1000 resultados para Categoria diagnóstica
Resumo:
Este estudo avalia a compreensão sobre o modelo de atenção básica nas ações de saúde. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa exploratória, desenvolvida em Unidades de Saúde da Família (USFs) de Marília, com amostra composta por profissionais de saúde, usuários e estudantes de Medicina e Enfermagem inseridos nas unidades. Os dados foram coletados por meio de entrevistas semiestruturadas e analisados pela técnica de análise de conteúdo, modalidade temática. Pôde-se observar que, independentemente da categoria entrevistada e da área onde se encontra a USF, a compreensão dos entrevistados sobre o modelo de atenção é o modelo médico-assistencial privatista, que reflete o predomínio das ações curativas em uma relação individualista, operada diretamente pelo médico e oferecida na demanda espontânea, não sendo exclusiva do setor privado. Foi proposto utilizar o espaço de grupos organizados para educação em saúde, em que trabalhadores e usuários são participantes para uma interação com as necessidades da comunidade e participação ativa dos usuários no planejamento do serviço, além de investimento nas ações de promoção e prevenção, o que causaria adesão da população e geraria credibilidade no modelo não médico-centrado.
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Através de uma revisão da literatura nacional e internacional sobre a formação em saúde mental dirigida para médicos que atuam na atenção primária, os autores procuram identificar referenciais pedagógicos que possam nortear metodologicamente a formação em saúde mental para essa categoria profissional no âmbito da atenção primária em saúde no Brasil.
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A proposta deste trabalho é apreender concepções de estudantes e tutores sobre a avaliação formativa nas sessões tutoriais de um currículo PBL, identificando as dificuldades enfrentadas no desenvolvimento dessa prática. Um questionário Likert foi aplicado a 11 tutores e 45 discentes do sétimo período do curso de Medicina da Universidade Estadual de Montes Claros e uma entrevista de aprofundamento foi realizada com a totalidade dos tutores e 20 estudantes. Os entrevistados percebem a proposta formativa da avaliação na sessão tutorial, definindo-a como processual, reflexiva, dialógica, diagnóstica, e enfatizam a possibilidade de feedback como fator motivador e determinante para solucionar as deficiências detectadas e reforçar as potencialidades percebidas. São identificadas dificuldades relacionadas ao desempenho dos docentes, como falta de preparo, ao desempenho dos estudantes (falta de sinceridade, maturidade) e outras decorrentes da inadequação dos critérios utilizados nos instrumentos avaliativos. Os resultados apontam a necessidade de programas de desenvolvimento docente e discente em avaliação, assim como maior compromisso das instituições que utilizam a metodologia Aprendizagem Baseada em Problemas na busca contínua e reflexiva da coerência com os pressupostos pedagógicos estabelecidos pelo currículo.
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Este artigo relata a experiência do ensino de Habilidades e Atitudes, na graduação em Medicina da Universidade Estadual de Londrina (UEL) com a metodologia de ensino da Aprendizagem Baseada em Problemas, ancorada no modelo biopsicossocial. O ensino de Habilidades e Atitudes implica a formulação diagnóstica mutiaxial, descrição contextual e padronizada da condição clínica. Utiliza como instrumento a avaliação sistemática de eixos e domínios altamente informativos e relevantes para o tratamento. Eixo I: transtornos clínicos (mentais e condições médicas gerais); Eixo II: incapacidades nos cuidados pessoais, funcionamento ocupacional e com a família, e funcionamento social mais amplo; Eixo III: fatores contextuais (problemas interpessoais e outros psicossociais e ambientais); Eixo IV: qualidade de vida (refletindo primariamente as percepções do próprio paciente). A competência clínica foi avaliada por meio da discussão de casos clínicos, portfólios reflexivos e pelo Exame Clínico Estruturado por Objetivo (Osce), método que avalia as habilidades clínicas, as habilidades de atitudes e a comunicação dos estudantes de Medicina.
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OBJETIVO: Analisar o perfil e a produção científica de pesquisadores da área da Pediatria contemplados com bolsas de produtividade em pesquisa pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. MÉTODOS: Foram analisados os currículos Lattes de 47 pesquisadores da Pediatria, com bolsas ativas no triênio 2010-2012. As variáveis analisadas foram: gênero, categoria do bolsista, instituição de origem, artigos nacionais e internacionais com o respectivo Qualis, publicações de livros e capítulos de livros, orientações de iniciação científica, mestrado e doutorado e produção de patente. RESULTADOS: Houve predominância do gênero masculino (66%) e de bolsistas na categoria 2 (51%) entre os pesquisadores da área da Pediatria. Os Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul e Minas Gerais foram responsáveis por aproximadamente 90% dos pesquisadores. Os bolsistas em Pediatria publicaram no triênio estudado 1.174 artigos, sendo que 274 foram veiculados em periódicos com classificação Qualis B2. CONCLUSÕES: Os pesquisadores na área da Pediatria apresentam produção científica relevante do ponto de vista quantitativo. Entretanto, novos estudos são necessários para dimensionar o impacto do aumento da produção científica na área de Pediatria no País.
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Introdução O processo de avaliação formativa nas escolas médicas envolve o professor na observação direta do desempenho do estudante. Esta avaliação gera desconforto e angústia para alguns professores, na tentativa de serem justos e imparciais. Este trabalho tem por objetivos identificar as dificuldades na avaliação dos estudantes de Medicina, conhecer os sentimentos, conceitos e crenças dos professores frente ao processo e identificar os fatores que dificultam e facilitam esta avaliação. Método Foram conduzidos três Grupos Focais com professores do Departamento de Pediatria da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais estratificados por tempo de docência e classificados quanto a gênero, titulação e categoria funcional. As reuniões tiveram uma moderadora auxiliada pelo pesquisador, duraram entre 90 e 120 minutos e terminaram quando ocorreu a saturação do tema. Toda a discussão foi transcrita e rendeu 118 páginas, que foram submetidas à análise de conteúdo. Resultados O discurso foi categorizado em cinco grandes temas: dificuldade da avaliação de habilidade clínica e atitudes; relação professor-aluno; sentimentos vivenciados pelos docentes durante a avaliação; fatores facilitadores; necessidade de mudanças. Conclusões Os docentes sentem falta de objetivos bem definidos e instrumentos avaliativos específicos. Reconhecem a necessidade de melhores conhecimentos pedagógicos e considera a avaliação formativa uma situação solitária, com pouco respaldo da instituição.
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Este artigo analisa a prevalência e os fatores que desencadeiam o consumo de drogas entre estudantes de Medicina. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura científica acerca da prevalência do uso de drogas em estudantes de Medicina.Optou-se por privilegiar periódicos de indexação científica, consultando-se o Pubmed e a Biblioteca Virtual em Saúde, e utilizando-se as bases de dados SciELO,Medline e Lilacs. São analisadas três categorias do fenômeno: prevalência do uso de drogas entre os estudantes de Medicina (categoria dividida em drogas lícitas e ilícitas); fatores que propiciam o uso de drogas entre os estudantes de Medicina; e análise referente aos estudantes brasileiros de Medicina. Constatam-se evidências de um grave problema nas Faculdades de Medicina, que é a grande e constante prevalência do uso de drogas lícitas ou ilícitas entre os estudantes e fatores intrínsecos ao curso que podem desencadear o início ou a continuidade dessa prática. Esse problema requer a atenção dos diversos representantes das universidades a fim de que se adotem políticas de controle e redução de uso de drogas no âmbito universitário.
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RESUMO Este artigo expõe e discute os resultados da I Oficina de Formação em Bioética e Estratégia Saúde da Família (ESF) – dirigida aos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) –, espaço criado com o intuito de proporcionar oportunidades para o (re)conhecimento e a argumentação sobre problemas éticos na Atenção Primária à Saúde (APS), permitindo a incorporação da bioética na construção de competências para o trabalho na ESF. O método utilizado abrangeu uma abordagem quanti-qualitativa e descritiva. Cinquenta e três ACS participantes da ESF – residentes e atuantes no município de Magé – assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, e, destes, 43 devolveram o questionário de avaliação da oficina. Para efeitos de exposição, apresenta-se a trajetória em três atos organizativos: 1º ato – preparação; 2º ato – realização; 3º ato – visões. Os resultados e a discussão se iniciaram com a construção do perfil dos ACS. Emergiram das respostas dos participantes da I Oficina três quadros demonstrativos e uma categoria de análise. Nas conclusões, destaca-se a bioética, como caixa de ferramentas capaz de propiciar aos ACS conceitos, teorias e métodos éticos para o pleno exercício do cuidado no âmbito da Estratégia Saúde da Família.
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RESUMO O objetivo deste trabalho foi analisar o papel da psicoterapia de grupo na formação do residente em psiquiatria do Programa de Residência Médica em Psiquiatria da Universidade Federal de Goiás. Trata-se de um estudo descritivo exploratório com abordagem qualitativa em educação médica. Os dados foram coletados por meio de relatórios descritivos e entrevistas semiestruturadas, submetidas à análise de conteúdo temático-categorial. Emergiram da análise dos dados duas categorias: as ações educativas do ensino da psicoterapia de grupo e as ações sociais do ensino da psicoterapia de grupo. Na análise da primeira categoria, obtivemos cinco subcategorias: relação médico-paciente, aprendizagem cognitiva, aprendizagem afetiva, diálogo interdisciplinar e desenvolvimento pessoal. Na segunda categoria, obtivemos duas subcategorias: socialização e encontro. Conclui-se que o ensino da psicoterapia de grupo tem papel educativo, pois contribui com a inovação dos cenários de prática, possibilitando mudanças na relação médico residente-paciente e consolidando o conceito ampliado de saúde na perspectiva da integralidade. Revela também seu papel social, pois contribui para uma aproximação sociointerativa entre preceptor-residente-grupo.
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A bacia do rio Paraná, localizada entre os Estados de Goiás e Tocantins, com 5.940.382 ha, apresenta alta diversidade de fitofisionomias, incluindo a floresta estacional decidual sobre afloramento calcário, que ainda não foi estudada nesta região. Este trabalho teve como objetivo o levantamento quantitativo em uma floresta estacional decidual sobre afloramento calcário (13º31'11" S e 46º29'48" W; 530 m de altitude) na fazenda São Vicente, São Domingos-GO. Para o levantamento foram demarcadas cinco linhas, a intervalos de 100 m, onde foram distribuídas, aleatoriamente, 25 parcelas de 20 x 20 m. Em cada parcela foram amostrados todos os indivíduos com diâmetro à altura do peito (DAP) igual ou maior que 5 cm, onde foram medidos o DAP e a altura e anotado o nome da espécie. Foram amostrados 896 indivíduos, sendo 860 vivos e 36 mortos, em 51 espécies, 41 gêneros e 25 famílias, com índice de diversidade de Shannon-Wienner de 3,18 e equabilidade de 0,81. As principais espécies em valor de importância (VI), não incluindo a categoria de indivíduos mortos, foram Pseudobombax tomentosum (36,39), Dilodendron bipinnatum (31,55), Tabebuia impetiginosa (26,66), Combretum duarteanum (18,38), Luehea divaricata (12,76), Cavanillesia arborea (12,52), Myracrodruon urundeuva (12,23), Chorisia pubiflora (12,21) e Acacia glomerosa (10,11), que juntas somaram 57,60% do VI total. A diversidade foi maior que a encontrada em outras áreas de afloramento na região.
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Apresenta-se uma metodologia de avaliação de suscetibilidade ou resistência de clones de Eucalyptus grandis às infecções naturais da doença cancro, causado por Cryphonectria cubensis, no Estado do Amapá, com as árvores tendo cinco anos de idade. Os parâmetros usados relacionam-se, direta ou indiretamente, com a expressão dos mecanismos de defesa das árvores em nível de casca e lenho, quais sejam: a) freqüência de incidência da doença; b) freqüência de mortalidade por ela causada; e c) freqüência de lesões e de cancros, com os seus respectivos posicionamentos, se basais e altos, e os seus aprofundamentos ou superficialidades nos troncos, bem como os seus tamanhos, se pequenos ou grandes. Para cada genótipo calculou-se um índice de doença por infecções naturais (IDIN). Para facilitar as comparações entre os genótipos testados, o IDIN do clone mais suscetível foi dividido por um fator, de modo a deixá-lo igual a 100. Esse mesmo fator dividiu também os IDINs dos demais genótipos. Finalmente, os clones foram agrupados nas categorias AS (altamente suscetíveis), MS (moderadamente suscetíveis), MR (moderadamente suscetíveis) e AR (altamente resistentes ou imunes). Cada categoria agrupou genótipos cuja média de seus IDIN foi significativamente diferente da das demais, mediante o teste de contraste de médias.
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Este trabalho buscou avaliar a efetividade de manejo a partir da coleta de dados em campo, através da aplicação de questionários aos gerentes dessas áreas e consulta a dados secundários das instituições gestoras. A metodologia de questionário utilizada foi a "Matriz de Cenários", em que se estabeleceram cenários possíveis, desde a pior até a melhor situação esperada de cada um dos indicadores de manejo escolhidos. Os resultados apontaram que a criação de unidades de conservação, em Minas Gerais, tem ocorrido sem a perspectiva de que estas venham cumprir seus objetivos estabelecidos em sua criação ou definidos na escolha da sua categoria. Constatou-se que apenas uma unidade de conservação apresentava nível satisfatório de manejo e 60% das unidades exibiram nível insatisfatório de manejo. As unidades nacionais presentes em Minas Gerais apresentavam, em média, resultados melhores que as estaduais, ressaltando-se que, do total, 87% (34 unidades) não possuíam Plano de Manejo, nem se encontravam em fase de planejamento. O quadro demonstrado neste estudo deixa clara a necessidade de repensar o processo de criação e gestão de unidades de conservação em Minas Gerais. E, em comparação com outros estudos, observou-se que essa é também uma realidade de outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Mato Grosso.
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Os objetivos deste estudo foram conhecer a composição florística do estrato arbóreo e regenerativo das nascentes da bacia hidrográfica do ribeirão Santa Cruz e selecionar espécies para serem utilizadas na revegetação das nascentes degradadas e perturbadas da bacia. Os levantamentos florístico e estrutural foram realizados em 12 nascentes. Para a comparação do perfil florístico entre as nascentes, empregaram-se a análise de correspondência retificada (DCA) e a análise de agrupamento de Cluster. A vegetação do estrato arbóreo apresentou maior diversidade nas nascentes perturbadas em relação às degradadas, assim como nas nascentes pontuais em relação às difusas. A similaridade florística do estrato regenerativo entre as nascentes de mesma categoria permitiu inferir que se devem utilizar espécies preferenciais em cada estado de conservação (perturbado ou degradado) e condições do ambiente (solo úmido ou bem drenado) nos programas de recuperação das áreas de preservação permanente das nascentes da bacia hidrográfica do ribeirão Santa Cruz.
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O objetivo deste trabalho foi avaliar comparativamente a qualidade e quantidade de árvores plantadas no perímetro urbano da cidade de Jataí, GO. Para possibilitar as comparações foi utilizado um mapa georreferenciado de todas as quadras da cidade de Jataí, as quais foram subdividas em três categorias, de acordo com o padrão de construção civil adotado: 1. alto/médio, 2. simples e 3. precário. Em cada categoria foi avaliada a arborização urbana de 60 quadras, escolhidas aleatoriamente no mapa, independentemente do bairro. Foram encontrados 1.953 indivíduos, sendo 1.853 de espécies exóticas e 100 de espécies nativas, totalizando 114 espécies, sendo a mais utilizada na arborização o oiti (Licania tomentosa), com 31% de todos os indivíduos. O número médio de árvores foi significativamente maior nos padrões alto/médio e simples do que no padrão precário. Com relação à posição na calçada, o padrão alto/médio apresentou melhor adequação de plantio. Espécies de médio e pequeno portes, bem como palmeiras, foram encontradas em maior quantidade no padrão alto/médio. Este estudo mostrou claras discrepâncias na arborização urbana da cidade em relação aos padrões construtivos. Dessa forma, os resultados podem subsidiar técnicos da Prefeitura Municipal de Jataí, bem como a população, no sentido de instruir desde a melhor forma de plantio e escolha de mudas apropriadas até a manutenção delas após a maturação.
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O estrato inferior é formado pela regeneração das espécies arbóreas, arbustivas, herbáceas, epífitas e lianas formando um nicho ecológico de vital importância para o estabelecimento e desenvolvimento da floresta. Com o objetivo de analisar a composição florística e a estrutura do estrato inferior da floresta de várzea na APA Ilha do Combu, Belém, Pará, foram alocadas 50 parcelas de 50 x 4 m e divididas em 25 subparcelas de 2 x 2 m. Foram identificadas e quantificadas todas as espécies com Diâmetro à Altura do Peito (DAP) d" 10 cm. Calcularam-se a diversidade, densidade e frequência relativas, categoria de tamanho relativa e regeneração natural relativa. Foram amostrados 22.221 indivíduos, 67 famílias, 153 gêneros e 223 espécies, e o índice de Shannon (H') foi de 3,72 nat/ind e a equabilidade (J'), de 0,69. Fabaceae, Malvaceae e Arecaceae destacaram-se em riqueza de espécies e Euterpe oleracea e Virola surinamensis em densidade relativa, categoria de tamanho relativa e regeneração natural relativa. O hábito arbóreo apresentou o maior número de espécies e indivíduos nas classes de tamanhos 1 e 2. Os mecanismos de adaptação e a produção de frutos estão relacionados com a diversidade da área, onde as espécies com estratégias mais eficientes são dominantes e mais representativas quantitativamente na comunidade.