987 resultados para princípio de identidade
Resumo:
O processo de ocupação da caatinga remonta a introdução da pecuária extensiva e da agricultura de subsistência no semi-árido brasileiro. O desmatamento dessa vegetação está associado à expansão das atividades produtivas historicamente instaladas. No Território de Identidade do Sisal, localizado no Estado da Bahia, a realidade não é diferente. O objetivo do trabalho foi analisar o processo de ocupação da caatinga, enfocando as atividades produtivas relacionadas com o processo de desmatamento. Para tanto, tomou-se como dimensão espacial os municípios de Valente, Serrinha, Santaluz e São Domingos. Os fundamentos teórico-metodológicos do trabalho encontram-se na Teoria da Ecodinâmica de Tricart (1977) com conceitos de estabilidade e instabilidade; Lage (2006) e Gonçalves ( 2006), com os conceitos de sustentabilidade e vulnerabilidade, além do conceito de riscos ambientais, segundo Veyret( 2007).Documentos cartográficos e imagens georreferenciadas foram utilizadas como suporte fundamental ao trabalho de campo e na elaboração de uma carta síntese das análises efetuadas.
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O presente artigo visa trazer reflexões da dissertação de mestrado de título “Aqui é tranquilo, mas meu sonho é lá fora!”, Pertencimento e Identidades: o imaginário dos jovens do Assentamento Ana Rosa - Pojuca / Bahia, onde a categoria território é tratada na perspectiva simbólica, que objetiva valorizar a identidade territorial, o vivido. Assim, no espaço artificializado gerado na criação do assentamento, as relações de poder estabelecidas entre as gerações, recriam uma transitoriedade, gerando uma territorialidade circunscrita para além dos limites do território, onde os (as) jovens, sujeitos de uma (des) territorialização através da chegada das famílias na criação do Assentamento, trazem ao território a noção de ruralidade, circunscrita em proximidade (mas não de anulação) com o urbano. Para tanto, a metodologia de historia oral e oficinas trouxeram para a pesquisa, as falas dos sujeitos envolvidos no processo de re-des-territorialização, ao qual demonstram que o Assentamento cria uma identidade multidimensional, construída no grupo, nas gerações, nas famílias e no lugar, propiciando uma analise do vivido, do percebido e do concebido, gerando um pertencimento, ou seja, uma identificação simbólica com suas raízes culturais e uma criação de novas relações fragmentadas em diferentes territórios e dimensões.
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A Reserva Indígena de Dourados – RID é composta pelas aldeias Bororó e Jaguapiru, que estão situadas no município de Dourados, no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Nesta RID temos que considerar questões da identidade, alteridade e o confronto num mesmo espaço. As questões ligadas a identidade e a alteridade passam por situações de confrontos e conflitos, ora pela imposição de algumas lideranças, ora pela comunidade envolvente e até mesmo pela necessidade do trabalho fora da RID, tendo em vista o aumento populacional e concomitante a esta situação temos que considerar a diminuição do tamanho do espaço territorial para a produção, sustentação familiar e cultural. Isso é fundamental para a existência do Guarani. Assim, o objetivo principal é o de dar vóz aos indígenas da RID, tendo como procedimento metodológico o levantamento bibliográfico, documental e a história oral de vida que fundamentaram nossa pesquisa. Com relação a base teórica, tomamos as questões da organização interna do espaço e os reflexos da falta dos mesmos para a sustentação da cultura étnica ou a exclusão destes do seu próprio habitat. Assim, podemos verificar que a história oral de vida fundamentou o trabalho na RID e registrou mudanças das famílias para a periferia da cidade de Dourados.
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Grandes Projetos de Investimento (GPIs) são empreendimentos de grande porte, cujos efeitos socioespaciais incidem sobre o território e a população de atingidos, transformando, assim, suas identidades. Neste sentido, o presente trabalho tem como objetivo geral analisar os efeitos socioespaciais que a Usinas Hidrelétricas Amador Aguiar I e II trouxeram para os atingidos que atualmente residem no Assentamento Olhos D’Água, localizado no município de Uberlândia-MG. Além disso, objetiva-se compreender as transformações ocorridas na identidade dos assentados e a (re)configuração de novos territórios a partir do deslocamento compulsório a que foram submetidos no decorrer da implantação e operação da usina. A metodologia utilizada pautou-se na revisão da literatura sobre os Grandes Projetos de Investimento e a categoria de análise geográfica “território”, no qual autores que versam sobre a temática discutem e contribuem para o desenvolvimento conceitual, principalmente sobre a questão territorial. O trabalho de campo, posteriormente, complementou o estudo teórico, uma vez que propiciou compreender, de fato, as transformações que ocorreram no(s) território(s) e nas identidades do grupo de atingidos que se deslocaram para o assentamento em questão.
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Brasília constitui-se de duas vertentes de significado. A primeira, a mostra como cidade moderna e planejada; a segunda, mística, compõe o imaginário de Terra Prometida, destinada a ser o berço da Nova Era. Brasília foi analisada a partir do segundo ponto de vista, dando relevância ao seu valor simbólico. Para tanto, o trabalho utilizou-se da base fenomenológica da Geografia: a Geografia Cultural Humanística. Conceitos como o de Paisagem Cultural, Experiências Íntimas com o Lugar e Espaços Míticos deram base para a análise. Fez-se revisão bibliográfica do tema e realizaram-se entrevistas com místicos, historiadores e membros de instituições religiosas que, de alguma forma, se inserem no imaginário da capital. Brasília, como Terra Prometida, é cidade única e aqui se estudaram os aspectos simbólicos com olhar geográfico, em que as relações do homem com o espaço estão envoltas em intersubjetividade e desconsiderá-las em tal análise seria limitar as formas de compreensão do lugar. Concluiu-se que Brasília não pode ser completamente compreendida sem analisá-la como resultante de um imaginário, constituído por aspectos míticos e místicos e demonstrou-se que os símbolos caracterizam a cidade e dão origem a uma paisagem geográfica singular.
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As identidades são construídas no interior das diferenças, decorrentes de múltiplos movimentos em práticas, ritos, expressões. Dentre as materializações das identidades focamos as festas como manifestações que rompem com o cotidiano simbolizando-o afetivamente, como referência identitária de indivíduos e comunidades. As festas em Sergipe são expressivamente numerosas. Menor estado do Brasil, com apenas 75 municípios, levantou-se, numa rápida estimativa, mais de 3300 festas sendo aproximadamente, 300 de massa e o restante tradicional, principalmente de padroeiros, do ciclo junino e natalino. Com tamanha diferença indagamos sobre a valorização das festas pelas políticas públicas, entendidas como externalidades que podem ser indutoras/reforçadoras de identidades. Foi observado que as manifestações tradicionais enraizadas, embora mais numerosas e irradiadoras de ressignificações recebem poucos incentivos e apoios e, consequentemente, são menos valorizadas e pouco visíveis. As festas de massa, ao contrário, são realizadas com amplo arranjo socioeconômico e apoios de governos, esgarçando, muitas das vezes, as representações de origem. É a dinâmica plural da cultura em permanente diálogo com as externalidades, nem sempre consensual entre as teias de poder que consolidam as identidades dos grupos promotores. Nesse movimento pulsa a identidade sergipana, a sergipanidade
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O objetivo deste trabalho é refletir sobre a relação de interferência entre a utilização do espaço, a transformação do seu uso e as modificações ocorridas a partir de práticas culturais como a dança do fandango e a dinâmica da comunidade. Analisar e registrar os territórios ocupados pelos fandangueiros Cananéia - São Paulo / Brasil. Este trabalho se justifica pela possibilidade de resgatar a história de mudanças ocorridas na geografia local e o papel das manifestações culturais, tais como o final dos mutirões, o plantio de subsistência, da prática do fandango. Pela importância de se identificar alterações em práticas capazes de explicar mudanças nos modos como o espaço físico tem sido utilizado. A metodologia para a captura das informações reúne um conjunto de procedimentos, tradicionais de áreas distintas que possam viabilizar a coleta das informações. Entre elas encontram-se observação e pesquisa participantes, questionário com perguntas abertas, a revisão bibliográfica e possivelmente informações localizadas na rede mundial de informação - INTERNET, pertinentes e que possam dar subsídios ao trabalho. Um estudo que visa expor o sincronismo e a identidade cultural presente no território, evidenciado por um isolamento geográfico, um dos principais fatores que possibilitam sua sustentação. O material bibliográfico que se configura na parte teórica do trabalho possibilitará uma reflexão sobre os dados empíricos associando-os ao material teórico.
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O texto tem por objetivo investigar a influência do espaço amazônico na construção da identidade parintinense a partir do boi-bumbá, uma manifestação folclórica brasileira resultante da união de elementos das culturas européia, africana e indígena. Considerado a base das relações socioambientais onde se materializam as práticas sociais, o território pode ser apreendido como um referencial simbólico no processo de construção da identidade social. A identidade social é percebida como uma identidade territorial quando sua construção parte do território, tanto no sentido simbólico quanto concreto. Fundamentada na análise documental e bibliográfica, é possível perceber o boi-bumbá como um território onde os atores projetam suas concepções de mundo e constroem suas concepções identitárias, representadas atualmente não apenas como identidade ribeirinha, mas como identidade amazônica. Parintins se mostra um território produzido pela cultura das relações imaginárias que envolvem o contexto amazônico. As identidades parintinenses se revelam como um conjunto de valores e papéis em constante processo de mudança e de atualização. O boi-bumbá é um espetáculo tecido com o encanto das toadas e lendas, representações de rituais indígenas e celebrações tribais povoadas por seres míticos amazônicos, uma expressão máxima da autenticidade cultural da região Norte do Brasil.
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Caminhos de águas marcadas por remadas, em tempos pretéritos; hoje rabetas e barcos regionais conduzem vidas que passam a perceber a realidade amazônica, no sentido de ver o que existe na comunidade e se apoderar de toda representação natural, social e cultural. É neste contexto que se faz presente a cartografia nas escolas das comunidades ribeirinhas do Baixo Amazonas, porque permite mostrar o lugar cartograficamente; assim explorando o papel dos mapas junto às comunidades tradicionais e analisando as construções gráficas no ensino de Geografia, passou-se a compreender o imaginário e o pensar de quem está construindo a cartografia do lugar. Será apresentado o estudo de caso, destacando a escola no Baixo Amazonas. Escola que exercita o fazer cartográfico nos desenhos das crianças, retratando o seu cotidiano familiar e o que aprendem nas pescarias ou caminhadas pela margem do rio. A pesquisa confirma a relevância dos mapas e dos desenhos para resgatar e valorizar a identidade cultural dessas populações ribeirinhas, como os espaços vividos e percebidos pelas crianças, no Ensino de Geografia. Foram propostas atividades práticas, desenvolvidas em sala de aula, de forma a contemplar os valores, história e experiências dos ribeirinhos, exercitadas nas comunidades e escolas do Baixo Amazonas.
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Este ensaio representa uma provocação inicial para a tessitura de reflexões acerca do processo construtivo da identidade, sendo ela rural. São categorias importantes nessa análise a representação e a linguagem caipira que, por meio de códigos e signos, remete ao ‘espaço’ e ‘lugar’ rural. Nosso objetivo é analisar as representações e a linguagem como elementos construtores da cultura e identidade rural nos processos de inserções territoriais (re-territorialização) de comunidades tradicionais no interior goiano e mineiro. A proposta é calcada nas perspectivas teórico-metodológicas da Geografia Cultural. Um olhar sobre as comunidades tradicionais do interior goiano e mineiro, no contexto socioprodutivo da cana – de – açúcar darão visibilidade aos signos, às imagens e às representações que estes sujeitos fazem do seu ‘lugar rural’. Existe uma identidade rural sul – goiana e mineira? Em que medida as representações dos sujeitos rurais contribui para formação de uma identidade rural camponesa? A linguagem caipira ainda é marca da cultura rural goiana e mineira? Tais questões serão compreendidas à luz da Ciência Geográfica em sua perspectiva cultural
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Este trabalho tem como finalidade analisar o processo de apropriação e conservação da biodiversidade desde a perspectiva do povo indígena zenu da Colômbia e dos diferentes atores sociais, tais como organizações sociais de caráter local e ONGs, que trabalham nesse território, a partir da introdução de sementes transgênicas de milho em regiões vizinhas ao seu território em 2007. O objetivo, portanto, é conhecer, através de uma pesquisa etnográfica, as diferentes iniciativas sociais e políticas impulsionadas desde este povo indígena em seu propósito de defender a biodiversidade do seu resguardo, e, como resultado das mesmas, analisar a constituição de uma identidade étnico – territorial dentro deste grupo indígena. Assim, a biodiversidade constitui-se em um elemento fundamental na configuração das identidades étnico-territoriais dos seus habitantes. A configuração dessas identidades é sustentada, complementariamente, por uma elaboração discursiva de caráter performativo. Esse processo desemboca, a sua vez, em uma de “re-etnização” do território que, além de reivindicar referentes espaciais e elementos culturais de vital importância para este grup humano, como é o milho, estabelece os limites de uma nova “fronteira” simbólica em relação aos estados nacionais, geradora de sentimentos de pertencimento, mobilizações e posições políticas que confrontam as problemáticas que ameaçam esses territórios.
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Este ensaio representa uma provocação inicial para a tessitura de reflexões acerca do processo construtivo da identidade, sendo ela rural. São categorias importantes nessa análise a representação e a linguagem caipira que, por meio de códigos e signos, remete ao ‘espaço’ e ‘lugar’ rural. Nosso objetivo é analisar as representações e a linguagem como elementos construtores da cultura e identidade rural nos processos de inserções territoriais (re-territorialização) de comunidades tradicionais no interior goiano e mineiro. A proposta é calcada nas perspectivas teórico-metodológicas da Geografia Cultural. Um olhar sobre as comunidades tradicionais do interior goiano e mineiro, no contexto socioprodutivo da cana – de – açúcar darão visibilidade aos signos, às imagens e às representações que estes sujeitos fazem do seu ‘lugar rural’. Existe uma identidade rural sul – goiana e mineira? Em que medida as representações dos sujeitos rurais contribui para formação de uma identidade rural camponesa? A linguagem caipira ainda é marca da cultura rural goiana e mineira? Tais questões serão compreendidas à luz da Ciência Geográfica em sua perspectiva cultural.