997 resultados para Doação de sangue
Resumo:
O pênfigo foliáceo endêmico (PFE) é uma afecção onde fenômenos auto-imunes são freqüentemente relacionados com sua patogênese. Abordaram-se neste estudo, alguns testes laboratoriais freqüentemente alterados em outras doenças auto-imunes. Foram estudados em 20 pacientes com PFE a presença ou alterações de fator antinúcleo (FAN), fator reumatóide (FR), proteína C-reativa (PCR), velocidade de hemossedimentação (VHS), eletroforese de proteínas e o número totalde leucócitos. Encontrou-se PCR positiva em mais de 65 % dos casos, leucocitose moderada na maioria dos pacientes, VHS aumentada e alterações discretas da análise de proteínas do sangue. O FAN e o FR apresentaram-se negativos em todos os casos. Embora estes exames sejam considerados inespecíficos, o seu estudo associado ao quadro clínico pode colaborar no acompanhamento do PFE.
Resumo:
A sensibilidade de hemoculturas, realizadas uma ou três vezes, foi estudada em 52 pacientes na fase crônica da doença de Chagas. Modificações foram introduzidas na técnica tais como, diminuição do período de processamento do sangue, homogeneização suave e exame até 120 dias do cultivo. Os resultados mostram alto percentual de positividade, ou seja, 79% e 94% dos pacientes foram positivos, respectivamente, com um ou três testes. A julgar pela número de tubos positivos, em cada paciente, a parasitemia foi baixa em 59% deles, média em 16% e alta em 25%. Não houve diferenças significativas nos resultados positivos em função da idade dos pacientes, que variou de 14 a 82 anos. Nossos resultados demonstram que a hemocultura é uma metodologia sensível para o diagnóstico parasitológico da doença de Chagas e ideal para monitorar cura em pacientes submetidos a tratamento.
Resumo:
Pesquisou-se marcadores para o vírus da hepatite B em profissionais de saúde, ligados a três instituições na cidade de Goiânia-Goiás. A prevalência da infecção virai encontrada foi de 23,4% em relação aos diferentes marcadores (AgHBs, anti-HBs e anti-HBc). Entre os indivíduos positivos, 2,3% eram portadores do vírus e 21,1% demonstraram infecção prévia. Destes, 9,8% apresentaram como marcador, apenas o anti- HBs e 32,6% o anti-HBc. Dezenove indivíduos relataram vacinação ao vírus, sendo que 8 soroconverteram para o anti-HBs e 6 apresentaram também o anti-HBc, e os demais não apresentaram qualquer marcador virai. A maior prevalência foi a partir dos 30 anos de idade (p< 0,05). O sexo masculino mostrou percentual superior ao feminino, 29,5% e 21,1% respectivamente (p< 0,05). Quando considerada a prevalência virai em relação a contatos com sangue e/ou pacientes, o percentual de positividade para contactantesfoi 25,9% (p < 0,05), e a maior prevalência do vírus ocorreu a partir de 10 anos de trabalho (p < 0,05). A hemodiálise mostrou-se como setor de maior risco cujo percentual foi de 77,0% (p<0,05).
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Comprovou-se o "ataque" de triatomineos silvestres (Rhodnius brethesi) a colhedores de piaçava (Leopoldinia piaçaba), em piaçabal na localidade de Acuquaia, no Rio Padauari, afluente do Rio Negro, no Município de Barcelos, Estado do Amazonas, onde em trabalho anterior verificamos uma prevalência sorológica para anticorpos anti-T. cruzi em 12,5% da população na sede do município, com uma forte associação do contato dessa população com triatomineos silvestres, conhecidos na área como "piolho da piaçava", os quais vivem predominantemente nas piaçabeiras. O "ataque " de triatomineos a populações humanas foi possivelmente o mecanismo inicial de abordagem dos triatomineos ao homem, adaptando-se posteriormente ao seu peridomicílio e domicílio, principalmente em áreas desmaiadas ou de cerrado com poucos reservatórios silvestres. No caso do Amazonas, relatado neste trabalho, os triatomineos estavam provavelmente famintos por escassez de outros animais de sangue quente para sua alimentação.
Resumo:
Foi estudado o efeito killer de 9 cepas padrão de leveduras sobre 146 amostras de Candida albicans isoladas dos seguintes espécimes clínicos: mucosa bucal, fezes, lavado brônquico, escarro, secreção vaginal, urina, lesão de pele, lesão de unha e sangue. Usando este sistema foi possível diferenciar 23 biotipos de C. albicans. Os biotipos 211, 111 e 811 foram os mais freqüentemente isolados. A maioria das amostras de C. albicans (98,6%) foi sensível a pelo menos uma ou mais das 9 cepas killer. Empregando- se este sistema foi possível demonstrar que 2 pacientes albergavam mesmo biotipo killer, respectivamente, 111 e 211, em diferentes espécimes clínicos, e em outro paciente, o mesmo biotipo (211) foi isolado de hemoculturas realizadas em ocasiões distintas. O uso do sistema killer para diferenciar os tipos entre as espécies de leveduras patogênicas, pode ser um método útil para estabelecer a eventual fonte de infecção, constituindo uma ajuda valiosa para o controle e vigilância de infecções nosocomiais causadas por leveduras.
Resumo:
Em 17.1% dos 445 indivíduos pesquisados foram observados anticorpos contra a Listeria monocytogenes, determinados pela soro-aglutinação em tubo nos seguintes gruops de indivíduos: doadores de sangue (n = 50), visitantes do Hospital
Resumo:
A natureza dos antigenos do T. cruzi, bem como dos fatores do hospedeiro que contribuem para a cardiopatia chagásica tem sido intensamente investigada nestes últimos anos. Nesse contexto, a caracterização funcional das populações de linfócitos T reativos na fase crônica da doença é particularmente relevante. No presente trabalho, pretende-se analisar a resposta proliferativa de células mononucleares de sangue periférico de pacientes acometidos com a forma cardíaca da doença de Chagas. Os estudos se restrigem à cruzipaina, a cisteíno-protease majoritária do T. cruzi, uma glicoproteína altamente irnunogênica em pacientes chagásicos. Utilizando o índice de estimulação (IE) das culturas de células mononucleares como critério de avaliação de reatividade celular, analisamos 24 individuos: doadores normais (n = 8), cardiopatas não-chagásicos (n = 8) e cardiopatas chagásicos crônicos (n = 8) sem outras associações mórbidas. Pela análise de variância observou-se que os IE dos pacientes chagásicos são significativamente mais altos do que o valor observado nos demais grupos (p = 0,0001) enquanto o teste de comparações múltiplas de Tukey revelou que a média do IE dos individuos normais e cardiopatas não-chagásicos não difere significativamente entre si. Nossos estudos indicam que a resposta dos linfócitos T, face à cruzipaina, está exclusivamente associada ã doença de Chagas. A análise do repertório de epitópos T da cruzipaina e do padrão funcional de reatividade (Th1/Th2) de linfócitos T de sangue periférico estã sendo presentemente conduzida. Em vista da abundante expressão de cruzipaina presente em amastigotas, é possível que linfócitos T anticruzipaina participem das reações inflamatórias associadas com a cardiopatia chagásica. A caracterização destas subpopulações poderá oferecer possíveis subsídios para a identificação de marcadores de cardiopatia chagásica.
Resumo:
Dez pacientes com leishmaniose tegumentar americana, acometidos de lesão em mucosa, foram tratados por meio do isotionato de pentamidina na dose de 4mg/kg, em dias alternados, por via endovenosa. A posologia média correspondeu a 2.140mg. A cicatrização das lesões ocoireu em 9 (90%) dos pacientes que completaram o tratamento. Não houve recidiva no período de acompanhamento de 1 a 24 meses (média de 7, 7 meses). Uma paciente interrompeu o tratamento, antes da cicatrização da lesão, por ter desenvolvido diabetes melito. Em 3 (30%) pacientes, o exame de sangue mostrou aumento da uréia e da creatinina e leucopenia, corrigido pelo espaçamento da administração do medicamento. O isotionato de pentamidina é eficiente na cicatrização das lesões, mas hã necessidade de melhor avaliação de seu valor na prevenção das recidivas.
Resumo:
No final de novembro de 1994, o Instituto Evandro Chagas (IEC), Belém, Pará, foi notificado de um surto de doença febril na população do garimpo de Serra Pelada, município de Curionôpolis (5°35'S; 49°30'W), no Estado do Pará. Vinte amostras de soro de pessoas, com hemoscopia negativa para tnalária, foram recebidas para esclarecimento diagnóstico. Estudos laboratoriais comprovaram que os casos eram devido ao vírus Oropouche (grupo Simbu. gênero Bunyavirus, família Bunyaviridae). Esses achados, induziram d ida de um grupo de técnicos para realização de investigações ecoepidemíológicas entre 8 e 22 de dezembro. Foram coletadas 296 amostras de sangue, de 73 grupos familiares, sendo 54 para pequisa de vírus (casos febris) e 242para sorologia, bem como, procedeu-se a coleta de artrópodes hematófagos. As amostras para pesquisa de vírus foram inoculadas em camundongos recém-nascidos e os soros testados por inibição da hemaglutinação (1H) e MAC ELISA. Foram isoladas dez amostras do vírus Oropouche e obtidas seis soroconversões. Ademais, 245 (82,8%) amostras foram positivas por sorologia e 71 (97,3%) grupos familiares apresentaram pelo menos um membro positivo. Considerando a elevada positividade de anticoipos IH e IgM específica para Oropouche na população de Serra Pelada, concluímos que a epidemia foi extensa e apresentou taxa de ataque em torno de 83%, que correspondeu a infecção de cerca de 5.000 pessoas.
Resumo:
Os autores descrevem dezoito casos de histoplasmose observados em pacientes imunodeprimidos, sendo 17 com SIDA e um associado à cirrose hepática alcoólica. O diagnóstico da histoplasmose foi obtido através do isolamento do fungo em cultura de LCR, sangue e medula óssea ou por exame histopatológico obtido por biópsia ou necropsia. A idade média dos pacientes foi de 35,8 anos, sendo 13 (72,2%) do sexo masculino. Em geral, a doença mostrou-se disseminada com acometimento por ordem de freqüência de: pele (38,8%), medula óssea (27,7%), mucosa nasofaringeana (22,2%), pulmão (22,2%), cólon (11,1%), SNC (5,5%) e esôfago (5,5%). Adenomegalia (50%),hepatomegalia (77,7%) e esplenomegalia (61,1%) também foram observados com muita frequência. Hematologicamente observou-se mais comumente pancitopenia (33,3%). Onze dos 18 pacientes receberam tratamento, sendo 9 com anfotericina B e 2 com itraconazol; 8 obtiveram boa resposta clínica e todos receberam terapia de manutenção com anfotericina B ou derivado triazólico. Este trabalho enfatiza a importância desta micose em pacientes imunodeprimidos, particularmente em pacientes com SIDA onde a infecção tende a acometer o sistema macrofágico-linfóide e o tegumento cutâneo.
Resumo:
No presente trabalho, avalia-se a nova fixação de complemento, comparativamente à imunofluorescência indireta, para o diagnóstico da doença de Chagas crônica, utilizando um extrato aquoso de formas epimastigotas do Trypanosoma cruzi e três extratos etanólicos: um de epimastigotas, um de tripomastigotas e outro de amastigotas obtidas de cultura. Empregaram-se 236 amostras testadas por imunofluorescência indireta: 109 positivas (20 com diagnóstico parasitológico) e 127 amostras negativas (96 de doadores de sangue e 31 de portadores de outras patologias). Os resultados mostraram que é possível obter reação positiva em amostras diluídas até 1:16. Os melhores limiares de reatividade encontrados foram a diluição 1:4 para o extrato etanólico de amastigotas e 1:2 para os demais antígenos. Os índices de correlação entre a nova fixação de complemento e imunofluorescência indireta indicaram o extrato etanólico de epimastigotas como o antígeno mais adequado para fins de diagnóstico entre as preparações testadas, tendo apresentado índice de co-positividade com a imunofluorescência indireta de 0,92207 e índice de co-negatividade de 0,90000. Conclui-se que a nova fixação de complemento mostrou-se ser uma microtécnica semi-quantitativa rápida, sensível, barata e de fácil execução, aplicável ao diagnóstico da doença de Chagas crônica.
Resumo:
O presente trabalho teve como objetivo estabelecer critérios adequados à triagem de doadores de sangue de regiões com características epidemiológicas distintas, para malária. Foram estudados 3 locais com critérios de seleção diferentes: São Paulo, SP (sem transmissão vetorial), Belém (baixa transmissão ativa), Matupá, Belém, PA e Peixoto de Azevedo, MT (alta transmissão ativa). A pesquisa de plasmódios foi realizada por gota espessa, QBC Test® e imunofluorescência para pesquisa de antígenos, tendo sido todas as amostras negativas. Houve grande variação na positividade para anticorpos antiplasmodiais por IFI-IgG anti P. vivax e P. falciparum entre doadores aptos nos 3 locais de estudo e entre doadores aptos e inaptos em São Paulo (aptos 1,98%, inaptos 22,3%, p < 0.01) e Belém (aptos 17,2%, inaptos 58,3%, p < 0.01), o que atesta a validade da triagem clínico-epidemiológica realizada. Em Matupá e Peixoto de Azevedo não houve doadores inaptos e a positividade foi de 80,6%. Consideramos que em bancos de sangue a triagem deve seguir critérios clínico-epidemiológicos adequados à situação de cada região. Os métodos laboratoriais de triagem, devem ser para detecção de plasmódios (gota espessa/QBC Test® ou detecção de antígenos parasitários.
Resumo:
Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Genética Molecular e Biomedicina
Resumo:
Integrando os objetivos principais da iniciativa dos 6 Países do Cone Sul para a eliminação da doença de Chagas, a partir de 1991, foram intensificadas as ações de controle das atividades hemoterápicas, em paralelo com o combate intensivo ao Triatoma infestans, principal vetor da doença da Região. Através das atividades específicas e também como produto direto do controle vetorial, nota-se importante diminuição dos riscos da transmissão transfusional do Trypanosoma cruzi nas áreas trabalhadas. Além de legislação específica sobre a qualidade da hemoterapia, implementaram-se laboratórios nacionais e regionais de referência, com a assistência da OPS, objetivando-se uma boa sorologia pré-transfusional dos doadores, cuja cobertura tem aumentado. Observa-se ainda uma progressiva diminuição na prevalência da infeção chagásica entre doadores e também um progressivo deslocamento dos doadores infetados para grupos etários mais elevados, como fruto do controle vetorial e do próprio descarte de doadores soro-positivos em doações anteriores. São analisados dados e tendências do problema pelos Países, sendo mais preocupante a situação da Bolívia, com maiores taxas de prevalência e menores de cobertura do programa, ali sendo indicadas ações de quimioprofilaxia, conforme os critérios da OMS. Antevê-se a médio prazo o controle da transmissão da doença de Chagas humana na maior parte da Região, desde que cumpridas corretamente as etapas do programa em andamento, devidamente consolidadas através de efetiva vigilância epidemiológica.
Resumo:
O programa de controle do calazar, adotado pela Fundação Nacional de Saúde (FNS), não tem conseguido reduzir a níveis aceitáveis a incidência de calazar humano. Utiliza como método diagnóstico a imunofluorescência de eluato de sangue e sacrifíca os cães infectados com uma média de 80 dias após a coleta. A longa permanência do cão infectado na área e a baixa sensibilidade do teste utilizado podem ser importantes para esta falha. Neste trabalho, compara-se o programa de rotina da FNS, com outra estratégia baseada na identificação de cães infectados pelo enzyme-linked immunosorbent assay (ELISA) e eliminação dos cães infectados dentro de um prazo máximo de 7 dias. A prevalência do calazar canino foi medida nas duas áreas, antes e 10 meses após a medição inicial. Na área submetida ao controle de rotina da FNS observou-se um decréscimo de 9% na prevalência, enquanto na submetida ao método proposto a redução observada foi de 27%, sendo esta diferença sinificativamente maior (p = 0,0015).