157 resultados para Bertholletia excelsa
Resumo:
Sete espécies de Leguminosae comercializadas como "angelim", no estado do Pará, foram analisadas quanto aos aspectos morfológicos dos órgãos vegetativos e reprodutivos. Este estudo visou determinar diferenças básicas entre as espécies comercializadas com esta denominação vernacular, a fim de auxiliar no processo de identificação taxonômica das mesmas. Foi elaborada uma chave dicotômica para separar as espécies estudadas (Andira surinamensis, Dinizia excelsa, Hymenolobium excelsum, H. modestum, H. pulcherrimum, H. petraeum e Vatairea paraensis). As principais características utilizadas no campo, para separação das espécies estudadas, foram folha, folíolo, casca e tronco, porém, espécies de Andira, Hymenolobium e Vatairea, por apresentarem-se desprovidas de folhas no período fértil, necessitam de dados dos órgãos reprodutivos.
Resumo:
A estrutura da madeira de sete espécies de Leguminosae comercializadas como "angelim", no estado do Pará, foi analisada quanto aos aspectos anatômicos através de cortes histológicos da madeira, nos sentidos transversal, tangencial e radial. Através deste estudo procurou-se determinar diferenças básicas entre as espécies comercializadas com a mesma denominação vernacular, a fim de auxiliar no processo de identificação anatômica das mesmas. Uma chave dicotômica foi elaborada para separar as espécies estudadas (Andira surinamensis, Dinizia excelsa, Hymenolobium excelsum, H. modestum, H. pulcherrimum, H. petraeum e Vatairea paraensis). Características de parênquima, raios e poros são muito úteis na separação das espécies estudadas em nível de gênero, porém em nível de espécie a separação é mais difícil. Para o agrupamento de espécies, é necessário que as características anatômicas das espécies sejam conhecidas para associadas a características morfológicas.
Resumo:
O gênero Coccoloba está representado na Amazônia brasileira por 23 espécies: Coccoloba acuminata Kunth, C. arborescens (Vell.) R. A. Howard, C. ascendens Duss ex Lindau, C. brasiliensis Nees & Mart., C. charitostachya Standl., C. conduplicata Maguire, C. coronata Jacq., C. declinata (Vell.) Mart., C. densifrons Mart. ex Meisn., C. excelsa Benth., C. gentryi R. A. Howard, C. latifolia Lam., C. lehmannii Lindau, C. lucidula Benth., C. marginata Benth., C. mollis Casar., C. ovata Benth., C. paraensis Meisn., C. parimensis Benth., C. ramosissima Wedd., C. savannarum Standl., C. striata Benth. e C. tenuiflora Lindau, dentre as quais apenas C. paraensis ocorre exclusivamente na Amazônia brasileira, C. charitostachya, C. conduplicata, C. coronata, C. gentryi, C. lehmanni e C. savannarum, são citadas pela primeira vez para o Brasil. As características de maior relevância taxonômica são a posição do pecíolo em relação à ócrea, ramificação da inflorescência, tamanhos relativos das brácteas e ocréolas, perianto frutífero e pericarpo. São apresentadas chaves de identificação, descrições e ilustrações, bem como comentários sobre a distribuição geográfica, hábitats e dados fenológicos para todas as espécies estudadas.
Resumo:
No ramo da preservação de madeira, a eficiência de compostos naturais há muito tem sido avaliada, visando encontrar substâncias que não só aumentem a vida útil de madeiras de baixa durabilidade, mas também causem menor dano ao meio ambiente. Nesse contexto, o potencial de extrativos do lenho e da casca das espécies madeireiras Pouteria guianensis,Buchenavia parviflora e Dinizia excelsa em repelir o ataque de cupins Nasutitermes sp. foi avaliado, utilizando-se como substrato a espécie Simarouba amara, de baixa durabilidade. Os extrativos foram obtidos em etanol 95%, diluídos em solução hidroalcoólica (1 e 0,1%), e impregnados em blocos de S. amara, segundo ASTM D1413-76. Os blocos foram montados em quadrado latino em uma plataforma e submetidos ao ataque dos cupins. O efeito das soluções foi classificado pela perda de peso dos blocos de S. amara. Os resultados mostraram que a maioria dos tratamentos conferiu ótima resistência à madeira de S. amara. O melhor tratamento foi aquele efetuado com extrativos da casca de P. guianensis, onde a perda foi somente de 10% do peso inicial dos blocos, enquanto que o menos efetivo foi aquele com extrativos da casca de D. excelsa, com perda de 70% de peso do bloco. Assim, pode-se concluir que os extrativos do lenho e da casca de P. guianensis e B. parviflora e do lenho de D. excelsa apresentam, a princípio, compostos com propriedades de repelência a Nasutitermes sp., e os extrativos da casca de D. excelsa não apresentam estes componentes.
Resumo:
Este trabalho teve o objetivo de identificar e descrever a estrutura das comunidades arbóreas de uma floresta de terra firme sob regime de manejo na Amazônia Oriental, localizada no município de Almeirim, Pará, Brasil. O levantamento florístico foi realizado em 1.400,30 ha de uma Unidade de Produção Anual (UPA), do Plano de Manejo Florestal da empresa ORSA Florestal. Todos os indivíduos com DAP > 30 cm foram inventariados, registrando-se 77.834 árvores distribuídas em 57 famílias, 229 gêneros e 556 espécies. Oito comunidades foram identificadas por meio de uma analise de agrupamento, apresentando alta diversidade e equibilidade florística (H" médio = 4,25 e J" médio = 0,75). As comunidades apresentaram 138 espécies comuns, 119 espécies de ocorrência exclusiva e 377 espécies raras, representadas por apenas um indivíduo. As espécies que mais se destacaram foram: Dinizia excelsa, Vouacapoua americana, Goupia glabra, Mouriri brachyanthera, Parinari excelsa, Manilkara bidentada, Tachigalia mymecophyla e Licania micrantha. Algumas espécies de valor comercial apresentaram variações importantes na densidade, sugerindo risco de extinção em comunidades onde as espécies apresentam densidade muito baixa. Sugerimos que os planos de manejo considerem as várias comunidades ecológicas encontradas nas UPAs evitando assim variações significativas, causadas pela exploração e seus impactos, na composição florística e estrutura das comunidades existentes.
Resumo:
Analisou-se a sobrevivência de mudas plantadas em 400 clareiras causadas por exploração florestal de impacto reduzido, em floresta de terra firme na Amazônia Oriental. Foram plantadas 3.818 mudas de 17 espécies, das quais apenas Schizolobium amazonicum não ocorre na área de estudo. A distância entre as mudas plantadas foi de aproximadamente 5m. As avaliações ocorreram em 2005 e 2006. Com base na sobrevivência das mudas aos 11 meses após o plantio, as espécies indicadas para o enriquecimento de clareiras são: Schizolobium amazonicum, Cedrela odorata, Jacaranda copaia, Manilkara huberi, Astronium gracile, Pouteria bilocularis, Tabebuia impetiginosa,Pseudopiptadenia suaveolens, Cordia goeldiana, Parkia gigantocarpa, Simarouba amara, Sterculia pilosa, Laetia procera, Dinizia excelsa e Schefflera morototoni. Estudos sobre a taxa de crescimento, em períodos mais longos, são necessários para confirmar a utilização dessas espécies em plantios de enriquecimento de clareiras oriundas de exploração florestal, como alternativa para aumentar a produtividade e o valor econômico das florestas naturais manejadas na Amazônia brasileira.
Prospeção de inibidores de serinoproteinases em folhas de leguminosas arbóreas da floresta Amazônica
Resumo:
Os inibidores de proteinases são proteínas extensivamente investigadas nos tecidos de estocagem, mas pouco prospectadas em outros tecidos vegetais. O objetivo deste estudo foi detectar a presença de inibidores de serinoproteinases em extratos foliares de quinze espécies de leguminosas arbóreas da Amazônia. As espécies estudadas foram: Caesalpinia echinata, C. ferrea, Cedrelinga cateniformis, Copaifera multijuga, Dinizia excelsa, Enterolobium contortisiliquum, E. maximum, E. schomburgkii, Leucaena leucocephala, Ormosia paraensis, Parkia multijuga, P. pendula, P. platycephala, Swartzia corrugata e S. polyphylla. Folhas foram coletadas, secas a 30ºC durante 48 h, trituradas e submetidas à extração com NaCl (0,15 M, 10% p/v) resultando no extrato total. Ensaios foram executados para determinar a concentração de proteínas e detectar a atividade inibitória contra a tripsina e quimotripsina bovina. Os teores de proteínas bruta e solúvel nos extratos foliares variaram de 7,9 a 31,2% e 1,3 a 14,8%, respectivamente. A atividade inibitória sobre a tripsina e quimotripsina foi observada em todos os extratos foliares. Contudo, nos extratos de E. maximum, L. leucocephala, P. pendula, S. corrugata e S. polyphylla a inibição foi maior sobre a tripsina, enquanto o extrato de P. multijuga foi mais efetivo contra a quimotripsina. Nós concluímos que nos extratos foliares de leguminosas arbóreas têm inibidores de serinoproteinases e exibem potencial aplicações biotecnológicas.
Resumo:
"Available online 21 March 2016"
Resumo:
Coffea dewevrei var. excelsa and Coffea canephora var. robusta are recorded as new hosts for Meloidogyne coffeicola (Nemata, Heteroderidae). Robusta coffee was found also attacked by M. javanica. Symptoms shown by roots are described.
Resumo:
Foram realizadas provas para conhecer a reação de 54 culturas e 34 ervas más ao nematóide Meloidogyne exigua. Nenhuma planta se revelou sensível ao parasito, apresentando-se atacadas apenas as variedades de Coffea arabica e um híbrido de C. arabica e C. excelsa.
Resumo:
Consabido que para uma sociedade organizada se desenvolver política e juridicamente, indispensável se faz a existência de um documento formal, dotado de observância obrigatória, capaz de definir as competências públicas e delimitar os poderes do Estado, resguardando os direitos fundamentais de eventuais abusos dos entes políticos. Este documento é a Constituição, que, em todos os momentos da história, sempre se fez presente nos Estados, mas, inicialmente, não de forma escrita, o que fez com que surgisse, então, o constitucionalismo, movimento que defendia a necessidade de elaboração de constituições escritas, munidas de normatividade e supremacia em relação às demais espécies normativas, que visassem organizar a separação dos poderes estatais e declarar os direitos e as liberdades individuais. Porém, de nada adiantaria a edição de uma Lei Maior sem que houvesse mecanismos de defesa, no intuito de afastar qualquer ameaça à segurança jurídica e à estabilidade social, por conta de alguma lei ou ato normativo contrário aos preceitos estabelecidos na Constituição. O controle de constitucionalidade, pilar do Estado de Direito, consiste em verificar a compatibilidade entre uma lei ou qualquer ato normativo infraconstitucional e a Lei Excelsa e, em havendo contraste, a lei ou o ato viciado deverá ser expurgado do ordenamento jurídico, para que a unidade constitucional seja restabelecida. No Brasil, o controle de constitucionalidade foi instituído sob forte influência do modelo norte-americano e obteve diversos tratamentos ao longo das constituições brasileiras, porém, o sistema de fiscalização de constitucionalidade teve seu ápice com o advento da atual Constituição Federal, promulgada em 05.10.88, com a criação de instrumentos processuais inovadores destinados à verificação da constitucionalidade das leis e atos normativos. Além disso, a Carta da República de 1988, ao contrário das anteriores, fortaleceu a figura do Poder Judiciário no contexto político, conferindo, assim, maior autonomia aos magistrados na solução de casos de grande repercussão nacional, redundando em um protagonismo judicial atual. Nesse contexto, o Supremo Tribunal Federal, órgão de cúpula do Judiciário nacional e guardião da Constituição, tem se destacado no cenário nacional, em especial na defesa dos direitos e garantias fundamentais insculpidos na Lei Fundamental, fazendo-se necessária, desta forma, uma análise na jurisprudência da Corte, no sentido de verificar se, de fato, tem havido evolução no controle de constitucionalidade no Brasil ao longo dos últimos anos e, em caso afirmativo, em que circunstâncias isso tem se dado.
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An African oxalogenic tree, the iroko tree (Milicia excelsa), has the property to enhance carbonate precipitation in tropical oxisols, where such accumulations are not expected due to the acidic conditions in these types of soils. This uncommon process is linked to the oxalate-carbonate pathway, which increases soil pH through oxalate oxidation. In order to investigate the oxalate-carbonate pathway in the iroko system, fluxes of matter have been identified, described, and evaluated from field to microscopic scales. In the first centimeters of the soil profile, decaying of the organic matter allows the release of whewellite crystals, mainly due to the action of termites and saprophytic fungi. In addition, a concomitant flux of carbonate formed in wood tissues contributes to the carbonate flux and is identified as a direct consequence of wood feeding by termites. Nevertheless, calcite biomineralization of the tree is not a consequence of in situ oxalate consumption, but rather related to the oxalate oxidation inside the upper part of the soil. The consequence of this oxidation is the presence of carbonate ions in the soil solution pumped through the roots, leading to preferential mineralization of the roots and the trunk base. An ideal scenario for the iroko biomineralization and soil carbonate accumulation starts with oxalatization: as the iroko tree grows, the organic matter flux to the soil constitutes the litter, and an oxalate pool is formed on the forest ground. Then, wood rotting agents (mainly termites, saprophytic fungi, and bacteria) release significant amounts of oxalate crystals from decaying plant tissues. In addition, some of these agents are themselves producers of oxalate (e.g. fungi). Both processes contribute to a soil pool of "available" oxalate crystals. Oxalate consumption by oxalotrophic bacteria can then start. Carbonate and calcium ions present in the soil solution represent the end products of the oxalate-carbonate pathway. The solution is pumped through the roots, leading to carbonate precipitation. The main pools of carbon are clearly identified as the organic matter (the tree and its organic products), the oxalate crystals, and the various carbonate features. A functional model based on field observations and diagenetic investigations with δ13C signatures of the various compartments involved in the local carbon cycle is proposed. It suggests that the iroko ecosystem can act as a long-term carbon sink, as long as the calcium source is related to non-carbonate rocks. Consequently, this carbon sink, driven by the oxalate carbonate pathway around an iroko tree, constitutes a true carbon trapping ecosystem as defined by ecological theory.
Resumo:
Sandflies were collected in the base of tree-trunks in the seasons of high and least rainfall in the Ducke Forest Reserve, near Manaus in the State of Amazonas. Lutzomyia umbratilis was the most abundant sandfly species. Caryocar villosum, Chrysophyllum amazonicum, Dinizia excelsa, Eschweilera atropetiolata and Parkia multijuga were the tree species on which most sandflies were collected and relative abundance were related to trunk characteristics. Seasonal patterns of sandfly distribution in the forest were observed.
Resumo:
The oxalate-carbonate pathway (OCP) is a biogeochemical process, which has been described in Milicia excelsa tree ecosystems of Africa. This pathway involves biological and geological parameters at different scales: oxalate, as a by-product of photosynthesis, is oxidized by oxalotrophic bacteria leading to a local pH increase, and eventually to carbonate accumulation through time in previously acidic and carbonate-free tropical soils. Former studies have shown that this pedogenic process can potentially lead to the formation of an atmospheric carbon sink. Considering that 80% of plant species are known to produce oxalate, it is reasonable to assume that M. excelsa is not the only tree that can support OCP ecosystems. The search for similar conditions on another continent led us to South America, in an Amazon forest ecosystem (Alto Beni, Bolivia). This area was chosen because of the absence of local inherited carbonate in the bedrock, as well as its expected acidic soil conditions. Eleven tree species and associated soils were tested positive for the presence of carbonate with a more alkaline soil pH close to the tree than at a distance from it. A detailed study of Pentaplaris davidsmithii and Ceiba speciosa trees showed that oxalotrophy impacted soil pH in a similar way to at African sites (at least with 1 pH unit increasing). African and South American sites display similar characteristics regarding the mineralogical assemblage associated with the OCP, except for the absence of weddellite. The amount of carbonate accumulated is 3 to 4 times lower than the values measured in African sites related to M. excelsa ecosystems. Still, these secondary carbonates remain critical for the continental carbon cycle, as they are unexpected in the acidic context of Amazonian soils. Therefore, the present study demonstrates the existence of an active OCP in South America. The three critical components of an operating OCP are the presence of: i) local alkalinization, ii) carbonate accumulations, and iii) oxalotrophic bacteria, which were identified associated to the oxalogenic tree C. speciosa. If the question of a potential carbon sink related to oxalotrophic-oxalogenic ecosystems in the Amazon Basin is still pending, this study highlights the implication of OCP ecosystems on carbon and calcium biogeochemical coupled cycles. As previously mentioned for M. excelsa tree ecosystems in Africa, carbonate accumulations observed in the Bolivian tropical forest could be extrapolated to part or the whole Amazon Basin and might constitute an important reservoir that must be taken into account in the global carbon balance of the Tropics.
Resumo:
Oxalate catabolism, which can have both medical and environmental implications, is performed by phylogenetically diverse bacteria. The formyl-CoA-transferase gene was chosen as a molecular marker of the oxalotrophic function. Degenerated primers were deduced from an alignment of frc gene sequences available in databases. The specificity of primers was tested on a variety of frc-containing and frc-lacking bacteria. The frc-primers were then used to develop PCR-DGGE and real-time SybrGreen PCR assays in soils containing various amounts of oxalate. Some PCR products from pure cultures and from soil samples were cloned and sequenced. Data were used to generate a phylogenetic tree showing that environmental PCR products belonged to the target physiological group. The extent of diversity visualised on DGGE pattern was higher for soil samples containing carbonate resulting from oxalate catabolism. Moreover, the amount of frc gene copies in the investigated soils was detected in the range of 1.64x10(7) to 1.75x10(8)/g of dry soil under oxalogenic tree (representing 0.5 to 1.2% of total 16S rRNA gene copies), whereas the number of frc gene copies in the reference soil was 6.4x10(6) (or 0.2% of 16S rRNA gene copies). This indicates that oxalotrophic bacteria are numerous and widespread in soils and that a relationship exists between the presence of the oxalogenic trees Milicia excelsa and Afzelia africana and the relative abundance of oxalotrophic guilds in the total bacterial communities. This is obviously related to the accomplishment of the oxalate-carbonate pathway, which explains the alkalinization and calcium carbonate accumulation occurring below these trees in an otherwise acidic soil. The molecular tools developed in this study will allow in-depth understanding of the functional implication of these bacteria on carbonate accumulation as a way of atmospheric CO(2) sequestration.