1000 resultados para População em Situação de Rua
Resumo:
A laverca do Raso (Alauda razae) uma espcie em risco crtico de extino pois s existe num pequeno ilhu de 7km2, o ilhu do Raso em Cabo Verde. As medidas de proteco j adoptadas, no so, aparentemente, suficientes para prevenir os riscos a que esta espcie est ou poder estar sujeita e que podem incluir grandes perodos de seca, ocorrncia de uma catstrofe natural ou a introduo acidental de mamferos predadores, como gatos e ratos. Assim, torna-se urgente a adopo de outras medidas de proteco da espcie, como por exemplo o estabelecimento de novas populaes noutras ilhas. A ilha do Maio, localizada no grupo sul do arquiplago de Cabo Verde, a 200km do Raso, poder ser um bom local para estabelecer uma nova população da laverca do Raso. A zona litoral das Terras Salgadas um local potencial para este efeito, uma vez que um Parque Nacional, protegido por lei e apresenta um habitat potencialmente semelhante ao encontrado no Ilhu do Raso. No presente estudo procedeu-se avaliao ecolgica das Terras Salgadas de modo a avaliar a possibilidade de a se estabelecer uma nova população da laverca do Raso. Foram selecionadas 4 reas litorais (cada uma com 25ha) que foram caracterizadas quanto ao tipo de ocupao do solo, flora e fauna, atravs de pontos de amostragem, transectos lineares, captura de ratos e contagem de insectos nocturnos. Foi dada particular ateno aos factores favorveis sobrevivncia da cotovia-do-Raso (presena de plantas e insectos de que se alimenta e de locais favorveis nidificao) bem como queles que constituem riscos (influncia humana e presena de predadores). Todos estes dados foram georreferenciados e mapeados. Os resultados obtidos permitiram concluir que, apesar da existncia de factores de risco para a introduo da laverca do Raso, existem pelo menos duas reas estudadas que renem as condies potencialmente adequadas ao estabelecimento bem-sucedido de uma nova população desta espcie.
Resumo:
O principal objectivo desta dissertao expor a problemtica das reas residenciais clandestinas na cidade da Praia. Este processo de produo do espao urbano acompanhou o desenvolvimento da urbe, em resultado das razes sociais, econmicas, polticas e institucionais tendo consequncias urbansticas e sociais graves. Surge porque as diferentes estruturas no souberam ou no foram capazes de dar resposta aos anseios da população em matria de habitao e solo para construo. Este estudo apresenta um conjunto de informao acerca da realidade das reas residenciais clandestinas que visa dar a dimenso da problemtica na cidade da Praia, seguido de uma anlise mais detalhada de duas reas residenciais. A caracterizao scio-econmica e a anlise do processo construtivo permitiram produzir conhecimentos mais profundos sobre estes fragmentos do tecido urbano. Na dissertao procurmos articular a questo do planeamento com a habitao e as reas residenciais clandestinas atravs da anlise dos diferentes planos propostos ou aplicados na urbe. Procurmos perceber como os planos abordaram esta problemtica e as solues apresentadas para a sua superao. Da mesma forma, a apreciao feita em relao habitao e poltica de solos atravs das resolues legais propostas para contornar a situação urbanstica da cidade. Para uma melhor compreenso do tema discutimos a sua abrangncia terica na perspectiva de diferentes autores e efectuamos o entrosamento entre a componente emprica da produo do espao urbano com a reflexo terica. Perante a fragmentao da urbe em ncleos planeados e espontneos, partimos na auscultao do poder local para a problemtica. A interveno deste em reverter o actual panorama e a poltica preconizada em relao a reconverso das reas residenciais clandestinas visando a sua integrao no quadro do ordenamento da aglomerao
Resumo:
Em S.Tom e Prncipe a lngua portuguesa foi instituda como lngua oficial aps a proclamao da Independncia a 12 de Julho de 1975. Esta lngua, porm, vive em regime de coabitao com outros sistemas nacionais: o Forro, o Lunga Ngola, o Lunguy e o Crioulo de Cabo Verde. Do contacto resultam as inevitveis interferncias que tm conferido situação lingustica so-tomense uma especificidade muito particular: que a grande maioria da população estudantil tem como lngua materna um sistema que se situa num continuum lingustico entre o Crioulo e o Portugus cuja norma a do europeu e que falta de uma designao mais adequada, semelhana de Fernanda Pontfice, apelidaremos de falar so-tomense. Tal facto tem constitudo um srio problema no processo de ensino/aprendizagem da lngua portuguesa no pas. Dada esta situação, por imperativos pedaggicos, a implementao de mtodos e tcnicas de ensino adequados se tornam indispensveis. Impem-se, pois, a premncia e a necessidade de estudos e pesquisas sobre este falar para que se possa encontrar um quadro de interveno pedaggica que melhor se adeque a essa especificidade. Impe-se um estudo sobre as interferncias, impe-se que os professores possam dispor de informao e formao que lhes permitam distinguir nas produes dos seus alunos o que so desvios, portanto o que tolervel, e como tal pode ser aceite como marca especfica da identidade lingustica do sujeito falante e o que so erros e enquanto tais, tm de ser corrigidos. Conscientes da necessidade e da importncia do estudo desta problemtica, desenvolvemos o presente trabalho com o objectivo de sensibilizar os diversos sectores e entidades para a necessidade de se desenvolver a investigao e trabalhos de pesquisa lingustica e se dotarem os professores e agentes educativos de formao adequada. S assim estes estaro em condies de responder s exigncias que nestas circunstncias o ensino-aprendizagem da lngua oficial impe.
Resumo:
O processo de desenvolvimento econmico e a garantia do bem-estar global das sociedades humanas esteve sempre assente numa dependncia directa entre o homem e o ambiente o que tem sido traduzida numa utilizao desenfreada e irresponsvel dos recursos naturais, o que provocaram uma srie de consequncias desastrosas como o xodo rural, a crescente urbanizao, a poluio dos solos, da gua e do ar, o esgotamento de importantes recursos naturais e, em suma, a degradao da biodiversidade terrestre e marinha na sua forma mais abrangente. A situação preocupante desta degradao impe uma atitude mais responsvel do Homem para com o ambiente, por forma a restabelecer-se a necessria harmonia entre este e a natureza. Essa harmonia reflecte, em ltima instncia, o conceito da sustentabilidade que ir permitir uma utilizao responsvel e duradoura dos recursos naturais e garantir, em consequncia, s geraes vindouras um futuro diferente e promissor, pois a sua qualidade de vida depende, grandemente, do nvel de conservao desses ecossistemas (MAA, 1999). Com a mudana de atitude do Homem, uma resposta s preocupaes sobre o crescente impacto da actividade humana sobre os recursos naturais, em 1983 a Organizao das Naes Unidas (ONU) criou a Comisso Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento para discutir e propor meios de harmonizar os dois objectivos - desenvolvimento econmico e conservao ambiental (MAA, 1999). As questes relacionadas com a conservao da diversidade biolgica comearam a fazer parte da agenda de vrias organizaes internacionais, incluindo as Naes Unidas (MAA, 1999), a partir de 1972 em Estocolmo e confirmado na Conferencia de Rio em 1992 a Conveno sobre a Diversidade Biolgica (CDB), atravs do consenso a volta dos princpios, recomendaes e aces da Agenda 21 e sobretudo das convenes internacionais, com nova abordagem da problemtica do ambiente mundial. A CDB constituda por 42 artigos que estabelecem um programa para reconciliar o desenvolvimento econmico com a necessidade de preservar todos os aspectos da diversidade biolgica. Cabo verde e um arquiplago inserido na regio Macaronsia com influncias da regio saheliana, dotada de caractersticas climticas, geolgicas, martimas, geomorfolgica, botnica e zoolgicas peculiares. Esta particularidade faz com que cabo verde seja um arquiplago especfico entre os outros da vasta rea atlntica (MAA e DGA, 2003:3)2, devido conjugao de vrios factores, so detentora de uma diversidade biolgica considervel e de importncia global, apresentando no entanto um ecossistema de fraco equilbrio, onde existe vrios factores de ameaas, como a seca, as espcies exticas e invasoras, factores antrpicos de vria ordem, interessa e v-se como necessrio a conservao e gesto sustentvel dos seus recursos naturais, como condio necessria para o desenvolvimento sustentado O conceito de desenvolvimento sustentvel foi proposto nos anos oitenta com a elaborao da Estratgia Mundial para a Conservao da Natureza que se traduziu pela necessidade premente de harmonizar o processo de desenvolvimento e a explorao desenfreada dos recursos que deveria ser feita dentro dos nveis que permitam a sua renovao, evitando assim a sua colocao em perigo (MAA, 1999). A natureza insular do arquiplago, aliado as aces nefastas de factores climticos e antrpicos, vem contribuindo ao longo dos tempos para a degradao dos seus recursos naturais. Esta situação exige a implementao de medidas que garantam uma gesto sustentvel dos recursos naturais de todo territrio nacional (MAA e DGA, 2003:3). O estado de degradao muito avanado dos recursos marinhos e terrestres de Cabo Verde, deve-se em parte, de acordo com a opinio dos especialistas e da população local, m gesto desses recursos, A 29 de Maro de 1995 Cabo Verde comprometeu-se perante a Comunidade Internacional a promover a implementao dos objectivos e princpios que constam desse documento (MAA, 1999). Cabo Verde, para confirmar a sua participao na luta contra as ameaas ambientais planetrias, ratificou as principais convenes internacionais (CCD, CBD, CCC) e comprometeu-se a implementa -las atravs de estratgias e planos de aco. A ligao entre a Gesto Ambiental Global e o Desenvolvimento Durvel capital para um pas como Cabo Verde, tendo em conta a vulnerabilidade ambiental e no contexto de um pequeno estado insular em desenvolvimento (SIDS), devem ser bem avaliados e implementados com uma viso estratgica integrada, sinrgica e de longo prazo (ROCHA, CHARLES e NEVES.ARLINDA, 2007:12). Desde a independncia nacional a 5 de Julho de 1975, os sucessivos Governos Cabo-verdianos tm-se mostrado preocupados com a questo da preservao dos ecossistemas e com o enquadramento dos organismos vocacionados para a gesto ambiental, O segundo Plano de Aco Nacional para o Ambiente (PANA II) constitui a concretizao destas polticas e define as orientaes estratgicas de aproveitamento dos recursos naturais bem como os seus efeitos sobre a gesto sustentvel das actividades econmicas. um documento orientador de um processo contnuo caracterizado por uma dinmica prpria e que nos prximos 10 anos (2004-2014), servir de base de trabalho, permitindo um desenvolvimento Cabo-verdiano sustentvel e harmonioso, garantindo um ambiente sadio (MAAP, 2004 a 2014:12)3. A Conferncia das Naes Unidas sobre o Ambiente e Desenvolvimento (conhecida como a Cimeira da Terra), realizada no Rio de Janeiro, Brasil em 1992, constitui uma referncia histrica na rea do ambiente marcando, assim, a mudana na abordagem da problemtica ambiental a nvel mundial. Como resultado deste processo, assiste-se mobilizao dos pases em programas a nvel nacional, regional e internacional. a partir da Cimeira da Terra que a problemtica ambiental ganha uma nova dinmica e passa a ser integrada, de forma explcita, no processo de planeamento. De destacar, ainda a emanao a partir da Conferncia do Rio de convenes especficas, designadamente, nos domnios da luta contra a desertificao, da biodiversidade e das mudanas climticas (MAAP e DGA, 2004:11)4. Com a criao de um sistema de AP, o pas deu passos importantes. A Estratgia e o Plano de Aco Nacional da Biodiversidade (1999) definiram habitats prioritrios para conservao representativos do patrimnio em matria de biodiversidade. Este exerccio de definio de prioridades serviu de base para o estabelecimento legal da rede nacional de AP em 2003, Com 47 stios compreendendo tantas reas marinhas/costeiras protegidas (AMP) como terrestres Protegidas (AP) (PNUD et al. 2010:8)5. Em todos os pases, a agricultura a actividade que ocupa a maior parte das terras, pelo que desempenha um papel importante na transformao do ambiente pela aco do homem que modela a paisagem e as formas de vida rural natural, ao longo dos sculos. A agricultura, constitui directa ou indirectamente a base econmica de subsistncia da maior parte da população (MAAP e DGA, 2004:112). A estratgia poltica ambiental para Cabo Verde prev uma sociedade consciente do papel e dos desafios do ambiente para um desenvolvimento econmico e social sustentvel, consciente das suas responsabilidades relativamente s geraes futuras e determinada a utilizar os recursos naturais de maneira durvel. Para tal entende-se implementar uma abordagem integrada com base nos seguintes pressupostos: conservao dos recursos naturais; especialmente da biodiversidade terrestre e marinha; das zonas costeiras e das reas florestais; manuteno de um ambiente urbano e rural sadio em toda a sua envolvente (PNUD et al. 2010:8). A rea do ambiente relativamente nova, o leque de instrumentos para a gesto do ambiente fracamente desenvolvido e pouco aplicado. Refere-se por exemplo, o reduzido desenvolvimento do sector do Ordenamento do Territrio, as lacunas e algumas incoerncias da legislao e o sistema de informao que ainda rudimentar. A problemtica ambiental ganhou uma nova dimenso a partir de 1995. Com efeito, foi institucionalizado o processo de proteco do ambiente com a criao do Secretariado Executivo para o Ambiente (SEPA), hoje Direco Geral do Ambiente (DGA) atravs do Decreto-Lei n. 8/2002 de 25 Fevereiro, que aprova a orgnica do Ministrio da Agricultura e Pesca e define as atribuies no domnio do ambiente e dos recursos naturais (PNUD et al. 2010:8). O poder local, visto pelas populaes como o responsvel pela resoluo da maioria dos Problemas, As ONGs e as associaes nacionais e regionais esto num processo de desenvolvimento e de afirmao. Desempenham um papel cada vez mais importante no domnio da preservao do ambiente (PNUD, et al. 2010:8).
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O processo de desenvolvimento econmico e a garantia do bem-estar global das sociedades humanas esteve sempre assente numa dependncia directa entre o homem e o ambiente o que tem sido traduzida numa utilizao desenfreada e irresponsvel dos recursos naturais, o que provocaram uma srie de consequncias desastrosas como o xodo rural, a crescente urbanizao, a poluio dos solos, da gua e do ar, o esgotamento de importantes recursos naturais e, em suma, a degradao da biodiversidade terrestre e marinha na sua forma mais abrangente. A situação preocupante desta degradao impe uma atitude mais responsvel do Homem para com o ambiente, por forma a restabelecer-se a necessria harmonia entre este e a natureza. Essa harmonia reflecte, em ltima instncia, o conceito da sustentabilidade que ir permitir uma utilizao responsvel e duradoura dos recursos naturais e garantir, em consequncia, s geraes vindouras um futuro diferente e promissor, pois a sua qualidade de vida depende, grandemente, do nvel de conservao desses ecossistemas (MAA, 1999)1. Com a mudana de atitude do Homem, uma resposta s preocupaes sobre o crescente impacto da actividade humana sobre os recursos naturais, em 1983 a Organizao das Naes Unidas (ONU) criou a Comisso Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento para discutir e propor meios de harmonizar os dois objectivos - desenvolvimento econmico e conservao ambiental (MAA, 1999). As questes relacionadas com a conservao da diversidade biolgica comearam a fazer parte da agenda de vrias organizaes internacionais, incluindo as Naes Unidas (MAA, 1999), a partir de 1972 em Estocolmo e confirmado na Conferencia de Rio em 1992 a Conveno sobre a Diversidade Biolgica (CDB), atravs do consenso a volta dos princpios, recomendaes e aces da Agenda 21 e sobretudo das convenes internacionais, com nova abordagem da problemtica do ambiente mundial. A CDB constituda por 42 artigos que estabelecem um programa para reconciliar o desenvolvimento econmico com a necessidade de preservar todos os aspectos da diversidade biolgica. Cabo verde e um arquiplago inserido na regio Macaronsia com influncias da regio saheliana, dotada de caractersticas climticas, geolgicas, martimas, geomorfolgica, botnica e zoolgicas peculiares. Esta particularidade faz com que cabo verde seja um arquiplago especfico entre os outros da vasta rea atlntica (MAA e DGA, 2003:3)2, devido conjugao de vrios factores, so detentora de uma diversidade biolgica considervel e de importncia global, apresentando no entanto um ecossistema de fraco equilbrio, onde existe vrios factores de ameaas, como a seca, as espcies exticas e invasoras, factores antrpicos de vria ordem, interessa e v-se como necessrio a conservao e gesto sustentvel dos seus recursos naturais, como condio necessria para o desenvolvimento sustentado. O conceito de desenvolvimento sustentvel foi proposto nos anos oitenta com a elaborao da Estratgia Mundial para a Conservao da Natureza que se traduziu pela necessidade premente de harmonizar o processo de desenvolvimento e a explorao desenfreada dos recursos que deveria ser feita dentro dos nveis que permitam a sua renovao, evitando assim a sua colocao em perigo (MAA, 1999). A natureza insular do arquiplago, aliado as aces nefastas de factores climticos e antrpicos, vem contribuindo ao longo dos tempos para a degradao dos seus recursos naturais. Esta situação exige a implementao de medidas que garantam uma gesto sustentvel dos recursos naturais de todo territrio nacional (MAA e DGA, 2003:3). O estado de degradao muito avanado dos recursos marinhos e terrestres de Cabo Verde, deve-se em parte, de acordo com a opinio dos especialistas e da população local, m gesto desses recursos, A 29 de Maro de 1995 Cabo Verde comprometeu-se perante a Comunidade Internacional a promover a implementao dos objectivos e princpios que constam desse documento (MAA, 1999). Cabo Verde, para confirmar a sua participao na luta contra as ameaas ambientais planetrias, ratificou as principais convenes internacionais (CCD, CBD, CCC) e comprometeu-se a implementa -las atravs de estratgias e planos de aco. A ligao entre a Gesto Ambiental Global e o Desenvolvimento Durvel capital para um pas como Cabo Verde, tendo em conta a vulnerabilidade ambiental e no contexto de um pequeno estado insular em desenvolvimento (SIDS), devem ser bem avaliados e implementados com uma viso estratgica integrada, sinrgica e de longo prazo (ROCHA, CHARLES e NEVES.ARLINDA, 2007:12). Desde a independncia nacional a 5 de Julho de 1975, os sucessivos Governos Cabo-verdianos tm-se mostrado preocupados com a questo da preservao dos ecossistemas e com o enquadramento dos organismos vocacionados para a gesto ambiental, O segundo Plano de Aco Nacional para o Ambiente (PANA II) constitui a concretizao destas polticas e define as orientaes estratgicas de aproveitamento dos recursos naturais bem como os seus efeitos sobre a gesto sustentvel das actividades econmicas. um documento orientador de um processo contnuo caracterizado por uma dinmica prpria e que nos prximos 10 anos (2004-2014), servir de base de trabalho, permitindo um desenvolvimento Cabo-verdiano sustentvel e harmonioso, garantindo um ambiente sadio (MAAP, 2004 a 2014:12)3. A Conferncia das Naes Unidas sobre o Ambiente e Desenvolvimento (conhecida como a Cimeira da Terra), realizada no Rio de Janeiro, Brasil em 1992, constitui uma referncia histrica na rea do ambiente marcando, assim, a mudana na abordagem da problemtica ambiental a nvel mundial. Como resultado deste processo, assiste-se mobilizao dos pases em programas a nvel nacional, regional e internacional. a partir da Cimeira da Terra que a problemtica ambiental ganha uma nova dinmica e passa a ser integrada, de forma explcita, no processo de planeamento. De destacar, ainda a emanao a partir da Conferncia do Rio de convenes especficas, designadamente, nos domnios da luta contra a desertificao, da biodiversidade e das mudanas climticas (MAAP e DGA, 2004:11)4. Com a criao de um sistema de AP, o pas deu passos importantes. A Estratgia e o Plano de Aco Nacional da Biodiversidade (1999) definiram habitats prioritrios para conservao representativos do patrimnio em matria de biodiversidade. Este exerccio de definio de prioridades serviu de base para o estabelecimento legal da rede nacional de AP em 2003, Com 47 stios compreendendo tantas reas marinhas/costeiras protegidas (AMP) como terrestres Protegidas (AP) (PNUD et al. 2010:8)5. Em todos os pases, a agricultura a actividade que ocupa a maior parte das terras, pelo que desempenha um papel importante na transformao do ambiente pela aco do homem que modela a paisagem e as formas de vida rural natural, ao longo dos sculos. A agricultura, constitui directa ou indirectamente a base econmica de subsistncia da maior parte da população (MAAP e DGA, 2004:112). prximos 10 anos (2004-2014), servir de base de trabalho, permitindo um desenvolvimento Cabo-verdiano sustentvel e harmonioso, garantindo um ambiente sadio (MAAP, 2004 a 2014:12)3. A Conferncia das Naes Unidas sobre o Ambiente e Desenvolvimento (conhecida como a Cimeira da Terra), realizada no Rio de Janeiro, Brasil em 1992, constitui uma referncia histrica na rea do ambiente marcando, assim, a mudana na abordagem da problemtica ambiental a nvel mundial. Como resultado deste processo, assiste-se mobilizao dos pases em programas a nvel nacional, regional e internacional. a partir da Cimeira da Terra que a problemtica ambiental ganha uma nova dinmica e passa a ser integrada, de forma explcita, no processo de planeamento. De destacar, ainda a emanao a partir da Conferncia do Rio de convenes especficas, designadamente, nos domnios da luta contra a desertificao, da biodiversidade e das mudanas climticas (MAAP e DGA, 2004:11)4. Com a criao de um sistema de AP, o pas deu passos importantes. A Estratgia e o Plano de Aco Nacional da Biodiversidade (1999) definiram habitats prioritrios para conservao representativos do patrimnio em matria de biodiversidade. Este exerccio de definio de prioridades serviu de base para o estabelecimento legal da rede nacional de AP em 2003, Com 47 stios compreendendo tantas reas marinhas/costeiras protegidas (AMP) como terrestres Protegidas (AP) (PNUD et al. 2010:8)5. Em todos os pases, a agricultura a actividade que ocupa a maior parte das terras, pelo que desempenha um papel importante na transformao do ambiente pela aco do homem que modela a paisagem e as formas de vida rural natural, ao longo dos sculos. A agricultura, constitui directa ou indirectamente a base econmica de subsistncia da maior parte da população (MAAP e DGA, 2004:112)prximos 10 anos (2004-2014), servir de base de trabalho, permitindo um desenvolvimento Cabo-verdiano sustentvel e harmonioso, garantindo um ambiente sadio (MAAP, 2004 a 2014:12)3. A Conferncia das Naes Unidas sobre o Ambiente e Desenvolvimento (conhecida como a Cimeira da Terra), realizada no Rio de Janeiro, Brasil em 1992, constitui uma referncia histrica na rea do ambiente marcando, assim, a mudana na abordagem da problemtica ambiental a nvel mundial. Como resultado deste processo, assiste-se mobilizao dos pases em programas a nvel nacional, regional e internacional. a partir da Cimeira da Terra que a problemtica ambiental ganha uma nova dinmica e passa a ser integrada, de forma explcita, no processo de planeamento. De destacar, ainda a emanao a partir da Conferncia do Rio de convenes especficas, designadamente, nos domnios da luta contra a desertificao, da biodiversidade e das mudanas climticas (MAAP e DGA, 2004:11)4. Com a criao de um sistema de AP, o pas deu passos importantes. A Estratgia e o Plano de Aco Nacional da Biodiversidade (1999) definiram habitats prioritrios para conservao representativos do patrimnio em matria de biodiversidade. Este exerccio de definio de prioridades serviu de base para o estabelecimento legal da rede nacional de AP em 2003, Com 47 stios compreendendo tantas reas marinhas/costeiras protegidas (AMP) como terrestres Protegidas (AP) (PNUD et al. 2010:8)5. Em todos os pases, a agricultura a actividade que ocupa a maior parte das terras, pelo que desempenha um papel importante na transformao do ambiente pela aco do homem que modela a paisagem e as formas de vida rural natural, ao longo dos sculos. A agricultura, constitui directa ou indirectamente a base econmica de subsistncia da maior parte da população (MAAP e DGA, 2004:112). prximos 10 anos (2004-2014), servir de base de trabalho, permitindo um desenvolvimento Cabo-verdiano sustentvel e harmonioso, garantindo um ambiente sadio (MAAP, 2004 a 2014:12)3. A Conferncia das Naes Unidas sobre o Ambiente e Desenvolvimento (conhecida como a Cimeira da Terra), realizada no Rio de Janeiro, Brasil em 1992, constitui uma referncia histrica na rea do ambiente marcando, assim, a mudana na abordagem da problemtica ambiental a nvel mundial. Como resultado deste processo, assiste-se mobilizao dos pases em programas a nvel nacional, regional e internacional. a partir da Cimeira da Terra que a problemtica ambiental ganha uma nova dinmica e passa a ser integrada, de forma explcita, no processo de planeamento. De destacar, ainda a emanao a partir da Conferncia do Rio de convenes especficas, designadamente, nos domnios da luta contra a desertificao, da biodiversidade e das mudanas climticas (MAAP e DGA, 2004:11)4. Com a criao de um sistema de AP, o pas deu passos importantes. A Estratgia e o Plano de Aco Nacional da Biodiversidade (1999) definiram habitats prioritrios para conservao representativos do patrimnio em matria de biodiversidade. Este exerccio de definio de prioridades serviu de base para o estabelecimento legal da rede nacional de AP em 2003, Com 47 stios compreendendo tantas reas marinhas/costeiras protegidas (AMP) como terrestres Protegidas (AP) (PNUD et al. 2010:8)5. Em todos os pases, a agricultura a actividade que ocupa a maior parte das terras, pelo que desempenha um papel importante na transformao do ambiente pela aco do homem que modela a paisagem e as formas de vida rural natural, ao longo dos sculos. A agricultura, constitui directa ou indirectamente a base econmica de subsistncia da maior parte da população (MAAP e DGA, 2004:112). A estratgia poltica ambiental para Cabo Verde prev uma sociedade consciente do papel e dos desafios do ambiente para um desenvolvimento econmico e social sustentvel, consciente das suas responsabilidades relativamente s geraes futuras e determinada a utilizar os recursos naturais de maneira durvel. Para tal entende-se implementar uma abordagem integrada com base nos seguintes pressupostos: conservao dos recursos naturais; especialmente da biodiversidade terrestre e marinha; das zonas costeiras e das reas florestais; manuteno de um ambiente urbano e rural sadio em toda a sua envolvente (PNUD et al. 2010:8). A rea do ambiente relativamente nova, o leque de instrumentos para a gesto do ambiente fracamente desenvolvido e pouco aplicado. Refere-se por exemplo, o reduzido desenvolvimento do sector do Ordenamento do Territrio, as lacunas e algumas incoerncias da legislao e o sistema de informao que ainda rudimentar. A problemtica ambiental ganhou uma nova dimenso a partir de 1995. Com efeito, foi institucionalizado o processo de proteco do ambiente com a criao do Secretariado Executivo para o Ambiente (SEPA), hoje Direco Geral do Ambiente (DGA) atravs do Decreto-Lei n. 8/2002 de 25 Fevereiro, que aprova a orgnica do Ministrio da Agricultura e Pesca e define as atribuies no domnio do ambiente e dos recursos naturais (PNUD et al. 2010:8). O poder local, visto pelas populaes como o responsvel pela resoluo da maioria dos Problemas, As ONGs e as associaes nacionais e regionais esto num processo de desenvolvimento e de afirmao. Desempenham um papel cada vez mais importante no domnio da preservao do ambiente (PNUD, et al. 2010:8).
Resumo:
A ctividade pecuria em Cabo Verde, sobretudo dos ruminantes est estreitamente associada agricultura de sequeiro praticada pelas exploraes familiares. Mais de 99% das unidades de explorao pecuria so do tipo familiar tradicional, que praticam a pequena pecuria como actividade complementar agricultura. Um dos condicionantes maiores para produo e a produtividade da pecuria nacional a existncia de um dfice forrageiro estrutural que condiciona a actividade pecuria, sobretudo dos ruminantes, fazendo com que as necessidades do efectivo pecurio ultrapasse a capacidade de produo forrageira do pas. Esta situação ainda mais preocupante pelo facto dos resduos da agricultura de sequeiro constiturem, de uma maneira geral, a principal fonte de matria seca para a alimentao animal. Para alm da sua importncia histrica a actividade pecuria de uma importncia fundamental para a segurana alimentar da população rural Cabo-verdiana, e constitui tambm um forte potencial na dinmica de desenvolvimento socioeconmico das ilhas e particularmente na economia rural. A aposta feita nos ltimos anos na melhoria das condies de explorao pecuria (manejo, instalaes adequadas, sanidade, alimentao e introduo de raas, etc.) tem permitido, aumentar a produtividade do rebanho e o surgimento de pequenos negcios ligados comercializao de carnes, leite e seus derivados podendo ter aberto o caminho para a dinamizao deste sector com forte potencial para o desenvolvimento socioeconmico da actividade caprina nacional. O fomento de alguma actividade de transformao de produtos da pecuria, com algum esforo na proliferao de queijarias familiares, que produzem queijos de boa qualidade para o mercado interno e a possibilidade de se continuar com a introduo de tecnologias reprodutivas (Inseminao artificial) viradas para o melhoramento gentico e melhoria da produtividade dos rebanhos promete vir a ter um papel preponderante nessa aposta que colocada em matria de inovao no sector pecurio. As estratgias de interveno definidas esto baseadas na abordagem participativa e na descentralizao das responsabilidades na implementao das medidas que se impem ao desenvolvimento do sector, onde o envolvimento e participao efectiva dos criadores , das instituies e das organizaes privadas, cooperativas e locais so os principais parceiros na implementao desta estratgia e como tal dever privilegiar intervenes, que: * Aumentem e preservem a capacidade produtiva dos recursos utilizados na alimentao animal, * Sustentem um programa de melhoramento animal com implicaes no aumento da produtividade e diminuio do efectivo animal (sobretudo dos ruminantes) , * Equacionem o enquadramento e a assistncia tcnica, definindo um quadro de responsabilidade e de participao das unidades familiares de explorao pecuria, das instituies e das organizaes privadas, cooperativas e locais. Joo Fonseca Coordenador Nacional da Pecuria.
Resumo:
Tendo em considerao a realidade atual, em relao ao abastecimento de gua em zonas rurais, nomeadamente no Continente Africano, torna-se importante e urgente o desenvolvimento de tecnologias de abastecimento de gua de baixo custo, com caratersticas adequadas s condies locais, tanto a nvel de quantidade como de qualidade de gua disponibilizada. A presente dissertao foca-se essencialmente no setor de abastecimento de gua nas zonas rurais com escassez de recursos hdricos. Inicialmente caracteriza-se a situação no setor das guas em Cabo Verde, passando posteriormente para a ilha de Santiago. A nvel do Pas, a situação, contudo, varia de ilha para ilha, e, dentro desta, Concelho a Concelho, bem como varia entre o meio urbano e o meio rural. A nvel da Ilha, verificou-se que existem disparidades entre os Concelhos. analisado o abastecimente de gua no Concelho de So Loureno dos rgos, na ilha de Santiago, onde se verifica uma grande carncia dos servios de abastecimento de gua. Verificou-se como um dos aspectos crticos para a evoluo do setor nas zonas rurais do Concelho, a sensibilizao em termos de sade pblica, a formao profissional no abastecimento de gua e a escolha de tecnologias alternativas. Neste sentido, so propostas solues, que podem constituir para o aumento ao acesso a gua potvel da parte da população rural do Concelho.
Resumo:
A Republica de Cabo Verde um arquiplago saheliano de 10 ilhas, do qual 8 so habitadas, com uma superfcie de 4.033 Km, situada no Oceano Atlntico a cerca de 500 Km a Oeste da costa do Senegal. O clima do tipo tropical seco. As duas estaes so as ditas estao das chuvas que vai de Agosto a Outubro e estao seca (ou dos ventos) que vai de Dezembro a Junho. A pluviometria fraca e muito aleatria em todo o Pas. O arquiplago caracterizado por factores de vulnerabilidade estrutural: insularidade, descontinuidade do territrio, persistncia da seca, fragilidade dos ecossistemas e escassez dos recursos naturais nomeadamente gua e terra arvel. A rea total cultivvel de 44.531 ha, ( RGA 2004) da qual 99,6% pertence s exploraes agrcolas familiares. Desta rea, 90,8% so terras de sequeiro, 7,8% de regadio e 1,3% de regadio e sequeiro. A produo alimentar em Cabo Verde cobre apenas 10 a 15 % das necessidades alimentares do pas. De acordo com ISVAF 2005, 20 % das famlias no meio rural sofrem de insegurana alimentar e as principais ilhas agrcolas (Santiago, Santo Anto e Fogo) encontram-se nos grupos mais afectados, devido a dependncia da agricultura de sequeiro marcada pela incerteza e a falta de capacidade de diversificao de fontes de rendimentos. Em 2007 a população residente de Cabo Verde foi estimada em 491.419, sendo 51,6% mulheres e 60% com idade inferior a 25 anos. A capital a cidade da Praia, com 25 % da população, localizada na ilha de Santiago, ilha onde se concentra mais de metade da população do Pas. A urbanizao aumentou de forma substancial nos ltimos anos, passando de 54% em 2000 para 60% em 2007. A taxa de crescimento anual mdio natural 1,93 e a densidade mdia da população de 124 hab/Km. O ndice de fecundidade de 2,89 crianas por mulher. A população agrcola predominantemente feminina, constituindo 52,3% do total. As exploraes agrcolas familiares, mais de metade (50.5%) so chefiadas por mulheres. Mais de metade dos chefes das famlias agrcolas caboverdianas tm idades a partir dos 44 anos. Cabo Verde tradicionalmente um pas de emigrao, verificando-se contudo uma diminuio dos fluxos, devido s restries impostas pelos pases de acolhimento tradicionais. Cabo Verde tem tido um crescimento econmico anual mdio de 5,7% no perodo 2000-2005, atingindo 10,8% em 2006 e para 2007 as projeces indicam um crescimento de 7%. A economia dominada pelo sector dos servios mais de 70% do PIB em 2006, orientada essencialmente para o mercado interno, o sector secundrio (industria e construo) representa cerca de 16,9%, enquanto que o sector primrio, fortemente condicionado pela fraqueza dos recursos naturais e pelas aleatoriedades climticas representa 9,0%. A taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) foi em mdia superior a 5,5% por ano entre 2001 e 2006. A taxa media de inflao da ordem de 2,5%. A taxa de desemprego em 2007 de 21,7% contra 24,0% em 2005. De realar a taxa de desemprego entre as mulheres ser o dobro que os homens, 25,7% e 18% respectivamente e 41,8% dos desempregados so jovens com idade compreendida entre os 15-24 anos (QUIBB 2007,INE). O nvel da pobreza em Cabo Verde diminuiu em cerca de 10 pontos percentuais passando de 36,7% em 2001/02 para 26,6% em 2007, dos quais 33,0% mulheres e 21,3% homens chefe do agregado familiar (QUIBB 2007). Essa diminuio mais acentuada no meio urbano do que no meio rural 12 e 7 pontos percentuais respectivamente. Contudo a situação de pobreza em Cabo Verde continua significativa e decorre essencialmente da fragilidade do tecido produtivo e da sua fraca capacidade de gerar emprego, rendimentos e bem estar s populaes. Aspecto gnero, as mulheres representam 51,6% da população do pas. Cabo Verde j atingiu a igualdade de gnero no que se refere ao acesso hoje ao ensino bsico, mas ainda h desigualdades subsistentes. Segundo dados do QUIBB, cerca de 34% dos chefes de agregado familiar no sabem ler nem escrever, o analfabetismo tem maior incidncia entre os chefes do agregado do sexo feminino (49%) do que entre os do sexo masculino (23%). A integrao da abordagem de gnero em Cabo Verde tem sido um desafio face s percepes scio-culturais ainda subsistentes na sociedade e que muitas vezes constituem entrave ao desenvolvimento, formulao e implementao de polticas, mesmo tendo um contexto legal favorvel, j que a Constituio da Repblica como o Cdigo Penal, a Lei Eleitoral, o Cdigo Laboral e o Cdigo da Famlia consagram a igualdade de gnero, tendo sido realizados progressos considerveis nos ltimos anos muito em especial na rea da educao.
Resumo:
A Republica de Cabo Verde um arquiplago saheliano de 10 ilhas, do qual 8 so habitadas, com uma superfcie de 4.033 Km, situada no Oceano Atlntico a cerca de 500 Km a Oeste da costa do Senegal. O clima do tipo tropical seco. As duas estaes so as ditas estao das chuvas que vai de Agosto a Outubro e estao seca (ou dos ventos) que vai de Dezembro a Junho. A pluviometria fraca e muito aleatria em todo o Pas. O arquiplago caracterizado por factores de vulnerabilidade estrutural: insularidade, descontinuidade do territrio, persistncia da seca, fragilidade dos ecossistemas e escassez dos recursos naturais nomeadamente gua e terra arvel. A rea total cultivvel de 44.531 ha, ( RGA 2004) da qual 99,6% pertence s exploraes agrcolas familiares. Desta rea, 90,8% so terras de sequeiro, 7,8% de regadio e 1,3% de regadio e sequeiro. A produo alimentar em Cabo Verde cobre apenas 10 a 15 % das necessidades alimentares do pas. De acordo com ISVAF 2005, 20 % das famlias no meio rural sofrem de insegurana alimentar e as principais ilhas agrcolas (Santiago, Santo Anto e Fogo) encontram-se nos grupos mais afectados, devido a dependncia da agricultura de sequeiro marcada pela incerteza e a falta de capacidade de diversificao de fontes de rendimentos. Em 2007 a população residente de Cabo Verde foi estimada em 491.419, sendo 51,6% mulheres e 60% com idade inferior a 25 anos. A capital a cidade da Praia, com 25 % da população, localizada na ilha de Santiago, ilha onde se concentra mais de metade da população do Pas. A urbanizao aumentou de forma substancial nos ltimos anos, passando de 54% em 2000 para 60% em 2007. A taxa de crescimento anual mdio natural 1,93 e a densidade mdia da população de 124 hab/Km. O ndice de fecundidade de 2,89 crianas por mulher. A população agrcola predominantemente feminina, constituindo 52,3% do total. As exploraes agrcolas familiares, mais de metade (50.5%) so chefiadas por mulheres. Mais de metade dos chefes das famlias agrcolas caboverdianas tm idades a partir dos 44 anos. Cabo Verde tradicionalmente um pas de emigrao, verificando-se contudo uma diminuio dos fluxos, devido s restries impostas pelos pases de acolhimento tradicionais. Cabo Verde tem tido um crescimento econmico anual mdio de 5,7% no perodo 2000-2005, atingindo 10,8% em 2006 e para 2007 as projeces indicam um crescimento de 7%. A economia dominada pelo sector dos servios mais de 70% do PIB em 2006, orientada essencialmente para o mercado interno, o sector secundrio (industria e construo) representa cerca de 16,9%, enquanto que o sector primrio, fortemente condicionado pela fraqueza dos recursos naturais e pelas aleatoriedades climticas representa 9,0%. A taxa de crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) foi em mdia superior a 5,5% por ano entre 2001 e 2006. A taxa media de inflao da ordem de 2,5%. A taxa de desemprego em 2007 de 21,7% contra 24,0% em 2005. De realar a taxa de desemprego entre as mulheres ser o dobro que os homens, 25,7% e 18% respectivamente e 41,8% dos desempregados so jovens com idade compreendida entre os 15-24 anos (QUIBB 2007,INE). O nvel da pobreza em Cabo Verde diminuiu em cerca de 10 pontos percentuais passando de 36,7% em 2001/02 para 26,6% em 2007, dos quais 33,0% mulheres e 21,3% homens chefe do agregado familiar (QUIBB 2007). Essa diminuio mais acentuada no meio urbano do que no meio rural 12 e 7 pontos percentuais respectivamente. Contudo a situação de pobreza em Cabo Verde continua significativa e decorre essencialmente da fragilidade do tecido produtivo e da sua fraca capacidade de gerar emprego, rendimentos e bem estar s populaes. Aspecto gnero, as mulheres representam 51,6% da população do pas. Cabo Verde j atingiu a igualdade de gnero no que se refere ao acesso hoje ao ensino bsico, mas ainda h desigualdades subsistentes. Segundo dados do QUIBB, cerca de 34% dos chefes de agregado familiar no sabem ler nem escrever, o analfabetismo tem maior incidncia entre os chefes do agregado do sexo feminino (49%) do que entre os do sexo masculino (23%). A integrao da abordagem de gnero em Cabo Verde tem sido um desafio face s percepes scio-culturais ainda subsistentes na sociedade e que muitas vezes constituem entrave ao desenvolvimento, formulao e implementao de polticas, mesmo tendo um contexto legal favorvel, j que a Constituio da Repblica como o Cdigo Penal, a Lei Eleitoral, o Cdigo Laboral e o Cdigo da Famlia consagram a igualdade de gnero, tendo sido realizados progressos considerveis nos ltimos anos muito em especial na rea da educao.
Resumo:
Com a ratificao da Conveno sobre a Diversidade Biolgica, em Maro de 1995, Cabo Verde comprometeu-se perante o mundo em apresentar periodicamente ao Secretariado da Conveno, o balano da implementao da mesma no pas, com particular destaque sobre o estado de conservao da biodiversidade, a nvel nacional. O primeiro relatrio foi elaborado em 1999, o segundo em 2002 e o terceiro em 2006. Este quarto relatrio foi elaborado tendo como base informaes existentes e disponveis nas instituies ligadas directa ou indirectamente gesto da biodiversidade e preservao do ambiente, nomeadamente o Instituto Nacional de Investigao e Desenvolvimento Agrrio (INIDA), o Instituto Nacional do Desenvolvimento das Pescas (INDP), a Direco Geral da Agricultura, Silvicultura e Pecuria (DGASP), a Direco Geral das Pescas (DGP), a Direco Geral do Ambiente (DGA), para alm da consulta de documentos como o PANA II, o Livro Branco sobre o Estado do Ambiente em CABO Verde, a Estratgia e Plano Nacional da Biodiversidade, etc. Em termos de uma percepo geral sobre o estado de evoluo dos diferentes elementos que constituem a biodiversidade de Cabo verde, apresenta-se a seguinte situação: (i) a flora terrestre e marinha; (ii) a fauna terrestre e marinha; (iii) ameaas sobre a biodiversidade; bem como a integrao da conservao da biodiversidade em vrios sectores como: sustentabilidade agrcola; pecuria; florestal; da pesca; conservao in situ e ex situ; vulgarizao; informao e formao; investigao e formao; e quadro jurdico e institucional. A percepo do estado de degradao dos recursos biolgicos fez com que o Governo tomasse algumas medidas, nomeadamente a publicao do Decreto n 1/2005, de 21 de Maro, que aprova a Conveno Internacional sobre Comrcio Internacional das Espcies de Fauna e Flora selvagens ameaadas de Extino (CITES) e a Emenda ao artigo XXI adoptada em Gabo-1983; o Decreto-Lei n /2003, de 24 de Fevereiro, sobre o regime jurdico da Rede nacional de reas protegidas; a ratificao da Conveno sobre as Zonas Hmidas de importncia internacional (RAMSAR); o Decreto-Lei n. 7/2002, de 30 de Dezembro, que estabelece as medidas de conservao e proteco das espcies vegetais e animais ameaadas de extino; para alem de decises internas que so tomadas para o bom avano dos trabalhos para a preservao do ambiente. No obstante as medidas acima mencionadas, a degradao da biodiversidade cabo-verdiana continua de forma preocupante. Esse grau de degradao est, evidenciado em diversos documentos produzidos, nomeadamente a Primeira Lista Vermelha de Cabo Verde". De acordo com esse documento, encontram-se ameaadas mais de 26% das angiosprmicas, mais de 40% das brifitas, mais de 65% das pteridfitas e mais de 29% dos lquenes, mais de 47% das aves, 25% dos rpteis terrestres, 64% dos colepteros, mais de 57% dos aracndeos e mais de 59% dos moluscos terrestres. Esta situação considerada alarmante em 1996, vem-se agravando para as espcies Alauda razae (Calhandra-do-Ilhu-Raso), cujo efectivo populacional sofreu uma reduo de 250 exemplares em 1992 para 92 exemplares em 1998, Himantopus himantopus (Perna-longa), cuja população, avaliada em 75 exemplares em 1990, sofreu no perodo de 5 anos uma reduo de cerca de 70% (Hazevoet, 1999). De uma forma geral, a reduo dos efectivos populacionais das componentes da biodiversidade deve-se principalmente presses antropognicas. O Governo de Cabo Verde no vem poupando esforos no sentido de honrar os compromissos assumidos com a ratificao da Conveno sobre a Biodiversidade. Da que, estrategicamente, atribui o nvel de prioridade em mdia alta, aplicao aos vrios artigos da Conveno. Este quarto relatrio est estruturado em 4 captulos de acordo com as directrizes do Secretariado da Conveno e apndices: Capitulo I Perspectiva da situação, tendncias e ameaas Diversidade Biolgica, que traz informaes sobre a situação actual da Biodiversidade Nacional, as ameaas a que est sujeitas e as medidas de conservao e proteco adoptadas pelas autoridades nacionais; Captulo II Situação Actual das Estratgias e Planos de Aces Nacionais sobre a Diversidade Biolgica, que tem por objectivo fazer um ponto de situação da implementao da Estratgia e Plano de Aco Nacional sobre a Biodiversidade onde so destacados os resultados alcanados e os constrangimentos que Cabo Verde tem se deparado para implementar esses documentos Capitulo III - Incorporao de consideraes sobre a Diversidade Biolgica nos Planos sectoriais e intersectoriais, demonstra o processo de incorporao das questes Ambientais, sobretudo da Biodiversidade, nos diferentes Planos Sectoriais e Intersectoriais, nomeadamente o Segundo Plano de Aco Nacional para o Ambiente (PANA II) e o Documento de Estratgia de Crescimento e Reduo da Pobreza (DECRP II) Capitulo IV Concluses: Progressos da Meta de 2010 e Aplicaes do Plano Estratgico, que traz uma avaliao e consideraes sobre os progressos alcanados por Cabo Verde no que diz a Meta de 2010 da Conveno da Diversidade Biolgica, bem como das aplicaes do Plano de Aco sobre a Biodiversidade. Apndice I Informaes concernetes a parte que informam e prepararam o relatorio nacional sobre o estado da Biodiversidade Apndice II Fontes de informao onde se baseia o relatrio Apndice III Progresso do programa de trabalho das areas protegidas.
Resumo:
paradoxal que localizando-se o arquiplago de Cabo Verde no meio do oceano, a sua população sofra de carncia de gua. Na verdade, essa carncia de gua de qualidade, com baixo teor em sais, adequada para o consumo humano e agricultura. Ao longo dos sculos o engenho dos habitantes, aliado ao trabalho duro, tem permitido s populaes locais lutar com as condies climticas adversas e produzir o seu sustento recorrendo a poos, galerias e furos. Este trabalho pretende retratar a situação atual e os recursos disponveis em Cabo Verde, bem como as formas encontradas para exponenciar os escassos recursos hdricos existentes e garantir a sustentabilidade da população crescente do pas. Pode dizer-se que a dependncia centenria das guas subterrneas est a diminuir gradualmente, medida que diminuem as suas disponibilidade e se vai degradando a sua qualidade. Situação esta que levou a que se tenha recorrido a novas formas de obter da gua, caso da dessalinizao da gua do mar e se tenha intensificado a captao das guas superficiais. A dessalinizao atualmente indispensvel para abastecer os grande centros populacionais, apesar do elevado consumo energtico que lhe est associado e da manifesta insuficincia e reduzida eficincia das redes de distribuio existentes. No entanto, o investimento em infra-estruturas de abastecimento de gua em zonas rurais uma ferramenta demogrfica importante e deve ser utilizado para evitar o xodo rural. O atual investimento do estado em barragens e grandes diques uma aposta correta para satisfazer as necessidades agrcolas. No entanto, a experincia do passado tem demonstrado a necessidade de construo simultnea de obras de correo fluvial e de um conjunto significativo de pequenos diques nas bacias de captao para evitar o assoreamento rpido das novas barragens.
Resumo:
A alimentao/nutrio hoje considerada inseparvel do desenvolvimento, sobretudo em pases deficitrios a nvel da oferta face a uma população crescente como o caso de Cabo Verde. As questes de alimentao/nutrio (Segurana Alimentar) no pas tm merecido uma enorme ateno, reflectindo uma preocupao pela situação de dfice alimentar, que torna o pas muito dependente do exterior para satisfazer as suas necessidades alimentares. A presente dissertao tem por objecto o estudo dos Hbitos Alimentares e Comportamento dos Consumidores em Cabo Verde (caso da ilha de Santiago). Este pas transitou para um segundo estado de desenvolvimento (Desenvolvimento Mdio), mas continua com uma significativa percentagem da população a viver em situação de pobreza e grande vulnerabilidade, o que se reflecte nos nveis de acesso ao consumo alimentar e nutricional da população. Utiliza-se dados secundrios (consultados nas diversas fontes bibliogrficas), e levantamento directo de informao, com aplicao de inquritos e entrevistas que permitiram responder s principais questes levantadas nas fases elementares e so utilizadas em processo de modelao e definio de racionalidades. Fez-se ainda anlise mais pormenorizada de algumas situaes que nos pareciam mais relevantes. Os resultados obtidos permitem evidenciar alteraes nos hbitos alimentares. Atravs da anlise antropomtrica, e dos resultados obtidos, conclui-se que existem problemas e carncias nutricionais. As famlias de maior dimenso so as que apresentam maior vulnerabilidade alimentar e consumos energticos inferiores aos recomendados. Este estudo permitiu evidenciar alguns problemas nas crianas. Os problemas de obesidade afectam cerca de 11% das crianas, enquanto que a mal nutrio aguda moderada atingia cerca de 5%. Verifica-se uma tendncia para a diminuio do consumo de produtos tradicionais (como o caso do milho) e tambm uma maior diversificao da dieta com o aumento do rendimento, (caso do consumo do arroz) que aumenta globalmente, mas observando-se tambm diminuio per capita com nveis de rendimento mais elevados. Para o caso do leite h uma tendncia para incremento do consumo com o rendimento. Estas alteraes de consumo de leite fazem-se em duas direces. Por um lado o aumento do rendimento induz a um maior consumo de leite, por outro a substituio do leite em p por leite de pacote uma evidncia para estratos mais elevados de rendimentos. Comprova-se que a alimentao absorve uma fatia muito elevada do rendimento familiar, a elasticidade consumo alimentar ao nvel do rendimento familiar muito grande. Constata-se a partir dos modelos economtricos que o nvel de educao da famlia importante para a definio do padro alimentar e que existe espao para melhorias comportamentais da população, designadamente nas formas e escolhas de consumo alimentar.
Resumo:
A alimentao/nutrio hoje considerada inseparvel do desenvolvimento, sobretudo em pases deficitrios a nvel da oferta face a uma população crescente como o caso de Cabo Verde. As questes de alimentao/nutrio (Segurana Alimentar) no pas tm merecido uma enorme ateno, reflectindo uma preocupao pela situação de dfice alimentar, que torna o pas muito dependente do exterior para satisfazer as suas necessidades alimentares. A presente dissertao tem por objecto o estudo dos Hbitos Alimentares e Comportamento dos Consumidores em Cabo Verde (caso da ilha de Santiago). Este pas transitou para um segundo estado de desenvolvimento (Desenvolvimento Mdio), mas continua com uma significativa percentagem da população a viver em situação de pobreza e grande vulnerabilidade, o que se reflecte nos nveis de acesso ao consumo alimentar e nutricional da população. Utiliza-se dados secundrios (consultados nas diversas fontes bibliogrficas), e levantamento directo de informao, com aplicao de inquritos e entrevistas que permitiram responder s principais questes levantadas nas fases elementares e so utilizadas em processo de modelao e definio de racionalidades. Fez-se ainda anlise mais pormenorizada de algumas situaes que nos pareciam mais relevantes. Os resultados obtidos permitem evidenciar alteraes nos hbitos alimentares. Atravs da anlise antropomtrica, e dos resultados obtidos, conclui-se que existem problemas e carncias nutricionais. As famlias de maior dimenso so as que apresentam maior vulnerabilidade alimentar e consumos energticos inferiores aos recomendados. Este estudo permitiu evidenciar alguns problemas nas crianas. Os problemas de obesidade afectam cerca de 11% das crianas, enquanto que a mal nutrio aguda moderada atingia cerca de 5%. Verifica-se uma tendncia para a diminuio do consumo de produtos tradicionais (como o caso do milho) e tambm uma maior diversificao da dieta com o aumento do rendimento, (caso do consumo do arroz) que aumenta globalmente, mas observando-se tambm diminuio per capita com nveis de rendimento mais elevados. Para o caso do leite h uma tendncia para incremento do consumo com o rendimento. Estas alteraes de consumo de leite fazem-se em duas direces. Por um lado o aumento do rendimento induz a um maior consumo de leite, por outro a substituio do leite em p por leite de pacote uma evidncia para estratos mais elevados de rendimentos. Comprova-se que a alimentao absorve uma fatia muito elevada do rendimento familiar, a elasticidade consumo alimentar ao nvel do rendimento familiar muito grande. Constata-se a partir dos modelos economtricos que o nvel de educao da famlia importante para a definio do padro alimentar e que existe espao para melhorias comportamentais da população, designadamente nas formas e escolhas de consumo alimentar
Resumo:
A alimentao/nutrio hoje considerada inseparvel do desenvolvimento, sobretudo em pases deficitrios a nvel da oferta face a uma população crescente como o caso de Cabo Verde. As questes de alimentao/nutrio (Segurana Alimentar) no pas tm merecido uma enorme ateno, reflectindo uma preocupao pela situação de dfice alimentar, que torna o pas muito dependente do exterior para satisfazer as suas necessidades alimentares. A presente dissertao tem por objecto o estudo dos Hbitos Alimentares e Comportamento dos Consumidores em Cabo Verde (caso da ilha de Santiago). Este pas transitou para um segundo estado de desenvolvimento (Desenvolvimento Mdio), mas continua com uma significativa percentagem da população a viver em situação de pobreza e grande vulnerabilidade, o que se reflecte nos nveis de acesso ao consumo alimentar e nutricional da população. Utiliza-se dados secundrios (consultados nas diversas fontes bibliogrficas), e levantamento directo de informao, com aplicao de inquritos e entrevistas que permitiram responder s principais questes levantadas nas fases elementares e so utilizadas em processo de modelao e definio de racionalidades. Fez-se ainda anlise mais pormenorizada de algumas situaes que nos pareciam mais relevantes. Os resultados obtidos permitem evidenciar alteraes nos hbitos alimentares. Atravs da anlise antropomtrica, e dos resultados obtidos, conclui-se que existem problemas e carncias nutricionais. As famlias de maior dimenso so as que apresentam maior vulnerabilidade alimentar e consumos energticos inferiores aos recomendados. Este estudo permitiu evidenciar alguns problemas nas crianas. Os problemas de obesidade afectam cerca de 11% das crianas, enquanto que a mal nutrio aguda moderada atingia cerca de 5%.
Resumo:
A alimentao/nutrio hoje considerada inseparvel do desenvolvimento, sobretudo em pases deficitrios a nvel da oferta face a uma população crescente como o caso de Cabo Verde. As questes de alimentao/nutrio (Segurana Alimentar) no pas tm merecido uma enorme ateno, reflectindo uma preocupao pela situação de dfice alimentar, que torna o pas muito dependente do exterior para satisfazer as suas necessidades alimentares. A presente dissertao tem por objecto o estudo dos Hbitos Alimentares e Comportamento dos Consumidores em Cabo Verde (caso da ilha de Santiago). Este pas transitou para um segundo estado de desenvolvimento (Desenvolvimento Mdio), mas continua com uma significativa percentagem da população a viver em situação de pobreza e grande vulnerabilidade, o que se reflecte nos nveis de acesso ao consumo alimentar e nutricional da população. Utiliza-se dados secundrios (consultados nas diversas fontes bibliogrficas), e levantamento directo de informao, com aplicao de inquritos e entrevistas que permitiram responder s principais questes levantadas nas fases elementares e so utilizadas em processo de modelao e definio de racionalidades. Fez-se ainda anlise mais pormenorizada de algumas situaes que nos pareciam mais relevantes. Os resultados obtidos permitem evidenciar alteraes nos hbitos alimentares. Atravs da anlise antropomtrica, e dos resultados obtidos, conclui-se que existem problemas e carncias nutricionais. As famlias de maior dimenso so as que apresentam maior vulnerabilidade alimentar e consumos energticos inferiores aos recomendados. Este estudo permitiu evidenciar alguns problemas nas crianas. Os problemas de obesidade afectam cerca de 11% das crianas, enquanto que a mal nutrio aguda moderada atingia cerca de 5%. Verifica-se uma tendncia para a diminuio do consumo de produtos tradicionais (como o caso do milho) e tambm uma maior diversificao da dieta com o aumento do rendimento, (caso do consumo do arroz) que aumenta globalmente, mas observando-se tambm diminuio per capita com nveis de rendimento mais elevados. Para o caso do leite h uma tendncia para incremento do consumo com o rendimento. Estas alteraes de consumo de leite fazem-se em duas direces. Por um lado o aumento do rendimento induz a um maior consumo de leite, por outro a substituio do leite em p por leite de pacote uma evidncia para estratos mais elevados de rendimentos. Comprova-se que a alimentao absorve uma fatia muito elevada do rendimento familiar, a elasticidade consumo alimentar ao nvel do rendimento familiar muito grande. Constata-se a partir dos modelos economtricos que o nvel de educao da famlia importante para a definio do padro alimentar e que existe espao para melhorias comportamentais da população, designadamente nas formas e escolhas de consumo alimentar