1000 resultados para representações e práticas sociais
Resumo:
As representações da história “universal” veiculadas pelos media e disseminadas nas enciclopédias ditas globais, são talvez um dos mais evidentes exemplos do quanto ainda há a fazer para descolonizar o conhecimento. Assim, urge dar voz a diferentes narrativas sobre a história mundial, de modo a tornar visíveis as versões de pessoas e grupos que foram sistematicamente “apagados” da história durante o período colonial e que continuam, muitas das vezes, invisíveis nas narrativas dominantes em período dito pós- colonial. Neste artigo examinamos os resultados de um inquérito realizado junto de jovens em Moçambique e em Portugal. Em ambos os países, investigámos as representações sociais sobre a história mundial. As convergências e divergências nas representações da história mundial, nomeadamente no que se refere ao período colonial, são discutidas tendo em conta o papel das identidades nacionais na estruturação das memórias coletivas.
Resumo:
(Excerto) A mediação social é uma prática em expansão na sociedade atual. Embora tenha surgido no continente americano há algumas décadas, é hoje revisitada e expandida como uma modalidade de intervenção social importante para assegurar a integração de populações vulneráveis, contribuir para a melhoria da qualidade de vida e a convivência cidadã intercultural e promover uma nova cultura de cidadania e de paz. A mediação social é atualmente reconhecida e implementada nos diversos países e continentes, como um procedimento de gestão positiva e pacífica de conflitos e como um modo de regulação social, com uma dupla função: ‘regular conflitos’ e ‘fazer sociedade’ (Briant & Palau, 1999). É um procedimento que promove a restituição dos laços sociais através da facilitação da comunicação, do diálogo e do reconhecimento do outro, afirmando-se pelos seus procedimentos, princípios e métodos como ‘uma justiça doce’ (Six,1990), ‘pedagogia do laço social’ (Corbo Zabatel, 2007) ou ‘ateliês silenciosos de democracia’ (Faget, 2010).
Resumo:
O trabalho que se apresenta inscreve-se num ensaio crítico e reflexivo sobre o que é ser mediador/a social. Parte-se da formulação do que é a mediação, dos seus princípios e da revisão de literatura sobre o perfil e a identidade profissional dos mediadores. Salienta-se a relevância da formação e profissionalização na construção da identidade profissional dos mediadores sociais, relevando-se saberes e competências fundamentais identificadas a partir da revisão de literatura e de várias pesquisas empíricas realizadas nos últimos 5 anos. As várias pesquisas realizadas tiveram como objetivos principais identificar e analisar práticas de mediação, a perceção dos mediadores sobre as suas práticas e a sua identidade profissional bem como construir dispositivos de formação inicial e contínua dos mediadores sociais. Sendo uma condição de afirmação e reconhecimento profissional, essencial para a consolidação dos mediadores enquanto grupo socioprofissional, a identidade profissional é dinâmica e constrói-se nos processos de ação e interação com os outros. Neste processo estão presentes várias categorias, nomeadamente: a formação e profissionalização (saberes, competências, desenvolvimento profissional); os princípios e deontologia profissional; a afirmação identitária e o reconhecimento profissional. Os resultados dos vários estudos conferem aos mediadores uma auto perceção muito positiva do seu trabalho e satisfação com o mesmo, pese embora o frágil reconhecimento social. Relevam a importância da formação inicial e contínua e do compromisso coletivo na construção de uma identidade comum, importante para a sua afirmação profissional e reconhecimento social. Sublinha-se também que a demarcação dos diversos âmbitos de intervenção dos mediadores não deve corresponder à fragmentação dos profissionais, sendo fundamental consolidar uma identidade profissional comum a partir dos fundamentos e princípios teóricos e éticos da mediação.
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Dissertação de mestrado em Sociologia da Infância
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Este artigo analisa as representações da ditadura veiculadas pelo cinema produzido em Portugal. Foram selecionados como objeto de estudo dois documentários recentes – Fantasia Lusitana, 2010, de João Canijo, e 48, 2010, de Susana Sousa Dias. Pela partilha de memórias (de arquivo e pessoais), ambos os filmes podem caracterizar-se como instrumentos políticos, desconstruindo discursos oficiais, promovendo a (re)construção da memória coletiva relativa à ditadura portuguesa. Tendo optado por não incluir narrador, os realizadores criam deste modo a necessidade de envolvimento pelo público nas imagens e sons apresentados, levando-o a refletir sobre estes, potenciando o questionamento e a reconstrução das suas próprias representações sobre este período da história portuguesa.
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Dissertação de mestrado em Educação Especial (área de especialização em Intervenção Precoce)
Resumo:
Tese de Doutoramento em Estudos da Criança (área de especialização em Sociologia da Infância).
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Dissertação de Mestrado em Sociologia
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A preocupação das empresas com o meio ambiente e com todas as questões sociais envolvidas em seu processo tem se tornado uma constante nos últimos tempos. Devido a isso, estão surgindo novas formas de administrar os recursos disponíveis. Nesse contexto, enquadra-se o marketing verde que deve estar pautado em práticas ambientalmente corretas, com o intuito de gerar produtos e serviços mais sustentáveis, fortalecendo a imagem das empresas e diferenciando suas marcas no mercado. O intuito neste trabalho foi verificar se as grandes indústrias do Paraná estão se utilizando das práticas de marketing verde e se mantêm projetos de gestão socioambiental. Para atender a tais objetivos, elaborou-se uma pesquisa descritiva e quantitativa com 48 grandes empresas cadastradas na Federação das Indústrias do Paraná. Os resultados obtidos indicam que a maior parte das empresas possui departamento de marketing formalizado, mantém sistemas de gestão ambiental e utiliza moderadamente práticas de marketing verde.
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O modo como mulheres pobres, que vivem em uma dada realidade, percebem as políticas institucionais do setor saúde e colocam-se frente a elas é o objeto da reflexão apresentada a seguir. Utiliza-se como categoria de análise as representações sociais, compreendidas como parte das relações sociais contraditórias e da história individual e, coletiva dos grupos. Discutem-se as iniqüidades da atenção pública à saúde, enfocando-se o modo particular com que os segmentos populares reafirmam e negam o saber e as práticas dominantes nesse campo. Apresenta-se um conjunto de conhecimentos e valores relativos à atenção à saúde que reflete, ao mesmo tempo, um certa reprodução da normatividade veiculada pelo sistema médico "oficial" e a afirmação de necessidades, experiências e interesses próprios daqueles segmentos.
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O presente trabalho faz considerações sobre a representação social dos enfermeiros acerca da suspensão de cirurgias e suas atitudes diante do problema. Os dados foram coletados através de entrevistas com roteiro temático e posterior categorização das atitudes verbalizadas. Para a análise do conteúdo utilizou-se o referencial teórico das "Representações Sociais". Os resultados foram sistematizados obedecendo a uma Escala de Atitudes que variou desde a Passividade, com persistência de traços culturais de submissão, ligados a uma forma tradicional de exercício, até Ações ativas, autônomas, de enfrentamento, destinadas a resolver o problema da suspensão de cirurgias e/ou minimizar suas conseqüências.
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O objetivo desse estudo foi compreender a representação social das puérperas acerca do Alojamento Conjunto (AC). Participaram 23 puérperas internadas no AC do HU-USP. A análise dos dados, obtidos por entrevistas individuais e grupos focais, baseou-se nas Representação Sociais. Uma das representações sobre sua internação mostra sentimento de medo, submissão às rotinas institucionais e equipe de saúde, um misto de acomodação e resistência a maneira impessoal como são tratadas. A Hospitalização: do abandono ao acolhimento, indica como a disponibilidade de interagir dos profissionais atua como elemento de re-significação das representações de abandono e indiferença sobre o atendimento à mulher.
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Nesta investigação qualitativa, o objetivo foi captar as representações dos agentes de uma equipe de saúde sobre o planejamento familiar e a laqueadura tubária, bem como sobre os efeitos práticos delas sobre o trabalho da equipe. Utilizamos a dialética marxista e as representações sociais como referenciais. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas e observações de algumas atividades dos agentes da equipe de saúde e foram submetidos à análise de discurso. O planejamento familiar e a laqueadura tubária foram considerados um direito das mulheres, entretanto, o exercício desse direito está prejudicado em face das limitações de acesso aos métodos contraceptivos de modo geral.
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Trata-se de um estudo qualitativo, cujo objetivo foi conhecer as representações das estudantes do curso de graduação em Enfermagem da Universidade Federal de São Paulo, sobre as questões que envolvem a morte e o morrer. Os sujeitos foram 40 estudantes do sexo masculino e feminino que freqüentavam a 2.ª, 3.ª e 4.ª séries do curso de graduação em Enfermagem. Como metodologia, foram utilizadas as premissas das Representações Sociais, usando a técnica de entrevista com duas questões norteadoras não estruturadas. Os resultados deste estudo foram organizados e dispostos em uma árvore máxima, tendo como núcleo central da representação o evento morte e como representações periféricas mais importantes: conceitos, medo da morte e relacionamento aluno-paciente.
Resumo:
Este estudo objetivou identificar as representações sociais de agentes comunitários de uma unidade de Programa Saúde da Família sobre o transtorno mental. Optamos pela pesquisa qualitativa, utilizando o estudo de caso. Para a coleta de dados, recorremos à entrevista semi-estruturada, enriquecida pelo uso de Técnica Projetiva, e à análise temática para analisar o material obtido. Os resultados evidenciam representações sociais ancoradas no paradigma psiquiátrico tradicional. Esse considera a pessoa acometida pelo transtorno mental passiva, sem condições de protagonizar os próprios caminhos que, por sua vez, são marcados pelo preconceito. Desse modo, denota-se a grande necessidade de investimento na capacitação em saúde mental, junto aos atores do cenário da assistência do Programa de Saúde da Família. De acordo com o estudo, tal investimento contribuirá para a efetivação de práticas e construção de novos saberes, contribuindo para a melhoria da assistência em saúde.