiologias possíveis, foram encontrados sinais e sintomas consistentes com síndroma miofascial do músculo Psoas ilíaco. A intervenção incluiu técnicas de terapia manual, exercício terapêutico e educação do paciente. No final de 9 semanas de tratamento o paciente mantém limitações mínimas relacionadas com a mecânica articular que se traduzem pela sensibilidade em L4-L5 (3/10), e observa-se uma atitude menos sedentária comparativamente ao que se apurou antes desta ocorrência. A abordagem terapêutica foi fundamentada pela anatomia, biomecânica e raciocínio clínico, tendo em conta a evidência científica, experiência clínica e factores psico-sociais.
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A dor crónica deve ser encarada como uma doença real. 1/3 da população mundial vive com dor crónica. Hoje procura-se compreender o mecanismo da dor no cérebro. Objectivo: alcançar terapias específicas; aprender os mecanismos cerebrais relacionados com a dor crónica.
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As espécies reativas de oxigénio (ROS) estão envolvidas no desenvolvimento de dor neuropática. No entanto, a aplicação clínica de moléculas antioxidantes no tratamento desta patologia tem demonstrado pouca eficácia. A inibição da NADPH oxidase (NOX), uma das principais fontes de ROS, poderá ser uma boa estratégia terapêutica. O nosso grupo verificou que a apocinina (inibidor da NOX) melhora parcialmente os sintomas de dor neuropática e a disfunção redox espinhal no modelo SNI (spared nerve injury). De forma a melhorar este efeito terapêutico, o presente estudo insere-se num projeto maior, que visa identificar as isoformas da NOX envolvidas na fisiopatologia da doença e avaliar o efeito da administração de inibidores específicos para essas isoformas. Assim, propusemo-nos a avaliar a disfunção redox espinhal em fases precoces dador neuropática periférica induzida pelo modelo SNI no Rato, relacionando-a com os comportamentos de dor demonstrados pelos animais. Foram constituídos três grupos experimentais: SNI, sham e naïve, com subgrupos testados e sacrificados aos dias 1, 3, 7 e 14 após a cirurgia. Avaliou-se a sensibilidade mecânica (vonFrey e pinprick) e ao frio (acetona) dos animais, sacrificaram-se e recolheram-se as medulas espinhais para análise imunohistoquímica, com marcadores de dano oxidativo no DNA e de dano nitrosativo. Ao contrário dos animais sham, que demonstraram um comportamento muito próximo dos naïve, os animais SNI desenvolveram alodínia mecânica e ao frio e hiperalgesia mecânica na pata ipsilateral. No entanto, o dano oxidativo no corno dorsal ipsilateral da medula espinhal apresentou-se idêntico nos grupos SNI e sham ao longo dos 14 dias de estudo, não havendo também diferenças entre os cornos ipsi e contralateral à lesão nervosa. É possível que o desenvolvimento de dor neuropática nos animais SNI não se faça acompanhar de disfunção redox espinhal, pelo menos até aos 14 dias pós indução. O facto de a lesão nervosa no modelo SNI se localizar numa porção distal do ciático, ao contrário de outros modelos em que o stresse oxidativo espinhal foi já descrito, poderia explicar essas diferenças. Em todo o caso, considerando que os resultados comportamentais obtidos indicam que as cirurgias SNI e sham causam diferentes níveis de sensibilização nos animais, parece-nos fulcral prolongar os tempos de neuropatia, e executar uma avaliação do estado redox com outros marcadores, de forma a elucidar se, de facto, existem ROS envolvidas nesta sensibilização e, em caso positivo, poder identificar essas espécies, bem como as suas fontes.