1000 resultados para Igreja e Educação Brasil
Resumo:
O objetivo desta pesquisa consistiu em explorar os fatores comuns das vises de futuro de trs segmentos da comunidade paulistana (executivos, empreendedores sociais e pensadores), especialmente no que diz respeito s possveis alianas cooperativas entre o mundo dos negcios e a sociedade como um todo, como tambm as estratgias utilizadas para concretiz-las. Indagamos se, com suas experincias de vida, os sujeitos entrevistados protagonizavam suas vises de futuro; quais eram os aspectos em comum dessas vises referentes ao futuro e ao futuro dos negcios; as estratgias utilizadas para concretizar essas vises comuns, percebidas como positivas, e de que maneira podiam contribuir para o desenvolvimento de uma relao cooperativa entre os negcios e a sociedade. Utilizamos 30 entrevistas (10 em cada segmento), em amostra acidental, gravadas e, posteriormente, submetidas a uma anlise segundo o referencial da Psicologia Social de Enrique Pichon-Rivire, incluindo alguns dos indicadores do processo interacional (cooperao, comunicao e telecomunicao) e da reao dos entrevistados e entrevistadores com relao aos contedos aplicados (transferncia e contratransferncia). Baseamo-nos no protocolo de Investigao Apreciativa do projeto "Business as an Agent of World Benefit" da Weatherhead School of Management e conceitos convergentes com o referencial adotado no que se refere ao interjogo entre o homem e o mundo, o protagonismo, o contar histrias, o projeto como planejamento de futuro e a criao de novas metforas. Com relao ao futuro imaginado, encontramos como resultado unnime a preocupao com o meio ambiente, a mudana de valores (com a revisitao da noo de bem-estar, as mortes subjetivas por preconceito, o acolhimento expandido aos profissionais da sade e a sade como valor); a interconexo (presente no mundo contbil, nos modelos econmicos equitativos, na viso do administrador como estadista, na integrao entre o dentro e fora do negcio, na conscincia da riqueza como medida global e no individual, na tica, no voluntariado por conscincia, no cuidado com o ambiente, consigo mesmo, com o outro e com a vida e a morte); coerncia, vnculo e escuta (com foco na qualidade das relaes e no na tecnologia, no honrar o prximo, no compartilhamento de experincias, na mo dupla entre negcios e comunidade, no bom trato para com as crianas e adultos), incluso/excluso (com a criao de espaos pblicos intencionalmente inclusivos e a real incluso dos excludos na empresa); a educação (atravs do raciocnio que lide com a linearidade vigente e estimule pensar na complexidade, do reconhecimento de aspectos saudveis e construtivos no cotidiano, e da formao que abrange gerentes, empreendedores e comunidade, incluindo conhecimento, tica e gratido); interioridade (alma do negcio, intuio, transcendncia como diferencial influindo em uma nova percepo de lucro, sacralidade da vida, encontro consigo prprio); lucro (reviso desse conceito com foco na vida, no bem-estar, no enraizamento das pessoas); consumo/consumidor (com relao mudana na forma de analisar investimentos inteligentes, uma nova viso de pobreza); longo prazo (ligado sustentabilidade, autovalorizao das pessoas e educação dos funcionrios). H muitas estratgias atuantes nos diferentes segmentos, as pensadas so: a intencionalidade de incluso em espaos pblicos por diversos agentes, a reviso do conceito de bem-estar, os benefcios compartilhados, a incluso mais precoce do jovem no mundo dos negcios e no como forma de explorao, o incentivo s atitudes de liderana nos jovens para o novo mundo e o longo prazo, como tema a ser mais aprofundado. Quanto relao entre negcios e sociedade parece no haver clareza entre os segmentos quanto ao papel desempenhado pelas empresas, pelas ONGs e pelas comunidades. Surgem pontos como a necessidade da expanso de idias inovadoras por meio de instituies sem fins lucrativos, do fortalecimento da sociedade civil, de um novo conceito de organizao social, das ONGs no serem mais necessrias, das comunidades solidrias como instituies de direito e da ampliao do sentido da responsabilidade social estendido ao ecossistema.
Resumo:
O objetivo desta Tese compreender o papel dos estados brasileiros nas relaes intergovernamentais no Brasil. Especificamente, busca-se analisar se os mesmos podem desempenhar um papel de coordenao estadual, como o governo federal o faz em algumas Federaes com a finalidade de reduzir diversidades, principalmente, desigualdades socioeconmicas e institucionais. Essa relao analisada na Educação, j que a Constituio Federal de 1988 determinou que estados e municpios compartilhem competncias na oferta do ensino fundamental e que deve haver colaborao, especialmente, nessa etapa do ensino. No entanto, a trajetria dessa poltica caracterizada por uma grande diversidade na sua oferta e na cooperao entre os estados e os municpios, na medida em que o regime de colaborao nunca foi regulamentado. A pesquisa envolveu o entendimento sobre a trajetria da poltica educacional, o funcionamento do Sistema Nacional de Educação, as relaes entre estados e municpios na Educação, os resultados da cooperao nas polticas municipais de Educação em quatro estados Cear, Mato Grosso do Sul, Par e So Paulo e nos resultados educacionais. Como resultado, conclui-se que h diferentes modelos de cooperao entre os governos subnacionais na Educação, sendo que, somente o caso cearense se caracteriza como de coordenao estadual.
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O objetivo desta tese investigar a atuao da Comisso Econmica para a Amrica Latina (CEPAL) e do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) na histria da educação em administrao no Brasil. Esta tese partiu de uma metodologia historiogrfica consolidada na rea, mas utilizou a abordagem descolonial para problematizar o termo histria e, assim, propor uma nova agenda de pesquisa. A importao de temas de pesquisa historiogrfica como americanizao e Guerra Fria provoca um mimetismo de agendas de investigao e termina por subalternizar outros eventos locais que contriburam para a historiografia da administrao. A investigao geo-histrica desta tese feita a partir da interao entre dois conceitos de desenvolviment(ism)o o que emerge a partir da realidade da Amrica Latina e o que recebido de fora via americanizao que ora se aproximam, ora se afastam, e que esto inseridos na long dure da modernidade/colonialidade da Amrica Latina. A busca pela cincia da administrao se iniciou, no Brasil, vinculada ao processo de modernizao e desenvolvimento do pas, que levou criao, durante a dcada de 1950, das primeiras escolas de ensino de graduao em administrao e dos cursos objetos desta tese, que formaram 1.316 profissionais em nvel de ps-graduao. Neste perodo deve ser minimizado o papel da americanizao e relativizada a atuao destas escolas de ensino de graduao na geo-histria da administrao. Devemos, portanto, descolonizar a atuao da CEPAL e do ISEB como instituies de ensino e pesquisa para trazer tona conhecimentos da tradio do pensamento social crtico latino-americano que foram subalternizados na literatura de administrao, para que possam informar a rea no Brasil e no exterior. Este um caminho para descolonizar a agenda de pesquisa historiogrfica e escapar da tendncia de reproduzir acriticamente conhecimento recebido do exterior.
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Esta dissertao traa uma trajetria, evitando, no entanto, uma linha evolucionista, dos termos e conceitos que foram usados no decorrer da histria para identificar as intervenes das empresas em aes sociais, desde as atuaes assistencialistas at a atuao direta em projetos, com criao de institutos e fundaes ligados s empresas, compartilhando no s investimentos financeiros, mas conhecimento, tecnologia e mo de obra especializada. Mas, como veremos, s isso no suficiente para que uma empresa seja caracterizada como socialmente responsvel. Como parmetro, ser trabalhada a diferenciao entre responsabilidade social empresarial (RSE) e investimento social privado (ISP), usando as definies e modelos do Instituto Ethos de Responsabilidade Social e do Grupo de Institutos e Fundaes e Empresas (GIFE), respectivamente. Como estudo de caso, ser apresentada a GTECH Brasil, empresa multinacional do ramo de loterias online, que, para realizar aes sociais, criou o Instituto Gtech de Cidadania e Cultura (IGCC), em 2000. A empresa, fazendo uso da verba disponvel de incentivo cultura, com a Lei Rouanet, realizou um projeto corporativo de arte-educação, chamado Projeto Asa, que tinha por foco trabalhar com jovens de sete a 17 anos, englobando arte e tecnologia. Por acreditar no poder transformador da arte, o projeto foi se atualizando e passou a desenvolver o conceito de arte-cidadania. O Asa funcionou at 2009, durando mais do que a prpria empresa, que, em 2006, encerrou as atividades no Brasil. Nesse perodo, atendeu a mais de 3.500 crianas e jovens. Por meio de documentos, manuais, relatrios e diversas entrevistas, o presente trabalho delineou as atividades sociais da GTECH, analisando se a empresa deveria se enquadrar como RSE ou ISP e tambm demonstrando alguns dos impactos gerados pelas aes realizadas tanto nos funcionrios da empresa, quanto na equipe do projeto e, principalmente, nos jovens que participaram das atividades.
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Esta tese composta por trs artigos e uma nota, sendo um em cada captulo. Todos os captulos enquadram-se na rea de Microeconomia Aplicada e Economia do Trabalho. O primeiro artigo estende o modelo tradicional de decomposio das flutuaes na taxa de desemprego de Shimer (2012), separando o emprego formal do informal. Com essa modificao, os principais resultados da metodologia se alteram e conclui-se que os principais fatores para a queda do desemprego na ltima dcada foram (i) a queda na taxa de participao, principalmente pela menor entrada na fora de trabalho; (ii) o aumento da formalizao, atingido tanto pelo aumento da probabilidade de encontrar um trabalho formal quanto pela probabilidade de deixar a condio de empregado formal. O segundo captulo apresenta estimativas para o retorno educação no Brasil, utilizando uma nova metodologia que no necessita de variveis de excluso. A vantagem do mtodo em relao a abordagens que utilizam variveis instrumentais a de permitir avaliar o retorno mdio para todos os trabalhadores (e no somente os afetados pelos instrumentos) e em qualquer instante do tempo. Face aos resultados, conclumos as estimativas via MQO subestimam o retorno mdio. Discute-se possveis explicaes para esse fenmeno. O terceiro artigo trata da terceirizao da mo de obra no Brasil. Mais especificamente, mede-se o diferencial de salrios entre os trabalhadores terceirizados e os contratados diretamente. Os resultados de uma comparao no condicional indicam que os terceirizados tm salrio mdio 17% menor no perodo 2007 a 2012. Porm, com estimativas que levam em conta o efeito fixo de cada trabalhador, esse diferencial cai para 3,0%. Alm disso, o diferencial bastante heterogneo entre os tipos de servios: aqueles que utilizam trabalhadores de baixa qualificao apresentam salrio menores, enquanto nas ocupaes de maior qualificao os terceirizados tm salrios iguais ou maiores do que os diretamente contratados. Mais ainda, as evidencias apontam para a diminuio do diferencial ao longo do tempo no perodo analisado. Finalmente, a nota que encerra a tese documenta dois aspectos relevantes e pouco conhecidos da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE que podem levar a resultados imprecisos nas pesquisas que utilizam esse painel se no forem tratados adequadamente.
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A taxa de desemprego no Brasil sofreu reduo significativa do comeo do sculo XXI at o fim do ano de 2014. No entanto, esta reduo significativa no foi acompanhada do esperado crescimento econmico disposto na teoria. Desta forma, constata-se que embora a taxa de desemprego tenha se reduzido, no necessariamente as pessoas estavam trabalhando e produzindo. Procurar se entender os fatores que influenciaram esta trajetria de reduo da taxa de desemprego por meio de influncia na PEA e no nmero de admisses de empregados, que aproximaremos oferta e demanda por mo de obra. Ou seja, pretende-se verificar as variveis que influenciaram uma possvel reduo da oferta de trabalho, assim como uma maior demanda por trabalho, resultantes em uma reduo da taxa de desemprego. Sero consideradas variveis de renda, de transferncia de renda, de educação e de crescimento econmico na anlise das influncias da baixa taxa de desemprego. Com base em um modelo vetor de correo de erros (VEC) pretende-se identificar quais variveis efetivamente afetaram o panorama do desemprego.
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Os desafios da poltica de Assistncia Social do Brasil ainda so imensos. Objetivando a garantia dos mnimos sociais, a partir da Constituio de 1988 e da implantao do Sistema nico de Assistncia Social (SUAS), a gesto de Recursos Humanos passa a ser considerada como eixo estruturante, inclusive no que diz respeito formao e capacitao de profissionais da Assistncia Social que, que no exerccio da sua discricionariedade, so seus efetivos implementadores. Neste contexto, este trabalho se prope a investigar modalidade de Ensino Distncia (EAD) como ferramenta impulsionadora do SUAS, oferecendo aos rgos gestores envolvidos, elementos que contribuam com a avaliao, deciso e incorporao da EAD nas suas estratgias de educação dos atores socioassistenciais.
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Nos ltimos vinte anos observamos a entrada de entidades privadas com fins lucrativos no meio educacional de nvel superior, motivada e induzida por decises de polticas educacionais na busca do ideal do acesso ao ensino combinado com a incluso social. Assim, instituies privadas estabeleceram um novo modelo em construo de Educação Superior focado em Mercado, criando oportunidades para que tal segmento crescesse margem de um processo regulatrio econmico. Atualmente as possibilidades de abordagens regulatrias ampliaram-se, sendo plenamente admitido regulao em setores econmicos, e sob formatos que no sejam, necessariamente, o modelo de agncias autnomas, podendo existir entidades similares s agncias reguladoras, rgos ou entidades dotadas de funo regulatria, como no caso do Ministrio da Educação e suas entidades supervisionadas - autarquias. A chamada regulao social qualitativa - oferta de vagas e autorizao de cursos - mostra-se insuficiente para ordenar e articular a ao dos atores, num ambiente regulatrio crescente em complexidade social e econmica. O modelo regulatrio hbrido da ES privada prope articular/combinar os j consagrados parmetros da regulao social com os princpios e parmetros da regulao econmica, numa nova forma de abordagem regulatria que agregue as seguintes dimenses: fundamentos econmicos; implementao de polticas pblicas setorizadas, regionalizadas e indutoras; desenho institucional que priorize novas diretrizes para a entrada e manuteno no Sistema Federal de Ensino - autorizaes e credenciamentos; fiscalizao e controle; prospeco, avaliao; e accountability - e, acesso das IES s Polticas Pblicas Programticas, de carter geral, assegurando o interesse pblico, a efetividade, a competitividade, a qualidade e o valor social no Ensino Superior Privado.
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Essa tese composta por trs artigos na rea de Economia da Educação que buscam investigar a questo do ensino mdio tcnico no Brasil. O primeiro e segundo artigos se inserem na literatura de avaliao de impacto dos tipos de ensino mdio realizado, o de formao geral ou tcnica, sobre os resultados do mercado de trabalho. Esse um tema cada vez mais explorado em estudos empricos internacionais, mas que ainda merece ateno dos pesquisadores no Brasil, seja para preencher lacunas no que se refere identificao do efeito causal dessa poltica, seja porque o ensino tcnico profissionalizante tenha se tornado alvo de maiores investimentos pblicos nos ltimos anos. Dessa forma, os dois artigos tm o propsito de estimar o efeito causal das habilidades tcnicas adquiridas nos cursos tcnicos de nvel mdio sobre os salrios dos trabalhadores, no entanto se diferem pela fonte de dados utilizada. No primeiro artigo so utilizados os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domiclios (IBGE) de 2007 e nossa contribuio est na estratgia de identificao do efeito causal, ao resolver o problema de auto seleo com o mtodo de duplas diferenas (DD). Diversos testes de robustez foram realizados para dar suporte ao impacto positivo e estatisticamente significante que encontramos das habilidades tcnicas sobre os salrios, embora este seja restrito ao subgrupo de trabalhadores com no mximo o ensino mdio completo. No segundo artigo foram utilizadas duas fontes de dados ainda no exploradas para esse fim, os microdados do ENEM (Exame Nacional do Ensino Mdio) entre os anos de 2004 e 2006 e os dados da RAIS (Relao Anual de Informaes Sociais) de 2009 a 2012 identificados por indivduo (CPF). Por ser possvel observar as notas dos jovens ao final do ensino mdio, conseguimos separar os impactos do ensino mdio tcnico nos salrios relacionados s habilidades tcnicas especficas obtidas nos cursos tcnicos, daqueles relacionados s habilidades gerais dos indivduos (cognitivas ou no). Implementamos a estratgia de duplas diferenas e mais uma vez encontramos impacto positivo sobre os salrios anuais dos jovens que concluram o ensino mdio tcnico. Dessa vez nossos resultados so positivos tanto para os jovens que pararam seus estudos no ensino mdio como para aqueles que concluram o ensino superior. Verificamos a existncia de heterogeneidade do efeito por regio do pas e nos quartis de distribuio de notas mdias por escola no ENEM, indicando que os efeitos so crescentes com a qualidade oferecida pelas escolas. O terceiro artigo tem por objetivo estudar o mercado de trabalho no que diz respeito s ocupaes tipicamente preenchidas por profissionais com nvel mdio tcnico e analisar os diferenciais de salrios dessas ocupaes. A partir das ideias desenvolvidas no estudo, almejamos que ele seja orientador de polticas que relacionem educação tcnica com demandas do mercado, com a finalidade de melhorar o matching entre formao e emprego. Entre as contribuies deste artigo esto a identificao e classificao das ocupaes tpicas de nvel mdio tcnico pelo diferencial de salrios, a correspondncia entre as ocupaes e as formaes tcnicas, a anlise da atual oferta de vagas nos cursos correspondentes e o destaque para os cursos que parecem necessitar de maiores investimentos para o suprir as necessidades de mais profissionais.