1000 resultados para Vicente, Gil, ca.1465-1536 Crítica e interpretação
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O presente trabalho consiste em uma interpretação do sentido histrico do programa Gente Inocente!?, da Rede Globo, enquanto produto cultural e mercadolgico, e possvel mediador da crise da infncia atual. Entendemos que as dificuldades na relao com a infncia historicamente constitudas so geradoras de problemas subjetivos que precisam de um direcionamento. A cultura atual, atravs de suas produes, vai encarregar-se de propor solues. Um programa de TV poder realizar a funo de produzir uma imagem unificada da infncia que permita s pessoas visualizarem sua continuidade. Gente Inocente!?, atravs de uma proposta de diverso amena, vai procurar dar estabilidade a essa imagem da infncia, fazendo uso de algumas estratgias e artifcios estticos, condicionados pela forma mercadoria. Para esta anlise, utilizamos alguns princpios tericos e metodolgicos da Teoria Crítica da Sociedade proposta pelos pensadores da Escola de Frankfurt, o que nos possibilita desenvolver uma crítica ao objeto a partir de suas contradies internas.
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Esta pesquisa investiga a colocao pronominal em duas verses da pea A Viva Pitorra, de Joo Simes Lopes Neto, tendo por perspectiva problematizar o texto teatral como fonte de estudos da sociolingstica variacionista em funo do carter oral e coloquial atribudo a estes textos, tanto pela lingstica, como pela crítica teatral e literria. Temos como hiptese geral que os arranjos promovidos na colocao pronominal na segunda verso da pea refletem uma reescrita orientada para a variedade falada, indicando, por extenso, o comportamento de prclises e nclises no plano geral da lngua e a sensibilidade lingstica do autor no s para a linguagem em uso, mas tambm para a fora coercitiva da norma gramatical. Como hipteses especficas, temos que 1) a ocorrncia de prclises e nclises na pea reflete as caractersticas do portugus falado no Brasil e que 2) sobre as formas enclticas, atua fortemente a coero da norma cultuada. A reviso terica prope um dilogo entre a crítica literria e a teatral, identificando as (in)definies da rea para os termos oral e coloquial; na rea da lingstica, resenhamos as pesquisas cujos corpora so formados de peas teatrais e nos apoiamos nos estudos de variao e mudana que abordam diacronicamente a colocao pronominal, instituindo especificidades do sistema gramatical do portugus brasileiro em relao ao portugus europeu. Os dados so analisados descritivamente em relao aos arranjos promovidos na segunda verso e quantitativamente (programas Varbrul/Varbwin) em relao aos fatores definidos para anlise. No geral, os resultados indicam 1) o favorecimento da prclise em ambas as verses, refletindo as caractersticas do portugus brasileiro falado e 2) a incidncia da norma nas formas enclticas. Dos quatro fatores selecionados como estatisticamente significativos, destacamos os fatores a) gnero do personagem e b) sujeito expresso x sujeito nulo, ambos ausentes na literatura lingstica resenhada. O fator a) acrescenta um dado sociolingstico s pesquisas cujos corpora so formados a partir de peas teatrais, e o fator b) indica a necessidade de pesquisas pontuais sobre a relao indicada como estatisticamente significativa. Acrescentamos discusso a colocao pronominal em dois outros textos do autor gacho: um drama e duas verses de um conto, objetivando fundamentar a inadequao do termo oralidade e oferecer o termo linguagem verossmil para caracterizar traos lingsticos da variedade falada em diferentes gneros literrios.
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Abordamos, nesta tese, quatro perfis do escritor paulista Monteiro Lobato (1882-1948). Primeiro, seu lado visionrio, que redundou na criao de uma extensa obra voltada para a infncia e, paralelamente, em uma grande investida no mundo empresarial. a utopia escrita e passada ao ato. Para levar a cabo seu trabalho hercleo, Lobato sorveu da filosofia de Nietzsche o quantum satis para lhe redobrar a mpeto intelectual. Este o segundo ponto discutido aqui. Fazendo tabula rasa dos ideais educacionais de seu tempo, Lobato criou personagens paradigmticos para povoar sua Utopia, calcados no pensamento de Rousseau (Emlio x Emlia) e nos ideais do Iluminismo. a matria do terceiro captulo. Para fechar o crculo, no quarto captulo, examinamos os vnculos do autor com a sociedade norte-americana do incio do sculo XX, que lhe forneceu o modelo de uma comunidade prspera e feliz, que o escritor sonhava implantar no Brasil.
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Dificuldades na preveno do HIV/AIDS em relacionamentos heterossexuais estveis recomendam estudos deslocando o foco do individual para o interacional. Entrevistou-se 15 casais heterossexuais, que realizaram conjuntamente testagem voluntria em servio de sade pblica. Foram realizados dois estudos: o Estudo 1 explora aspectos da motivao para a realizao da testagem sorolgica, conhecimentos sobre HIV/AIDS e susceptibilidade percebida; o Estudo 2 descreve e analisa prticas preventivas adotadas nos perodos anterior e posterior testagem para HIV. Os dados foram analisados atravs de procedimentos qualitativo-fenomenolgicos: descrio qualitativa, anlise indutiva ou temtica e anlise crítica ou interpretação. Os resultados indicam que padres relacionais entre gneros e dificuldade na relao conjugal influenciam a vivncia da suscetibilidade de infeco e a adoo de prticas preventivas. Os riscos de infeco so negados ou desvalorizados, mesmo em casais sorodiscordantes, por dificuldades com o tema sexualidade e por padres de comportamento de gnero: homens expem-se a risco para afirmar sua masculinidade; mulheres para manter relacionamentos afetivos. Implicaes para preveno so discutidas, destacando a importncia do desenvolvimento de intervenes com ambos os cnjuges que levem em conta dinmicas dos relacionamentos e formas de comunicao necessrias para construo e manuteno de comportamentos preventivos.
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Esta pesquisa busca determinar se a pelcula cinematogrfica Blade Runner pode ser entendida como mito segundo a concepo de Joseph Campbell, bem como procura desvendar qual o significado do filme enquanto mito. Para o primeiro tpico, foi usado o mtodo de anlise textual, amparado no paradigma indicirio. Para o segundo tpico, foi feita uma comparao do Teste de Turing e do programa de conversao ELIZA, de Joseph Weizenbaum com Blade Runner. Nossa concluso final remete idia da mquina como espelho simblico do ser humano.
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Este estudo pretende analisar a obra romanesca de Laury Maciel, constituda por Noites no Sobrado(1986) e Rosas de Papel Crepom(1992), baseado em aspectos como melancolia, saudosismo, ironia e pessimismo, sob a tica da Sociologia do Romance e da Teoria do Romance, de Georg Lukcs, que apresenta o conceito de heri problemtico e sua busca pela totalidade. Alm disso, procura situar a obra do autor no conjunto da produo literria sul-rio-grandense dos anos 70 e 80, especialmente do gnero romance.
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O presente trabalho tem por objetivo investigar a constituio de imagens de gacho no discurso da narrativa literria gauchesca, levando em conta a presena de, pelo menos, duas representaes que habitam todo um imaginrio social sobre o gacho: a do mito e a do no-mito. Para tanto elegemos, como corpus de anlise, seqncias discursivas constitutivas de duas obras consagradamente gauchescas: Contos Gauchescos, de Joo Simes Lopes Neto, e Porteira Fechada, de Cyro Martins. a Anlise de Discurso de Escola Francesa (AD) que d sustentao tericometodolgica a esse trabalho, que se constitui no entremeio de disciplinas da rea de Cincias Sociais, compreendendo um percurso que contempla noes advindas da Histria, da Psicanlise, da Antropologia, da Geografia, cada uma delas vindo a funcionar de maneira bem especfica junto s noes prprias da AD. O trabalho est sub-dividido em trs partes, assim nomeadas e constitudas: - Parte I - Sobre o tema e os pressupostos terico-metodolgicos, que explicita o tema e os pressupostos terico-metodolgicos da AD, mobilizados no desenvolvimento do trabalho; - Parte II - Sobre a construo do objeto de anlise, sub-dividida em dois captulos: Captulo 1, que abrange os entornos tericos que contriburam para a reflexo acerca do objeto de estudo; e o Captulo 2, que apresenta as possibilidades de se circunscrever o objeto de estudo em questo, via um levantamento das condies de produo e via a observao dos entrecruzamentos de discursos sobre o gacho; - Parte III - Sobre o corpus e as anlises, sub-dividida, tambm, em dois captulos que apresentam as anlises, propriamente ditas. nessa terceira parte que se revelam as imagens de gacho que constituem o discurso da narrativa literria gauchesca em questo, estabelecendo relaes de identidade e de 8 alteridade entre o mito e o no-mito gacho no discurso literrio gauchesco em questo. Importa destacar, ainda que resumidamente, o que as anlises revelam: por um lado, a representao das formas de subjetivao do gacho nesse discurso; e, por outro, as designaes e descries de gacho que constituem o discurso em questo. A anlise das formas de subjetivao do gacho explicita as no-coincidncias entre o lingstico e o discursivo na constituio dos sentidos. A anlise das designaes e descries atribudas ao gacho representado ora como mito e ora como no-mito no discurso literrio em questo revelam imagens de gacho, desconstruindo efeitos de oposio entre mito e nomito. Assim, o presente trabalho explicita como se constri uma e outra imagem de gacho no intradiscurso: a imagem do mito, em Contos Gauchescos; e a imagem do nomito, em Porteira Fechada; bem como explicita que a construo dessas imagens, no discurso da narrativa literria gauchesca, faz parte de um processo discursivo onde se constroem e emergem diferentes imagens de gacho.
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Os fenmenos da traduo, assim como vrios dos diversos percursos histricos e tericos apresentados ao longo da Histria sobre o tema, sero explicitados e discutidos. A avaliao comparatista de duas tradues de Moll Flanders, de autoria de Daniel Defoe, ser desenvolvida, levando-se em considerao as concepes mais atuais dos Estudos de Traduo, como a teoria da Reescritura de Andre Lefevere. Aspectos como o status do tradutor, assim como o sistema literrio do qual este provm, so fatores que tambm sero pertinentes s referidas anlises críticas.
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O presente trabalho investiga a retrica da Fuga opus 87 n 4 de Dmitri Shostakovich. Para atingir tal objetivo, foram utilizados os trabalhos de Lester (1986, 2001), Harrison (1990) e Roberts (2004). Neste ltimo, esto os princpios metodolgicos utilizados para a realizao desta pesquisa, os quais consistem, basicamente, no reconhecimento dos elementos identificadores [notable properties], termo utilizado por Roberts para denominar propriedades distintas de uma fuga. Roberts (2004) aplicou seu mtodo para reconhecer a natureza, retrica ou literal de quatro fugas de Bach para rgo (BWV 533, 545, 547 e 578). Na fuga dupla n 4, em Mi menor, de Shostakovich foram encontrados cinco elementos identificadores: graus da escala em suspenso, ambigidade tonal/modal, relao entre Integrantes, presena do terceiro contra-sujeito para um dos sujeitos e sees paralelas intensificadas. No discurso, a presena e inter-relaes mtuas dos elementos identificadores estabelecem conflitos, os quais so resolvidos revelando a natureza retrica da composio.
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O compositor boliviano Simen Roncal (1870-1953) considerado um dos formadores da linguagem musical nacional na Bolvia. Para desvendar este processo de formao e reconhecer aqueles elementos que, no momento histrico em estudo, propiciam a identificao desta msica com o projeto nacionalista boliviano, analisamos os elementos tcnico-estilsticos que representam as culturas formadoras da nao boliviana, indgena e hispano-americana, no conjunto de obras 20 Cuecas e dois Kcaluyos Indios. Tais elementos foram interpretados luz de estudos musicolgicos e etnomusicolgicos sobre a msica da Bolvia.
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Este trabalho consiste na anlise sociolgica do romance "Terras do Sem Fim", de Jorge Amado. Partimos da idia de que a obra de arte no apenas um reflexo da realidade mas que ela capaz de reproduzir um determinado momento desta realidade, apreendendo-o em toda sua complexidade, embora atravs de sua prpria especificidade. Procuramos portanto ao analisar esta obra captar o princpio estrutural que ordena o mundo ficcional e mostrar de que forma se faz a transposio do plano real ao plano romanesco. Em "Terras do Sem Fim" nos parece que as relaes entre as personagens assim como sua trajetria so de terminadas pelo princpio do autoritarismo e da "malandragem. Nesta sociedade cacaueira do princpio do sculo transposta para o romance, os coronis, fazendeiros de cacau, dominam por meio da violncia e da fraude, mas para dar livre curso sua ambio ou para se realizarem no pleno individual, necessitam do concurso dos representantes dos grupos mdios (advogados, mdicos, funcionrios pblicos, jornalistas, etc.). Estes de melhor nvel educacional, de origem urbana, detentores do "saber" utilizam-se desses trunfos para obterem dinheiro, prestgio social ou fama que os compensem pela sua submisso e lealdade aos coronis. Em plano secundrio, como na vida real, esto os trabalhadores e pessoas humildes que vivem sob a bota dos coronis, no tendo maior peso poltico ou influncia os acontecimentos. Para compreender essa estrutura social baseada na realidade baiana, partimos da anlise da sociedade brasileira no, perodo estudado (Primeira Repblica), analisando-a do ponto de vista econmico, poltico e social. Procuramos tambm mostrar como a formao e a vivncia do escritor contribuem para a apreenso dessa realidade mas no seriam por si ss garantia dessa fidelidade que e, em ltima instncia, determinada pela sensibilidade e pelo trabalho criador do artista.
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A obra infantil de Monteiro Lobato apresenta a cincia de forma diferenciada em trs fases. Na primeira, a cincia intil e representa um empecilho no desenrolar das aventuras. Na segunda,ela o prprio motor das histrias. Na terceira, vista como ferramenta mal utilizada pela civilizao. Monteiro Lobato se vinculou a um grupo ontelectual de So Paulo cuja ao est na base da formao do Partido Democritico na dcada de vinte. A estrutura das fases identificadas na obra infantil corresponde trajetria poltica do grupo. Num primeiro momento, ele luta por afirmar-se, por se estabelecer na poltica regional contra o conservadorismo do PRP. Num segundo momento ele se faz vitorioso, dirigindo o estado; finalmente ele derrotado pelo golpe de 1937, se desagrega. Seus membros so cooptados ou perseguidos. Assim, a obra infantil de Lobato retrata a saga do liberalismo oligrquico em So Paulo durante a Primeira Repblica.
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A construo da imagem do criminoso e da vtima e as formas de apresentao da morte no programa Linha Direta da Rede Globo so o foco desta pesquisa. Com a utilizao do suporte metodolgico da Anlise do Discurso de linha francesa, analisamos o funcionamento discursivo do programa e as suas perspectivas de enunciao. Observamos quatro enunciadores principais no Linha Direta, os quais, na maioria das vezes, falam sob o mesmo ponto de vista e remetem mesma formatao no momento que atuam na construo das imagens dos criminosos e das vtimas. O criminoso caracterizado como uma pessoa m, que entrou na vida da vtima para acabar com a sua tranqilidade e fazer dela uma pessoa infeliz. J a vtima tem sua imagem apresentada como sendo essencialmente boa e dotada de qualidades. A vtima, de acordo com a perspectiva do programa, sempre foi uma pessoa batalhadora e o seu principal erro foi ter tido ligaes com a pessoa que acabou sendo o assassino. A morte apresentada direcionada, com autoria, praticada por pessoas que tm alguma relao com a vtima; uma morte violenta. Ento, na configurao geral do discurso do programa, h um foco especfico que a de um criminoso mau e de uma vtima boa, onde o mal s pode ser combatido com a realizao da delao do bandido por parte dos espectadores.