969 resultados para Dionysus (Greek deity)


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A actividade vitivinícola possui um conjunto diverso de características presentes no solo, território e comunidade que fazem parte do património cultural de uma determinada região. Quando a tradição se traduz num conceito como terroir que é formado por características territoriais, sociais e culturais de uma região rural, o vinho apresenta uma “assinatura” que se escreve “naturalmente” no paladar regionalmente identificado. Os vinhos da Região de Nemea, na Grécia e de Basto (Região dos Vinhos Verdes) em Portugal, estão ambos sob a proteção dos regulamentos das Denominações de Origem. No entanto, apesar de ambos serem regulados por sistemas institucionais de certificação e controlo de qualidade, afigura-se a necessidade de questionar se o património cultural e a identidade territorial específica, “impressa” em ambos os terroirs, pode ser protegida num sentido mais abrangente do que apenas origem e qualidade. Em Nemea, a discussão entre os produtores diz respeito ao estabelecimento de sub-zonas, isto é incluir na regulação PDO uma diferente categorização territorial com base no terroir. Ou seja, para além de estar presente no rótulo a designação PDO, as garrafas incluirão ainda informação certificada sobre a área específica (dentro do mesmo terroir) onde o vinho foi produzido. A acontecer resultaria em diferentes status de qualidade de acordo com as diferentes aldeias de Nemea onde as vinhas estão localizadas. O que teria possíveis impactos no valor das propriedades e no uso dos solos. Para além disso, a não participação da Cooperativa de Nemea na SON (a associação local de produtores de vinho) e como tal na discussão principal sobre as mudanças e os desafios sobre o terroir de Nemea constitui um problema no sector vitivinícola de Nemea. Em primeiro lugar estabelece uma relação de não-comunicação entre os dois mais importantes agentes desse sector – as companhias vinícolas e a Cooperativa. Em segundo lugar porque constituiu uma possibilidade real, não só para os viticultores ficarem arredados dessa discussão, como também (porque não representados pela cooperativa) ficar impossibilitado um consenso sobre as mudanças discutidas. Isto poderá criar um ‘clima’ de desconfiança levando a discussão para ‘arenas’ deslocalizadas e como tal para decisões ‘desterritorializadas’ Em Basto, há vários produtores que começaram a vender a sua produção para distribuidoras localizadas externamente à sub-região de Basto, mas dentro da Região dos Vinhos Verdes, uma vez que essas companhias tem um melhor estatuto nacional e internacional e uma melhor rede de exportações. Isto está ainda relacionado com uma competição por uma melhor rede de contactos e status mais forte, tornando as discussões sobre estratégias comuns para o desenvolvimento rural e regional de Basto mais difícil de acontecer (sobre isto a palavra impossível foi constantemente usada durante as entrevistas com os produtores de vinho). A relação predominante entre produtores é caracterizada por relações individualistas. Contudo foi observado que essas posições são ainda caracterizadas por uma desconfiança no interior da rede interprofissional local: conflitos para conseguir os mesmos potenciais clientes; comprar uvas a viticultores com melhor rácio qualidade/preço; estratégias individuais para conseguir um melhor status político na relação com a Comissão dos Vinhos Verdes. Para além disso a inexistência de uma activa intermediação institucional (autoridades municipais e a Comissão de Vinho Verde), a inexistência entre os produtores de Basto de uma associação ou mesmo a inexistência de uma cooperativa local tem levado a região de Basto a uma posição de subpromoção nas estratégias de promoção do Vinho Verde em comparação com outras sub-regiões. É também evidente pelos resultados que as mudanças no sector vitivinícolas na região de Basto têm sido estimuladas de fora da região (em resposta também às necessidades dos mercados internacionais) e raramente de dentro – mais uma vez, ‘arenas’ não localizadas e como tal decisões desterritorializadas. Nesse sentido, toda essa discussão e planeamento estratégico, terão um papel vital na preservação da identidade localizada do terroir perante os riscos de descaracterização e desterritorialização. Em suma, para ambos os casos, um dos maiores desafios parece ser como preservar o terroir vitivinícola e como tal o seu carácter e identidade local, quando a rede interprofissional em ambas as regiões se caracteriza, tanto por relações não-consensuais em Nemea como pelo modus operandi de isolamento sem comunicação em Basto. Como tal há uma necessidade de envolvimento entre os diversos agentes e as autoridades locais no sentido de uma rede localizada de governança. Assim sendo, em ambas as regiões, a existência dessa rede é essencial para prevenir os efeitos negativos na identidade do produto e na sua produção. Uma estratégia de planeamento integrado para o sector será vital para preservar essa identidade, prevenindo a sua desterritorialização através de uma restruturação do conhecimento tradicional em simultâneo com a democratização do acesso ao conhecimento das técnicas modernas de produção vitivinícola.

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The view that Gothic literature emerged as a reaction against the prominence of the Greek classics, and that, as a result, it bears no trace of their influence, is a commonplace in Gothic studies. This thesis re-examines this view, arguing that the Gothic and the Classical were not in opposition to one another, and that Greek tragic poetry and myth should be counted among the literary sources that inspired early Gothic writers. The discussion is organised in three parts. Part I focuses on evidence which suggests that the Gothic and the Hellenic were closely associated in the minds of several British literati both on a political and aesthetic level. As is shown, the coincidence of the Hellenic with the Gothic revival in the second half of the eighteenth century inspired them not only to trace common ground between the Greek and Gothic traditions, but also to look at Greek tragic poetry and myth through Gothic eyes, bringing to light an unruly, ‘Dionysian’ world that suited their taste. The particulars of this coincidence, which has not thus far been discussed in Gothic studies, as well as evidence which suggests that several early Gothic writers were influenced by Greek tragedy and myth, open up new avenues for research on the thematic and aesthetic heterogeneity of early Gothic literature. Parts II and III set out to explore this new ground and to support the main argument of this thesis by examining the influence of Greek tragic poetry and myth on the works of two early Gothic novelists and, in many ways, shapers of the genre, William Beckford and Matthew Gregory Lewis. Part II focuses on William Beckford’s Vathek and its indebtedness to Euripides’s Bacchae, and Part III on Matthew Gregory Lewis’s The Monk and its indebtedness to Sophocles’s Oedipus Tyrannus. As is discussed, Beckford and Lewis participated actively in both the Gothic and Hellenic revivals, producing highly imaginative works that blended material from the British and Greek literary traditions.

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This thesis explores the relationship of the actress Hedwig Raabe’s 1866 performance in Charlotte Birch-Pfeiffer’s play Die Grille to the philosopher Friedrich Nietzsche’s 1872 book The Birth of Tragedy. This exploration is structured by theatre scholar Marvin Carlson’s concept of haunting. I conclude that the haunting of Nietzsche’s text by Raabe’s performance destabilizes the former and points towards new ways of understanding The Birth of Tragedy in the fields of theatre and performance studies.

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In approaching this issue, it will be helpful to use two analytically distinct methods, to wit, the diachronic, which allows us to speculate about how the myth reached the hands of Lydgate (Guerin 2005, 183–191); and the synchronic, to clarify the similarities and differences between the two authors. Thus, approaching the subject diachronically, the first pages of this paper will attempt to delineate the main milestones in the long tradition of the myth of Oedipus, beginning from the time of Ancient Rome; and, afterwards, a synchronic analysis will examine various motifs as they have survived, disappeared or been transformed in the medieval poem. The final part will explore the possible reasons for these changes.

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This dissertation presents a thick ethnography that engages in the micro-analysis of the situationality of black middle-class collective identification processes through an examination of performances by members of the nine historically black sororities and fraternities at Atlanta Greek Picnic, an annual festival that occurs at the beginning of June in Atlanta, Georgia. It mainly attracts undergraduate and graduate members of these university-based organizations, as they exist all over the United States. This exploration of black Greek-letter organization (BGLO) performances uncovers processes through which young black middle-class individuals attempt to combine two universes that are at first glance in complete opposition to each other: the domain of the traditional black middle-class values with representations and fashions stemming from black popular culture. These constructions also attempt to incorporate—in a contradiction of sorts— black popular cultural elements in the objective to deconstruct the social conservatism that characterizes middle-class values, particularly in relation to sexuality and its representation in social behaviors and performances. This negotiation between prescribed v middle-class values of respectability and black popular culture provides a space wherein black individuals challenge and/or perpetuate those dominant tropes through identity performances that feed into the formation of black sexual politics, which I examine through a variety of BGLO staged and non-staged performances. ^

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Background: Chronic stress frequently manifests with anxiety and/or depressive symptomatology and may have detrimental cardiometabolic effects over time. As such, recognising the potential links between stress-related psychological disorders and cardiovascular disease (CVD) is becoming increasingly important in cardiovascular epidemiology research. The primary aim of this study was to explore prospectively potential associations between clinically relevant depressive symptomatology and anxiety levels and the 10-year CVD incidence among apparently healthy Greek adults. Design: A population-based, health and nutrition prospective survey. Methods: In the context of the ATTICA Study (2002–2012), 853 adult participants without previous CVD history (453 men (45 ± 13 years) and 400 women (44 ± 18 years)) underwent psychological evaluations through validated, self-reporting depression and anxiety questionnaires. Results: After adjustment for multiple established CVD risk factors, both reported depression and anxiety levels were positively and independently associated with the 10-year CVD incidence, with depression markedly increasing the CVD risk by approximately fourfold (adjusted odds ratio (95% confidence interval) 3.6 (1.3, 11) for depression status; 1.03 (1.0, 1.1) for anxiety levels). Conclusions: Our findings indicate that standardised psychological assessments focusing on depression and anxiety should be considered as an additional and distinct aspect in the context of CVD preventive strategies that are designed and implemented by health authorities at the general population level.