996 resultados para Poesia valenciana-S.XVII
Resumo:
Este estudo parte da hipótese de que os serviços militares, a linhagem e a cultura católica se mantiveram como os referentes centrais do ethos nobiliario em Portugal e em Espanha no século XVII, com pouca diferenças relativamente ao conjunto de valores elaborado pelo próprio grupo desde a época medieval. O estudo de caso incide sobre a família dos Albuquerque Coelho desde o século XVI até finais do XVII, acompanhando o seu multifacetado processo de ascensão social, onde pontuam a sua implantação no Brasil (Pernambuco) e as opções políticas por eles tomadas na sequência do 1º de Dezembro de 1640
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Constatada que foi uma lacuna na área da história do design gráfico português, a necessidade deste estudo surgiu naturalmente no sentido, se não de a colmatar pelo menos de a diminuir. Consequentemente, realizou-se a investigação desde o séc. XVII ao séc. XX. O trabalho baseou-se primeiramente na pesquisa de material, quer na Biblioteca Nacional de Portugal, quer na colecção de Madeira Luís em arquivo na Universidade de Aveiro. Foram ainda realizadas entrevistas a designers no sentido de obter um conhecimento maior sobre a prática de projecto, nomeadamente do projecto do cartaz. Foi selecionada uma amostra que se considerou representativa e criou-se uma base de dados no sentido de sistematizar os conteúdos que interessavam ser estudados. Essa amostra foi posteriormente objecto de uma selecção por parte de dez especialistas convidados. Paralelamente, analisaram-se os cartazes dessa selecção do ponto de vista do design utilizando como metodologia a aplicação do modelo triangular (autoria, tecnologia, programa) de Francisco Providência. Concluiu-se que a história do design do cartaz português é resultado de um conjunto de interacções que se prendem com os acontecimentos políticos, económicos, culturais que se devem mesclar com a prática projectual realçando a importância e a intervenção da autoria nesse processo. Importou revelar uma visão interna da disciplina narrada pela autoria. Considerando as hipóteses de investigação e a abordagem metodológica utilizada, foi possível obter uma perspectiva centrada no design sobre a história do design do cartaz português.
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A presente tese assenta na forma como Roma, considerada nas suas dimensões física e social, se encontra representada na poesia de Marcial. Estruturalmente, o trabalho encontra-se dividido em três partes: I. Marcial: a vida e a obra; II. Enquadramento Urbano: Roma, espaço físico; III. Enquadramento Urbano: Roma, espaço social. Após um momento introdutório, inicia-se a primeira parte do trabalho, centrada em aspectos de cariz biobibliográfico considerados relevantes para a compreensão da obra do epigramatista. A segunda parte da tese é consagrada à análise da representatividade dos diferentes espaços físicos de Roma, na sua poesia. Na terceira parte, a forma como os diferentes tipos sociais, agentes e profissionais se encontram retratados foi o principal alvo de investigação. Deste modo, pretendeu-se contribuir para uma visão de conjunto de uma realidade que, até ao momento, contou sobretudo com estudos parcelares.
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O presente trabalho propõe-se analisar a poesia dos autores angolanos que publicaram entre 1965 e 1985, identificando este segmento temporal como uma fase literária da literatura angolana (designada como utópico-patriótica), a qual exprime os princípios anticoloniais e projeta um espaço utópico genuinamente angolano. Tendo em conta a evolução da literatura angolana, subjaz à produção poética dos autores estudados um certo sentido de continuidade, o qual, estimulado pela difusão do nacionalismo, passa pela poesia «da terra» dos mensageiros e continua com os versos encriptados e anticoloniais das décadas de 60 e 70. O espaço utópico projetado na primeira parte da fase utópico-patriótica encontra a sua possibilidade de concretização com a independência de Angola, em 1975, participando os escritores da construção do recém-nascido Estado-Nação. A produção poética da segunda parte da fase utópico-patriótica é, assim, caraterizada pela celebração dos heróis, na ótica de uma (re)perspetivação da história nacional. A partir de 1985, quando se torna evidente o falhanço da utopia, a poesia angolana ensaia um novo rumo pela mão da «geração das incertezas». Ao longo deste percurso, a poesia angolana publicada entre 1965 e 1985 representa um meio de consciencialização ético-política dos cidadãos e concorre para a construção da identidade político-literária da nação angolana, cuja legitimação decorre do processo de conquista da independência.
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Chiapas representó en el siglo XVII una región donde confluían los mitos, temores y fascinaciones de colonos y europeos. Al ser visitada por Thomas Gage en su travesía hacia Guatemala, es descrita en su Nuevo reconocimiento de las Indias Occidentales de modo muy distinto cuando el narrador, como es este caso, registra sus vivencias personales e, incluso, pasionales. Sólo la historiografía moderna podría explicarnos particulares pasajes en que el viajero es abordado súbitamente por una realidad que pasa desapercibida a otros viajeros con un programa muy claro de supervisión y registro de datos, como es el caso de Antonio Vázquez de Espinosa en su Descripción de la Nueva España. Si el historiógrafo describe puntualmente flora, fauna y geografía, el narrador huele, paladea y recorre con nosotros el laberinto de la tierra chiapaneca. El paisaje a través de la persona, con todos los cabos sueltos y apariciones inexplicables para quien se interna en lo desconocido, cobran, a la luz de investigaciones recientes acerca del contexto sociohistórico de Chiapas, un sentido cabal que no sólo nos ilustra, sino que nos interna y se nos interna.
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Tese dout., História da Arte Modera, Universidade do Algarve, 2006
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Dissertação de mest., Literatura, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Universidade do Algarve, 2010
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Nos últimos anos tem - se assistido à publicação de um sem número de obras dedicadas à Literatura Infantil. No entanto, poucas são aquelas que se referem à herança legada pela literatura de tradição oral ao mundo das crianças. De entre elas, tivémos o grato prazer de conhecer o estudo que Clara Sarmento elaborou sobre as rimas infantis. Este tipo de folclore infantil rimado de transmissão oral é aquele que mais próximo se encontra do universo das crianças – desde o nascimento até às brincadeiras e outras acti vidades infantis durante os Primeiro e Segundo Ciclos do Ensino Básico – sendo, por isso, um instrumento importante para quem pretende estudar não só o património cultural de determinada comunidade, como também as relações entre as crianças e até entre est as e o Mundo.
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Breve reflexão sobre as orações e os romances-oração contidos na colecção entitulada Tradição Oral Algarvia.I — Poesia Recolhida na Freguesia de Querença. Deixando de lado a perspectiva diacrónica, vamos considerar as formas mnemónicas e formulísticas de algumas orações de protecção: Padre Nosso Pequenino, uma oração da noite, As Tabuínhas de Moisés, uma "oração forte" para ser recitada duma forma extremamente rigorosa e ritualizada, através duma estrita ordem verbal e numérica. É também referido um romance-oração recolhido só no Algarve e que apresenta, em certas versões, formas vestigiais de paralelismo também encontradas nalguns romances líricos.
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Publicado em 1950, Festa Redonda é um livro de poeta proteiforme, extasiado com a substância telúrica e literária da sua terra natal. A força apelativa dos poemas coligidos nesta obra provém em grande parte da literatura de transmissão oral, à qual a criatividade nemesiana dá o cunho de poesia individual e original. A euforia do telurismo e da oralidade artística de Festa Redonda interage com as características da poesia moderna que percorrem grande parte da poesia de Vitorino Nemésio: a austeridade e a ideia obsidiante de vazio. A poesia de Festa Redonda, radicada nas fontes remotas da iniciação humana e literária de Vitorino Nemésio (quadras e outros géneros literários orais, com os quais ele conviveu desde a infância), é, numa palavra, um macrodiscurso festivo que nunca deixará de o acompanhar enquanto poeta de expressão e de conteúdos múltiplos e versáteis. Ler estes textos é por isso entrar de algum modo na individualidade de um espírito criador que demanda e constrói a sua própria (uni)diversidade idiossincrásica em comunhão com a oralidade literária da sua comunidade.
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No livro IV das Geórgicas, afamado poema didáctico de Virgílio, é descrita a vida das abelhas, apontadas como modelo de organização social e destacando-se a sua dedicação ao bem comum. O tópico tornou-se num dos paradigmas literários da Antiguidade, tendo sido repetidamente retomado, por exemplo nas obras de poetas didácticos modernos, quer europeus, quer do Novo Mundo. Referimo-nos especificamente ao poema Praedium rusticum (Toulose, 1730), do escritor inaciano francês Jacques Vanière, que aborda a sociedade das abelhas (Apes) no livro XIV, e a Rusticatio mexicana (Modena, 1781; Bolonha, 1782), do jesuíta guatemalteco Rafael Landívar, cujo livro VI descreve a sociedade dos castores (Fibri), procurando emular a obra Vanière. Na sociedade colectiva de Vanière não existe riqueza privada e cada abelha se dedica à tarefa que prefere. Em vez da ganância e do ódio prevalecem a generosidade e o amor. Na res publica dos castores, por seu lado, tal como a apresenta Landívar, existe divisão das tarefas a desempenhar e um forte sentido de comunidade. Os castores são felizes no seu trabalho, altamente inteligentes, nobres, amantes da paz e igualmente libertos de sentimentos como o ódio, a vingança e outras preocupações mais profundas. Esta comunicação pretende avaliar o modo como são apresentadas nestes textos concepções políticas e sociais que, embora procurem adaptar e integrar os ideais do Iluminismo, seguem na esteira do modelo literário virgiliano.
Resumo:
Dissertação de mest., História da Arte, Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2012
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Dar a conhecer a ignota poesia de Emiliano da Costa, contribuir para a sua revalorização e impedir o seu esquecimento são os derradeiros propósitos deste estudo. Numa primeira fase realça-se o cunho regional e universal de Emiliano e, uma vez justificada a importância da sua revalorização no panorama literário português, imagina-se um projeto fundamentado numa exposição museológica. Emiliano distingue-se como um dos mais admiráveis poetas algarvios e, por essa razão, é imperativo lê-lo no seio da designada literatura regionalista. As fronteiras geográficas fazem-se sentir na linguagem, na interioridade do sujeito poético, no retrato dos locais, das gentes, dos seus usos e costumes, nomeadamente em obras como Rosairinha. Porém, uma vez consagrado o seu testemunho como algarvio, Emiliano prorroga a sua poesia para a universalidade. As catorze obras publicadas dão a conhecer um indivíduo, uma história, um tempo e um lugar que não se encerram em si mesmos. Sendo um homem do mundo, o poeta rodeou-se de arte escrita, pintada e musicada, dos mais variados autores portugueses e estrangeiros. Estas influências artísticas estão imortalizadas na sua poesia e tomaram um importante lugar na sua própria casa. Destacamse as pinturas que cobrem as paredes da sua sala, pois é a partir desse acervo que se imagina uma exposição multifacetada, ilustradora da poesia, vida e contexto sociocultural de Emiliano da Costa.
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Este trabalho de investigação comparativista insere-se no âmbito das relações entretecidas pelos Estudos de Tradução e a Literatura Comparada, nomeadamente no que respeita ao conceito de tradução literária na Europa Ocidental do século XVII. Trata-se de um estudo intercultural, atendendo a que a tradução promove a mudança cultural decorrente de um processo de transferência intercultural com implicações literárias e ideológicas. Os textos que constituíram o nosso objeto de trabalho são a Peregrinaçam de Fernão Mendes Pinto (1614) e as primeiras traduções completas ou parciais para espanhol (1620), da autoria de Francisco de Herrera Maldonado, para francês (1628), de Bernard Figuier, para inglês (1653), de Henry Cogan, e para alemão (1671), dos editores Henrich e Dietrich Boom. No decorrer da análise comparativa, procurámos demonstrar o grau de (in)fidelidade de cada tradução, estabelecendo paralelismos e realçando os procedimentos tradutológicos adotados em cada versão, os quais revelam, claramente, contactos entre si e/ou condicionalismos culturais e ideológicos implícitos. Estudámos o modo como cada tradução adaptou a obra original ao gosto e aos códigos linguísticos e literários do seu público-alvo. No desenvolvimento do nosso trabalho, tivemos em mente os códigos tradutológicos do século XVII em Espanha, França, Inglaterra e Alemanha, em virtude de o nosso corpus ser constituído por textos publicados no decorrer desse período. Como metodologia de trabalho, delimitámos cinco momentos narrativos, no interior dos quais foram encontradas e analisadas comparativamente passagens consideradas exemplificativas das principais técnicas tradutivas características de cada texto e das inter-relações estabelecidas entre eles. Por fim, um outro objetivo nosso consistiu na avaliação do significado e da relevância da receção da tradução- -adaptação desta obra portuguesa naqueles contextos de chegada (no momento imediato e para além dele).
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Tese de doutoramento, Estudos de Literatura e de Cultura (Estudos Comparatistas), Universidade de Lisboa, Faculdade de Letras, 2014