916 resultados para Negras Brasil Identidade racial


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Este estudo teve como objetivo analisar, descrever e comparar as representaes sociais sobre o sistema de cotas para negros e alunos de escola pblica elaboradas por estudantes universitrios da UERJ, considerando a possvel ocorrncia de posies contranormativas na expresso dessas representaes. Os estudantes participantes eram de cursos mais e menos competitivos, ingressantes e concluintes. A metodologia foi orientada pela abordagem estrutural da teoria das representaes sociais. Aplicou-se a tcnica das evocaes livres, tendo como termos indutores cotas para negros na universidade e cotas para alunos de escola pblica. Os sujeitos foram 240 estudantes, divididos igualmente por dois entrevistadores, um negro e outro branco. A partir das evocaes produzidas, os dados foram analisados por meio da construo de um quadro de quatro casas, com o auxlio do software Evoc 2003. Os resultados mostram que os estudantes tm uma atitude estruturada em torno da dimenso normativa da representao, abrangendo os aspectos desfavorveis ao sistema de cotas para negros, com os elementos racismo e preconceito como possvel ncleo central. Em relao s cotas para alunos de escola pblica, apresenta os elementos justo e qualidade ensino ruim, como possveis constituintes do ncleo central. A representao foi mais consensual nesse tipo de cota, apontando para a importncia da melhoria da qualidade do ensino pblico. Na avaliao dos diversos tipos de cotas, ocorreram diferenas nos posicionamentos diante dos aplicadores. Frente ao aplicador branco, trs tipos de cotas no foram rejeitadas, as cotas para indgenas, escola pblica e portadores de necessidades especiais (PNE). Entretanto, frente ao aplicador negro, observa-se que as cotas para indgenas e PNE se transformaram radicalmente. No caso das cotas para indgenas, esta atitude se justificaria pela impossibilidade de se recusar as cotas para negros e aceitar as outras modalidades de cotas com critrios raciais.

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Buscou-se, nesse estudo, quantificar e avaliar a homogamia, a heterogamia e as barreiras de cruzamento ao matrimnio via escolaridade (anos de estudo) e origem social (categorias ocupacionais dos pais). As tendncias temporais desses padres tambm foram examinadas. Analisou-se, ainda, a associao entre escolaridade dos maridos, escolaridade das esposas (status realizado), origem social dos maridos e origem social das esposas (status atribudo). Esse trabalho teve o intuito tambm de discutir o vis de seletividade marital segundo os diferenciais sociais (anos de estudo e origem social). Para isso, foram analisados parmetros que mostram como se configuram os padres de nupcialidade (idade mdia ao casar e celibato definitivo), bem como foram examinados os determinantes da unio sob a perspectiva de trs nveis de fatores condicionantes (nvel das caractersticas individuais, nvel do status atribudo e nvel do status realizado). Verificou-se que as mulheres com alta escolaridade, no Brasil, permanecem num perodo maior na condio de solteiras (alta idade mdia ao casar e alto celibato definitivo). Os homens com alta escolaridade tambm apresentaram uma alta idade mdia ao casar, entretanto, o casamento demonstrou ser praticamente universal para esse segmento. Os resultados tambm mostraram que o aumento de um ano na idade dos indivduos elevam a chance de unio em aproximadamente 5%. Ter uma baixa escolaridade tambm aumenta a chance dos indivduos se casarem. A varivel origem social apresentou um comportamento dbio ao ser incorporada no modelo com a varivel anos de estudo. Constatou-se que h uma alta proporo de unies homogmicas por escolaridade. Para efetuar uma anlise adequada das tendncias temporais na seletividade marital foi proposto modelos log-lineares em que a dimenso do tempo foi incorporada. O ajustamento dos modelos indicou que a interpretao mais plausvel para as tendncias temporais na seletividade marital por escolaridade a da estabilidade dos parmetros indicativos das propenses homogmicas. Em relao a anlise da seletividade marital e origem social os resultados mostraram que a maior proporo de homogamia pde ser verificada entre os casais que tinham como origem social a categoria de pequenos proprietrios rurais. A concluso mais plausvel ao se analisar os modelos que consideraram as tendncias temporais que a variao temporal dos parmetros indicativos da seletividade marital por origem social a caracterstica mais forte dos dados analisados. Ao analisar as chances relativas oriundas desse modelo observou-se que as barreiras de origem social de curta distncia (entre segmentos de origem social prximos) so as mais fceis de serem transpostas. Ao passo que as barreiras mais difceis de serem ultrapassadas esto concentradas nos dois extremos. Verificou-se, ainda, que as associaes entre as interaes escolaridade do marido e escolaridade da esposa e origem social do marido e origem social da esposa no so independentes. Assim, pode-se presumir que a origem social (status atribudo) continua influenciando a escolha conjugal mesmo quando se leva em considerao o status realizado (escolaridade dos cnjuges)

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O museu como instituio de produo, guarda e difuso de conhecimentos necessita criar e desenvolver estratgias que se encontram articuladas a demandas sociais de um determinado tempo histrico, assim como quelas que lhes so prprias. O estudo das aes educativas desenvolvidas pelo Museu Nacional do Rio de Janeiro no perodo entre sua criao em 1818 e a dcada de 1930 com os objetivos de divulgar o conhecimento cientfico por ele produzido e apoiar o ensino das cincias naturais objeto deste trabalho, na tentativa de compreend-las enredadas no contexto mais amplo de institucionalizao da educao, racionalizao da pedagogia, formao do carter pblico dos museus e construo da nao brasileira. Operando com as continuidades e descontinuidades dessas aes no perodo proposto, a pesquisa foi desenvolvida atravs da investigao de um conjunto documental, composto dos seguintes tipos: a) legislao brasileira, pertinente educao e ao Museu Nacional; b) correspondncia efetivada entre o Museu, ministrios, instituies e autoridades; c) relatrios de Diretores, Secretrio, pesquisadores do Museu Nacional; dos ministrios; de naturalistas e professores; d) livros de registros do Museu Nacional; e) catlogos, programas e guias de exposies nacionais e internacionais; f) publicaes de diretores do Museu Nacional e de professores; g) conferncias sobre cincia e educao; h) peridicos; i) quadros murais e colees didticas. Desse conjunto tratamos em especial os materiais que serviram de suporte e veculo de comunicao, com a pretenso de evidenciar o museu como espao educativo, valorizando suas aes dirigidas para a instruo pblica. De acordo com os resultados obtidos, foi possvel observar que ao longo do Imprio e nas quatro primeiras dcadas da Repblica no Brasil o Museu Nacional atuou como agncia de consultoria de governo, ampliando suas aes educativas para atender s necessidades de diferentes segmentos da sociedade e s suas demandas internas. Nesse sentido, contribuiu para afirmar estudos em Histria Natural apoiados na teoria evolucionista; inserir o Brasil no cenrio cientfico internacional; instruir e ampliar os conhecimentos sobre o pas, valorizando suas riquezas naturais, estimulando no pblico, especialmente o escolar, o carter prtico do ensino e um sentimento de pertencimento e de identidade nacional.

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O objetivo geral da tese aprofundar a reflexo sobre a regulao e o exame de qualidade de patentes farmacuticas no Brasil, em um contexto de implantao de dispositivos legais conhecidos como TRIPS-Plus ao redor do mundo. Para isso, so discutidos os mecanismos jurdicos e polticos de proteo sade relacionados propriedade intelectual. Analisam-se especificamente do ponto de vista sociolgico as experincias de anuncia prvia para pedidos de patentes envolvendo produtos e processos farmacuticos da Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (Anvisa) e o uso do subsdio ao exame tcnico. Em termos metodolgicos, consideram-se as aes do Governo brasileiro entre 1996 a 2012, propostas de mudana da Lei de Propriedade Industrial brasileira e controvrsias ligadas a algumas modalidades de reivindicao, como polimorfos, patentes de seleo e segundo uso mdico. As tcnicas de pesquisa utilizadas tambm incluem o levantamento de material de imprensa, textos de leis, documentos e decretos relativos a medicamentos e propriedade intelectual, assim como de pedidos de patentes e de decises judiciais concernindo temtica. Optou-se ainda por realizar entrevistas com gestores, examinadores de patentes, juristas e membros de ONGs. As concluses indicam que as prticas regulatrias ligadas ao setor sade no podem ser reduzidas ao simples corpo de regras formais presentes neste domnio, mas sim entendidas como agenciamentos entre atores, tipos distintos de saberes e de ferramentas de interveno. A regulao dos direitos de propriedade intelectual relativos a produtos e processos farmacuticos no Brasil est ligada a um processo, onde se verifica a disputa em torno de diferentes projetos e vises de mundo de grupos com maior ou menor poder para direcionar este processo. Os dispositivos da anuncia prvia e do subsdio ao exame tcnico apresentam-se como elementos reguladores da propriedade intelectual de medicamentos e de impacto sobre exame de qualidade de patentes farmacuticas, contribuindo para a considerao de questes de sade pblica ao longo da concesso destas patentes.

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A experincia do mundo desenvolvido mostra que o crescimento econmico de um pas sempre requer uma grande disponibilidade de capacidade de produo prpria de energia, a preos de mercado competitivos e atraentes. A estabilidade de relaes comerciais, definidas por uma regulao transparente e objetiva, adiversidade de fontes supridoras e a existncia de polticas de governo que incentivemo desenvolvimento sustentvel do mercado consumidor so requisitos imprescindveis captao de novos investidores para o setor energtico. No obstante o incremento recente do percentual de gs natural na matriz energtica nacional e a perspectiva mundial de aumento do uso deste combustvel, alguns desafios ainda se interpem ao efetivo crescimento da participao do gs natural no mercado energtico nacional. Itens crticos para a expanso do uso do gs natural no Brasil, tais como a realizao de grandes investimentos em infraestrutura de produo, transporte e distribuio, a explorao das principais reservas de hidrocarbonetos, a reduo das incertezas com relao evoluo da demanda por gs no mercado industrial e termeltrico, aliados aos grandes desafios tecnolgicos para produo do pr-sal brasileiro geram grandes riscos ao retorno de investimentos no setor, causando postergaes ao desenvolvimento de novas reas de produo e expanso da demanda de gs. O objetivo deste trabalho apresentar uma viso ampla do mercado brasileiro de gs natural, baseada emcenrios possveis e desafios futuros expanso da utilizao do gs no pas, desenvolvidos a partir da anlise de levantamento de dados de produo e consumo e do atual estgio da evoluo da indstria gasfera brasileira. Este trabalho apresenta tambm um conjunto de proposies como objetivo de mitigar as dificuldades citadas e alavancar o desenvolvimento do mercado de gs no Brasi

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O presente estudo teve por objetivo analisar a magnitude e a distribuio das aposentadorias por invalidez por dor nas costas no Brasil em 2007. Trata-se de estudo descritivo utilizando registros do Sistema nico de Informaes de Benefcios e dos Anurios Estatsticos da Previdncia Social de 2007. Foram concedidos 10.839 benefcios de aposentadoria por invalidez referentes a dor nas costas. As variveis idade, sexo, estados e grandes regies foram utilizadas para o clculo das taxas de incidncia de dor nas costas em aposentadorias por invalidez enquanto as variveis faixa salarial, ramo de atividade, clientela e tipo de filiao, foram utilizadas para o clculo das propores. Para o clculo das dez primeiras causas de aposentadoria por invalidez foram utilizados os dados de todas as causas deste benefcio. Foram analisados ainda, os dias de trabalho perdidos por invalidez por atividade profissional. A dor nas costas idioptica foi a primeira causa de invalidez em 2007. A maioria dos beneficirios residia em rea urbana, era composta por comercirios e recebia at trs salrios mnimos. A taxa de incidncia de dor nas costas em aposentadorias por invalidez foi de 29,96 por 100.000 contribuintes. Este valor foi mais elevado no sexo masculino e apresentou crescimento medida que se eleva a faixa etria. A taxa de Rondnia, estado com a maior proporo de trabalhadores rurais foi mais de quatro vezes o esperado (RT=4,05) enquanto a segunda maior taxa foi aproximadamente duas vezes o esperado (RT=2,07). A dor nas costas foi uma importante causa de invalidez em 2007. As diferenas observadas entre as incidncias por estado apontam para a necessidade de melhor compreender os fatores associados a este importante problema de morbidade para a populao trabalhadora brasileira.

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[ES] Evolucin de la inversin extranjera directa en Amrica Latina y el Caribe, con especial inters en el caso de Brasil

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Este trabalho tem como foco discutir a atual cultura da adoo. O eixo escolhido gira em torno dos conceitos de identidade, famlia e cultura. O estudo das vrias modalidades de adoo ressaltou a importncia de se reconhecer a existncia de profundas diferenas culturais e econmicas entre as duas famlias, biolgica e adotiva, participantes do processo. Este reconhecimento passa pela incluso da famlia doadora, desde o incio do processo de adoo, caminhando no sentido de uma adoo aberta, onde o contato e as trocas entre as duas famlias estejam, cada vez mais e verdadeiramente, a servio dos interesses da criana. Este estudo evidenciou tambm a intrincada relao entre abandono e adoo no Brasil, apontando para as inmeras frentes de pesquisa que podem surgir a partir da, no sentido de se entender melhor o problema, em busca de possveis solues.

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Este trabalho pretende contribuir para o entendimento sobre a desindustrializao brasileira, bem como propor uma reflexo sobre o futuro das polticas de governo atualmente vigentes. Para isso, procurou-se inicialmente avaliar a literatura nacional e estrangeira sobre o tema da desindustrializao. O objetivo , portanto, observar atravs dos dados e indicadores mais recomendados pela literatura existente, se o Brasil apresenta, realmente, sinais de que est passando por um processo de desindustrializao. Os agregados econmicos analisados foram: emprego, produto e o setor externo. As respectivas sries revelaram, em seu conjunto, que o Brasil est enfrentando, desde meados dos anos 1980, o fenmeno da desindustrializao. As principais causas que contribuem para explicar o porqu desse processo so: o avano das commodities na pauta exportadora brasileira, a recente valorizao da moeda nacional, a baixa densidade tecnolgica dos produtos industriais brasileiros, as mudanas de polticas econmicas dos anos 1980 e 1990 e, finalmente, o processo geral recente do capitalismo, no contexto de um mundo globalizado.

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Este trabalho tem por objetivo verificar se h impacto das republicaes das demonstraes contbeis das empresas com aes negociadas na Bovespa no perodo de 2000 a 2010, no preo de suas aes. O estudo parte do pressuposto de que o mercado Brasileiro de aes semiforte. A metodologia utilizada nesta pesquisa foi em parte qualitativa ao descrever a amostra e suas caractersticas assim como quantitativa na forma dos testes de diferenas de mdia. Os resultados dos testes mostram que ao se analisar toda a amostra como um nico grupo, os retornos anormais encontrados no mostraram diferena significativa em comparao com os valores esperados calculados, mas quando analisados em segmentaes distintas pelo tipo de motivao republicao, foram encontrados evidncias de que h diferena significativa entre as amostras das republicaes das demonstraes contbeis voluntrias e obrigatrias. Assim como tambm foram encontrados evidncias de que pode haver diferena significativa entre as amostras segmentadas pela natureza do erro apresentado com justificativa para a republicao da demonstrao contbil, tanto nos casos de mensurao, quanto classificao e reconhecimento. A mesma evidncia apresentada nos grficos das mdias dos retornos anormais calculados para este estudo.

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As doenas crnicas no transmissveis (DCNT) esto posicionadas no topo das enfermidades em termos de morbimortalidade, no Brasil e no mundo. Entre estas, as doenas cardiovasculares (DCV), e particularmente, as cerebrovasculares (DCbV), produzem um impacto significativo sobre a autonomia das pessoas, desfalcando a fora de trabalho das naes e gerando um alto custo para a previdncia social de todos os pases. No Brasil, s muito recentemente as enfermidades circulatrias passaram a ser contempladas por polticas pblicas formuladas pelo Ministrio da Sade (MS), no s pela manuteno destas doenas em altos patamares de morbimortalidade, mas tambm pelo crescimento exponencial de alguns dos seus fatores de risco. Partindo do pressuposto que as polticas e programas oficiais no esto sendo efetivamente implementados no mbito da Ateno Primria Sade (APS), o objetivo do presente estudo foi investigar e analisar como estas iniciativas do MS vem sendo efetivamente executadas em Juiz de Fora-MG. A estratgia utilizada para essa investigao consistiu em uma pesquisa qualiquantitativa com base em observao, documentos e entrevistas semi-estruturadas com os diferentes componentes profissionais das Equipes de Sade da Famlia de trs unidades bsicas de sade do municpio citado. Foram entrevistados 40 profissionais de sade, entre mdicos, enfermeiros e agentes comunitrios de sade, buscando-se entender como os programas governamentais com interface com a preveno das doenas cardiovasculares e, em especial, cerebrovasculares, vm sendo implementados ao nvel do Programa de Sade da Famlia. Na comparao entre o que recomendado nos programas governamentais e o que vem sendo executado nas UBS, concluiu-se que ainda h um longo caminho a ser percorrido para que estes programas sejam efetivamente implementados na porta de entrada do sistema de sade.

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O objetivo deste trabalho analisar a presena da Igreja Protestante e, a propagao da f reformada entre os indgenas durante a ocupao holandesa no Nordeste brasileiro, nos de 1630 a 1654. discutido ainda como se deu a relao dos nativos com os invasores neerlandeses. Como foi realizada a evangelizao dos ndios, que por sua vez, j haviam sido catequizados pelos portugueses catlicos, principalmente os religiosos da Companhia de Jesus, e quais as dificuldades encontradas frente a uma (re)catequizao. Aborda ainda o interesse econmico aliado ao religioso que compunha o quadro do sculo XVII, alm de todo o processo de alfabetizao o qual os brasilianos passaram, resultando assim em uma mudana da estrutura cultural e social no tempo e espao supracitados.

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Lima Barreto aborda o intelectual do seu tempo a partir do seu ideal de arte social, e dentro deste ideal de arte o intelectual aquele que mantm articulao com o saber, e faz disto um benefcio para a coletividade (OAKLEY, 2011). Portanto, este trabalho aborda as figuraes da intelectualidade no Brasil utilizando a idealizao de arte e intelectual de Lima Barreto em nossas anlises sobre a figura do intelectual. Inevitavelmente ao tratar da temtica do intelectual no poderamos deixar de abordar a prpria figura de Lima Barreto como intelectual em seu tempo. Assim sendo, busca-se compreender Lima Barreto como intelectual preterido por seus contemporneos, bem como no engajado em lutas de classes sociais, distante de qualquer categoria de intelectual orgnico de Gramsci. Com isto infere-se que Lima Barreto no fazia parte da elite intelectual da Belle poque, e nem era porta-voz do subrbio. Ele foi um escritor e intelectual militante somente de uma causa: a arte como ferramenta para comunho entre os homens. Escolhemos o gnero crnica por ela ser algo dirio, escrita de observador e gnero onde Lima pode explorar a sua escrita irnica e sarcstica sobre diversos temas, em especial o intelectual (S, 2005). Portanto, as crnicas de Lima Barreto podem nos oferecer uma melhor representao dessas figuraes do intelectual, seja na poltica, imprensa ou literatura. Lima Barreto vai construir seu ideal de arte e intelectual dentro da sociedade Belle poque, sociedade essa que abrigava um trabalho de elaborao da literatura em que a forma era mais importante do que o contedo e fomentava a poltica de modernizao do pas numa clara imitao dos modos e costumes europeus em nossa literatura. Ao contrrio disto, Lima Barreto defendia que o importante, para o intelectual, era o trato com o contedo, ser contemporneo, uma relao verdadeira com a inteligncia e que sua escrita estivesse a servio do bem comum. Evidente que a literatura idealizada por Lima Barreto era utpica, mas militante, e por isso que ele, Lima Barreto, um intelectual de resistncia

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O objetivo desta tese traar um panorama histrico das polticas pblicas de planejamento familiar do Estado brasileiro, inserindo-o no contexto da complexa conjuntura sociopoltico-econmica no perodo de 1980 at a atualidade. Mediante pesquisa bibliogrfica e documental, investigam-se, na interseo das polticas para populao, mulher e sade, as influncias e interesses que incidem sobre programas de planejamento familiar. Aps recuperar brevemente a trajetria dos movimentos de mulheres e feministas, que constituram atores sociais centrais no debate sobre as polticas de populao e de planejamento familiar, focaliza-se a drstica reduo nas taxas de fecundidade da mulher brasileira ocorrida a partir dos anos 1960, na vigncia oficial de uma poltica natalista, mas na omisso do Estado ao permitir a difuso no pas de organizaes de cunho controlista, que viabilizaram s mulheres o acesso plula anticoncepcional e esterilizao. Acompanha-se a evoluo das polticas de populao em nvel mundial, destacando a atuao da Organizao das Naes Unidas e de suas conferncias mundiais, focalizando a Conferncia Internacional de Populao e Desenvolvimento realizada no Cairo em 1994, que provocou uma inflexo nas polticas de sade da mulher para sade reprodutiva. No Brasil, que j contava com um programa pioneiro de sade da mulher o Paism (1983) , os efeitos do Cairo vieram somar-se definio do planejamento familiar pela Constituio de 1988 e instituio do Sistema nico de Sade em 1990. A anlise permitiu identificar as influncias externas e internas que incidem sobre a poltica de planejamento familiar. A poltica de planejamento familiar do pas hoje configura-se democrtica, abrangente e descentralizada, sendo a principal tenso identificada entre seus enunciados e sua implementao na prtica, ou seja, s ser efetiva se houver um controle social eficaz.

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Nesse trabalho analisei a resistncia e permanncia dos padres da Companhia de Jesus no Brasil e a co mpreenso em torno do debate da atuao desses religiosos, aps a Reforma Pombalina ocorrida em 1759; abordando ainda, as outras duas supresses sofridas pela Companhia de Jesus, em 1834 e 1910, respectivamente. Buscando as estratgias e as tticas utilizadas pela Ordem. A Companhia circulou em vrios setores da sociedade nos pases e m que esteve presente, agindo com intuito de converter e civilizar dentro dos cnones da Ordem. Em seu campo de ao damos destaque ao educativo, especificamente aos seus Colgios. Devido amplitude do tema, visto que, este acontecimento teve conseqncias em vrios pases e nos diversos setores da sociedade dos quais os jesutas faziam parte, me detive mais detalhadamente no estudo dos padres no Rio de Janeiro, que tr ansversalizou dois Colgios: o Santo Incio e o Anchieta. Adentramos nas tticas e estratgias ut ilizadas pelos jesutas para circularem entre o sagrado e o profano, de forma dinmica e recproca e como forma de agir. Ao que se perceber na suas inst ituies de ensino, locais de lutas pelos interesses de u m saber-poder, que implica no seu modo de formao dos alunos. O trabalho procurou contribuir para aprofundar nos meandros de uma histria pouco conhecida: a permanncia dos jesutas. A partir da fo i possvel perceber a rede de sociabilidade que ut ilizaram em suas aes, a representao que fizeram da Ordem, o sentido e a proposta da sua educao. Para realizao da pesquisa, as principais fo ntes foram os Decretos Rgios e as correspondncias trocadas entre o Rei e os Governadores Gerais das Provncias, documentos localizados no Arquivo Nacional. Tambm correspondncias trocadas entre os superiores e reitores dos Colgios Jesutas, peridicos, cadernos de exerccios, fo lhetos, fotografias, livros de matrculas e mdias anuais, entre outros, encontrados no acervo de memria dos Colgios Santo Incio e Anchieta. Os documentos do a ver a tenso existente entre o silncio quanto histria dos jesutas aps sua expulso, a permanncia e a atuao dos mesmos nos diversos campos, principalmente o educativo.