978 resultados para Sagüi comum selvagem - Estratégias reprodutivas


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Este trabalho teve como objetivo vislumbrar os modos de subjetivao, presentes nas complexas relaes de saber-poder de um dispositivo jurdico, capazes de fabricar uma categoria especfica de indivduo: o sujeito infrator. Segundo Foucault (1997), os modos de subjetivao so os processos atravs dos quais nos tornamos sujeitos, isto , os meios pelos quais somos capturados por relaes de foras implicadas no processo de produo de subjetividades. Sendo assim, certos saberes e tcnicas presentes em diversos dispositivos - aos quais nos conectamos ou somos conectados - so considerados modos que nos subjetivam, engendrando-nos e constituindo-nos na medida em que atuam como tipos normativos de modos de ser. Entender os discursos acerca do sujeito infrator e prticas que atuam sobre ele, como parte das foras que assim o constitui, pode ser um caminho para provocar qualquer tipo de fissura no dispositivo jurdico, que teima em justificar sua atuao em nome de um discurso de proteo e recuperao. No sendo possvel pensar nos modos de subjetivao sem atrel-los questo do governo, interrogamos, a partir de um estudo genealgico, as prticas de saber-poder-subjetivao presentes no dossi de um adolescente em cumprimento de Medida Scio-Educativa de Internao. Para entender os modos de subjetivao como estratégias de governamentalidade, problematizamos um conjunto de tcnicas disciplinares, regulamentares e prticas de si, e alguns dos saberes considerados legtimos, que as fundamentam. As divises binrias produzidas por instrumentos disciplinares constituem o anormal, neste caso, o sujeito infrator, em detrimento do que seria ser normal, o sujeito cidado que desejam torn-lo. Assim, busca-se por meio de diversas tcnicas que, apartados da normalidade desejada e identificados aos discursos que versam sobre o infrator, tornem-se alvos fceis das tcnicas de governo constitudas especialmente para lidar com essa categoria de indivduos. Por fim, observa-se que, para justificar o encarceramento de jovens, a suposta funo de recuperar os desviantes mascara o tom punitivo da Medida Scio-Educativa de Internao e exalta um suposto carter corretivo-educacional, o que a mantm existindo como principal medida anti os delinquentes que o prprio dispositivo jurdico tambm constitui.

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Fundao de Amparo Pesquisa do Estado de So Paulo (FAPESP)

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A aprendizagem de relaes condicionais bidirecionais (simetria) tem sido raramente demonstrada em no-humanos. Recentemente trs estudos apresentaram dados positivos de repertrios comportamentais de simetria em pombos. Estes estudos apontaram como possveis variveis determinantes da emergncia de simetria: 1) O treino misto de relaes arbitrrias e de identidade simultaneamente e com um mesmo conjunto de estmulos; 2) O sujeito no ter sido exposto a treino prvio de qualquer tipo de relao com os mesmos estmulos; e 3) A utilizao do procedimento de discriminao condicional sucessiva (Go/No-go). O presente estudo buscou averiguar a necessidade do uso de Go/No-go, aplicando as demais variveis (treino misto e no exposio prvia), para a obteno da emergncia de simetria. Este estudo avaliou em dois macacos-prego (Cebus apella) a aprendizagem de relaes arbitrrias e de identidade de estmulos apresentados na mesma sesso experimental e a emergncia de simetria, utilizando dois procedimentos. Um sujeito (M18) foi treinado em tarefa de Go/Nogo com tentativas mistas de relaes arbitrrias e relaes de identidade, com o mesmo conjunto de estmulos. O sujeito passou por dois treinos Go/No-go que no foram bem sucedidos em estabelecer controle condicional. Um outro sujeito (M27) foi treinado em uma tarefa de emparelhamento ao modelo com atraso zero com tentativas mistas de relaes de identidade e arbitrrias, com mesmo conjunto de estmulos. Esse segundo procedimento buscou averiguar a necessidade do uso do procedimento Go/No-go para a obteno da emergncia de simetria. As sesses de treino eram compostas por oito tentativas de identidade (quatro relaes) e oito tentativas de relaes arbitrrias (duas relaes), apresentadas em seqncia randmica. Todas as tentativas tinham trs escolhas entre as comparaes. Posteriormente, M27 foi submetido a trs testes (todos com reforo programado para todas as tentativas). O treino de linha de base mista (identidade e arbitrria) ocorreu em 14 sesses. O primeiro teste foi de simetria, em uma sesso de oito tentativas para cada uma das quatro relaes de identidade, duas arbitrrias e duas de teste, totalizando 64 tentativas, cujo critrio de desempenho era acertar sete das oito tentativas de cada relao. M27 teve 2 erros em uma das relaes de identidade e acertou todas as demais, inclusive as de simetria. Para averiguar se havia uma coerncia do controle de estmulos, foi feito o segundo teste no qual as respostas de escolha entre as comparaes no podiam mais ser condicionais ao modelo, uma vez que se utilizou um mesmo estmulo novo no lugar dos modelos para todas as tentativas, tanto de linha de base quanto de teste. M27 cometeu trs erros ao todo. Esse resultado pode indicar que havia uma relao de controle, no prevista: como dois pares de estmulos se alternavam na funo S- em todas as tentativas, M27 pode ter aprendido a rejeitar esses dois pares de estmulos independente do modelo apresentado. De modo a averiguar se de fato no havia controle por seleo de acordo com o modelo, foi feito um teste apenas com duas comparaes com as mesmas outras configuraes do primeiro teste. M27 errou seis das 32 tentativas de linha de base de identidade, seis das 16 arbitrrias e seis das 16 de simetria. Os acertos foram, portanto, acima da linha do acaso, o que confirma parcialmente a hiptese acima e pode indicar a presena de um controle misto condicional e discriminativo entre os estmulos de comparao.