242 resultados para gramínea
Resumo:
Com o objetivo de estabelecer uma relação etiológica e caracterizar, cronologicamente, o aparecimento de macrófagos espumosos (foam cells), comuns em fígados de bovinos oriundos das regiões de clima tropical do Brasil, foram reexaminados cortes histológicos de fígado de bovinos dos arquivos do Setor de Anatomia Patológica da Embrapa-Projeto Sanidade Animal, RJ. O material utilizado provinha de investigações sobre causas de mortandades em bovinos nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil, realizadas de 1970 a 1991. Foram estudados 55 fígados de bovinos afetados por enfermidades variadas. Somente foram usados casos em que o tipo de pastagem era conhecido. Essa alteração não foi encontrada de 1970 até o final de 1975, embora 40 amostras (72,7%) tenham sido coletadas nesse período. A presença de macrófagos espumosos, observada a partir de 1976, coincidiu com a introdução da gramínea Brachiaria decumbens var. australiana no Brasil. Algumas amostras eram provenientes de bovinos que apresentaram histórico de fotossensibilização, na época atribuída ao fungo Pithomyces chartarum. Os achados indicam que essas alterações hepáticas são relacionadas com a ingestão de Brachiaria spp.
Resumo:
Descrevem-se oito surtos de uma doença tremorgênica em bovinos, ovinos, equinos e muares na região do Cariri, semiárido da Paraíba. Sete surtos aconteceram de julho a dezembro de 2007, com maior frequência entre setembro e outubro. Outro surto foi observado em fevereiro de 2008. Todos os surtos ocorreram no período da seca. Os sinais observados foram tremores musculares, hipermetria, ataxia, aumento da base de sustentação, constante estado de alerta e, em alguns casos, decúbito. Quando retirados das pastagens os animais recuperavam-se em 3-4 dias a duas semanas, porém quando retornavam ao pasto de origem adoeciam novamente. Um ovino foi necropsiado e não foram observadas lesões macroscópicas ou microscópicas. Em seis propriedades a doença ocorreu em cultivos de palma invadidos por gramíneas e em duas em áreas de caatinga desmatada invadidas pelas mesmas gramíneas. Diversas gramíneas, incluindo Digitaria bicornis, Enteropogon mollis, Chloris virgata e Chloris barbata foram encontradas nos piquetes onde ocorreu a doença. Dois equinos foram alimentados por sete dias com gramíneas secas provenientes de fazendas onde haviam acontecido surtos da doença. Um dos equinos apresentou sinais leves da doença no quinto dia de ingestão, mas recuperou-se no dia seguinte. Esses resultados sugerem que a doença está associada à ingestão de alguma gramínea, possivelmente Chloris spp. Relatos anteriores mencionam a ocorrência de uma intoxicação semelhante, entre 1956 e 1962, no Agreste Pernambucano, em pastagens de Chloris orthonothon.
Resumo:
Em ensaio de campo conduzido em 1975/76 procurou-se avaliar a ação de misturas de MSMA com diuron e de paraquat com diuron, aplicadas em pós-emergência, em jato dirigido, em duas épocas diferentes, no controle de algumas plantas daninhas de folhas largas em algodão: carrapicho- do-campo (Acanthospermum australe (Loef) O. Kuntze) , falsa-poaia (Borreria ala ta (Aubl) DC), poaia-branca (Richardia brasiliensis Gomez ) e guanxuma (Sida spp) . A vegetação natural da área do ensaio era formada ainda pela gramínea capim-de-colchão (Digitaria sanguinalis (L.) Scop ). Os resultados mostraram que as misturas de 2,00 kg e 2,70 kg/ha de MSMA com, respectivamente 0,30 kg e 0,40 kg/ha de diuron, e a mistura de 0.60 kg/ha de paraquat com 0,60 kg/ ha de diuron, foram eficientes no co ntro le daquelas dicotiledôneas, e também no da gramínea. Todos os tratamentos provocaram leves sintomas de fitotoxicidade nos algodoeiros, mas desapareceram depois e não prejudicaram o desenvolvimento vegetativo das plantas, assim como a produção de algodão em caroço.
Resumo:
Foi conduzido em 1976 /77, um experimento de campo em área do Centro de Tecnologia da Copersucar, em Piracicaba, SP , com a finalidade de se conhecer o efeito dos herbicidas hexazinone e diuron , assim como o de suas misturas, no controle do capim-de -colchão (Digitaria sanguinalis (L.) Scop) em avançado estádio de desenvolvimento vegetativo infestando cultura de cana-deaçúcar (Saccharum spp). Os tratamentos constaram da aplicação pós - emergente de hexazinone a 0,30, 0,35, 0,45 e 0, 65 kg/h a; de diuro na 0, 88 , 1, 20 e 2, 50 kg/h a; de hexazinone -i - diuron a 0,30 0,88, 0,35 + 1 , 2 0 e 0 , 4 5 + 1 , 3 6 kg / ha . Foram incluídos mais dois tratamentos com herbicidas ( ter - bacila 0,9 6 kg/ ha e metribuzin a 1,5 0 kg/ ha) e um sem herbicida, mantidos empreno limpo com o auxílio de enxada. Esses 13 tratamentos foram distribuídos em blocos ao acaso, com quatro repetições. Foram determinados também os efeitos dos tratamentos sobre a produção de cana -de-açúcar no campo e sobre suas características tecnológicas (Brix, Pol, Pureza, Fibra). Os melhores resultados de controle da gramínea , aos 15 dias da aplicação dos herbicidas , foram obtidos com a mistura de hexazinone a 0, 45 kg/h a com diuron a 1, 36 kg/h a. Hexazinon e a 0,6 4 kg /h a, aplicado isolado, também apresentou bons resultados de controle. Nos tratamentos com hexazinone apareceram sintomas de fitotoxicidade na cana-de-açúcar, os quais desapareceram posteriormente, sem interferir na produção. Os demais tratamentos também não foram prejudiciais à cana de-açúcar.
Resumo:
Objetivando-se estudar em os efeitos de herbicidas seletivos para o controle de plantas daninhas em pós-emergência tardia e sobre a cultura do feijão, durante o cultivo de inverno de 1983, em uma região de solo originalmente sob vegetação de cerrado, instalou-se a presente pesquisa na Fazenda Experimental da UNESP - Campus de Ilha Solteira com os seguintes tratamentos: DPX-Y6202 [2- [4- [( 6-chloro -2-quinoxalinyl ) oxy ] -phenoxyl -propionic acid, ethylester ] a 70 e 140 g/ha sem e com Assista 1,5 1/ha, sethoxydim a 276 g e bentazona 96 0 g/ ha com 1,5 1 de Assiste testemunhas com e sem capina. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com 4 repetições. As aplicações foram realizadas através de pulverizador costal pressurizado a CO2, aos 37 dias após a semeadura, no início do florescimento da cultura. As plantas daninhas, em número/m 2, estavam representadas por 85% de Digitaria ciliaris (Retz) Koel perfilhando e 8% de Amaranthus sp com 15 a 20 cm de altura. Aos 14 dias após as aplicações avaliaram-se a fitotoxicidade e na colheita o número e a biomassa epíge a seca das plantas daninhas em 1 m2 no centro das parcelas. Avaliaram-se, na cultura, os tand, os números médios de vagens /planta e de sementes /vagem, peso de 100 grãos e produção. Os resultados mostraram que todos os herbicidas causaram leve fitotoxicidade na cultura. O DPX-Y6202 e o se thoxydim apresentaram controles excelentes da gramínea e o bentazon controlou 55,4% do Amaranthus sp. Contudo, no número total das plantas daninhas os controles proporcionados pelos herbicidas foram substancialmente reduzidos e o bentazon tornou-se ineficiente. Os três herbicidas testados foram praticamente seletivos para a cultura, não influenciando o desenvolvimento e a produção de feijão. A matocompetição reduziu em 29% a produção da cultura.
Resumo:
O objetivo do presente trabalho foi verificar a influência do horário de aplicação de herbicidas no controle de plantas daninhas gramíneas e dicotiledôneas na cultura do milho. O experimento foi conduzido no ano de 1991/92, na área experimental da Milenia Agro Ciências S/A, em Londrina, PR. O delineamento experimental empregado foi em blocos ao acaso com 4 repetições, utilizando atrazine a 2.400 g/ha + surfactante e as misturas formuladas de alachlor + atrazine (1.820 + 1.820), atrazine + óleo vegetal (2.400 + 1.800) g/ha aplicados as 4, 6, 8, 10, 12, 14, 16, 18, 20 e 22 horas. A gramínea presente era a Brachiaria plantagineano estádio de 1 a 5 folhas, e as dicotiledôneas Amaranthus hybridus, Euphorbia heterophylla, Bidens pilosa, Emilia sonchifolia e Sida rhombifolia todas no estádio de 2 a 6 folhas. A aplicação foi realizada no dia 12 de outubro de 1991, estando o dia sem nuvens. Às 4:00 horas a UR era 68%; às 14:00 horas, 35% e as 22:00h, 65%. O solo estava seco e nas aplicações das 4:00 e 6:00 horas havia a presença de orvalho nas folhagens. Utilizou-se um pulverizador de precisão a CO2, bicos leque Teejet 110.03 e volume de calda 300 l/ha. Os resultados mostraram que houve influência do horário de aplicação nos resultados para os herbicidas alachlor + atrazine e atrazine + óleo vegetal no controle de B. plantaginea. Para os tratamentos alachlor + atrazine e atrazine + óleo vegetal, quando a umidade relativa do ar esteve acima de 65%, ou seja entre 4:00 e 8:00 horas e a partir das 20:00 horas, o controle foi superior a 90%. Quando a umidade relativa do ar baixou para 35%, no período das 10:00 às 18:00 horas, o controle para o alachlor + atrazine foi de 80% e o de atrazine + óleo vegetal próximo a 60%. O controle de gramíneas no tratamento atrazine + surfactante foi inferior a 40% em todos os horários de aplicação. Ainda para B. plantaginea, o alachlor + atrazine aos 95 DAA ( dias após aplicação) apresentou melhor controle em relação ao atrazine + óleo vegetal principalmente nos horários das 10:00 as 20:00 horas. Para as folhas largas, não houve influência dos horários e todos os tratamentos apresentaram 100% de eficiência. Todos os herbicidas foram seletivos à cultura sendo que as misturas formuladas apresentaram no máximo 10% de injúrias. O atrazine + óleo vegetal foi mais fitotóxico no período das 6:00 às 10:00 e o alachlor + atrazine no período das 10:00 as 14:00. Houve total relação entre o nível de controle, produção de biomassa seca das infestantes e a produção de grãos.
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A capacidade competitiva entre plantas daninhas e cultivadas é influenciada por vários fatores, entre eles o pH do meio onde as plantas crescem. Dessa forma, analisaram-se os efeitos da variação do pH sobre o desenvolvimento e os teores dos nutrientes fósforo, potássio, cálcio e magnésio acumulado na parte aérea e nas raízes do capim-marandu (Brachiaria brizantha) e da planta daninha malva (Urena lobata). Para isso, foram preparadas soluções nutritivas com os seguintes valores de pH: 3,5; 4,5; 5,5; e 6,5. Os trabalhos foram conduzidos em casa de vegetação, por um período experimental de 42 dias. A gramínea forrageira e a planta daninha responderam diferentemente à variação do pH. O capim-marandu apresentou maior sensibilidade às variações do pH, tendo sido a produção de matéria seca da parte aérea e das raízes sempre crescente em função do aumento do pH. Por sua vez, a produção de matéria seca das duas frações da planta daninha não foi influenciada pela variação do pH. Comparativamente, o capim-marandu apresentou maior habilidade para absorver nutrientes em pH 6,5, enquanto a malva apresentou maior habilidade em condições de pH extremo (3,5 e 6,5). Independentemente do pH da solução nutritiva e da parte da planta analisada, os teores de fósforo, potássio, cálcio e magnésio foram, quase sempre, mais elevados na planta daninha do que no capim-marandu, demonstrando que a malva apresenta maior habilidade para extrair esses nutrientes do solo.
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Extratos aquosos da parte aérea da Brachiaria brizantha cv. Marandu, na concentração de 5%, foram preparados com o objetivo de estudar as prováveis diferenças nas potencialidades alelopáticas desta gramínea em função do estádio de desenvolvimento das plantas e do estresse hídrico (6 e 12 dias sem água). Como plantas receptoras utilizaram-se: Stylosanthes guianensis cv. Mineirão e cv. Bandeirante, Pueraria phaseoloides, Senna obtusifolia, Senna occidentalis, Mimosa pudica, Stachytarpheta cayenennsis e Urena lobata. Os bioensaios foram desenvolvidos em condições de 25 ºC de temperatura e fotoperíodo de 12 horas de luz. Os resultados obtidos mostraram que a germinação foi reduzida em maior magnitude pelos extratos aquosos preparados a partir de material (folhas e colmos) colhido durante a fase vegetativa do capim-marandu, indicando maior concentração de compostos solúveis em água, nesta fase do desenvolvimento da planta, em relação à fase reprodutiva. A imposição do estresse hídrico nas intensidades de 6 e 12 dias, tanto na fase vegetativa como na fase reprodutiva, não promoveu interferências nas potencialidades alelopáticas do capim-marandu.
Resumo:
A tolerância da gramínea forrageira capim-elefante a herbicidas aplicados isoladamente ou em misturas entre si, aplicados em condições de pré e pós-emergência da forrageira, bem como a eficiência desses produtos no controle de B. decumbens e outras espécies de plantas daninhas, foram avaliadas em dois experimentos. Os herbicidas aplicados no experimento conduzido em condições de pré-emergência do capim-elefante, com as respectivas doses em kg ha-1, foram: metolachlor (1,152; 2,304; e 3,456), oxyfluorfen (0,48; 0,96 e 1,44) e a formulação comercial de atrazine + metolachlor (1,25; 2,50; e 3,75), três repetições. Os herbicidas aplicados no experimento instalado em condições de pós-emergência da forrageira, com as respectivas doses em kg ha-1,foram: ametryne (1,25; 2,50; e 3,75) e oxyfluorfen (0,48; 0,96; e 1,44), com quatro repetições. Os tratamentos foram distribuídos em blocos ao acaso; sendo que, em ambos os experimentos foram adicionadas as testemunhas (capinada e sem capina), e os cultivares de capim-elefante utilizados em ambos os experimentos foram Cameroon e Pioneiro. A aplicação dos herbicidas em pré-emergência da forrageira foi feita um dia após o plantio com solo úmido; no experimento em pós-emergência do capim-elefante os herbicidas foram aplicados sobre o topo das plantas da cultura forrageira, aos 20 dias após a emergência. Metolachlor e atrazine + metolachlor, em pré-emergência, foram seletivos para os dois cultivares testados. O oxyfluorfen, até 0,96 kg ha-1, foi seletivo para a cultura forrageira nas aplicações tanto em pré- como em pós-emergência. O ametryne, em pós-emergência, também foi seletivo aos cultivares na dose inferior a 2,50 kg ha-1. B. decumbens e B. brizantha foram eficientemente controladas (90,9%) em pré-emergência, exceto na menor dose de metolachlor e atrazine + metolachlor. O controle das dicotiledôneas atingiu 85% com metolachlor, atrazine + metolachlor e oxyfluorfen, exceto nas menores doses dos produtos. Em pós-emergência, o ametryne, nas doses de 2,50 e 3,75 kg ha¹, e o oxyfluorfen, nas três doses estudadas, proporcionaram controle superior a 90,3% para B. decumbens, B. brizantha, S. glaziovii e S. urens; todavia, o oxyfluorfen propiciou controle de A. australe e de D. tortuosum inferior a 81,0%, e o ametryne, inferior a 75,6% para D. tortuosum. Tanto na aplicação em pré quanto em pós-emergência, o efeito residual de controle estendeu-se até os 90 dias após aplicação dos herbicidas. O capim-elefante tratado com herbicidas aplicados em pré-emergência cresceu mais (36,28 a 42,79%); em pós-emergência esse crescimento foi menor (34,78 a 47,1%) para o cultivar Pioneiro, quando comparado com a testemunha sem capina. Para o cultivar Cameroon o crescimento foi de 39,90 a 51,30% quando o herbicida foi aplicado em pré-emergência e de 39,83 a 46,61% em pós-emergência. O acúmulo de biomassa seca da parte aérea do cultivar Pioneiro foi maior em pré-emergência (33,22 a 48,85%) e em pós-emergência (73,80 a 76,65%); para o cultivar Cameroon esse acúmulo foi de 79,63 a 83,95% em pré-emergência e de 61,92 a 68,21% em pós-emergência, também em relação à testemunha sem capina. O cultivar Pioneiro mostrou ser mais tolerante à interferência das plantas daninhas que o Cameroon.
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O azevém é uma gramínea de ciclo anual, constituindo-se com freqüência em planta infestante em lavouras de trigo do Rio Grande do Sul. Em experimentos realizados em casa de vegetação e no campo, foi avaliada a suscetibilidade de dois biótipos de azevém ao herbicida glyphosate, bem como a eficiência de herbicidas de ação total na dessecação de Lolium multiflorum para a semeadura direta de trigo. O delineamento experimental foi completamente casualizado em casa de vegetação e de blocos ao acaso em campo, com três e quatro repetições, respectivamente. Foram avaliados herbicidas com mecanismos de ação distintos em diferentes doses: glyphosate, glufosinate, clethodim, haloxyfop-r e diclofop, paraquat e paraquat + diuron. Os resultados, em casa de vegetação, evidenciam que o biótipo sensível é totalmente controlado com glyphosate na dose de 360 g e.a. ha-1 e que doses de até 1.440 g e.a. ha-1 não afetam significativamente o acúmulo de matéria seca do biótipo resistente e produzem toxicidade inferior a 15% sobre este. Já as doses entre 1.440 e 5.760 g e.a. ha-1 de glyphosate reduzem significativamente a produção de matéria seca e resultam em toxicidade inferior a 45%. Em campo, os melhores controles de azevém foram propiciados pelos tratamentos clethodim (79,2 g ha-1) e diuron + paraquat (300 + 600 g ha-1), que não diferiram entre si. Assim, evidencia-se que a população de Lolium multiflorum avaliada neste trabalho é constituída predominantemente de um biótipo resistente aos herbicidas inibidores da enzima EPSPs.
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Este trabalho teve como objetivos: avaliar a exsudação radicular por Brachiaria decumbens e seus efeitos sobre plantas de eucalipto cultivadas em solo e em solução nutritiva; e quantificar a respiração microbiana no solo em diferentes manejos com o herbicida glyphosate. Vasos com 8,0 L de solução nutritiva, contendo cinco perfurações na tampa, receberam uma muda de Eucalyptus grandis e quatro mudas de Brachiaria decumbens. Utilizou-se o delineamento em blocos casualizados com seis repetições, sendo cada vaso considerado como parcela experimental. As plantas de eucalipto e braquiária permaneceram em consórcio na solução hidropônica por 30 dias, sendo as plantas de braquiária podadas aos 15 dias após o transplante, visando estimular o perfilhamento. Após esse período foram aplicados os tratamentos correspondentes a 0, 720, 1.440, 2.160 e 2.880 g e.a. ha-1 de glyphosate sobre as plantas de braquiária. No experimento em solo, mudas de E. grandis foram plantadas em 72 vasos de 10 L, 36 contendo solo arenoso e 36 solo argiloso. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados com seis repetições, montado em esquema fatorial 2 x 6 (dois tipos de solo e seis combinações de manejo). Após o plantio das mudas de eucalipto, 48 vasos (24 de cada solo) receberam cinco mudas por vaso de Brachiaria decumbens, sendo estas cultivadas em consórcio com a muda de eucalipto. O restante dos vasos de eucalipto foi cultivado em monocultivo. Os tratamentos testados foram: 1 - eucalipto consorciado com braquiária (testemunha); 2 - eucalipto sem braquiária + 1.440 g e.a. ha-1 de glyphosate aplicado no solo; 3- eucalipto com braquiária cortada após pulverização com 1.440 g e.a. ha-1 de glyphosate; 4, 5 e 6 - eucalipto consorciado com braquiária pulverizada respectivamente com 720, 1.440 e 2.880 g e.a. ha-1 de glyphosate. A aplicação foi feita sobre as plantas de braquiária nos tratamentos 4, 5 e 6, protegendo a planta de eucalipto do contato com o herbicida. O tratamento 2 recebeu a aplicação do glyphosate diretamente no solo. No tratamento 3, os vasos de eucalipto receberam a parte aérea de plantas de braquiária cortadas, sete dias após estas terem sido pulverizadas com 1.440 g e.a. ha-1 de glyphosate. Nos dois ensaios houve controle acima de 95% da gramínea por todas as doses testadas, não sendo verificados sintomas de toxidez nas plantas de eucalipto. A atividade microbiana foi maior no solo arenoso, principalmente com o aumento das doses de glyphosate aplicadas nas plantas de braquiária.
Resumo:
Dentre as causas da ineficácia no controle de plantas daninhas destaca-se a resistência delas aos herbicidas. Os objetivos deste trabalho foram avaliar a suspeita de resistência de Eleusine indica a inibidores de acetil-CoA carboxilase (ACCase) e investigar a ocorrência de resistência cruzada entre os inibidores de ACCase. Biótipo de Eleusine indica originado do Mato Grosso com suspeita de resistência aos herbicidas inibidores de ACCase foi avaliado em casa de vegetação na sua suscetibilidade para diversos produtos do grupo dos ariloxifenoxipropionatos e cicloexanodionas. Estudos de resposta à dose confirmaram que o biótipo era 18 vezes mais insensível ao sethoxydim do que biótipo suscetível nunca aspergido com herbicidas. Também se constatou resistência cruzada ao fenoxaprop, cyhalofop, propaquizafop e butroxydim. Não se observou resistência cruzada aos produtos fluazifop, haloxyfop, quizalofop e clethodim.
Resumo:
Por meio deste trabalho objetivou-se avaliar diferentes intervalos entre a dessecação química ou roçada de Brachiaria brizantha, inoculada ou não com fungos micorrízicos arbusculares, e a semeadura da soja. B. brizantha foi semeada em vasos na presença ou ausência de inóculo misto dos fungos Glomus etunicatum, Glomus fasciculatum e Scutellospora heterogama. A gramínea foi semeada escalonadamente, de forma que apresentasse o mesmo estádio de desenvolvimento por ocasião da dessecação química ou roçada, aos 7, 14, 21 ou 28 dias antes da semeadura (DAS) da soja. A soja, semeada em única época, foi inoculada com estirpes de Bradyrhizobium (SEMIA 5019, SEMIA 5079, SEMIA 5080 e SEMIA 587). A avaliação da soja foi feita no estádio de pleno florescimento. Não se observou efeito do herbicida sobre a soja quando a dessecação foi realizada aos 14, 21 ou 28 DAS; entretanto, em todas as épocas, a cultura desenvolveu-se melhor quando B. brizantha foi inoculada com os fungos micorrízicos. A dessecação, realizada aos 7 DAS, proporcionou maiores área foliar e número de trifólios e de nódulos, assim como de biomassa seca de folhas da soja, em relação ao tratamento roçado. Todavia, nessa época, verificou-se decréscimo na colonização micorrízica e no volume das raízes da soja.
Resumo:
Este trabalho teve por objetivos isolar, identificar e caracterizar a atividade alelopática de substâncias químicas produzidas pela Brachiaria brizantha cv. Marandu e determinar as variações na atividade dessas substâncias em função da variação do pH da solução. A atividade alelopática foi realizada em bioensaios de germinação e desenvolvimento da radícula e do hipocótilo, utilizando as plantas daninhas malícia (Mimosa pudica) e mata-pasto (Senna obtusifolia) como receptoras. Os efeitos do pH foram analisados na faixa de 3,0 a 9,0. Os triterpenos pentacíclicos friedelina e epifriedelinol isolados da parte aérea de B. brizantha apresentaram baixa atividade inibitória na germinação de sementes e no desenvolvimento da radícula e do hipocótilo das duas plantas daninhas. As duas substâncias apresentaram comportamento diferenciado em relação à variação do pH da solução, com inibições mais marcantes em relação à planta daninha mata-pasto.
Resumo:
O azevém é uma gramínea com elevado potencial de infestação em lavouras e pomares, e seu controle com glyphosate tem sido limitado devido à existência de biótipos resistentes a esse herbicida. Objetivou-se comparar quatro biótipos de azevém coletados em diferentes regiões do Rio Grande do Sul, com o intuito de testar a hipótese de que aspectos morfofisiológicos e fenológicos estejam vinculados à resistência. O experimento foi conduzido em casa de vegetação, onde um biótipo suscetível (B1S, Passo Fundo) e três resistentes ao glyphosate (B2R, Santa Maria; B3R, Júlio de Castilhos; e B4R, Vacaria) foram colhidos aos 126, 147, 168 e 189 dias de idade. O biótipo B1S mostrou 21 dias de antecipação no florescimento em relação aos demais biótipos. O biótipo B4R produziu significativamente mais folhas (43 por planta), afilhos (14 por planta), espigas (14 por planta), sementes (3.484 por planta) e matéria seca total (raízes + parte aérea = 13,8 g por planta). Conclui-se que biótipos sensíveis não podem ser diferidos de biótipos resistentes apenas por aspectos morfológicos relacionados ao vigor.