964 resultados para Congenital abnormalities
Resumo:
Introdução: Pacientes com mielomeningocele apresentam elevada mortalidade e desenvolvem déficits neurológicos que ocorrem, primariamente, pelo desenvolvimento anormal da medula e de raízes nervosas e, secundariamente, por complicações adquiridas no período pós-natal. O desafio no cuidado desses pacientes é o reconhecimento precoce dos recém-nascidos de risco para evolução desfavorável a fim de estabelecer estratégias terapêuticas individualizadas. Objetivo: Este estudo tem como objetivo identificar marcadores prognósticos de curto prazo para recém-nascidos com mielomeningocele. As características anatômicas do defeito medular e da sua correção neurocirúrgica foram analisadas para esta finalidade. Métodos: Foi realizado um estudo de coorte retrospectiva com 70 pacientes com mielomeningocele em topografia torácica, lombar ou sacral nascidos entre janeiro de 2007 a dezembro de 2013 no Centro Neonatal do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Pacientes com infecção congênita, anomalias cromossômicas e outras malformações maiores não relacionadas à mielomeningocele foram excluídos da análise. As características anatômicas da mielomeningocele e a sua correção neurocirúrgica foram analisadas quanto aos seguintes desfechos: reanimação neonatal, tempo de internação, necessidade de derivação ventricular, deiscência da ferida operatória, infecção da ferida operatória, infecção do sistema nervoso central e sepse. Para a análise bivariada dos desfechos qualitativos com os fatores de interesse foram empregados testes do qui-quadrado e exato de Fisher. Para a análise do desfecho quantitativo, tempo de internação hospitalar, foram empregados testes de Mann-Whitney. Foram estimados os riscos relativos e os respectivos intervalos com 95% de confiança. Foram desenvolvidos modelos de regressão linear múltipla para os desfechos quantitativos e regressão de Poisson para os desfechos qualitativos. Resultados: Durante o período do estudo 12.559 recém-nascidos foram admitidos no Centro Neonatal do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Oitenta pacientes foram diagnosticados com mielomeningocele, com incidência de 6,4 casos para cada 1.000 nascidos vivos. Dez pacientes foram excluídos da análise devido à mielomeningocele em topografia cervical (n = 1), à cardiopatia congênita (n = 4), à trissomia do cromossomo 13 (n = 1), à onfalocele (n = 3) e à encefalocele (n = 1). Ocorreram três óbitos (4,28%). Mielomeningocele extensa foi associada a infecção do sistema nervoso central, a complicação de ferida operatória e a maior tempo de internação hospitalar. Os pacientes com mielomeningocele em topografia torácica apresentaram tempo de internação, em média, 39 dias maior que aqueles com defeito em topografia lombar ou sacral. Houve maior necessidade de reanimação em sala de parto entre os pacientes com macrocrania ao nascer. A correção cirúrgica realizada após 48 horas de vida aumentou em 5,7 vezes o risco de infecção do sistema nervoso central. Entre os pacientes operados nas primeiras 48 horas de vida não foi observado benefício adicional na correção cirúrgica realizada em \"tempo zero\". A ausência de hidrocefalia antenatal foi um marcador de bom prognóstico. Nestes pacientes, a combinação dos desfechos necessidade de derivação ventricular, complicações infecciosas, complicações de ferida operatória e reanimação em sala de parto foi 70% menos frequente. Conclusão: Este estudo permitiu identificar marcadores prognósticos de curto prazo em recém-nascidos com mielomeningocele. Os defeitos medulares extensos e a correção cirúrgica após 48 horas de vida influenciaram negativamente na evolução de curto prazo. As lesões extensas foram associadas a maiores taxas de infecção do sistema nervoso central, a complicações de ferida operatória e a internação hospitalar prolongada. A correção cirúrgica realizada após 48 horas de vida aumentou significativamente a ocorrência de infecção do sistema nervoso central. Ausência de hidrocefalia antenatal foi associada a menor número de complicações nos primeiros dias de vida
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As anomalias craniofaciais ocasionam comprometimentos estéticos e funcionais com grande impacto na saúde e na integração social da criança, com interferência no desenvolvimento global e social. Das anomalias craniofaciais este estudo abordou as Fissuras Labiopalatinas (FLP) e o Espectro Óculo Aurículo Vertebral (EOAV). As FLP constituem malformações resultantes de falta do fechamento completo dos tecidos que compõe o lábio e o palato. O EOAV, também conhecido como Síndrome de Goldenhar, é uma anomalia congênita de etiologia desconhecida, com manifestação genética variável e de causa bastante heterogênea. Conhecer as habilidades funcionais e o impacto destas no desenvolvimento global de crianças com EOAV e FLP pode otimizar o desenvolvimento de programas de prevenção e intervenção para promover a saúde e a integração social destes indivíduos. Este estudo foi delineado com objetivo de verificar e comparar o desempenho em habilidades funcionais quanto ao desempenho nas áreas de autocuidado, mobilidade, função social e nível de independência entre crianças com EOAV, crianças com FLP e um grupo comparativo, de crianças sem anomalias. O modelo de pesquisa foi observacional descritivo transversal com uma casuística de 39 pais/responsáveis de crianças na faixa etária entre três anos e sete anos e seis meses, de ambos os gêneros. Foram convidados para participar pais/responsáveis de crianças em tratamento no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade e São Paulo (HRAC-USP) os quais foram divididos em três grupos: dois experimentais e um grupo comparativo. O instrumento para coleta dos dados das habilidades funcionais foi o Pediatric Evaluation of Disability Inventory (PEDI), em sua versão adaptada para o português. A avaliação é realizada por meio de entrevista com o cuidador, o qual deve saber informar sobre o desempenho da criança em atividades e tarefas típicas da rotina diária. Os dados foram apresentados por análise descritiva com medidas de tendência central (média aritmética), dispersão (desvio-padrão) e distribuição de frequência, nas variáveis: idades, gênero e nível socioeconômico da família e caracterização da casuística. Para as análises das pontuações bruta e normativa do questionário PEDI no que se refere às habilidades funcionais e a assistência do cuidador nas três áreas de função autocuidado, mobilidade e função social, foi utilizado o teste de variância One Way, e para o teste de normalidade foi utilizado Shapiro Wilk para variável dependente. A análise comparativa foi realizada pelo teste de Kruskal-Wallis, adotando-se o valor de significância de p< 0,05. Os resultados deste estudo na análise comparativa nas habilidades funcionais na mobilidade, houve diferença estatisticamente significante na comparação entre os grupos GC vs GEEOAV, no escore bruto, e entre os grupos GC vs GEEOAV e GC vs GEFLP, no escore normativo.Na assistência do cuidador no autocuidado, houve diferença estatisticamente significante na comparação entre os grupos GC vs GEEOAV, no escore normativo. Na assistência do cuidador na mobilidade, houve diferença estatisticamente significante na comparação entre os grupos GC vs GEEOAV nos escores bruto e normativo.Na assistência do cuidador na função social houve diferença estatisticamente significante na comparação entre os grupos GC vs GEFLP.
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Background and objective: In this paper, we have tested the suitability of using different artificial intelligence-based algorithms for decision support when classifying the risk of congenital heart surgery. In this sense, classification of those surgical risks provides enormous benefits as the a priori estimation of surgical outcomes depending on either the type of disease or the type of repair, and other elements that influence the final result. This preventive estimation may help to avoid future complications, or even death. Methods: We have evaluated four machine learning algorithms to achieve our objective: multilayer perceptron, self-organizing map, radial basis function networks and decision trees. The architectures implemented have the aim of classifying among three types of surgical risk: low complexity, medium complexity and high complexity. Results: Accuracy outcomes achieved range between 80% and 99%, being the multilayer perceptron method the one that offered a higher hit ratio. Conclusions: According to the results, it is feasible to develop a clinical decision support system using the evaluated algorithms. Such system would help cardiology specialists, paediatricians and surgeons to forecast the level of risk related to a congenital heart disease surgery.
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Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014
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After malaria, schistosomiasis remains the most important tropical parasitic disease in large parts of the world. Schistosomiasis has recently re-emerged in Southern Europe. Intestinal schistosomiasis is caused by most Schistosoma (S.) spp. pathogenic to humans and leads to chronic inflammation and fibrosis of the colon as well as to liver fibrosis. Gallbladder abnormalities usually occur in patients with advanced hepatic portal fibrosis due to Schistosoma mansoni infection. Occasionally, gallbladder abnormalities have been seen also in children and occurring without associated overt liver abnormalities.The specific S. mansoni-induced gallbladder abnormalities detectable by ultrasound include typical hyperechogenic wall thickening with external gallbladder wall protuberances. The luminal wall surface is smooth. The condition is usually clinically silent although some cases of symptomatic cholecystitis have been described. The ultrasonographic Murphy response is negative. Gallbladder contractility is impaired but sludge and calculi occur rarely. Contrary to other trematodes such as liver flukes, S. mansoni does not obstruct the biliary tract. Advanced gallbladder fibrosis is unlikely to reverse after therapy.
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INTRODUCTION: Complex congenital heart disease is a group of severe conditions. Prenatal diagnosis has implications on morbidity and mortality for most severe conditions. The purpose of this work was to evaluate the influence of prenatal diagnosis and distance of residence and birth place to a reference center, on immediate morbidity and early mortality of complex congenital heart disease. MATERIAL AND METHODS: Retrospective study of complex congenital heart disease patients of our Hospital, born between 2007 and 2012. RESULTS: There were 126 patients born with complex congenital heart disease. In 95%, pregnancy was followed since the first trimester, with prenatal diagnosis in 42%. There was a statistically significant relation between birth place and prenatal diagnosis. Transposition of great arteries was the most frequent complex congenital heart disease (45.2%), followed by pulmonary atresia with ventricular septal defect (17.5%) and hypoplastic left ventricle (9.5%). Eighty-two patients (65.1%) had prostaglandin infusion and 38 (30.2%)were ventilated before an intervention. Surgery took place in the neonatal period in 73%. Actuarial survival rate at 30 days, 12 and 24 months was 85%, 80% and 75%, respectively. There was no statistically significant relation between prenatal diagnosis and mortality. DISCUSSION: Most patients with complex congenital heart disease did not have prenatal diagnosis. All cases with prenatal diagnosis were born in a tertiary center. Prenatal diagnosis did not influence significantly neonatal mortality, as already described in other studies with heterogeneous complex heart disease. CONCLUSION: prenatal diagnosis of complex congenital heart disease allowed an adequate referral. Most patients with complex congenital heart disease were not diagnosed prenatally. This data should be considered when planning prenatal diagnosis of congenital heart disease.
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The neuro-anatomical substrates of major depressive disorder (MDD) are still not well understood, despite many neuroimaging studies over the past few decades. Here we present the largest ever worldwide study by the ENIGMA (Enhancing Neuro Imaging Genetics through Meta-Analysis) Major Depressive Disorder Working Group on cortical structural alterations in MDD. Structural T1-weighted brain magnetic resonance imaging (MRI) scans from 2148 MDD patients and 7957 healthy controls were analysed with harmonized protocols at 20 sites around the world. To detect consistent effects of MDD and its modulators on cortical thickness and surface area estimates derived from MRI, statistical effects from sites were meta-analysed separately for adults and adolescents. Adults with MDD had thinner cortical gray matter than controls in the orbitofrontal cortex (OFC), anterior and posterior cingulate, insula and temporal lobes (Cohen’s d effect sizes: −0.10 to −0.14). These effects were most pronounced in first episode and adult-onset patients (>21 years). Compared to matched controls, adolescents with MDD had lower total surface area (but no differences in cortical thickness) and regional reductions in frontal regions (medial OFC and superior frontal gyrus) and primary and higher-order visual, somatosensory and motor areas (d: −0.26 to −0.57). The strongest effects were found in recurrent adolescent patients. This highly powered global effort to identify consistent brain abnormalities showed widespread cortical alterations in MDD patients as compared to controls and suggests that MDD may impact brain structure in a highly dynamic way, with different patterns of alterations at different stages of life.
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BACKGROUND Arrhythmias in cardiac amyloidosis (CA) result in significant comorbidity and mortality but have not been well characterized. OBJECTIVE The purpose of this study was to define intracardiac conduction, atrial arrhythmia substrate, and ablation outcomes in a group of advanced CA patients referred for electrophysiologic study. METHODS Electrophysiologic study with or without catheter ablation was performed in 18 CA patients. Findings and catheter ablation outcomes were compared to age- and gender-matched non-CA patients undergoing catheter ablation of persistent atrial fibrillation (AF). RESULTS Supraventricular tachycardias were seen in all 18 CA patients (1 AV nodal reentrant tachycardia, 17 persistent atrial tachycardia [AT]/AF). The HV interval was prolonged (>55 ms) in all CA patients, including 6 with normal QRS duration (≤100 ms). Thirteen supraventricular tachycardia ablations were performed in 11 patients. Of these, 7 underwent left atrial (LA) mapping and ablation for persistent AT/AF. Compared to non-CA age-matched comparator AF patients, CA patients had more extensive areas of low-voltage areas LA (63% ± 22% vs 34% ± 22%, P = .009) and a greater number of inducible ATs (3.3 ± 1.9 ATs vs 0.2 ± 0.4 ATs, P <.001). The recurrence rate for AT/AF 1 year after ablation was greater in CA patients (83% vs 25%), and the hazard ratio for postablation AT/AF recurrence in CA patients was 5.4 (95% confidence interval 1.9-35.5, P = .007). CONCLUSION In this group of patients with advanced CA and atrial arrhythmias, there was extensive conduction system disease and LA endocardial voltage abnormality. Catheter ablation persistent AT/AF in advanced CA was associated with a high recurrence rate and appears to have a limited role in control of these arrhythmias.
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Mode of access: Internet.
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Bibliography: leaves 122-127.
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Spine title: Congenital malformations of the rectum & anus.
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Thesis (Ph.D.)--University of Washington, 2016-04
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The breast cancer susceptibility gene Brca1 encodes a large multi-functional protein which is implicated as a caretaker of the genome, through its role in regulation of DNA damage response pathways, including apoptosis. Here we show that in mice expressing a dominant-negative Brca1 transgene on a BALB/c background, vaginal entrance remodeling is inhibited, and that the incidence of this phenotype is increased on a p53 +/- genotype. Given that this developmental process is mediated primarily by apoptosis, we hypothesized that disruption of BRCA1 may confer a resistance to apoptosis in normal epithelial cells. Consistent with this, we show that expression of this transgene in vitro leads to resistance to ionizing radiation induced cell killing in mammary epithelial cells. This is the first time that BRCA1 has been implicated in an apoptosis-mediated normal developmental process.