1000 resultados para Rilke, Rainer Maria, 1875-1926 - Crítica e interpretação


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Tendo como objeto de estudo o livro Lavoura arcaica, de Raduan Nassar, e a obra cinematogrfica homnima, de Luiz Fernando Carvalho, este trabalho se debrua sobre as anlises possveis no processo de adaptao como recriao da obra, interpretando temas como a famlia, as paixes proibidas e o trgico. Para tal estudo, a viso terica de autores como Freud, Bataille, Marcuse, Bakhtin e Nietzsche, em seus pontos convergentes, auxilia a compreenso secular de interditos, proibies e transgresses, presentes na obra de Nassar.

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O presente trabalho busca compreender a recepo crítica da potica de Max Martins no decorrer de 50 anos de atividade artstica. A partir de uma abordagem esttico recepcional, averiguaremos como as sucessivas leituras por parte de jornalistas e crticos determinaram a aceitao de sua produo e sua respectiva insero dentro do cenrio literrio local e nacional. Baseando-se na perspectiva terica da Esttica da Recepo pretenderemos assim compreender diacronicamente o efeito causado pela obra de Max Martins junto aos seus leitores imediatos, e consequentemente perfazer uma histria de sua recepo. A abordagem realizada por meio dos pressupostos apresentados por H. R. Jauss (em A Histria da Literatura como Provocao Teoria Literria) - como o termo "horizonte de expectativa" - nos orientar quanto historicidade da produo potica de Max Martins, esclarecendo o motivo que levou algumas leituras equivocadas de sua obra a se perpetuarem at o presente. Desse modo, por meio da reconstruo do horizonte de expectativa poderemos compreender a que demanda ou pergunta obra de Max Martins atendeu no momento de sua publicao, alm de averiguarmos como o trabalho de editorao da sua obra (G.Genette, 2009) influenciou sua leitura no decorrer do tempo, atualizando assim sua compreenso crítica e revelando algumas incongruncias persistentes em estudos acadmicos contemporneos.

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Este trabalho interpreta as categorias cultura e identidade a partir da trilogia Cenas da vida do Amazonas de autoria do escritor paraense de bidos, Herculano Ingls de Sousa. A anlise foi realizada com base na perspectiva terica dos Estudos Culturais que se preocupam em conectar cultura, significado, identidade, poder e territrio, privilegiando a concepo de Identidade.

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Este estudo apresenta os resultados de uma pesquisa que teve como corpus letras de msicas produzidas no perodo de 1966 a 1985, de Chico Buarque de Holanda, cuja temtica a vadiagem. Sob o ttulo Um Olhar acerca da Vadiagem em Canes de Chico Buarque de Holanda, busca-se desvelar os conceitos presentes nos estudos de Michel Maffesoli referentes Vadiagem, Vagabundagem e ao Nomadismo em letras de msicas desse importante artista brasileiro, como: Vai trabalhar Vagabundo, de 1976; Homenagem ao Malandro e Hino de Duran, ambas de 1978; A volta do Malandro, de 1985; dentre outras. Alm da anlise de Michel Maffesoli (2001; 2004), outros tericos nortearam o vis reflexivo desse estudo, como Roberto da Matta (1997), Srgio Buarque de Holanda (1973), Antonio Candido (1993), Roberto Schwarz (1979) e Michel Foucault (1992).

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Esta dissertao o produto de um estudo analtico do livro de poemas Batuque, de Bruno de Menezes, com foco nas narrativas de memria. Tomam-se como referncia as manifestaes culturais de origem africana representadas no livro, em consonncia com teorias pautadas sob uma tica direcionada conexo entre a subjetividade literria e a objetividade histrica, tendo como referncia os conceitos de Histria Social, propostos por Peter Burke, a ideia de cultura de Terry Eagleton e a identidade cultural, de Stuart Hall. Esses instrumentos possibilitam a observao da presena africana como elemento de composio de uma identidade cultural na Amaznia, sob trs aspectos: o primeiro, relacionado ao lirismo, demonstrado, sobretudo, nos poemas Me Preta e Pai Joo; o segundo, direcionado musicalidade, observada em poemas como Batuque e Alma e ritmo da raa; e o terceiro versa sobre a religiosidade, apresentada em poemas como Toi Verequte e Orao da Cabra Preta. Destes trs aspectos, o que mais despertou nossa ateno foi a religiosidade, em especial quanto relao entre sagrado e profano e viso de bem e mal, muito evidentes na obra. Os resultados obtidos do-nos a ideia de que, pela leitura das narrativas de memria do autor e de sua relao com o ambiente em que viveu, as influncias do meio na criao artstica do poeta e na produo de uma obra voltada para as manifestaes culturais contribuem, significativamente, para a melhor compreenso da presena negra na cultura brasileira.

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No presente trabalho interpreta-se a poesia de Max Martins, focando, principalmente, a abertura que ela oferece para o acontecer do silncio da linguagem. Pensa-se, aqui, no silncio como uma questo que fala e se confunde com a questo da essncia da linguagem e, por conseguinte, tambm com a da essncia do potico. Sendo assim, a dissertao desdobra-se em discusses potico-filosficas, articulando essas duas esferas criativas nas vrias dimenses em que a obra martiniana manifesta o silncio: na linguagem, no dilogo com o pensamento e a poesia orientais, no erotismo e na verbivocovisualidade. Busca-se a escuta da voz do silncio, como aparece no ttulo do trabalho. Nessa travessia, importante dizer, as reflexes implementadas pelo filsofo alemo Martin Heidegger acerca da linguagem, assim como suas ideias sobre hermenutica potica, so de grande valia. Certamente, alm de Heidegger, h outros pensadores cujos nomes ecoam pelo trabalho, mas o do alemo merece destaque, pois a compreenso da essncia da linguagem como fala silenciosa encontra abrigo tanto em sua filosofia como na obra potica de Max Martins. Realizando um dilogo entre poesia e filosofia no que elas tm em comum o pensamento de questes , aqui no se aplicou uma teoria prvia ao acontecer da arte. Procurou-se, ao contrrio, empreender ao longo desta jornada interpretativa a escuta da potica que os prprios textos martinianos pe em obra.

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Esta dissertao tem como objetivo analisar o romance Cinzas do Norte (2005), de Milton Hatoum, verificando quais so as relaes das categorias estticas de melancolia e resistncia com o contexto histrico da Ditadura Militar, de 1964, no Brasil. Partindo da ideia de que a teoria com a qual estamos lidando marcada pela melancolia segundo Walter Benjamin. Nesse sentido, examinamos como a arte, que parte de composio da narrativa e, tambm as referncias memorialsticas, utilizadas como estratgias ficcionais de resistncia ao regime de represso, em particular, ao autoritarismo, servem de base para problematizar os regimes de imposio instaurados naquele perodo. Com base em algumas abordagens tericas, relacionadas resistncia, melancolia e memria. Mediante essas abordagens verificamos quais consequncias esto ligadas ao perodo ditatorial, e como elas fazem parte da compreenso do sujeito melanclico. Para dar conta da teoria relacionada melancolia utilizamos os textos de autores como: Sigmund Freud (1976), Maria Rita Kehl (2009), Julia Kristeva (1989), Walter Benjamin (1985), Susan Sontag (1976), Suzana Lages (2007). Para os estudos relacionados resistncia e a memria, utilizaremos os textos de Alfredo Bosi (2002), Jacques Le Goff (2003), Paul Ricoeur (2007) e Aleida Assmann (2011), serviro de base para nossas reflexes.

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O presente trabalho tem como objetivo geral analisar como ocorre a intertextualidade dos escritores T. S. Eliot, James Joyce, Robert Stock, Emily Dickinson, Walt Whitman e Ezra Pound, na obra de Mrio Faustino. De acordo com autores como Bosi (1994) e Benedito Nunes (1985), a poesia de Faustino resulta da soma de poetas que ele leu, em diferentes momentos, tais como: Mallarm, Yeats, Rilke, cummings, Joyce e Pound, deste ltimo se utilizou do lema repetir para aprender, criar para renovar. O lema de Pound remete direta ou indiretamente presena de outros autores em alguns poemas de Faustino. Mas este fato sempre foi tratado com poucas comprovaes prticas. Assim, estabelecemos alguns parmetros para escolher quais autores seriam analisados: utilizaremos somente autores anglfonos e, dentre eles, apenas autores que Faustino traduziu em suplementos literrios e em uma revista. Partindo desse princpio, os autores foram distribudos em dois momentos que definimos como ciclos: o ciclo-norte, o qual abrangeu o suplemento Arte-Literatura e a revista Norte; e o ciclo-sudeste, o qual abrangeu o suplemento Poesia-Experincia. Em ambos os ciclos, procuramos meios que nos permitissem mostrar que determinados autores esto presentes na obra de Faustino, seja por meio da criao de novos poemas com base em um poema de um autor anglfono ou por meio da incorporao de elementos caractersticos de determinado escritor tambm anglfono. Para esta pesquisa utilizamos alguns autores como: Chaves (1986) Kristeva (1974) e Bakhtin (2003; 2006), Santiago (1978), Nunes (1985; 1986; 1997; 2009) e Campos (1977; 1992). Percebemos, de acordo com Compagnon (2007), como ocorre o trabalho de reconstruo da escrita, neste caso na anlise entre as tradues realizadas por Mrio Faustino e os poemas dele, no qual cada etapa um liame de uma imensa trama que liga este texto a outros lidos e recortados, que manipulado por um indivduo, ao mesmo tempo, autor e leitor (Faustino). Assim, o autor/leitor, possuiu como prtica a tarefa de citar, ou seja, redizer o que j havia sido dito por outros.

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A pesquisa Pardia e carnavalizao no cancioneiro Chico Buarque de Hollanda investiga os aspectos pardicos e carnavalescos presentes no repertrio de Chico Buarque, enfatizando a carnavalizao, inicialmente, como uma prtica cultural medieval, baseada nas teorias de Mikhail Bakhtin, a cerca do carnaval medieval e renascentista analisado na obra do francs Franois Rabelais, proposies desenvolvidas no livro A cultura popular: na Idade Mdia e no. Desta anlise, o presente estudo destaca os principais elementos constituintes dos ritos carnavalescos: 1) o dialogismo entre o discurso popular e o discurso potico, uma vez que toda comunicao uma ao recproca; 2) a ambivalncia da linguagem carnavalesca que primava por estabelecer a ligao entre os plos positivos e negativos referentes ao ciclo nascimento-morte; 3) o riso e as suas complexidades de significaes e realizaes que oscilam entre a ingenuidade e a stira; e por fim 4) a pardia que incorpora todos os elementos citados anteriormente para sua realizao. Partindo da apreenso destes conceitos, ser traado tambm um breve panorama histrico para compreender as mltiplas facetas artsticas de Chico Buarque e a sua relao com a vida social, a fim de perceb-lo por meio de sua produo como poeta lrico social. Para comprovar a importncia do carnaval na cultura universal, dando nfase cultura brasileira, as canes Tem mais samba (1964), Sonho de um carnaval (1965), Amanh, ningum sabe (1966), Noite dos mascarados (1966), Roda-viva (1967), Ela desatinou (1968), Apesar de voc (1970), Quando o carnaval chegar (1972) e Vai passar (1984) sero analisadas num estabelecimento comparativo entre o carnaval contemporneo e o carnaval medieval, observando as confluncias e dissonncias, que ainda fazem parte desta festa popular. Desta apreciao, o presente estudo assinala a importncia da obra de Chico Buarque pelo valor potico e cultural presente em todas as suas atividades artsticas. Os critrios de anlise sero pautados num estudo bibliogrfico entre as teorias carnavalescas de Bakhtin e as msicas de Chico Buarque, que aqui sero compreendidas como poemas-canes, destacando dessas a temtica do carnaval.

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Esta dissertao analisa a presena da moralidade no conto "Cinco Mulheres", de Machado de Assis, publicado no Jornal das Famlias em agosto e setembro de 1865, para tanto considera a perspiccia do narrador na composio da personagem feminina e na construo do enredo. Objetivou-se ressaltar como Marcelina, Antnia, Carolina, Carlota e Hortncia, mesmo delineadas para figurar em um jornal moralizante, revelam muito sutilmente a ruptura com a submisso que se esperava da mulher da poca. Para isso, foram observados, no peridico, as sees, os expedientes, os editorias, as ilustraes, a fim de perceber cintilaes da representao de subordinao alegrica da mulher do sculo XIX. A escassez de textos crticos sobre os primeiros escritos do autor revela o desinteresse com que essas obras tm sido tratadas e a leitura do conto em tela uma maneira de resistir compreenso de que somente os textos depois da dcada de 80 merecem complexidade, o que tambm objetivo deste estudo. Com isso, o levantamento da fortuna crítica dos textos iniciais de Machado, em especial os direcionados aos seus contos, oportuniza discutir sobre a composio da figura feminina e como ela era apresentada leitora do jornal casamenteiro. Ao invs de apresentar o casamento como sustentculo da sociedade, o "Bruxo do Cosme Velho" apresenta as incongruncias possveis de ocorrer nos matrimnios: enlaces sem amor, infelicidade do casal, traio do marido e da esposa, o que possibilita leitora da poca refletir sobre sua condio subalterna diante da sociedade patriarcal e do cerceamento vivido.

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Este artigo vincula-se aos estudos sobre o pensamento educacional no Brasil. Abordamos as interpretaes de Jos Verssimo sobre os problemas nacionais da educao brasileira no final do sculo XIX e incio do sculo XX. Nossa inteno apresentar e analisar estas interpretaes, realizadas na Primeira Repblica. Jos Verssimo nasceu em bidos, no Par, em 1857, e faleceu no Rio de Janeiro, em 1916, passando parte de sua vida intelectual no Par e parte na capital da Repblica, onde fundou e participou ativamente da Academia Brasileira de Letras (ABL) e da Revista Brasileira. O autor foi estudioso importante nas discusses sobre as consequncias do colonialismo portugus e as tentativas frustradas de uma poltica republicana de educao no Brasil. Para Jos Verssimo, a educao pblica deveria estrategicamente superar as degenerescncias raciais, especialmente localizadas nos sertes do Brasil, promovidas pela colonizao. Os "Brasis" que sociologicamente constituam o territrio nacional quela poca so pensados por Verssimo como um entrave a ser superado pela Repblica para a insero do Pas na ordem moderna que, para ele, significava civilizao. Mas esta civilizao almejada se efetivaria, na sua perspectiva, na medida em que todos os brasileiros fossem includos em um projeto de unidade nacional.

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A presente pesquisa aspira desenvolver uma possibilidade de interpretação da modernidade atravs da perspectiva do ltimo homem de Nietzsche e sua reverberao no tipo escravo. Tendo em vista que, segundo a assimilao de Nietzsche da modernidade, esta traduziria o momento de ininterruptas relaes constitudas principalmente atravs dos juzos valorativos. Diante do exposto, coloca-se em foco a motivao para essa pesquisa: investigar de que forma o ltimo homem apresentado em Assim falou Zaratustra efetiva uma linha filosfica que adota sua prtica em um tipo moderno e, por isso mesmo gregrio, tomando forma cabal na figura do escravo de Nietzsche, na A genealogia da moral?. Para tanto, pretende-se analisar a noo de modernidade enquanto processo de igualao (nivelamento) do homem, a partir de seus textos capitais, a saber, Para alm do bem e do mal, cuja obra Nietzsche procura de modo detalhado mostrar o rosto da modernidade e sua constituio decadente. Do mesmo modo, na sua obra A genealogia da moral, faz todo um estudo da procedncia e das foras que esto em jogo na fomentao e constituio dos valores. Dessa maneira, a pesquisa torna-se importante no s por desenvolver uma anlise terica conceitual do autor, que apresenta elementos tericos e filosficos que ajudam a pensar as questes da modernidade, mas tambm por querer aprender com Nietzsche que a tarefa do pensamento um exercitar a crítica, bem como a criao de outras posturas interpretativas diante do mundo.

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Homens e caranguejos (1967), nica narrativa ficcional de Josu Apolnio de Castro (1908-1973), a priori publicada em francs (1966), durante o foroso exlio do autor em Paris, sumariamente expressiva desde o prlogo que antecede a trama. Nomeando as pginas introdutrias deste romance como Prefcio um tanto gordo para um romance um tanto magro, Josu de Castro distende, ao retomar num tempo que j considerava anacrnico, o hbito pela escrita prefacial, a concepo de paratexto ampliada por Gerard Genette (1930), em Palimpsestes (1982). Apresentando a fome pelas recordaes infantis que dela possui, o autor agua no pblico-leitor a vontade de tatear, rente a seu olhar aparentemente ingnuo de criana e, de ficcionista de primeira viagem, o macrocosmo de memrias da fome que lhe serve como porto de partida para a criao de um microcosmo ldico e faminto, pelo qual a imaginao e impossibilidade de re-apresentao total do vivido na linguagem, rearranjam a realidade da condio humana, reinventando-a pela articulao dramtica dos elementos formais, sobretudo, tempo-espao, narrador e personagem. A fico se pe no ritmo fragmentado de aventuras e desventuras assumidas a partir dos intervalos da memria. Sero sumrios nos estudos mnemnicos, as apreciaes de Henri Bergson em Matria e memria (1896), Jacques Le Goff em Histria e memria (1924) e Maurice Halbwachs, na publicao pstuma de A memria coletiva (1950), em face de serem fontes subsidirias da aproximao entre os estudos da memria e a literatura. Lana-se mo da lembrana a fim de legendar os dilogos futuros entre o protagonista infantil, Joo Paulo, vido pela liberdade sonhadora prpria da criana, e as memrias de outros experientes personagens, nem to esperanosos assim. D-se na narrativa o tom que oscila entre a transformao e a acomodao do eu e do outro, de espaos simbioticamente incertos e unidos por suas fomes. Fome que , desde ento, a personagem modeladora, que provoca o dilogo da presente pesquisa com o modo de apreenso que dado por Angela Faria, na dissertao Homens e caranguejos: uma trama interdisciplinar. A literatura topoflica e telrica (2008). Vislumbra-se no elemento famlico uma funo que vai alm da tematizao social do subdesenvolvimento, como agente que apalpa com mos-de-ferro o estrato formal e interno da obra.

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A circulao da literatura na cidade de Belm do Par no sculo XIX foi uma consequncia das mudanas promovidas na capital pela expanso econmica, manifestada na urbanizao do espao pblico e na ampliao do mercado bibliogrfico, responsvel, ao lado da imprensa peridica, pelo contato da sociedade local com a produo literria estrangeira. A rpida popularizao do folhetim no Brasil, com sua inerente fora democrtica, determinou uma rpida difuso dos nomes de alguns escritores nas capitais do pas, da mesma forma que contribuiu para a criao de um mercado livreiro e permitiu a macia circulao de obras de autores franceses e portugueses, os mais lidos no perodo, dentre os quais Camilo Castelo Branco. A popularidade do romancista luso em solo paraense pode ser identificada pela apresentao diria de seus textos em jornais locais como o Dirio do Gram-Par e pelos frequentes anncios de seus romances para venda. Embora Camilo Castelo Branco seja um escritor conhecido do leitor de hoje, as informaes sobre a obra do autor comumente se baseiam na expresso do romantismo presente em seus escritos, histrias de amor com fortes e por vezes intransponveis obstculos. Mas, a produo camiliana tem um alcance maior. Conhecedor do gnero humano e escritor muito habilidoso, Camilo Castelo Branco deu vida a personagens que ultrapassaram os limites do gnero romntico e desvendaram facetas capazes de provocar sentimentos contraditrios no leitor, cuja reao pode ser filtrada pelo esprito crtico do escritor portugus. E o escritor assim o fez em romances de grande circulao no sculo XIX, como A filha do doutor negro, mas pouco conhecidos pelo leitor de hoje, que merecem tambm ter seus elementos descobertos, como forma de revelar um Camilo Castelo Branco vivo em muitos romances a conhecer.

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Ps-graduao em Letras - IBILCE