1000 resultados para Reforço à flexão
Resumo:
Esse artigo estuda a relao entre pobreza e distribuio de recursos no Brasil, tendo como principal objetivo a ajuda na implementao de polticas de reforço de capital dos pobres. A estratgia usada foi comparar o acesso a diferentes ativos, relacionados sade, ao longo da distribuio de renda, bem como o comportamento dos dcimos de rendimento em funo de medidas de necessidades e uso de cuidados mdicos. Os dados foram extrados de pesquisas domiciliares do IBGE (PNAD 1996/1998 e PME 1997), e fornecem condies inditas no caso brasileiro para traar um perfil de acesso dos pobres. Em geral, observou-se que os indivduos nos primeiros dcimos da distribuio de renda tm pior acesso a ativos de sade, adoecem mais e consomem menos servios de sade, agravando, assim, a desigualdade de renda. nesse sentido, que reforços no portiflio de ativos (capital fsico, humano e sade) so polticas estruturais de alivio pobreza, uma vez que geram uma melhor sade e, consequentemente, maiores rendimentos.
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Apesar da vida em fadiga de risers flexveis ser de grande importncia na explotao off-shore, os dados disponveis so bastante restritos. A interao entre as suas vrias camadas, as inmeras combinaes realizadas entre elas para se obter diferentes caractersticas e os recentes avanos em termos de materiais, nos obrigam a estud-los constantemente. Este trabalho tinha como objetivo principal a construo de um equipamento para possibilitar o estudo da vida em fadiga de risers, atravs de movimentos de trao combinada com flexão, referentes ao teste a da classe II da norma API 17B, bem como todos os outros testes da classe I da referida norma. Foram projetadas a estrutura e todos os demais componentes, que posteriormente foram redimensionados pelos resultados obtidos em simulaes numricas (elementos finitos). Posteriormente, de posse de todos os componentes, realizou-se a montagem do equipamento, seguida de um teste final, que foi acompanhado por uma anlise extensomtrica dos principais pontos da estrutura. A concluso bsica deste trabalho foi obtida atravs da comparao das anlises por elementos finitos e extensomtrica, onde foi constatado que o equipamento estava apto a entrar em operao para a realizao de ensaios estticos ou dinmicos, observando-se apenas algumas restries comentadas.
Resumo:
Apresentando um percurso histrico que mostra a configurao do jornalismo como atividade profissional e empresarial, o presente trabalho desenvolve uma reflexão sobre a produo jornalstica aberta participao do indivduo sem formao de jornalista para se chegar a um modelo de jornalismo cidado no qual as notcias so pautadas pelo interesse pblico e colaboram para o reforço da visibilidade pblica e do acesso informao que fomenta a deliberao. Atravs da anlise do canal de jornalismo aberto Eu-Reprter, observa-se que o exerccio do modelo proposto de jornalismo cidado torna-se invivel em uma iniciativa ligada a um veculo de comunicao da mdia tradicional, porque a notcia passa por filtros construdos atravs de uma lgica de mercado que prev interesses polticos e econmicos alheios a um papel da mdia como espao de debate pblico ampliado.
Resumo:
o presente estudo procura trazer ao saber administrativo uma nova perspectiva, ao evidenciar a natureza parcial e instrumental das teorias organizacionais at ento desenvolvidas. Ao buscar introduzir a percepo dos valores no estudo da administrao, procura-se faz-lo sob a tica dos indivduos, enfatizando-se o seu ponto de vista. Neste ensaio, a administrao concebida como cincia social no neutra, que tem reproduzido, no ambiente organizacional, os valores do sistema. Na medida em que os diversos arcabouos tericos se desenvolveram, variadas e cada vez mais complexas foram as formas por intermdio das quais as teorias organizacionais procuraram submeter os indivduos s necessidades produtivas. Teria a administrao se distanciado, tanto de sua razo de ser, o indivduo, como das grandes discusses desse final de milnio. Ter-se-ia tornado tcnica, direcionando-se para o atendimento das demandas organizacionais, entendendo o homem como mero agente produtivo. Para a compreenso dessa feio das teorias organizacionais, o presente estudo lana mo da Teoria Crtica, que uma proposta de viso do meio social, transpondo seus pressupostos para o domnio organizacional, no intuito de evidenciar os valores das diversas teorias e a caracterizao do homem que cada uma delas promoveu. Na busca do entendimento das dificuldades existentes para que outros valores sejam percebidos pela administrao, j que no universo consciente os valores do sistema tornaram-se hegemnicos, recorre-se aos ensinamentos de Carl Gustav Jung e suas definies de inconsciente pessoal e coletivo. Em seguida, tratou-se de contextualizar e associar s idias previamente desenvolvidas sobre valores e teorias organizacionais o universo no qual desenvolveuse a pesquisa de campo, as Foras Armadas Brasileiras. Por fim, a pesquisa de campo desenvolvida constituiu reforço do que, at ento, tinha-se procurado deixar evidente: que as teorias organizacionais tm privilegiado outros valores, que no os do indivduo, que existe outra forma de se ver a realidade, mais substantiva e que, embora a administrao tenha-se esforado, pelo menos ao nvel do discurso, para atender s demandas bsicas do indivduo no contexto organizacional, no obteve xito. A nova perspectiva de que trata o presente estudo refere-se ao entendimento de que existem outros valores, que no os organizacionais, que precisam ser percebidos pelo saber administrativo. Procura-se alertar o corpo terico quanto ao papel social que incumbe administrao e prope-se que ela se afaste da instrumentalidade e se aproxime da substantividade, viso de mundo sempre possvel e tantas vezes negligenciada por ela e por outras cincias auto-denominadas sociais.
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VASKE, N.R. Contribuio ao Estudo da Argamassa com Adio de Slica Ativa em Reforços de Elementos Comprimidos de Concreto. 2004. Dissertao (Mestrado em Engenharia) Programa de Ps-Graduao em Engenharia Civil, UFRGS, Porto Alegre. No uso de argamassa com adio de slica ativa como material de reforço, adotam-se valores de resistncia compresso provenientes de ensaios normatizados, cujos valores no so representativos da tcnica adotada. Na execuo de um reforço, cada poro de argamassa que lanada sofre um adensamento que varia em funo da energia com que colide com o substrato, gerando, desta forma, pontos de diferentes resistncias por toda a extenso do reforço, refletindo diretamente sobre a resistncia do reforço como um todo, que por sua vez define a nova capacidade de carga do elemento estrutural em questo. Procurando verificar o comportamento in loco da argamassa de reforço, executou-se uma placa de argamassa com adio de slica ativa com dimenses iguais a um reforço de uma das faces de um pilar, sendo extradas amostras prismticas desta placa e ensaiadas compresso e determinada uma resistncia mdia que, comparada com a resistncia mdia obtida de corpos-de-prova cilndricos, moldados com a mesma argamassa com que foi executada a placa demonstrou que a resistncia mdia compresso das amostras prismticas extradas da placa apresenta, particularmente neste estudo, uma reduo em relao resistncia mdia compresso resultante dos corpos-de-prova cilndricos da ordem de 35%. Em seqncia foram moldados seis pilares de concreto, sendo trs reforados com argamassa com adio de slica ativa e os outros trs como testemunhos. Aps a ruptura dos pilares foram analisados os resultados tericos e resultados experimentais das cargas de ruptura, aderncia entre o substrato e a argamassa de reforço e a reduo de resistncia compresso observada nos ensaios preliminares da argamassa. Pelas anlises realizadas verificou-se a eficincia da tcnica de reforço quanto ao aumento da capacidade de carga, da ordem de 72 %, aderncia adequada entre o substrato e a argamassa de reforço e confirmao da reduo da resistncia compresso da argamassa nos nveis propostos.
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A falta de consenso acerca da filogenia dos cinodontes parece sugerir que muitas das caractersticas usadas para estabelecer hipteses filogenticas para os mesmos podem representar convergncias adaptativas, decorrentes da grande diversificao deste grupo ao longo do Trissico. Apesar da separao entre Probainognathia e Cynognathia, um mosaico de caracteres primitivos e derivados ocorre em ambos os clados, dificultando a interpretao de suas relaes filogenticas. A mesma situao ocorre dentro da Famlia Traversodontidae (Cynognathia), onde algumas formas (e.g. Exaeretodon), em algumas anlises, aparecem mais prximas aos mamferos do que muitos Probainognathidae. A descrio de uma nova forma de traversodontdeo, aqui apresentada, fornece dados adicionais para esta discusso, especialmente do ponto de vista da paleoecologia. No crnio do novo txon, o desgaste dos pscaninos, a morfologia do quadrado e a expanso antero-posterior das fossas paracaninas indicam um movimento postero-dorsal da mandbula e uma ocluso bastante precisa, que poderia ser empregada na macerao de plantas No ps-crnio, a lmina ilaca e as costelas apresentam protuberncias sseas semiglobulares ao longo de sua borda dorsal. A lmina ilaca apresenta ainda uma rea ampla para origem de msculos, as vrtebras da regio lombar so fusionadas e as costelas apresentam placas costais, similares s presentes em Thrinaxodon, Cynognathus e Diademodon. Este reforço sseo na regio lombar indica que este traversodontdeo tinha uma estrutura forte o bastante para suportar uma postura mais ereta nos membros posteriores. As protuberncias nas costelas e lio indicam uma adaptao extrema, provavelmente relacionada defesa contra predadores ou hbitos sociais (disputas intra-especficas). A ocluso dentria precisa e a postura ereta dos membros posteriores so caractersticas derivadas do novo txon que reforam a idia de que algumas caractersticas mamalianas surgiram bastante anteriormente origem dos mamferos (e mais de uma vez entre os cinodontes no-mamalianos). Por outro lado, a morfologia dentria e a presena de placas costais so caracteres primitivos, confirmando o padro em mosaico da evoluo do grupo.
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Esta dissertao apresenta resultados de um estudo laboratorial sobre o comportamento mecnico de um solo latertico estabilizado com cal clcica e com cal dolomtica. Este tipo de mistura foi empregado em um pavimento experimental construdo na rodovia BR-377/RS, prximo cidade de Cruz Alta, no final dos anos 60. O estudo incluiu a caracterizao do solo (Latossolo Vermelho), alm de ensaios de compactao, difratometria de raios-X, compresso simples, trao por compresso diametral, trao na flexão, mdulo de resilincia e durabilidade, do solo e das misturas solo-cal. Determinaram-se as influncias do teor e tipo de cal e do tempo de cura, nas resistncias compresso simples e trao e no mdulo de resilincia. Estudou-se tambm a durabilidade de algumas misturas a ciclos de molhagem e secagem, e o efeito da demora na compactao na resistncia compresso simples. Adotaram-se teores de 3%, 4% e 5% de cal, e tempos de cura de at 168 dias. Os resultados da dosagem mostraram que o solo reativo cal, sendo necessrio um teor de 3% de cal para sua estabilizao. A mistura de solo + 4% de cal clcica, (a mesma empregada no pavimento experimental), aps 28 dias de cura, apresentou elevadas resistncias compresso simples (1.519 kPa), trao na compresso diametral (216 kPa), bem como elevados mdulos de resilincia (10.772 MPa) Contudo, observou-se que aps terem atingido valores mximos, a resistncia e a rigidez das misturas solo-cal diminuram com tempos de cura mais longos, possivelmente devido formao de CaCO3 e/ou produtos expansivos (etringita e taumasita). Complementarmente, realizou-se uma anlise paramtrica de pavimentos com camadas de base e/ou sub-base de solo-cal, determinando-se curvas que relacionam a vida de fadiga da camada cimentada com a sua espessura e mdulo de resilincia. Observou-se que a adoo de bases e sub-bases estabilizadas faz com que os revestimentos asflticos trabalhem apenas compresso, no sofrendo ruptura por fadiga. No global, as misturas solo-cal estudadas apresentaram comportamento aceitvel para utilizao em camadas de base e/ou sub-base de pavimentos, constituindo-se em alternativa para pavimentao, especialmente em regies carentes de agregados.
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Esta dissertao teve como objetivo compreender de que maneira a cultura organizacional da polcia militar influencia o modelo de gesto da instituio. O cotidiano institucional da policia militar repleto de situaes que servem de objeto de argio sobre o processo de construo da identidade do policial militar como resultante de um comportamento normativo e disciplinar que consolida conceitos historicamente enraizados, os quais se repassam de gerao a gerao. O modo de agir do policial militar configura uma cultura institucional que refora a crise de segurana instalada na sociedade. Frente a tal realidade, a gesto institucional passa a ser um importante objeto de investigao capaz de contribuir com mudanas no trabalho policial militar, pois ainda persiste no modus operandi da segurana pblica uma ao tipicamente ligada ao controle da violncia mediante o uso da violncia. Presumivelmente, esse papel seria exercido atravs do cumprimento da doutrina que atualmente ensinada nas academias militares. No entanto, essas formulaes so usadas como anteparo e reforço de valores militares rgidos, configurando a cultura organizacional da instituio, de maneira que tais preceitos e as prticas que as acompanham so as referncias principais do discurso terico e dos argumentos ideolgicos da Polcia Militar. Os resultados obtidos mostraram que as bases doutrinrias, transplantadas do exrcito brasileiro e que originaram as policias militares, persistem at os dias atuais nessa instituio e resultou na absoro da doutrina militar expressa no pensamento, smbolos, modus operandi e estrutura, o que a mantm sob controle rgido, atendendo s expectativas do Estado em detrimento do povo ou da prpria policia; a cultura organizacional da polcia militar permanece quase inalterada desde suas origens, o que a coloca em dissonncia com a realidade contempornea; o modelo de gesto que a polcia militar utilizar foi construdo a partir da base ideolgica de suas origens, centrado na hierarquia e na disciplina, e que tem no cumprimento do regulamento o foco central da gesto; e que o modelo de gesto praticado pela polcia militar impede o cumprimento de sua misso institucional e social porque seu foco est deslocado, ou seja, ao invs de focar a soluo dos problemas de segurana e defesa dos direitos da sociedade visa ao cumprimento linear, puro e simples do regulamento militar (Esse trecho est muito confuso!! No consigo entender o que voc quis dizer). A concluso que a cultura organizacional das polcias militares determina o modelo de gesto contemporneo da instituio focado na militarizao. um modelo que privilegia a hierarquia e a disciplina (e ao apego ao regulamento), em detrimento do capital intelectual e da participao de seus membros e da sociedade na identificao e solUo dos seus objetivos e metas. Como resultado, a polcia militar se distanciou da soluo de sua misso institucional e social, o que levou a sociedade a se ressentir de proteo e defesa de seus direitos.
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O trabalho tem como objetivo abordar o papel da escola e a temtica da educao. Este nasceu dos dilemas que vivenciei e das indagaes que fao, como educadora, no ambiente escolar. Atravs das falas e dos discursos proferidos no cenrio da escola, entendo de que forma os protagonistas do processo educativo vem as relaes entre teoria e prtica, assim como as implicaes destas perspectivas para a sua prtica pedaggica. Procuro identificar os obstculos da escola e at quando ela assume o desafio de derrubar e destruir formas inteis de trabalho, que dificultam um aprendizado, avanando para uma metodologia capaz de libertar de preconceitos nocivos, que emperram um novo fazer, contribuindo para a formao de sujeitos crticos que possam intervir na realidade e auxiliar na edificao de uma sociedade nova. Tendo presente a situao do ensino no Brasil, reforço a idia que aponta a escola como um espao privilegiado de luta, mesmo no seio de um sistema anti-solidrio e excludente; mas, considero que de fundamental importncia reconhecer os mecanismos que do sustentao ao fazer escolar nas prticas cotidianas, buscando identificar os instrumentos reprodutores e segregadores da educao brasileira. Este trabalho um recorte da realidade educacional do Brasil e uma tentativa de entender os obstculos e os desafios da prtica escolar. O centro de minha pesquisa se desenvolve no Colgio Nossa Senhora da Glria, localizado em Porto Alegre, e tem o perfil de uma investigao qualitativa como metodologia para coleta e anlise dos dados. uma instituio catlica na qual o projeto educativo possui o compromisso com a Educao Evanglico-Libertadora. Contudo, no fico atrelada apenas a esse contexto de estudo, investigando educadores e educandos envolvidos em outros cenrios educacionais, que tambm so foco de minhas observaes. A partir dessas informaes, procuro compreender as contradies e os conflitos pertinentes prtica educativa, no intuito de buscar o entendimento do papel da Escola e a compreenso do iderio dos sujeitos a respeito de conhecimento/educao/ poltica/mercado/ trabalho.
Anlise das relaes e representaes escola-sociedade civil na Regio Serrana do estado do Rio de Janeiro
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Esta dissertao evidencia que existe uma importante parcela dos setores populares na Regio Serrana do Estado do Rio de Janeiro, cuja ao no se limitou a aceitar passivamente as decises e aes do Estado. Mas, nas tentativas de se tornarem protagonistas ativos de seu processo histrico esbarraram em vrias dificuldades das quais, talvez a maior, tenha sido o "esvaziamento " das formas organizativas de seus movimentos. Por outro lado, objetivamos identificar nesta regio e, principalmente no seu meio rural, a dimenso histrica da educao, no sentido desta no apenas ser modificada no curso do prprio processo histrico mas, tambm, da possibilidade real de ser um dos agentes modificadores. Alm disso, este estudo se desenvolveu apontando para a necessidade de se analisar as "relaes de fora", em momentos ou graus, que na dinmica do movimento histrico da sociedade, combinam-se, alternam-se e entrelaam-se. Assim, procuramos desvendar o inventrio da regio partindo desde os seus primrdios, passando pelos primeiros imigrantes europeus e a sua absoro pelas fraoes de classe na dinmica histrica que se desenvolveu, contextualizando a problemtica nacional e internacional. Analisamos, tambm, as tentativas de organizao dos movimentos sociais tomando como referencial a "Comuna de Paris" e as anlises de Marx a seu respeito, bem como os conceitos de qualidade e pobreza poltica. No relato e estudo dos diversos casos fomos levados discusso do papel do Estado e de suas variadas formas de interveno, onde afloram o c1ientelismo e o assistencialismo. Ao analisar as relaes e representaes da escola com a sociedade civil, deparamo-nos com o movimento reivindicatrio dos professores por melhores salrios, melhoria da educao e outras propostas. Na nsia de obter recursos mnimos para o seu funcionamento, a escola apelou para a comunidade que a cerca, porm, determinando o padro de participao comunitria resultando da, um rompimento. Assim, na Regio Serrana do Estado do Rio de Janeiro, como no resto do Brasil, a escola e as instituies em geral. vm cumprindo seu papel de reforço e reproduo da estrutura de classes da sociedade. Durante a pesquisa e na construo desta dissertao adquirimos uma convico que no diz respeito somente regio estudada: a formao da cidadania passa pela educao. Mas ela no ensinada na escola. Ela surge da luta construda objetiva e obstinadamente nas reais possibilidades do dia a dia, no universo do qual a escola faz parte. A luta por uma escola melhor e parte da luta por uma sociedade melhor.
Resumo:
A administrao da educao pblica sergipana se tem submetido as determinaes do contexto histrico-estrutural do estado, as quais tm reduzido as escolas pblicas a meros espaos de manobras poltico-partidrias. As direes das instituies escolares so ocupadas, via de regra, por pessoas arbitrariamente indicadas pelo Estado, que esto deixando fluir at a clientela a ideologia da classe dominante. Na hegemonia em curso, seu papel tem sido o de reforço evaso e seletividade da escola pblica e o de controlador da distribuio do saber elaborado junto as crianas oriundas das camadas populares. E nesse sentido no se verifica qualquer diferena a partir da habilitao desses administradores. Considerada a escola pblica numa perspectiva progressista e dada a insatisfao geral registrada, sobretudo nas escolas estaduais da capital e municipais do interior do estado, sugere-se dentre outras medidas, que todo o processo de formao do educador enfatize sua possibilidade como organizador de propostas pedaggicas coletivas, vinculadas ao movimento de democratizao da sociedade. Isto desde as licenciaturas, s escolas normais e programas especiais de preparao do professor leigo, portanto extrapolando o mbito das discusses sobre uma habilitao do Curso de Pedagogia. Tambm se prope a unio de foras da sociedade civil e a deflagrao de um amplo processo de discusso na sociedade, a ser desenvolvido por etapas (municipal, micro-regional e estadual) tendo em vista a definio de diretrizes para uma poltica educacional em Sergipe. A mediao que se espera do organizador da escola o exerccio de uma administrao de um direito civil bsico de todo e cada cidado sergipano: o domnio competente do saber social acumulado; essa prtica ensejar ao diretor de escolas evoluir da postura de intelectual tradicional para a de intelectual progressista.
Resumo:
Este trabalho se prope a estudar a jurisdio constitucional sob a perspectiva ps-positivista com destaque para o controle de constitucionalidade concentrado. O ps-positivimo quebrou os paradigmas do direito constitucional clssico dando ao Poder Judicirio uma grande ascenso poltica realando a dificuldade contramajoritria do controle de constitucionalidade concentrado. Ademais, as diversas manifestaes da jurisdio constitucional que alijam o cidado comum da Corte fazem do Supremo Tribunal Federal um tribunal isolado. As novas facetas do Poder Judicirio, especialmente do STF, tm gerado um dficit democrtico na jurisdio constitucional. Este dficit democrtico gera desequilbrio entre as duas dimenses do Estado Democrtico de Direito, onde a democracia se encontra em desvantagem em relao ao ideal constitucionalista. Na tentativa de diminuir o dficit democrtico da jurisdio constitucional este trabalho se assenta sobre a importncia de se reforarem os instrumentos de participao social no controle de constitucionalidade concentrado: amicus curiae, audincias pblicas e visitas in loco. Alm de reequilibrar o Estado de Direito, o reforço desses instrumentos traz a racionalizao das decises em sede de controle concentrado, uma vez que promove uma troca de experincia entre o julgador e a realidade possibilitando a ele proferir decises mais eficientes.
Resumo:
Esta pesquisa prope uma anlise sobre como empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira entendem responsabilidade social corporativa e colocam-na em prtica. Para tal foram resgatadas discusses sobre o conceito de responsabilidade social corporativa, sua abrangncia, complexidade, bem como os debates acadmicos e corporativos sobre o tema. Por meio de uma anlise qualitativa do contedo de relatrios anuais, sociais, de sustentabilidade e outros documentos, totalizando-se mais de 600 publicaes, foram avaliados o entendimento em responsabilidade social corporativa e as prticas das 100 maiores empresas listadas na Bolsa de Valores brasileira. O entendimento foi avaliado com base em fragmentos de discurso e expresses lexicais, e a prtica foi dimensionada com base nos programas e aes divulgadas. Como resultado, foram criadas trs categorias atreladas ao entendimento do conceito (Amplo, Restrito e Confuso) e trs ao comprometimento das prticas (Alto, Mdio e Baixo). Com esta anlise, apenas um quarto da amostra foi classificada em um grupo de amplo entendimento e alto comprometimento das prticas. Tambm foi observado que quase um tero das empresas da amostra apresentou desvios no entendimento do que Responsabilidade Social Corporativa, confundindo filantropia com o prprio negcio, aes voluntrias de funcionrios como prprias, multas com investimentos, entre outras informaes ambguas. A contribuio da presente pesquisa se faz relevante ao sintetizar e evidenciar (des)compassos entre o entendimento e as prticas de Responsabilidade Social Corporativa, podendo auxiliar para o enriquecimento do tema, na medida em que se estabelece uma metodologia analtica passvel de aplicao e expanso efetiva para sustentao e reforço das aes socioambientais.
Resumo:
Este trabalho tem por objetivo desenvolver um equipamento de ensaios para avaliar a vida de juntas soldadas, provenientes de tubulaes para extrao de petrleo, submetidas corroso-fadiga. Para atingir este objetivo foi estudado em que condies de corrosofadiga uma tubulao esta exposta em alto mar sendo ento definidos os parmetros mais relevantes para serem reproduzidos em laboratrio em corpos de prova menores. Nesta etapa foram definidos quais seriam os parmetros de ensaio que o equipamento deveria atender. O equipamento foi construdo para ensaiar uma junta soldada circunferencial por flexão a quatro pontos atravs de um sistema hidrulico com controle de carga com uma freqncia de 0,2 Hz e razo de carregamento, R=0,1. Para validar o equipamento foi usado um corpo de prova instrumentado com extensmetros resistivos para comparar o a carga calculada com a experimental e determinar se o nvel de carregamento se mantm constante ao longo dos ensaios. Foi levantada uma curva de fadiga com o equipamento desenvolvido e comparada com uma curva de fadiga feita ao ar do mesmo material em uma mquina servo hidrulica MTS.
Resumo:
As relaes cliente-fornecedor na indstria automotiva, suas motivaes, estruturao e desenvolvimento de processos de aprendizagem o tema abordado nesta tese. O objetivo do trabalho reunir esses trs aspectos, que geralmente so tratados pela literatura em separado, na construo de uma estrutura de anlise que prope explicar os diferentes contedos qualitativos dessas relaes a partir de suas dimenses constitutivas, quais sejam, dimenso fundamental, dimenso contratual e dimenso da aprendizagem. Por meio dessa estrutura analtica, as relaes clientefornecedor so classificadas em trs configuraes: relaes comerciais, relaes de cooperao adaptativas e relaes de cooperao empreendedoras. A estrutura analtica surge da reflexão terica sobre os fatores que limitam o crescimento das firmas, sobre o papel dos contratos como elemento estruturador das relaes cliente-fornecedor e sobre as possibilidades de desenvolvimento de processos de aprendizagem no bojo dessas relaes. A consolidao da estrutura de anlise feita por meio de sua aplicao anlise de relaes cliente-fornecedor na indstria automotiva do Rio Grande do Sul. Como concluso do trabalho, possvel afirmar que, numa mesma empresa cliente, so observadas relaes com diferentes contedos qualitativos, os quais se encontram associados ao fator que fundamenta a relao. Essa distino de contedo qualitativo faz-se necessria e tem explicaes econmicas. Quanto aos contratos, observa-se que eles tm por funo ser meio de transmisso de informaes tcnicas e comerciais. Verifica-se que eles aparecem na estruturao das relaes de fornecimento quando as empresas clientes so filiais de multinacionais. Alm disso, observa-se que empresas fornecedoras desejam estabelecer relaes contratuais com seus clientes, muito embora no considerem o contrato como um instrumento que force o comprometimento de ambas as partes. Sobre o desenvolvimento das relaes cliente-fornecedor, consubstanciado em processos de aprendizagem, pode-se afirmar que, nas relaes de cooperao empreendedoras e adaptativas, esses processos so interorganizacionais, havendo gerao de novas competncias tcnicas e organizacionais e reforço de competncias tcnicas, respectivamente. Os processos de aprendizagem interorganizacionais tm a relao e sua continuidade como fatores desencadeador e alimentador. As relaes comerciais desenvolvem processos de aprendizagem intraorganizacionais, com reforço ou gerao de novas competncias tcnicas e organizacionais. Nesses processos, a relao estimula a aprendizagem, mas esta se desenvolve independente da relao.