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Resumo:
O controle do raquitismo-da-soqueira da cana-de-açucar, causado pela bactéria Leifsonia xyli subsp. xyli (Lxx), requer o diagnóstico preciso da doença, pela detecção do patógeno na seiva do xilema. Neste trabalho, avaliou-se a incidência do raquitismo em 108 talhões (principalmente de primeiro e segundo cortes) distribuídos em 7 municípios do Espírito Santo, sul da Bahia e oeste de Minas Gerais, nos anos de 2003 e 2004, totalizando 558 ha amostrados. Para detecção do patógeno empregou-se a técnica sorológica Dot Blot-EIA (Dot Blot Enzyme Imunoassay). O raquitismo foi diagnosticado em 67,6% dos talhões amostrados (67,7% da área). Em 2003, a incidência média de colmos infectados (IC%) correlacionou-se positivamente com a idade de corte (4,8% nas áreas de primeiro corte e 10,3% nas áreas de sexto corte). No ano de 2004, observou-se elevada incidência de raquitismo em cana de primeiro corte (IC=18%). A doença foi diagnosticada em 28 dentre 34 variedades estudadas. Nestas, a incidência varietal média variou entre 0,6 e 42%, em áreas predominantemente de primeiro e segundo corte, atingindo IC máxima de 59,5% em talhão de cana-planta da variedade RB855113. As variedades RB72454, SP711406 e SP813250, que tiveram número razoável de talhões amostrados, apresentaram geralmente valores de IC (por talhão) menores que 10%. Conclui-se que o raquitismo-da-soqueira encontra-se amplamente disseminado nas regiões estudadas e que as mudas utilizadas para a renovação dos canaviais possuem altos índices de contaminação por Lxx. Estudos adicionais devem ser conduzidos para se caracterizar variedades regionais promissoras quanto à resistência/tolerância ao raquitismo, visando-se aperfeiçoar o manejo varietal e melhorar a sanidade das mudas.
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ResumoAs estrobilurinas estão entre os fungicidas mais comumente utilizados no controle das doenças do trigo, isoladamente ou em misturas com fungicidas inibidores da enzima succinato desidrogenase (IDHS). As estrobilurinas são conhecidas como fungicidas inibidores da quinona oxidase ou fungicidas IQo. Por ter como alvo um único sítio de ação nas células fúngicas, o gene mitocondrial cyt b, o emprego contínuo das estrobilurinas pode representar alto risco de emergência de resistência a estes fungicidas em populações de fitopatógenos. O presente trabalho teve como objetivo testar a hipótese de que a resistência a azoxistrobina no fungo Pyricularia oryzae dotrigo resultou em resistência cruzada a piraclostrobina, outro fungicida IQo. Para testar esta hipótese, foi comparado o nível de resistência à piraclostrobina apresentado por dois grupos de isolados do fungo P. oryzae do trigo: a) sensíveis à azoxistrobina e portadores do gene cyt b não mutante (haplotipo H9) e b) resistentes à azoxistrobina e portadores da mutação G143A no gene cyt b(haplotipo H1). Fungicidas pertencentes a um mesmo grupo químico apresentam resistência cruzada. Todos os isolados de P. oryzaedo trigo sensíveis à azoxistrobina foram também sensíveis à piraclostrobina. Os isolados resistentes a azoxistrobina foram, também, resistentes à piraclostrobina, indicando que há resistência cruzada para os dois fungicidas. Entre os isolados resistentes, distinguiram-se dois grupos fenotípicos: (A) altamente resistentes e (B) resistentes. Isolados de P. oryzaecom a presença da mutação G143A no gene cyt b foram 42 vezes mais resistentes à piraclostrobina. Esses altos níveis de resistência à fungicidas IQo podem ser o resultado de elevada pressão de seleção exercida pelos anos consecutivos de aplicações de estrobilurinas para o manejo de doenças do trigo no Brasil.
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A residência médica pode gerar sonolência diurna e burnout, que afetam a saúde física e mental do médico e prejudicam sua qualidade de vida (QV). Nosso objetivo foi conhecer a QV do médico residente e fatores de influência. Os residentes (n = 136) do Hospital Universitário Evangélico de Curitiba responderam à autoavaliação da QV, WHOQOL - abreviado, escala de sonolência diurna de Epworth e inventário de burnout de Maslach. Observou-se que a nota atribuída à QV na residência foi mais baixa que a nota da QV geral, e 76% dos residentes apresentaram escores patológicos de sonolência diurna, sendo maiores no grupo no primeiro ano e nas mulheres. Na análise de burnout, encontraram-se altos níveis de exaustão emocional (32,1 ± 8,2) e de despersonalização (11,0 ± 6,8), com moderado nível de realização pessoal (33,9 ± 7,0), não tendo havido diferença nos escores de burnout entre os sexos. Obteve-se correlação negativa entre os escores de Epworth, do WHOQOL e da autoavaliação, e correlação positiva entre sonolência diurna e carga horária de trabalho.
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O internato médico pode gerar estresse ocupacional, afetando a saúde física e mental, o que pode influenciar a qualidade de vida destes estudantes. Este estudo transversal objetivou analisar a qualidade de vida e o estresse ocupacional em estudantes de Medicina matriculados no último ano de internato médico. A amostra foi composta por 302 estudantes com média de idade de 25,3 ± 2,4 anos de universidades públicas e privadas de Santa Catarina, os quais responderam a um questionário autoaplicável. Por meio da estatística descritiva e inferencial, constatou-se que a pontuação média atribuída à qualidade de vida nos internos foi maior que a pontuação média do estresse ocupacional, e 80% das mulheres apresentaram escores altos (80,7%) no domínio social da qualidade de vida. Na análise do estresse ocupacional, o nível de estresse foi maior em homens (43,7%) na demanda de controle (autoridade sobre decisões), com 6,1%, não havendo diferença significativa nos escores de qualidade de vida e estresse ocupacional entre os sexos. Os estudantes apresentam qualidade de vida positiva, embora estejam submetidos a níveis elevados de estresse.
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Avaliou-se a qualidade de mudas de Pinus taeda com base no estudo do potencial de regeneração de raízes (P.R.R.), visando alcançar altas taxas de sobrevivência e crescimento inicial após o plantio. No viveiro, foram empregados cinco tratamentos: a) blocos prensados com 10 cm; b) blocos prensados com 7 cm; c) raiz nua; d) tubetes D48 (menor densidade); e) tubetes D96 (maior densidade). No laboratório avaliou-se o P.R.R. em aquários e caixas, por meio da determinação dos seguintes parâmetros: a) número total de raízes regeneradas em aquários; b) número total de raízes regeneradas maiores que 1 cm, em aquários; e c) comprimento total de raízes regeneradas em aquários e caixas (cm). No campo, foram avaliados a sobrevivência e o crescimento inicial através das medições de altura da parte aérea e do diâmetro do caule ao nível do solo. O P.R.R. foi considerado um parâmetro fisiológico confiável na determinação da qualidade de mudas de Pinus taeda e na previsão de seu desempenho no campo. O comprimento total e o número de raízes novas maiores que 1 cm apresentaram correlações significativas com o desempenho das mudas no campo. As mudas de Pinus taeda de melhor padrão de qualidade, com altos valores de P.R.R. e melhor desempenho no campo 24 meses após o plantio, foram produzidas em blocos prensados com 10 cm. As médias mais baixas, para os parâmetros avaliados em laboratório e no campo, foram verificadas em mudas produzidas em tubetes.
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Nos trabalhos em comunidades florestais, tradicionalmente são estudadas apenas a composição e a estrutura do componente arbóreo, relegando o estrato herbáceo-arbustivo ao esquecimento ou ao segundo plano. Os objetivos deste trabalho foram descrever a estrutura fitossociológica desse estrato para entender suas relações sinecológicas e, por fim, estudar a distribuição dos indivíduos pelas classes de tamanho para inferir sobre fatores e processos determinantes da organização florestal da Mata da Silvicultura. Para o estudo da fitossociologia da área foram utilizados os parâmetros de abundância obtidos a partir de 100 m² de amostra subdividida em parcelas de 1 m². A estrutura fitossociológica horizontal considerou todos os indivíduos com CAP menor que 10 cm ou com altura maior que 20 cm. Os aspectos dinâmicos foram avaliados por meio da distribuição de tamanhos individuais expressos pelos diâmetros à altura do solo em cada população amostrada. Foram amostrados 1.193 indivíduos de 109 espécies, pertencentes a 41 famílias botânicas, resultando em um índice de diversidade de Shannon (H') de 3,38 e equabilidade (J') de 0,72, valores considerados altos para a heterogeneidade do estrato herbáceo-arbustivo. As espécies mais importantes (VI) foram Piper lucaeanum, Psychotria conjugens, Olyra micrantha, Psychotria sessilis, Siparuna guianensis, Bambusa tuldoides, Ottonia leptostachya, Aparisthmium cordatum e Psychotria hastisepala. As famílias mais importantes (VI) foram Rubiaceae, Piperaceae, Poaceae, Monimiaceae, Leguminosae (Mimosoideae), Myrtaceae, Euphorbiaceae, Meliaceae, Lauraceae e Flacourtiaceae. Pela análise de distribuição de tamanhos foi levantada a hipótese de existirem dois grupos de espécies, segundo a estratégia que possuem de habitar o estrato herbáceo-arbustivo da Mata da Silvicultura. Um dos grupos seria formado pelas espécies que investem preferencialmente recursos energéticos no sistema caulinar e o outro, pelas espécies que investem recursos energéticos preferencialmente no sistema fotossintético.
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Apresenta-se uma metodologia de avaliação de suscetibilidade ou resistência de clones de Eucalyptus grandis às infecções naturais da doença cancro, causado por Cryphonectria cubensis, no Estado do Amapá, com as árvores tendo cinco anos de idade. Os parâmetros usados relacionam-se, direta ou indiretamente, com a expressão dos mecanismos de defesa das árvores em nível de casca e lenho, quais sejam: a) freqüência de incidência da doença; b) freqüência de mortalidade por ela causada; e c) freqüência de lesões e de cancros, com os seus respectivos posicionamentos, se basais e altos, e os seus aprofundamentos ou superficialidades nos troncos, bem como os seus tamanhos, se pequenos ou grandes. Para cada genótipo calculou-se um índice de doença por infecções naturais (IDIN). Para facilitar as comparações entre os genótipos testados, o IDIN do clone mais suscetível foi dividido por um fator, de modo a deixá-lo igual a 100. Esse mesmo fator dividiu também os IDINs dos demais genótipos. Finalmente, os clones foram agrupados nas categorias AS (altamente suscetíveis), MS (moderadamente suscetíveis), MR (moderadamente suscetíveis) e AR (altamente resistentes ou imunes). Cada categoria agrupou genótipos cuja média de seus IDIN foi significativamente diferente da das demais, mediante o teste de contraste de médias.
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O presente trabalho objetivou verificar a possibilidade da utilização de métodos estatísticos multivariados na caracterização das fases do desenvolvimento do mosaico sucessional de um trecho de floresta estacional semidecidual, através de variáveis estruturais. Foram alocadas parcelas de 10 m x 10 m, em que se procedeu à análise estrutural, ou seja, levantamento fitossociológico acrescido das variáveis Porcentagem de Cobertura (PC), Altura do Dossel (AD) e Cobertura por Lianas (CL). Os métodos estatísticos empregados foram Análise de Componentes Principais e Análise de Agrupamento, mais especificamente Classificação Hierárquica Ascendente. O primeiro componente principal explicou 43,96% da variância total, enquanto o segundo, 25,66%. As variáveis Área Basal (AB), Diâmetro Médio (DM) e Dominância Média (DOM) apresentaram correlações positivas entre si superiores a 0,75, podendo ser DM e DOM consideradas como um grupo de variáveis. As variáveis Número de Indivíduos (NI) e Número de Espécies (NE) apresentaram correlação 0,60, enquanto AD, CL e PC baixas correlações com as demais, indicando a importância da inclusão destas na análise. A classificação hierárquica e a partição dos grupos em quatro foram feitas considerando os dois primeiros eixos fatoriais. Os resultados indicaram dois comportamentos diferenciados: 1) valores baixos para AD e AB: Grupo 1, com valores baixos também para NI, NE e PC (fase de clareira); e Grupo 2, com valores elevados para NI e CL e baixos para DOM e DM (fase de construção); e 2) valores altos para AD e AB: Grupo 3, com valores altos também para NI, NE e PC e valor baixo para CL (fase madura); e Grupo 4, com valores elevados para DOM e DM e mais baixos para CL (fase de degradação). Os métodos estatísticos multivariados permitiram caracterizar as fases do desenvolvimento do mosaico sucessional, através das variáveis estruturais. A forma como foram estimadas as variáveis AD, CL e PC, porém, deve ser aprimorada, assim como é preciso incluir variáveis que discriminem melhor cada fase.
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Este trabalho teve como objetivo avaliar o efeito de ciclos de umidade relativa e temperatura do ar na resistência da linha de cola, em juntas coladas entre lâminas de madeira de Eucalyptus grandis, Eucalyptus saligna e lâminas de chapa de fibras de média densidade (MDF) cujas densidades foram iguais a 0,60, 0,66, e 0,72g/cm³, respectivamente. Foram empregados adesivos de poliacetato de média viscosidade e uréia-formaldeído nas gramaturas de 150,0g/m² e 180,0g/m², respectivamente, em face simples. O teor médio de umidade no momento da colagem foi igual a 14%. Foram observadas diferenças significativas tanto na resistência da linha de cola quanto na percentagem de falha na madeira provocada pela composição das amostras, etapa de equilíbrio e tipo de adesivo. Os valores mais elevados de resistência foram observados nas juntas coladas com madeira de Eucalyptus saligna após a primeira etapa de equilíbrio, enquanto os menores valores ocorreram nas juntas combinando lâminas de eucalipto e MDF. Considerando apenas as lâminas de madeira, os valores mais elevados de falha na madeira foram observados nas juntas coladas entre lâminas de Eucalyptus grandis. Nas amostras compostas de madeira de eucalipto e lâminas de MDF, a porcentagem de falha foi total e o rompimento ocorreu exclusivamente no interior da chapa de MDF. Observou-se interação significativa entre a composição das amostras lâminas e o tipo de adesivo, em que os valores mais altos de resistência ocorreram nas juntas coladas com madeira de Eucalyptus saligna e adesivo à base de uréia-formaldeído.
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Este estudo objetivou determinar os custos da qualidade na produção de mudas de eucalipto em uma empresa que destina sua produção de madeira à fabricação de celulose e papel, situada na Região Centro-Oeste do Brasil. Os custos da qualidade por atividade e as categorias de custos da qualidade por operação foram obtidos por meio de consultas aos arquivos da empresa, entrevista ao pessoal técnico e operacional e observações "in loco". Pelos levantamentos realizados, pode-se concluir que, apesar de os investimentos em prevenção para a qualidade se encontrarem num bom patamar, os custos de falhas estão altos. Isso pode ser atribuído à falta de avaliação, que impede a determinação do grau de conformidade das várias operações que compõem o processo de produção de mudas, aliado à falta de investimentos em alguns pontos estratégicos de prevenção como treinamento para a qualidade. Os custos de falhas em relação ao custo das mudas representam 7,8%. Era até esperado que esse valor fosse maior, considerando-se a ausência de investimentos em avaliação e em treinamento de pessoal operacional. Tal fato pode ser atribuído à alta qualificação do corpo técnico e aos investimentos em pesquisa. Apesar de esse valor parecer pequeno, quando-se extrapola para o programa anual de 10 milhões de mudas e dependendo do custo real da produção, ele pode representar um valor absoluto considerável.
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O presente trabalho foi realizado na FLONA de Paraopeba, MG, e teve como objetivo o levantamento florístico das fanerófitas, ao longo de um gradiente de cerradão e cerrado sensu stricto, em uma área de 2.600 m². Foram encontradas 91 espécies, pertencentes a 71 gêneros de 41 famílias. As famílias mais representativas foram Leguminosae, Myrtaceae, Malpighiaceae, Vochysiaceae, Rubiaceae e Melastomataceae. Os gêneros Miconia, Myrcia, Erythroxylum e Qualea foram os mais ricos. Magonia pubescens destacou-se em número de indivíduos. A similaridade florística mostrou a separação das parcelas em dois grupos, em que o primeiro apresentou um nível de similaridade de cerca de 45%, e o segundo foi dividido em dois grandes subgrupos, sendo que o primeiro mostrou nível de similaridade de cerca de 38%, enquanto as demais parcelas não formaram grupos definidos. A ordenação das espécies pela análise de correspondência canônica sugeriu que Magonia pubescens, Bauhina holophylla e Terminalia brasiliensis tenderam a ser mais abundantes nas áreas com valores mais altos de pH, Ca, Mg e H+Al. A variação não explicada das demais espécies pode estar associada a outras variáveis não analisadas, além de um complexo conjunto de fatores que estão envolvidos na determinação da composição da vegetação.
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O sistema de reprodução de duas populações de Eschweilera ovata foi quantificado por análise de isoenzimas em estrutura de progênies usando os modelos misto de reprodução e cruzamentos correlacionados. Desvios do modelo misto de reprodução foram evidenciados entre as freqüências alélicas dos óvulos e do pólen e pela heterogeneidade nas freqüências alélicas do pólen que fecundou as diferentes árvores. A taxa de cruzamento multilocos foi alta em ambas populações Camarugipe (t m =0,999±0,004) e Itaparica (t m=0,985±0,023). A alta variação na taxa de cruzamento individual (t variando de 0,320 a 1,000) indicou que a espécie não é auto-incompatível. Diferenças positivas e significativamente diferentes de zero foram detectadas entre a taxa de cruzamento multiloco e uniloco, indicando cruzamentos endogâmicos em ambas populações Camarugipe (t m-t s =0,066±0,014) e Itaparica (t m-t s =0,073±0,016) e possível estruturação genética espacial. Valores altos de cruzamentos biparentais foram detectados nas populações (Camarugipe, r p=0,577±0,088; Itaparica r p =0,423±0,070), demonstrando que as progênies são constituídas principalmente por misturas de meios-irmãos e irmãos-completos. O coeficiente de coancestria nas progênies de ambas as populações (Camarugipe, tetaxy=0,211; Itaparica tetaxy =0,191) foi superior ao esperado em progênies de meios irmãos (0,125). Os resultados foram discutidos sob a ótica de amostragens para melhoramento, conservação genética e coleta de sementes para recuperação ambiental.
Variações geneticas para características do sistema radicular de mudas de baru (Dipteryx alata Vog.)
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Este estudo objetivou estimar os parâmetros genéticos relativos à qualidade do sistema radicular de mudas de baru. Para isso, foram utilizadas mudas provenientes de sementes colhidas em 21 árvores-matriz de polinização livre no Município de Capinópolis, Minas Gerais. Quarenta e cinco dias após a germinação, as imagens das raízes de 20 mudas de cada progênie foram obtidas por "scanner" ótico. Na análise de variância, houve variação significativa entre as progênies quanto aos caracteres: comprimento total de raízes, volume de raízes, diâmetro médio e número de raízes finas. As análises indicaram altos valores de herdabilidade e coeficiente de variação genética, indicando que altos ganhos genéticos poderão ser obtidos mediante a seleção de matrizes.
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Com a finalidade de conhecer a estrutura de uma comunidade arbórea de uma área de Cerrado, fez-se um estudo fitossociológico no Município de Senador Modestino Gonçalves. Para tal foram delimitadas 30 parcelas de 10 x 20m para levantamento dos dados, utilizando-se como critério de inclusão os indivíduos com circunferência do tronco à altura do solo (CAS) = 10 cm. Foram encontradas 91 espécies de 38 famílias. As espécies que se destacaram como as mais importantes foram Qualea grandiflora, Eriotheca pubescens, Caryocar brasiliense, Byrsonima coccolobaefolia, Myrsine guianensis, Qualea parviflora, Dalbergia miscolobium, Stryphnodendron adstringens, Plathymenia reticulata e Lafoensia pacari. Essas 10 espécies representaram 49,32% do VI e 51,26% dos indivíduos amostrados. A área não apresentou espécie com dominância marcante, como mostrou o valor de equabilidade (J'= 0,80). Além de se destacar pela riqueza, o cerrado estudado destacou-se também pelos altos valores de densidade (6.476,67 ind/ha), de área basal (28,93 m²/ha) e pelo alto índice de diversidade (H'=3,61).
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Myracrodruon urundeuva Allemão, espécie arbórea conhecida como aroeira, constitui-se em um importante componente das Florestas Estacionais Deciduais do norte de Minas Gerais. Apesar disso, a aroeira vem sofrendo um processo de exploração intensa, de forma predatória, o que vem causando a devastação de suas populações naturais. Este trabalho teve como objetivo conhecer os padrões fenológicos reprodutivos e vegetativos, bem como a capacidade germinativa da aroeira, na Área de Preservação da COPASA em Juramento, MG. Foram feitas observações fenológicas quinzenais, no período de janeiro/2002 a novembro/2003, de 20 indivíduos arbóreos, sendo ainda coletadas sementes, submetidas a diferentes tratamentos de escarificação tegumentar (mecânico, térmico, químico e controle). A espécie apresentou as fenofases reprodutivas e vegetativas influenciadas diferencialmente pelas variáveis ambientais de precipitação e temperatura. Na estação seca ocorreram a floração, frutificação e queda foliar, e a estação chuvosa favoreceu o brotamento da espécie. A capacidade germinativa dos diásporos de aroeira variou entre os tratamentos utilizados, com potencial germinativo e velocidade de germinação altos no tratamento-controle, indicando ausência de dormência. Nesse sentido, estudos básicos sobre as espécies florestais ameaçadas podem ser precursores de modelos e mecanismos para manejo e recuperação de suas populações naturais.