998 resultados para Portugal - Comércio - Brasil Séc. XIX
Resumo:
A sociedade organizada e moderna vive num mundo cada vez mais globalizado, onde a competitividade entre as empresas aumenta significativamente. Os clientes esto cada vez mais exigentes e bem informados acerca dos produtos e das empresas. A Internet mostrou-se nos ltimos anos uma grande ferramenta estratgica nestas transformaes, causando mudanas e forando as empresas a repensarem seu posicionamento no mercado e em seus modelos de negcios. O turismo na tica do cliente formado basicamente por informao que pode ser disponibilizada largamente pela Internet. Cada vez mais surgem novas empresas, utilizando-se da Internet para realizar negcios relacionados ao mercado de turismo. Destas empresas h aquelas que disponibilizam seus produtos somente pela Internet e aquelas que se utilizam de modelos tradicionais de comercializao. Neste contexto, esta pesquisa estuda algumas empresas e instituies envolvidas com o setor de turismo no Brasil, buscando abstrair a percepo de cada caso sobre quais as influncias da utilizao da Internet em seus negcios e no mercado. Evidencia possveis causas de as empresas utilizarem ou no a Internet como meio de comunicao e venda em seus negcios, possibilitando obter uma viso do uso da Internet e o comércio eletrnico pelas empresas na efetivao do negcio turismo no Brasil.
Resumo:
Durante o resgate do material arqueolgico dos stios da regio de Piratuba, SC, e de Aratiba, Machadinho e Maximiliano de Almeida, RS, rea de influncia da Usina Hidroeltrica de Machadinho, foram observadas grandes quantidades de ossos e escamas de peixes incorporando os restos alimentares encontrados nestes locais. Utilizando uma coleo osteolgica de referncia pudemos identificar restos de Salminus maxillosus Valenciennes, 1850, Brycon orbignyanus (Valenciennes, 1849), Pogonopoma obscurum Quevedo & Reis, 2002, Hemiancistrus fuliginosus Cardoso & Malabarba, 1999, Prochilodus lineatus (Valenciennes, 1836), Schizodon sp., Leporinus sp., Hoplias sp., Hypostomus sp. e Crenicichla sp. Com base em medies realizadas em exemplares de colees, foram obtidas regresses a partir das dimenses do osso pr-maxilar em Crenicichla spp. e do esporo peitoral em Hemiancistrus fuliginosus, Pogonopoma obscurum e Hypostomus spp. correlacionadas com o comprimento padro e peso dos espcimes. A partir das estimativas de comprimento padro e peso das peas sseas encontradas foi possvel formular hipteses sobre a tecnologia de pesca utilizada pelos habitantes destes stios.
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O estudo analisa a orientao das exportaes brasileiras de seis produtos de base agrcola (acar, caf, frango, fumo, soja e o suco de laranja), procurando observar se ela vem ocorrendo em direo da futura rea de Livre Comércio das Amricas (ALCA), valendo-se do ndice de Orientao Regional. Busca tambm avaliar a importncia destes produtos na pauta de exportaes brasileiras, atravs do ndice de Vantagens Comparativas Reveladas (VCR). Descreve as tarifas de importao de alguns pases que iro compor a ALCA juntamente com o Brasil, no intuito de concluir o benefcio da eliminao das mesmas para cada um dos produtos. Constata-se que os produtos brasileiros devero beneficiar-se da abertura comercial promovida atravs da ALCA, salvo no caso da carne de frango que deve ser considerado como um produto sensvel para que no sofra concorrncia dos EUA num primeiro momento.
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O gnero Ctenomys (famlia Ctenomyidae) compreende 50 a 60 espcies de animais conhecidos popularmente como tuco-tucos. De hbito fossorial, este grupo representa os mamferos dominantes na explorao do nicho subterrneo na Regio Neotropical. A distribuio das espcies bastante fragmentada, influenciada por vrios fatores limitantes como barreiras ecolgicas e geogrficas. Seu pequeno poder de dispersao (baixa vagilidade) causa uma restrio ao fluxo gnico. Ctenomys minutus, a espcie alvo deste trabalho, habita campos arenosos e dunas da Plancie Costeira do Sul do Brasil, do Rio Grande do Sul at Santa Catarina. Uma interessante caracterstica da espcie a ampla variao cariotpica, apresentando onze diferentes caritipos. A fixao destes polimorfismos, bem como a distribuio desta espcie, esto amplamente relacionada a histria de formao geolgica da regio que habita, especialmente a existncia de barreiras geogrficas. Atualmente, cruzando a rea norte de sua distribuio encontram-se a rodovia RS 030, uma via de ligao do interior do estado ao litoral, e o Rio Mampituba, uma barreira geogrfica de origem recente. A fim de entender os nveis de fluxo gnico entre populaes de Ctenomys minutus e testar a efetividade destas barreiras, este trabalho utilizou quatro loci de microssatlites como marcadores moleculares na determinao da estrutura gentica das populaes Foram selecionados seis locais de estudo correspondentes a seis populaes ao longo da distribuio da espcie. Quatro pontos esto prximos ao Municpio de Osrio e correspondem a duas populaes que margeiam a RS 030, Campo Amaral e Campo Weber, ambos situados a uma distncia de menos de 100 metros em lados opostos da rodovia (distantes entre si em 1Km), e a Maribo A e Maribo B, populaes sem barreira aparente entre si (afastadas em 700m). Outros dois locais esto localizados nos municpios de Torres (RS) e Sombrio (SC) correspondendo as populaes do Parque da Guarita e da Praia da Gaivota, respectivamente. Esto separados pelo Rio Mampituba e distantes em 25Km. A obteno de um fragmento de pele da cauda para posterior extrao de DNA foi realizada com a captura dos animais (auxlio de armadilhas do tipo oneida-vitor n0), retirada do material e devoluo dos animais vivos toca de origem. A amostra contou com 227 indivduos, sendo 50 para a populao de Weber, 50 para Maribo A, 52 para Amaral, 38 para Maribo B,19 para Gaivota e 18 para Torres. Na amplificao dos quatro loci de microssatlites foram empregados primers descritos para a espcie co-genrica C. haigi, obtendo-se ao todo 27 diferentes alelos. A anlise das freqncias destes alelos indicou subestruturao populacional nas amostras atravs de altos valores de Fis baixa heterozigosidade observada e alta probabilidade de subdiviso na anlise para a probabilidade do nmero de populaes Os valores de Fst revelaram isolamento entre as populaes e, analisados em relao a disposio geogrfica entre os locais de coleta, mostraram um padro de isolamento pela distncia. Foram tambm avaliadas as populaes par a par para determinao do isolamento entre elas e nveis de fluxo gnico. Quando analisadas Maribo A e Maribo B observou-se baixo isolamento, com nveis de fluxo da ordem de 1,082 indivduos/gerao para estas populaes no separadas por barreiras. Os resultados obtidos para a anlise de Torres e Gaivota foram indicadores de alto isolamento, com nmero de migrantes no efetivo. Para Weber e Amaral obteve-se a menor estruturao, sendo o nmero de migrantes de 6,33 indivduos por gerao. Acerca destes resultados fica evidenciada a efetividade do Rio Mampituba como barreira ao fluxo gnico entre as populaes de Ctenomys minutus de lados opostos de suas margens. Para a RS 030, no houve indicao de sua efetividade como barreira ao fluxo gnico, nem de queda na variabilidade gentica das populaes prximas quando comparadas s demais populaes. Os valores de Fst e nmero de migrantes, no entanto, sugerem a existncia de uma nica populao inicial atualmente dividida pela presena da rodovia.
Racionalidade imperfeita e inrcia inflacionria : uma nova estimao da Curva de Phillips para o Brasil
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O presente trabalho estima uma nova relao entre emprego e inflao para o Brasil, tendo como pano de fundo hipteses propostas pelo arcabouo neo-keynesiano. Quatro hipteses so testadas e sustentadas ao longo de todo o trabalho: i) os agentes no possuem racionalidade perfeita; ii) a imperfeio no processo de formao das expectativas dos agentes pode ser um fator determinante no componente inercial da inflao brasileira; iii) a inflao possui um componente inercial autnomo, que no depende de choques verificados em mercados isolados; e, iv) relaes no-lineares entre inflao e desemprego so capazes de fornecer melhores explicaes para o comportamento da economia nos ltimos 12 anos. Enquanto as duas primeiras hipteses so verificadas atravs de um modelo com mudanas markovianas, as duas ltimas so testadas a partir da estimao de uma Curva de Phillips convexa, estimadas pelo Filtro de Kalman. Entretanto, mesmo fazendo uso destas estimativas, as funes de resposta da poltica monetria apresentam as mesmas propriedades de estimativas tradicionais para o Brasil.
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A presente Dissertao descreve a introduo do sistema de telefonia no Brasil, sua consolidao na primeira metade do século XX e o estabelecimento do controle estatal sobre o Sistema Nacional de Telecomunicaes, com a criao das Telecomunicaes Brasileiras S/A (Telebrs) em 1972. Analisa sua superao, nos anos 90, e o estabelecimento das bases para a criao de um novo modelo buscando a universalidade e a concorrncia. Aborda a experincia internacional da desregulamentao das telecomunicaes em pases onde o processo foi mais significativo e analisa o estabelecimento de uma agncia regulatria para o setor, considerando os diversos mecanismos regulatrios experimentados. Analisa a privatizao da Telebrs e os resultados alcanados depois de cinco anos (at 2003) de desregulamentao das telecomunicaes no Brasil.
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O sulfato de condroitina (SC) um agente protetor de cartilagem usado na teraputica das osteoartrites/osteoartroses. Considerado nutracutico (parte de alimento que propicia benefcio mdico), no regulamentado pela FDA (Food and Drug Administration) nos Estados Unidos. No Brasil a ANVISA (Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria) controla esses produtos. Na Europa, agncias controladoras de medicamentos tambm controlam a liberao desses produtos para o comércio. O presente estudo foi realizado para avaliar a embriofeto-toxicidade potencial dessa substncia. O estudo parte de uma avaliao para verificao da segurana do SC. Para isso foi utilizado o segmento II, dos testes de toxicidade reprodutiva preconizado pelas normas da EPA (Environmental Protection Agency) e FDA. O SC nas dosagens de 200, 400 e 600 mg/kg de massa corporal foi administrado por via oral a ratas Wistar (N=14) entre os dias 6 e 15 de prenhez. Aos 21 dias de gestao (dia previsto para o parto) as fmeas tratadas foram mortas e foi realizada histerectomia. O nmero de stios de implantao, de fetos vivos e mortos, reabsores e corpos lteos foram registrados. Os fetos foram pesados, examinados quanto a malformaes externas, e fixados em formol para posterior tcnica de colorao por alizarina para avaliao esqueltica. O desenvolvimento ponderal das ratas e seu consumo de gua e rao tambm foram registrados para posterior avaliao de toxicidade materna. No houve alterao nos ndices de fertilidade e reprodutivos das mes entre os grupos. O desenvolvimento ponderal e consumos de gua e rao tambm no foram alterados pelo tratamento com diferentes doses de SC, quando comparados com o grupo controle. No foram encontradas alteraes estatisticamente significativas (p<0,05) nos percentuais de malformaes esquelticas (200 mg/kg = 25,45%, 400 mg/kg = 19,44%, 600 mg/kg = 11,84%, controle = 12,76%). Os resultados verificados nesse trabalho permitem afirmar que o SC em doses de 200, 400 e 600 mg/kg, administrado no perodo de embriognese, no teratognico para ratas Wistar. Tambm no ocorreram sinais de toxicidade materna.
Resumo:
O roedor subterrneo tuco-tuco Ctenomys minutus (Rodentia, Ctenomyidae) habita campos arenosos da Plancie Costeira do RS. Esta espcie uma das cinco existentes no Rio Grande do Sul (Brasil), ocorrendo desde o Farol de Santa Marta (SC) at So Jos do Norte (RS). O objetivo deste trabalho foi descrever a biologia populacional de C. minutus e desenvolver um mtodo para classificao etria individual que utilize medidas corporais de fcil obteno em campo. Foram realizadas 22 campanhas de amostragens em 14 meses em trs locais de amostragem. Foram capturados 191 animais (73 machos e 118 fmeas) e foram obtidas 39 recapturas ao longo do estudo. Os animais foram capturados com armadilhas Oneida Victor n 0, anestesiados, marcados e soltos aps serem tomadas medidas corporais de peso, comprimento total, comprimento da cauda e largura do dente incisivo. Durante os trabalhos, foram registradas evidncias de atividade nas tocas, indicadas pelo bloqueio das aberturas das tocas aps a colocao das armadilhas. Foi desenvolvido um mtodo de classificao etria com base em diagramas de disperso de pontos entre medidas corporais e sua associao com estado reprodutivo de fmeas. Os resultados demonstram que a utilizao de pelo menos duas medidas corporais, associadas s informaes de estado reprodutivo permite a construo de um diagrama consistente com os dados biolgicos obtidos em campo. Com base nesta constatao, proposto o Diagrama de Classificao Etria que pode ser utilizado para quaisquer duas medidas, associado a dados de estado reprodutivo, podendo ser adaptado para outras espcies de tuco-tucos Entretanto, o mtodo deve ser aperfeioado para machos, possivelmente a partir de informaes sobre estruturas reprodutivas internas. As classes etrias utilizadas foram jovem, subadulto e adulto. As fmeas foram classificadas quanto ao estado reprodutivo em no perfurada, perfurada, cicatrizada e prenhe. O estado reprodutivo de machos no foi determinado porque estes no possuem testculos aparentes. A populao de C. minutus estudada foi composta por 84,8 % de adultos, 9,4 % de subadultos e 5,8 % de jovens, com razo sexual nas fases jovem e subadulta de 1:1 e na fase adulta de 0,5 machos:1 fmea. H uma poca preferencial de acasalamento nos meses de inverno e de nascimentos no final do inverno e primavera. Entretanto, ocorrem indivduos com atividade reprodutiva durante todas as estaes do ano, porm em menor nmero. Ctenomys minutus atinge a maturidade sexual com aproximadamente seis ou sete meses de idade, com o comprimento do corpo por volta de 155 mm e a partir de 170 mm todos os indivduos so considerados adultos. Os machos tendem a ser mais pesados que fmeas de mesmo comprimento, principalmente a partir de 150 mm de comprimento de corpo. O tamanho aproximado de primeira maturao (incio da fase adulta) de 155 mm de comprimento do corpo Com dados de captura-marcao-recaptura foi demonstrado que esta espcie pode viver at aproximadamente trs anos. Ctenomys minutus uma espcie solitria, que compartilha as galerias somente para o acasalamento e durante o cuidado das crias. Aparentemente, os machos no participam do cuidado da prole, uma vez que somente fmeas foram capturadas na mesma toca que jovens. O menor nmero mnimo de indivduos na populao de um local de amostragem foi de 20 indivduos (setembro/2001) e o maior foi de 39 indivduos (maro/2002). A densidade absoluta encontrada em cada dia de amostragem foi de no mnimo sete indivduos/ha (janeiro/2002) e de no mximo 15 indivduos/ha (setembro/2002). No foram detectadas diferenas sazonais no padro de atividade (IAp), nem no nmero mnimo de indivduos na populao ou na densidade absoluta (indivduos/ha) da populao estudada.
Resumo:
A produo mais limpa a aplicao contnua de uma estratgia ambiental preventiva e integrada nos processos produtivos, nos produtos e nos servios, para reduzir os riscos relevantes aos seres humanos e ao meio ambiente. um programa a ser aplicado em empresas, a fim de buscar solues para os problemas ambientais, gerando tambm vantagens econmicas. Este estudo analisa os efeitos da implementao do programa de produo mais limpa na empresa AGCO do Brasil Comércio e Indstria Ltda, identificando os resultados concretos obtidos, em termos econmicos e na reduo de impactos ambientais. A partir de entrevistas semi-estruturadas com colaboradores da AGCO e com os consultores que implementaram este programa em 1998, alm da anlise de documentos relativos implementao da produo mais limpa e da seqncia dada pela empresa ao programa, verificou-se que a produo mais limpa gera vantagens econmicas, ambientais e de sade e segurana ocupacional. Os resultados obtidos no estudo de caso tambm permitiram identificar as principais dificuldades e motivaes para a manuteno do programa.
Resumo:
O presente estudo pretende analisar o mercado brasileiro de alumnio primrio, atravs da elaborao e simulao dinmica de um modelo economtrico, com capacidade de explicar satisfatoriamente as relaes tpicas das variveis econmicas consideradas neste mercado, conforme so postuladas pela teoria da empresa em competio imperfeita.
Resumo:
A Brazilian Traction, Light and Power Company ("Light"), formada por empreendedores canadenses em 1899, operou por 80 anos praticamente toda a infraestrutura (bondes, luz, telefones, gs) do eixo Rio-So Paulo. A empresa passou por vrios ciclos polticos, desde sua fundao at sua estatizao em 1979. Durante este perodo de 80 anos, a infra-estrutura nacional, inicialmente privada, foi gradativamente passando para as mos do Estado. O setor voltaria a ser privado a partir dos anos 90, configurando o ciclo privado-pblico-privado, similar ao ocorrido nos pases mais desenvolvidos. A Light, smbolo maior do capital estrangeiro at os anos 50, foi inicialmente bem recebida no pas, posto que seu desenvolvimento era simbitico, causa e conseqncia, ao desenvolvimento industrial. Dos anos 20 em diante, crescem os debates econmicos ou ideolgicos quanto ao papel do capital privado estrangeiro no desenvolvimento nacional, vis-a-vis a opo do setor pblico como ator principal. Sempre permaneceu sob nvoa quais teriam sido os lucros da Light no Brasil, e se esses seriam excessivos, acima do razovel. Outra questo recorrente se refere at que ponto os congelamentos de tarifas teriam contribuido para a crise de oferta de infra-estrutura. Atravs de um trabalho de pesquisa em fontes primrias, esta dissertao procura reconstituir a histria da Light, sob um foco de Taxa de Retorno sob o capital investido. Foi reconstruda a histria financeira da Light no Brasil, a partir da qual calculou-se, para vrios perodos e para os seus 80 anos de vida, os retornos obtidos pelos acionistas da empresa. A partir dos resultados obtidos, e utilizando-se de benchmarks comparativos, foi possvel mostrar que: i) ao contrrio da crena vigente poca, o retorno obtido pelo maior investidor estrangeiro no setor de infra-estrutura do Brasil do Séc. XX, se mostrou bem abaixo do mnimo aceitvel, e ii) o represamento de tarifas, por vrias dcadas, foi de fato determinante para o subdesenvolvimento do setor de infra-estrutura no Brasil.
Resumo:
O Brasil conta hoje com uma legislao que o coloca seguramente entre os melhores pases, seno o melhor, para se realizar projetos culturais. Ao menos na teoria. Essa dissertao tem como objetivo trilhar o caminho das leis de incentivo, desde a sua criao, com a Lei Sarney at a Lei Rouanet, analisando inclusive as leis estaduais e municipais, que tambm surgiram como respostas a descontinuidades no processo. O mercado cultural brasileiro caracterizado por externalidades que dificultam sua viabilidade, fazendo necessria a interveno governamental. A poltica cultural brasileira tem como principal instrumento as leis de incentivo cultura, que utilizam a renncia fiscal para atrair o capital privado. So formalizadas parcerias onde as empresas privadas patrocinam projetos de interesse do governo e, como contrapartida, recebem o direito de deduzir esse valor, integral ou parcialmente, de seus impostos. Contudo, esse modelo de contrato de parceria mal formulado, e traz perdas para a sociedade. O risco assumido integralmente pelo Estado, o que acarreta problemas srios de Moral Hazard. Alm disso, devido s diferentes caractersticas dos projetos, o modelo acaba tambm por gerar problemas de Seleo Adversa. Para uma melhor comparao e anlise da poltica cultural brasileira, foram levantados casos internacionais - Estados Unidos, Inglaterra, Portugal e Espanha. Levando-se em conta as anlises e crticas levantadas, sero sugeridas alternativas para o modelo de contrato adotado pelo governo para incentivo cultura, e formas alternativas de financiamento ao setor cultural, de forma a assegurar um melhor retorno para a sociedade sem deixar de cumprir o papel de fomentar o setor e corrigir as externalidades presentes.
Resumo:
Ao contrrio do que se encontra na literatura internacional, em nosso pas a defesa da interveno governamental para promoo da atividade industrial est, via de regra, associada necessidade de melhoria de nossas contas externas. Este artigo discute possveis elos entre poltica industrial e comércio exterior, centrando em argumentos comumente encontrados no debate de crescimento e de apoio indstria no Brasil. Discutiremos a racionalidade destes argumentos tanto do ponto de vista macroeconmico quanto microeconmico, e mostraremos que, enquanto no primeiro caso h graves inconsistncias lgicas e tericas, no segundo a evidncia amplamente desfavorvel ou os argumentos em geral no se aplicam. Discutiremos tambm se experincias internacionais de crescimento rpido (e de expanso de comércio exterior) podem ser creditadas a polticas industriais e se estas podem ser facilmente reproduzidas no pas. Nosso diagnstico aqui tambm pessimista
Resumo:
Este trabalho apresenta quatro questes que me parecem so importantes para entendermos a dinmica futura de longo prazo da economia brasileira. So elas: 1) Os empecilhos melhoria da qualidade da educao fundamental pblica. O trabalho mostra que boa parcela do diferencial de renda entre o Brasil e o Estados Unidos deve-se ao diferencial de educao; 2) Sugere que o Brasil uma Belindia demogrfica: os estratos mais pobres da populao tm mais filhos do que os ricos e o investimento em educao menor. Sugere motivos pelos quais esta estratificao pode perdurar por muitas dcadas, projetando para horizonte secular a melhora da distribuio de renda; 3) Temos que entender os motivos das economias latino-americanas terem sido economias produtivas at meados dos anos 70 e, desde ento, apresentarem contnua reduo da produtividade total dos fatores; 4) O crescimento econmico Chins produzir um perodo que, para o Brasil, ser parecido com o ltimo quartel do século XIX: uma regio de crescimento rpido (a Europa e hoje a China) e relativamente pobre em recursos naturais impulsiona o crescimento da Amrica Latina, que se especializa na produo de produtos primrios.