1000 resultados para Filosofia moderna Séc. XVIII
Resumo:
O objetivo deste artigo é apresentar as origens da crÃtica marxiana da polÃtica. Encontrando seu lugar entre os anos de 1842 e 1843 essa crÃtica nasce no interior de uma revisão da filosofia hegeliana e assume uma primeira forma como crÃtica filosófica da polÃtica. A crÃtica da polÃtica desenvolvida por Marx era, assim, rigorosamente, um empreendimento filosófico, mas de uma filosofia que assumia o mundo como seu objeto e se vertia para fora de si própria manifestando-se externamente como uma crÃtica da sociedade da época e como uma negação da polÃtica existente.
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Discute-se o diagnóstico crÃtico da Modernidade proposto por Heidegger e Foucault enfatizando as suas continuidades. Em linhas gerais, pode-se afirmar que, em Heidegger, é a reflexão filosófica que se assume enquanto essencialmente histórica, ao passo que, para Foucault, é a investigação essencialmente histórica que assume o caráter de reflexão filosófica. No entanto, ainda que a partir de démarches teóricas distintas, ambos consideram que a compreensão a respeito de quem somos, hoje, depende de uma análise da constituição da modernidade como época histórica determinada pelo humanismo, isto é, pela concepção do homem como senhor da totalidade do ente (Heidegger) e pela concepção do homem como sujeito e objeto de relações de poder-saber (Foucault). Tal mutação epocal na concepção do humano foi decisiva para a liberação da revolução cientÃfica que culminou na técnica moderna e na biopolÃtica. Se, como afirma Foucault, a biopolÃtica é a polÃtica de nosso tempo, ou seja, de uma época que politizou o fenômeno da vida por meio de sua gestão técnico-administrativa, então a técnica moderna, que implica a concepção do homem como sujeito assujeitado pela tecnologia, constitui a instância por meio da qual a vida humana pode ser simultaneamente produzida e aniquilada por meios cientÃficos.
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La problematización de sentido integra el horizonte histórico y cultural de la modernidad occidental, donde se abre la posibilidad de una explosión de sentidos. En este escenario, el pensamiento filosófico se enfrenta a la crisis de fundamentación última y la dificultad para traducir, en términos de verdad y racionalidad, la reflexión en el campo de la filosofÃa y las ciencias humanas. En este sentido, existen por lo menos dos alternativas para que las filosofÃas modernas, sin renunciar a la pretensión de universalidad, se encuentren con su propio tiempo histórico: la hermenéutica y la crÃtica dialéctica. El pensamiento de Paul Ricoeur, para quien hermenéutica y crÃtica son dos momentos necesarios a la reflexión filosófica, promueve la reconciliación entre estas dos tradiciones de la filosofÃa moderna. Sin embargo, la tesis que se plantea en este ensayo es que las estrategias reconciliadoras de Ricoeur corresponden, en último término, a la construcción de su propio pensamiento filosófico. Es decir, el movimiento reconciliador del pensamiento ricoeurniano es parte de su propio proyecto filosófico, a saber, el de hacer emerger una hermenéutica crÃtica y una ética ontológicamente fundada.
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Partindo das analises do criticismo kantiano, este texto investiga as concepções romântica e moderna de sublime e de imaginação. Se, por um lado, a concepção romântica inaugura o mundo moderno, por outro, a expressionista mostra os limites dessa mesma modernidade. Para ambas, entretanto, a CrÃtica do JuÃzo de Kant é o âmbito privilegiado no qual podemos precisar as distinções.
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O presente artigo pretende mostrar uma dupla perspectiva do ensino da filosofia proposto de forma disjuntiva: aprender a filosofar ou aprender a filosofia, representada, respectivamente, por Kant e por Hegel. A análise dessa questão será desenvolvida dentro do contexto da filosofia kantiana, nela destacando três aspectos: a) o ideal de perfectibilidade do gênero humano; b) o preceito da Aufklärung do pensar por si mesmo e o exercÃcio crÃtico da razão, e c) a necessidade da coação como instrumento para o cumprimento do caráter normativo da conduta humana. Estes aspectos serão, também, abordados na filosofia de Hegel, bem como as suas conseqüências para o ensino da filosofia, e da possibilidade de uma escolha não disjuntiva de uma ou de outra perspectiva.
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Este estudo procura evidenciar a natureza lacunar e intersticial da espacialidade própria à experiência sensÃvel, segundo o último Merleau-Ponty, aquele da notas de trabalho de Le visible et l'invisible. Para tanto, são discutidos os momentos em que, no trato tanto com a perceptibilidade quanto com a intersubjetividade, Merleau-Ponty evoca a vida intencional a partir da analogia com a experiência estética em sua selvagem polissemia. O estudo especula que, apesar da evidência de que a plasticidade multimodal da arte moderna fornece renovado suporte para a interpretação da experiência sensorial, tarefa impossÃvel para a racionalidade, a teoria do último Merleau-Ponty parece incapaz de propor uma noção consistente de negatividade.
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O artigo examina a interpretação feita por Walter Benjamin dos poemas de Charles Baudelaire marcados pela noção de ideal, a qual se opõe ao spleen. Benjamin encontra aà o esforço de rememoração de uma experiência plena, a qual constituiria, por sua vez, um elemento essencial à compreensão da modernidade como impossibilidade desta forma de experiência. Com as noções de beleza e de aura, o artigo busca ainda salientar a importância da categoria da distância para a configuração desta forma de experiência.
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Este artigo trata das crÃticas, elaboradas por Albrecht Wellmer, ao tipo de teoria moral baseada em princÃpios universalistas. Inicialmente, é abordada sua tentativa de uma reelaboração da própria idéia de universalismo moral, para depois esboçar a radicalidade de sua crÃtica a qualquer moral universalista. Nesse ponto, a Ética do Discurso de Jürgen Habermas, é que lhe serve de objeto. Por fim, também a partir de Wellmer, apontam-se possÃveis alternativas a esse tipo de ética, sobretudo, a formulação de um ponto de vista moral fundamento numa teoria do reconhecimento social.
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Este artigo tem por objetivo trazer à luz os meandros e as particularidades do pensamento de Hegel sobre o ensino da filosofia. Embora esta não seja uma questão central em seu pensamento, é possÃvel notar sua preocupação acerca do tema, especificamente nos textos que escreveu durante o perÃodo no qual exerceu a função de professor e diretor do ginásio em Nürember. A apresentação que aqui se faz do pensamento de Hegel sobre o ensino da filosofia divide-se em três momentos: no primeiro, são pontuados os conteúdos que ele julga necessários para a formação do pensamento filosófico; no segundo, é apresentada a questão do método e a sua relação com os conteúdos no ensino da filosofia; e finalmente, no terceiro, procura-se entender o papel que o professor exerce nesse ensino.
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Liberdade e poder são dois temas que se correlacionam ao longo da história da filosofia polÃtica moderna. Nos textos de Hobbes, a ideia da liberdade como ausência de impedimentos à s ações ajuda-nos a pensar o dever de obediência ao poder soberano e as relações entre polÃtica e direito. Uma situação de vácuo jurÃdico, em que tudo é permitido, faz-se, contudo, impossÃvel, de modo que a solução de Hobbes consiste em sustentar a ideia do direito natural como direito originário individual vinculado à preservação da vida. Suas ideias do direito natural e da lei natural, que servem de fundamento ao dever de obediência ao soberano, amparam-se em princÃpios jurÃdicos, teológicos e biológicos. Tais princÃpios, entretanto, não dão conta da questão da extensão do poder soberano. Hobbes recorre à análise da linguagem. Sua teoria contratual afirma o princÃpio de preservação da vida na base da polÃtica e sustenta a ideia da criação e da manutenção do poder soberano no ato de linguagem implicado na estrutura representativa do pacto polÃtico.
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Procura-se destacar aqui, a partir da relação de mútua dependência entre o concreto e o especulativo em Theodor Adorno, algumas caracterÃsticas próprias de sua exposição filosófica. A recusa de definições, a busca de constelações, a construção de "modelos crÃticos" tornam-se mais inteligÃveis quando examinadas à luz da relação entre os conceitos e o não-conceitual. Pretende-se assim esclarecer melhor a relação entre verdade e história no pensamento de Adorno.
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Este artigo busca pensar os juÃzos estéticos da Terceira crÃtica de Kant, em relação aos discursos sobre a arte moderna. Propomos, de maneira didática, relacionar tais juÃzos kantianos à utopia da modernidade e à s suas consequências (e crÃticas) contemporâneas. Não tencionamos, porém, fazer uma análise pormenorizada do pensamento de Kant, propriamente, mas expor as várias glosas que este recebeu, ao inaugurar um outro espaço para a Estética, principalmente no que se refere à arena comunitária na qual se agenciam os juÃzos e que torna possÃvel uma arte ao mesmo tempo universal e sem regras fixas. Mais do que pensar a arte como "livre jogo", ou como "bela" e como "finalidade sem fim", pontos nodais da crÃtica de Kant, sem dúvida, interessa-nos investigar a perspectiva autorreflexiva que os juÃzos estéticos permitem. A interpretação do objeto-arte moderno não seria, em última instância, o exercÃcio comunitário de um juÃzo?
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The following translation is a reduced and revised version of the paper Schicksal Nietzsche? Zu Nietzsches Selbsteinschätzung als Schicksal der Philosophie und der Menschheit (Ecce Homo, Warum ich ein Schicksal bin §1)" - originally published in Nietzsche-Studien 37 (2008) - which was specially prepared to be presented in lecture organized by the Grupo de Pesquisa Spinoza & Nietzsche (Spinoza & Nietzsche research group - SpiN), in the Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro's Federal University), on September 14, 2009. In the text, the autor employs his own philological-hermeneutical methodology, which is called contextual interpretation, in the purpose to clarify the concepts of the first aphorism from "Why I am a destiny", from Ecce Homo, in its own context, in the context of Ecce Homo and in the context of the entire work from Nietzsche.